Polícia é Funcionário Público?
(Publicada no Diabo em 25 de Abril de 2006, p. 17)
Em plenas férias da Páscoa, é oportuno reflectir sobre quem é funcionário público. Há alguns meses, surgiu a ideia socialista e teórica de igualar todos os funcionários públicos, acabar com as regalias dos polícias quanto à passagem à reforma e ao apoio de saúde, reduzir as férias dos tribunais, etc. Teria sido muito eficiente e justo se não houvesse circunstâncias diferentes. Por exemplo, em dias em que as polícias estão em força nas estradas para garantir mais segurança a quem vai e vem de férias e nas cidades para dar segurança às casas pontualmente desabitadas e aos turistas que nos visitam, pergunta-se: quantos juizes estão activos, quantos professores estão no exercício das suas funções didácticas, quantos funcionários das Finanças estão nos seus postos de trabalho, etc. Por outro lado, quantos destes funcionários são abatidos violentamente no exercício das suas funções, durante o ano?
Para enfatizar esta reflexão, não podemos ignorar que mais de metade dos deputados da AR anteciparam a ida para férias na quarta-feira santa a ponto de inviabilizarem a votação prevista de nova legislação, dando um péssimo exemplo ao País. E o que é inconcebivelmente grave é que alguns, antes de se ausentarem, assinaram a folha de presenças.
Sem dúvida que devemos ter mais consideração pelos agentes policiais e bombeiros e recompensar a sua disponibilidade permanente e os riscos a que a sua actividade os obriga, e o que isso representa para os seus familiares. Constitui um erro insensatamente crasso considerá-los em situação semelhante à dos vulgares funcionários públicos.
O regresso de Seguro
Há 27 minutos
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