(Enviada aos jornais em 8 de Agosto de 2006)
Os partidos políticos de maior representatividade ou de maior visibilidade na comunicação têm vindo a apresentar-nos com a «clarividência» dos seus «elevados» conceitos as suas prioridades para o desenvolvimento da qualidade de vida da população, escolhendo, para o topo das suas preocupações de estadistas, dois temas de «alta relevância»: o aborto e o «casamento» de homossexuais. Parece não haver, na sua «douta» opinião, nada mais importante para o bem-estar dos portugueses: nem a questão de novos conceitos para o ensino, nem o fecho de escolas e de maternidades, nem o apoio médico e medicamentoso a reformados e idosos, nem a prevenção e combate à pequena criminalidade, nem o funcionamento da Justiça, nem a diferença imoral entre os valores das reformas mais altas e os das mais baixas, etc. Todos esses problemas, que são muito graves para o futuro do País e as populações e são sentidos por estas diariamente na carne e no estômago, são para os políticos coisas insignificantes, ninharias que o tempo há-de resolver. Mas, segundo eles, o aborto e o tal «casamento» são factores vitais para a sobrevivência de Portugal! Isto ocorre, apesar de – ou talvez por - os ministros serem apoiados por inúmeros «boys» assessores, nomeados por critérios apenas de simpatia e confiança política.
Porém, a realidade acaba sempre por falar alto e fazer-se ouvir, e aparece agora a notícia de que «a população portuguesa estagna e envelhece». Espera-se que a notícia seja o necessário balde água fria que consiga acordar os políticos profundamente adormecidos, que lhes lave a ramela e lhes permita destrinçar os verdadeiros problemas do País. A notícia põe em destaque que a solução para o problema demográfico não passa, antes pelo contrário, pelo aborto nem pelos tais «casamentos», indubitavelmente estéreis. O País precisa de políticos realistas e pragmáticos, com sentido de Estado, que assumam na prática a sua missão de desenvolver Portugal para os Portugueses e não apenas para a sua elite de clã e para minorias pouco representativas, com prejuízo da colectividade em geral.
O regresso de Seguro
Há 42 minutos
Sem comentários:
Enviar um comentário