sábado, 25 de maio de 2013

DÉFICE ATÉ ABRIL PIORA 33%


A notícia «Execução. Défice até Abril piora 33% e chega a 2,5 mil milhões» é preocupante e traz à memória textos de comentários e de e-mails que a seguir se referem:

Ao terminar dois anos de «enorme sucesso» em que os mais «notáveis» governantes prometeram, asseguraram, garantiram, que nos iam tirar da crise, constata-se que ainda não parou a corrida para o INSUCESSO total, numa veloz espiral recessiva, com a austeridade e os cortes assumirem proporções cada vez mais gravosas. Quando pensávamos que tínhamos chegado ao fundo do buraco, verificámos que o fundo era fictício e que íamos descer mais, muito mais, sem esperança de a queda parar.

A fantasia ilusória de falar da época pós-troika, serviu para tentar iludir o Zé Povinho. Não existe uma ponta visível, real, de as coisas mudarem, de podermos confiai no Governo e recuperar a esperança em dias melhores. É urgente que o Povo se organize e imponha a sua vontade democrática (Democracia significa poder do povo). Não se pode adiar a desparasitação do regime.

Num post vi o desabafo «Farto-me de rezar para que eles (políticos incompetentes e sem coragem) desapareçam para sempre!». Esta frase traduz o desejo de uma muito grande maioria dos eleitores. Mas, que me desculpe o PR, isto não se vai resolver com rezas à Senhora de Fátima ou a S. Jorge. Mas também o regime não tem capacidade de se regenerar sem pressões vindas da população, directamente e de forma «convincente». A corrupção e o desejo de enriquecimento ilícito, inibem os actuais políticos (seja qual for o partido no Poder) de resolver os grandes males do Estado. Falta-lhes coragem para enfrentar os privilégios daqueles que têm no dinheiro público a sua «galinha dos ovos de ouro».

A conclusão é de que os eleitores devem deixar de votar às cegas em listas de que não conhecem bem os que estão nelas inscritos, mas apenas quando deles tenham um conhecimento completo dos seus interesses inconfessados. Depois, há que fazer uma operação de desratização e de desparasitação que liberte o Estado de todos os que se servem dele descaradamente, em vez de procurarem servir os cidadãos, que não devem deixar de ser os verdadeiros detentores da soberania, como é próprio da democracia.

Mas quem faz tal operação de higienização? É urgente que apareça um salvador da Pátria.

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

ELITES IGNORAM A CRISE QUE ALIMENTAM


Transcrição de artigo seguida de NOTA:

A crise e as elites
Correio da Manhã. 22-05-2013. Por: Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto

O discurso dominante sobre a crise penaliza o povo que viveu acima das suas posses.

Ora, tanto o discurso como a crise foram criados pelas elites que atravessam os partidos e todos os outros poderes, formais ou informais, que se entretêm em Conselhos de Estado inócuos, opacos, sem o respeito social devido às instituições e às pessoas que realmente trabalham contra a crise.

Com estas elites – muito parecidas com as que viviam confortáveis no domínio filipino –, Portugal não enfrenta nem o presente nem o pós-troika. Têm uma visão tutelar sobre o povo que julgam conhecer mas, na verdade, estão a léguas do País, da rua e das soluções necessárias à modernização da economia.

NOTA: As elites lusitanas não cessam de mostrar a sua alta competência, como no caso do deputado que apelidou a geração dos seus pais, tios e avós de «peste grisalha» e um outro, candidato a autarca, que usa de xenofobia e racismo contra os que não são adeptos do seu clube de futebol e os trata de «magrebinos». Mesmo que aleguem distracção ou brincadeira, dão uma triste ideia daquilo que são e prestam muito mau exemplo a uma Nação que pode encontrar na união a sua força para vencer a crise.

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

REFORMADOS ESPOLIADOS


A notícia do JN, Estado tirou 2500 milhões a reformados em três anos é preocupante como bem tem afirmado o ministro Paulo Portas.

Será que a insistência de cortes e restrições no poder de compra ou seja nas capacidades de sobrevivência de muitos cidadãos deste grupo que se sente "atacado pelas medidas de austeridade", se integra num processo oculto de «eutanásia» em estruturação progressiva, para exterminar todos os cidadãos inactivos?

Recorda-se que já em 11 de Fevereiro de 2009, o presidente do PS, Almeida Santos, ex-ministro socialista e um dos subscritores da moção sectorial que levou ao congresso nacional do PS, no final do mês, em Espinho, em que defendia a realização de um referendo nacional sobre a eutanásia.

Parece não ter havido coragem para legislar sobre este tema, mas a contínua perseguição aos reformados, pode indiciar que, subrepticiamente, pode estar a ser preparado um facto consumado. A preocupação com défices, dívidas, etc e a insensibilidade de governantes, alimenta este receio.

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

PR DEPOSITA ESPERANÇA NUM MILAGRE


Vejamos as notícias:

Avaliação da troika foi "inspiração da nossa Senhora de Fátima"
Cavaco invoca São Jorge para pedir melhores dias

Já há quem se interrogue se a próxima reunião do Conselho de Estado terá lugar em Fátima ou num Santuário de S. Jorge.

Entretanto, na espera atenta de sinais de milagre, surge a notícia:
Cavaco diz que Portugal precisa de "boas notícias"

E que dizem a isto os elementos do Governo mais responsáveis pala gestão da vida colectiva dos portugueses, em quem já nem o PR parece depositar confiança e esperança?

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sábado, 11 de maio de 2013

TÁCTICAS PARA SEGURAR O PODER


Políticos e partidos, para garantirem o seu (e dos seus amigos, cúmplices e coniventes) enriquecimento rápido, por qualquer forma, têm que lutar para a conquista e a manutenção do Poder, usando as mais variadas tácticas. Estas, por serem repetitivas, não passam despercebidas dos cidadãos mais atentos.

Uma delas, quando no Poder, é procurar vantagens na primeira metade do mandato, para depois alargarem o cinto que obrigaram a apertar a fim de captar as simpatias dos eleitores e os seus votos. Para tal não recusam qualquer manobra que lhes pareça ser útil para o sei propósito.

Na situação actual, todos estamos recordados da reprovação do PEC IV que levou o governo anterior a apresentar a demissão. Esta renúncia foi feita na esperança de que iria vencer as eleições antecipadas. A votação do PSD contra o PEC IV tinha como objectivo vencer as eleições aproveitando na campanha o incómodo gerado por erros do PS, já anteriormente apontados e o incentivo de promessas que levaram muita gente a esperar irmos viver num paraíso.

Logo a seguir às eleições o PSD rasgou as promessas e iniciou o aperto do cinto, gabando-se de ir além das exigências da troika. Era evidente que estava a preparar-se para usar a velha táctica de exigir sacrifício na primeira parte do mandato para depois criar ambiente favorável a uma vitória nas eleições do fim do mandato. Essa táctica era fácil de justificar atribuindo ao governo anterior as causas do mal que foi definido com as cores mais negras. Foi então que Passos Coelho disse: “Que se lixe as eleições” em que só acreditaram os mais ingénuos ou os fanáticos do seu partido. Seguiram-se medidas de austeridade exageradas, insistentes e repetidas que criaram mais pobreza, e paralisaram a economia com encerramento de empresas e aumento abissal de desemprego. A situação não era irrecuperável mas a tal táctica mal aplicada criou a espiral recessiva e, em vez de melhoria, sentimos o agravamento.

Agora, ao entrar na segunda parte do mandato seria de começar a aliviar os sacrifícios mas, como não há condições para isso (tal o estado em que a espiral recessiva colocou o País), continuamos a ouvir discursos balofos agora com mistura de promessas de melhoria para daqui a mais de um ano e truques que, na incapacidade para o diálogo e para a obtenção de consenso, são esboçados ardilosos desentendimentos dentro do Governo e dos partidos da coligação, para depois analisar as reacções populares e de instituições descomprometidas a fim de evitar erros exagerados que agravassem demasiado a má imagem do Poder actual. Foi o caso da comunicação de Portas ao País em 5 do corrente e das declarações à agência Lusa do vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, em que defendeu que o «tempo político de Vítor Gaspar terminou», devendo o primeiro-ministro ponderar a substituição do ministro das Finanças. Alem deste caso, há as sucessivos alertas do conselheiro de Estado Luís Marques Mendes, da ex-líder do PSD Manuela Ferreira Leite, do cronista Paulo Morais, do ex-líder da bancada social- democrata Paulo Rangel, do cronista Morais Sarmento, do ex-ministro Bagão Félix, do constitucionalista Jorge Miranda, todos dando dicas para a remodelação governamental, para o corte nas gorduras do Estado, e para a concretização da Reforma Estrutural do Estado prometida há quase dois anos mas sem sinais visíveis e em que deveria estar incluía a redução da burocracia alada ao combate à corrupção e ao enriquecimento ilícito.

Esta é uma habilidosa forma de tornar mais fácil a decisão que há muito é aconselhada ao PM.

Enfim, a preparação dada pela JOTA aos futuros políticos, pode não ser de grande elevação ética ou cultural, mas não deixa de os levar a repetir as habilidades clássicas, embora sem lhes dar capacidade de análise para fazerem a melhor adaptação às realidades actuais, deu que resulte crescimento económico com melhor bem-estar da população dos eleitores e dos contribuintes.

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domingo, 5 de maio de 2013

PARA COMPREENDER MELHOR ONDE ESTAMOS


Recebi por e-mail de António d'Almeida dois textos que ajudam a olhar em redor com mais clareza. Por serem extensos, limito-me a colocar os links, em que basta fazer clic para eles se abrirem nas respectivas publicações:

De novo o corte e a costura, por António Tavares Teles

 Estragar por convicção, remendar por desespero, por José Pacheco Pereira

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sábado, 4 de maio de 2013

PASSOS COELHO GARANTE, MAIS UMA VEZ!!


Depois de muitas «afirmações» do tipo «garanto que», «asseguro que», «custe o que custar», surge a notícia Passos Coelho garante que “não haverá pântano em Portugal enquanto for primeiro-ministro”.

Como não concretizou promessas «garantidas» e «asseguradas» esta afirmação não traz alívio nem esperança, até porque o «bom caminho» que está a ser seguido, não é de bom augúrio. Mas, dada a parte final da afirmação, pode ser que esteja a planear sair em breve de primeiro-ministro.

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OMISSÃO DO PODER LEGISLATIVO???




Apesar da agressividade da «OPA Hostil», é pena que ainda não tenha sido criada a legislação adequada referida neste vídeo. Terá havido esquecimento ou distracção ou interesse que levou à omissão consciente e pragmática? Pelos vistos representa uma fuga de dinheiro público de grande volume que, pelo vício adquirido, resultará em mais um agravamento da austeridade.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

CONSENSO OU TABU E IMPOSIÇÃO?


Vejamos alguns sinais:

"Portugal seguirá o caminho que procura equilibrar objectivos de consolidação orçamental", aproveitando o alargamento do prazo do empréstimo, "com uma atitude proactiva", disse hoje o primeiro-ministro Passos Coelho, considerando que assim se aplicará "uma politica financeira saudável".
Passos Coelho

O DEO mais parece um exercício feito "de pernas para o ar", feito em concordância "com os objetivos que a 'troika' impôs" e, em seguida, "construíram-se os indicadores de forma a encaixar" neles."É preciso ter uma varinha mágica para transformar uma abóbora numa carruagem. Está bom para contar aos meus netos mas não para nos se dito a nós",
Manuela Ferreira Leite

"Não estou nada convencida de que seja exequível aquilo que estão a dizer que vão fazer (DEO). Podem anunciar, podem amedrontar, podem criar ainda mais espírito de recessão, podem afundar psicologicamente as pessoas, mas resultados não vão ter nenhuns. Não é por essa via que vou ficar preocupada".
Manuela Ferreira Leite

O Partido Socialista "desconhece em absoluto" as medidas que serão apresentadas ao país, amanhã, pelas 20h, pelo primeiro-ministro, disse ao Expresso João Ribeiro, porta-voz do PS.
João Ribeiro, PS

Consenso, essa ideia “arriscada” e de “utilidade questionável” será envolvida em mistério até que o PM abra a embalagem e retire a camuflagem e depois está dito e o povo terá que se submeter!

NOTA:

É angustiante verificar a preocupação de o PM dizer coisas programáticas, vagas, de intenções, sem as explicar nem sequer mostrar que sabe como as irá concretizar, E o resultado tem sido mais ou menos zero, segundo a opinião da generalidade dos cidadãos. Promessas aéreas, com pés de barro, que só poderiam servir para iludir as pessoas e criar esperanças enganosas. Não faltam palavras raras, como proactiva, cujo significado pouco ou nada diz. Porém, no primeiro engano qualquer pode cair, mas no segundo só cai quem quer. Por isso, convinha que os governantes mudassem de táctica a fim de recuperar a credibilidade.

Quanto ao consenso ou diálogo com o maior partido da oposição, ele seria útil para que as medidas fossem mais correctas, melhor aceites e com garantias de que não fossem anuladas logo após as próximas eleições. Como se pode acreditar que o Governo pretenda um consenso com a oposição, ou pelo menos com o PS, se mantém o tabu até ao fim sem trocar ideias com o potencial futuro Governo?

Como se poderia hoje construir o mosteiro da Batalha ou o dos Jerónimos, que duraram vários reinados? Agora cada governo procura mudar tudo o que o anterior tinha planeado ou feito e assim se desperdiçam os recursos e as energias do País. Para evitar tal desgaste de potencialidades, convinha efectivar-se o tal consenso, por forma a que o futuro governo se senta empenhado em continuar as obras iniciadas pelo anterior.

A experiência dos tempos mais recentes ensinam que não podemos esperar que as promessas teóricas e com linda roupagem palavrosa se venham a concretizar, mas devemos temer ou recear aquilo que, na realidade, virá a acontecer.

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

FUTUROS GOVERNANTES EM «FORMAÇÃO»



O post Carreira política pecou por não ter referido o aspecto da «formação política» que transparece da notícia:

"Jotas" da Trofa à pancada por causa de uma guerra de cartazes

Parece poder concluir-se que, se o regime político-partidário e a «carreira política» não forem alterados, estes pequenos tipos serão os nossos governantes dentro de pouco tempo. Poderão ser ainda piores do que os actuais e os mais recentes…

Por outro lado, a luta contra o tráfico de influências, a corrupção e o enriquecimento ilícito tem que ter presente que estas ilegitimidades ou imoralidades derivam das motivações e da maneira como se «formam» os políticos, através das JOTAS

O que é que as pessoas contribuintes e vítimas da austeridade pensam fazer???

GOVERNO É BOM OLEIRO?



O bom oleiro, o bom artífice, o bom artista, produz obra perfeita se tiver boa matéria-prima, boas ferramentas e competência. E aquele que é realmente bom, criativo, original, mesmo com matéria-prima de qualidade menos boa, também descobre maneira de a valorizar e, com ela, fazer arte.

Quanto ao Governo de um país, a matéra-prima é constituída pela população e pelos recursos nacionais e o resultado da governação será arte ou coisa tosca conforme a genialidade do oleiro que a molda.

Do artigo Deixem-nos trabalhar de Paulo Ferreira, transcreve-se o último parágrafo. Quem desejar ler tudo,(e dará por bem empregue o temo) deverá abrir o link do seu título:

«A "sociedade" é feita de gente e instituições a que o Governo tem dado tratamento semelhante ao do barro: molda-se para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo até se conseguir o que se pretende. Problema: a "sociedade" olha para o produto final e vê uma coisa sem nexo. A culpa é de quem? Da sociedade que não se dá ao molde? Ou do moldador?»

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

ESPIRAL RECESSIVA NÃO INFLECTE


Apesar de sucessivas previsões falhadas por excessivo optimismo e de promessas não cumpridas por terem sido irreais e tendentes a criar infundadas esperanças, as notícias mostram que a nível das realidades palpáveis, a «espiral recessiva» não evidenciam sinais de inflexão.

Não é animador saber que 21 falências entram por dia em tribunal, e que os casos de insolvências de pessoas singulares continuaram a aumentar. O próprio ministro Gaspar diz que cortes ascendem a 4700 milhões entre 2014 e 2016, o que, como a experiência de dois anos aconselha, devemos acrescentar uma percentagem de segurança ao volume dos cortes e ao prazo que ele indica. Por outro lado, empresas públicas agravam prejuízos, o que é compreensível por os seus gestores serem escolhidos pelo poder e não por concursos públicos honestos na apreciação dos currículos.

Mas o mais significativo, do ponto de vista da opinião pública, poderá ser o caso de VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) e profissionais terem ficado retidos por falta de crédito para pagar combustível, durante demasiado tempo, de que poderia ter resultado perda de vidas de pessoas à espera de socorro.

E não deixa de ser grave que, apesar da austeridade e dos cortes já com muito tempo de funcionamento, em vez de a dívida pública ter sido reduzida, consta que aumenta 131 milhões de euros por mês, o que leva a concluir que não há motivo para esperar a paragem da «espiral recessiva» e muito menos da sua inflexão. Certamente, não há vontade ou coragem para fazer parar o esbanjamento de dinheiro público, referido no post austeridade em 2013 e 2014 ??? e nos elementos nela linkados.

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