(Publicada no Diabo 3 de Maio de 2006, p. 17)
Os fogos florestais, que todos os anos têm causado momentos de aflição e prejuízos vultosos, estão à porta. Seria desejável que, neste momento, fossem conhecidos planos regionais e locais adequados à necessidade de evitar catástrofes naturais como as verificadas nos anos recentes. Os municípios gastam verbas avultadas em rotundas e outras obras, ostentatórias de riqueza inexistente, mas parece não estarem a encarar frontalmente o risco dos fogos florestais. Há muito a fazer, mas parece ser permanentemente adiado.
Prevenir fogos não é utopia. Chegam notícias de exemplos a seguir. Além dos 238 postos de vigia tradicionais a funcionar 24 horas por dia, mas com limitações humanas e de sistemas de comunicação e de exploração imediata da informação obtida, o que lhes diminui a eficácia, existem sistemas modernos em condições de operacionalidade. Trata-se de sistemas de vigilância electrónica que, apesar de dispendiosos, são eficazes. Podem já ser apreciados no distrito de Santarém (em Abrantes, Almeirim e Chamusca), na serra da Arrábida, no Parque Natural de S. Mamede, no distrito de Castelo Branco e na Zona Oeste. Fica-nos, porém, a dificuldade de compreender que tal sistema não esteja ainda a funcionar na totalidade da zona do pinhal interior, nomeadamente nos distritos de Coimbra, Viseu e Vila Real..
Um fósforo pode ser apagado com um copo de água, o que mostra a conveniência de detectar os fogos nascentes e de coordenar o combate imediato, para ser eficaz. Pergunta-se o que têm feito a Câmaras Municipais para fazer face à tão grave ameaça dos fogos que devastam as nossas florestas, o nosso ambiente natural, ano após ano. Começa a ser tarde para tomar decisões tão importantes e vitais.
Mensagem de fim de semana
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