segunda-feira, 30 de junho de 2014

PARA QUE SERVE A AUSTERIDADE IMPOSTA À MAIORIA DOS PORTUGUESES???

Transcrição.seguida de nota e de fotografias

Mulher de governante em carro do Estado
 DN. 8 junho 2014

Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional tem disponibilizado carros oficiais, com motorista, para deslocações pessoais da sua companheira.

"O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida, tem disponibilizado os carros oficiais, com motorista, para a companheira se deslocar entre a casa, no Murtal, Parede, e a outra habitação em São João da Madeira", escreve o Correio da Manhã na edição de hoje.

O jornal refere que "Cristina Franco chega a viajar sozinha no carro - às vezes num Audi, outras vezes num Mercedes - conduzida pelo motorista do Estado que até a ajuda a carregar as malas".

Trata-se de uma "viagem de mais de 300 quilómetros, que ultrapassa as três horas. Segundo o guia Via Michelin, esta deslocação tem um custo de 82,09 euros em portagens e combustível. E uma vez que o motorista volta com o carro para Lisboa e vai novamente, no domingo, para São João da Madeira e regressa no mesmo dia, estamos a falar de quatro viagens, o que dá um custo total de 328,36 euros por fim de semana", lê-se na notícia.


NOTA

Ao contrário deste abuso dos carros, que parece existirem em excesso nos gabinetes do Governo, o que em nada se coaduna com a crise em que nos obrigam a viver e com a austeridade que nos vem sendo imposta desde há mais de três anos e que ameaça continuar por prazo não definido, na Grã-Bretanha e na Holanda vivem com mais comedimento e menos ostentação, e os PM deslocam-se, o primeiro no Metropolitano e o segundo na sua bicicleta, como se vê nas imagens.

Afinal quem são os países ricos e quem são os que fazem economias no seu quotidiano e dispensam a ostentação? Qual é a lógica da austeridade que tem sido imposta à maioria dos portugueses?

Significativamente, o PM consentiu tal abuso, permitindo a repetição de casos semelhantes por familiares e, depois, por amigos, cúmplices e coniventes ligados por empatias como a referida por Barreto Xavier.

domingo, 15 de junho de 2014

FOGOS FLORESTAIS, DRAMA A REDUZIR



Evitar, Reduzindo as condições de ocorrência


Até há poucas dezenas de anos não havia fogos florestais senão muito raramente em matas do Estado que não recebiam os cuidados vulgarizados em matas privadas. Estes cuidados eram praticados com outra intenção e a segurança contra os fogos era uma consequência do aproveitamento das aparas da rama dos pinheiros para lenha das cozinhas e dos fornos do pão e para estacas para as videiras, o feijão, o tomate etc. O mato rasteiro e a caruma eram colhidos anualmente, por uma ou duas vezes, para camas do gado, para curtir e produzir fertilizantes para os trabalhos agrícolas, antes de ser divulgado o uso de adubos químicos. Daí resultava uma minúscula carga térmica nas matas e qualquer descuido nunca teria proporções que não fossem rapidamente eliminadas pela pessoa que detectou.

Detectar

Agora, nos tempos actuais, não é fácil investir na limpeza das matas, embora deva ser feito esforço em tal sentido começando por um prático aproveitamento dos materiais combustíveis na preparação de biomassa e dar a esta uma finalidade rentável.
Mas, não sendo fácil impedir o aparecimento de focos de incêndio, há que estabelecer um sistema eficaz para os detectar e combater rapidamente antes de tomarem grandes proporções… …..

De notícia na Comunicação Social de há dois dias, conclui-se que o sr ministro Miguel Macedo quer menos ocorrências de incêndios florestais. Não é impossível satisfazer esse justo desejo. Na primeira fase do incêndio basta um copo de água para o apagar e impedir que prossiga a sua missão de destruição. Daí a pouco, será necessário um balde de água. E… depois, haverá muito trabalho para impedir que a destruição prossiga.

Como atacar na fase inicial?
Pela detecção, alerta e prontidão no ataque.

Como conseguir?
Os municípios, conhecedores da orografia do terreno e da distribuição da vegetação devem montar postos de vigilância, dotar cada um com binóculo, bússola e rádio ou telemóvel e ensinar a servir-se correctamente destes equipamentos. Vigiam todo o terreno que podem ver,por sectores seguidos e, ao menor sinal de incêndio, apontam a bússola para o local, lêm o azimute e comunicam por rádio ou telemóvel à central regional (ou distrital ou concelhia) da Protecção Civil. Aqui, em frente à carta topográfica que cobre a parede, o técnico de serviço, munido de transferidor e de régua, desenha na mica que cobre a carta um traço a partir do local do posto de vigia autor da informação, com a orientação (azimute) vinda de lá. Depois faz o mesmo às comunicações vindas de outros dois ou mais postos de vigia. O ponto (normalmente um triângulo) definido pelo encontro de tais linhas (azimutes) é o local do foco de incêndio.
É para aí que deve partir, de imediato, uma viatura de socorro. Se tudo se passar com rapidez, bastará um balde água ou pouco mais !!! Assim, se consegue corresponder ao desejo do Sr Ministro de ter menos ocorrências de incêndios e se evitam os terríveis prejuízos causados por tais calamidades à população em geral.

Punir incendiários e dissuadir

Sempre que forem detectados incendiários, quer o façam por interesse ou por tara psicológica (piromania),deve ser aplicada uma legislação que dissuada outros potenciais criminosos, os desencoraje de tais crimes que tantos prejuízos causam a pessoas e à economia nacional. A punição de crimes desta natureza deve ser rigorosa para servir de lição de que tal crime não compensa.

Espero que este texto despretensioso venha a ser útil e traga benefícios para a nossa floresta que bem pode ser uma riqueza nacional.

Imagem de arquivo