(Enviada aos jornais em 1 de Outubro de 2005)
É notório que, nos últimos tempos, vem crescendo o descrédito dos políticos, falta de confiança que o povo tem neles. Abundam as promessas que não são cumpridas, isto é, mentiras ostensivas, as contradições e as incoerências. Falta uma directriz que faça convergir as decisões correntes e as acções de todos os agentes económicos e sociais, etc. As manifestações sucedem-se, mas os políticos, em vez de examinarem as causas dos descontentamentos e a realidade da situação, fecham-se no seu autismo obsessivo e não conseguem ver que a sua missão é governar o País, criando bem-estar e segurança para as pessoas. Governar é gerir a felicidade das pessoas. Para cúmulo, aparecem candidatos às autárquicas que estão longe de servir de bom exemplo aos seus eleitores. Também aparece um candidato a Belém que, se for eleito, daqui a cinco anos, certamente não irá sentir-se feliz pela forma como desempenha o cargo e não fará com que o povo seja feliz com o PR que tem . Não é que não tenha, durante a sua vida activa, demonstrado elevada competência política , mas a idade não dá garantia de durante cinco anos poder manter o nível de eficácia mais conveniente.
Estes casos são sintomas de insanidade social e política, que mostram não haver bom senso para escolher pessoas capazes e exemplares para os cargos políticos, a todos os níveis, podendo acabando em muitos casos por eleger candidatos com suspeitas de crimes graves cometidos em funções públicas. Já há quem receie que, dentro em pouco, a EU mande para cá uma equipa de gestores, com provas dadas, com a missão de congelar os partidos e organizar a vida política e administrativa do País com os melhores colaboradores nacionais, vindo os partidos a ser descongelados quando a equipa de gestores e os seus colaboradores portugueses julgarem oportuno. Será realmente que, à semelhança dos clubes de futebol precisa de «treinadores» estrangeiros para orientarem o «jogo» político?
DELITO há dez anos
Há 7 horas
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