(Publicada no Expresso em 22 de Abril de 2006, p. 26)
A quadra festiva da Páscoa em vez de alegria e esperança num futuro melhor, foi para muitas famílias de luto pelos seus entes queridos falecidos na estrada e de sofrimento e desilusão para aqueles que ficaram feridos e seriamente deficientes. Infelizmente, com números estatísticos mais ou menos gravosos, o cenário de dor era esperado e temido. Pouco tem sido feito com racionalidade e seriedade para que este drama não se repita nos momentos emocionalmente menos adequados para tais factos.
Se ainda havia dúvidas, veio verificar-se que não há senso na cabeça do Sr. Ascenso que tem perdido energias e agravado o problema ao desviar as atenções dos cidadãos e da Comunicação Social para aspectos marginais, pouco relevantes, como a taxa de alcoolemia e o perigo dos idosos, em vez de se concentrar nos factores essenciais do problema. Tal metodologia não é a forma mais sensata de resolver qualquer assunto importante e complexo. Não são necessárias alterações ao Código, bastando fazê-lo cumprir com uma fiscalização mais intensa e decisões judiciais mais rápidas.
A velocidade excessiva, isto é, aquela que não permite ao condutor dominar o carro com eficiência está, na causa de muitos acidentes. Ser um ás na condução não significa atingir altas velocidades – essas dependem da potência do motor – mas, sim, fazer a viagem com segurança para si, os seus acompanhantes e os outros utentes da estrada.
E não deve esquecer-se que a prevenção de acidentes nas épocas festivas que se aproximam, deve ser feita a partir de agora, com mais frequentes operações «stop», visto não haver resultados rápidos a obter com a seráfica intenção de melhorar o civismo dos condutores.
Mensagem de fim de semana
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