terça-feira, 27 de dezembro de 2016

PREOCUPAÇÕES COM SEGURANÇA


(Foi publicado em O DIABO de 27 de Dezembro de 2016)

No mundo actual, em que as situações de perigo para as vidas e para o património se têm multiplicado persistentemente ao ponto de, em muitos pontos do globo, quase não haver esperança de dar um passo com segurança, a prevenção toma uma importância e uma prioridade fundamental.

Em França, após os atentados de 2015, em Paris, foi decretado o estado de emergência a fim de procurar evitar novos casos semelhantes. Mesmo assim, os receios não desapareceram e o limite dessa medida preventiva foi repetidamente alargado ao ponto de, há dias, os deputados aprovarem, a quinta extensão desse estado de emergência, até 15 de julho, ou seja, até depois das eleições presidenciais e legislativas, em cujas campanhas eleitorais há situações perigosas para tal tipo de atentados.

Estas precauções, embora sejam desagradáveis e algo traumatizantes para a generalidade das pessoas, dão oportunidade à intensificação da conveniente cooperação das forças e serviços de segurança e de informação e à criação de uma Unidade de tratamento de dados por elas coligidos e recebidos da população se esta tiver sido devidamente mentalizada para a importância da sua participação neste interesse nacional. A denúncia de um facto estranho pode ser o ponto de partida para uma investigação que faça abortar um golpe em planeamento com potenciais consequência de grande gravidade.

E como isso não ocorre com aviso prévio, essa Unidade de Prevenção não deve atenuar o seu esforço, para benefício dos cidadãos, dos serviços e do património nacional e particular.

Porém, no nosso país, só «cinco meses depois de ter sido criada, uma nova Unidade de Coordenação Antiterrorista» teve há dias «a sua primeira reunião dos chefes máximos das polícias para discutir... o seu funcionamento». É preciso ter uma doentia fé em milagres para descurar o acompanhamento e a análise dos complexos factores deste grave problema.

Como se explica que apenas cinco meses depois de aprovada em Conselho de Ministros a nova Unidade de Coordenação Antiterrorista que previa uma estrutura permanente com representantes das secretas e das polícias, só agora se fala na realização da primeira reunião para que os chefes máximos dos serviços de informações e das forças e serviços de segurança discutam a sua "organização e funcionamento".

É lógico que o trabalho de organizar uma estrutura eficiente num problema tão complexo exige muita ponderação e discussão para procurar a melhor solução mas, pelos vistos, só agora é iniciada a fase de discussão conjunta, o que leva a crer que se passarão muitos mais meses até se conseguir um funcionamento com alguma eficácia no cumprimento desta missão de grande interesse nacional e também de cooperação positiva e eficiente com a estrutura europeia com a qual deve trabalhar em equipa.

Já este trabalho estava esboçado quando chegaram notícias de, na Turquia, ter sido assassinado o embaixador da Rússia e havido tiros junto da Embaixada Americana. Na Jordânia houve atentado contra polícias e turistas, na Suíça houve tiros num centro de oração muçulmana e, na capital da Alemanha, um camião fez um atentado semelhante ao de Nice contra um mercado de Natal, causando 12 mortos e 48 feridos.

O Presidente da Rússia ordenou o reforço das medidas de segurança dentro e fora do país. A Humanidade está perante um perigo difuso mas extremamente grave e as precauções devem ser levadas muito a sério.

A João Soares
Em 20 de Dezembro de 2016

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

NEGOCIAÇÃO EM VEZ DE GUERRA


(Foi publicado em O DIABO de 20-12-2016)


Quem costuma ler aquilo que escrevo em e-mails, em blogs, no facebook, no Google+, em O DIABO, etc, sabe que esta notícia de diálogo entre a Rússia e os EUA, focada na situação que está sendo vivida na Síria, me traz muito prazer por vir ao encontro do meu grande desejo de harmonia e paz no Mundo substituindo a guerra pela conversação, a luta armada pela diplomacia.


Este encontro, se correr bem, como é desejado, será uma lição de sensatez, de humanidade e solidariedade mundial que deverá ir ao ponto de pressionar, politicamente, os aliados dos terroristas que estão a Massacrar o Médio Oriente para cessarem a destruição dos Estados constituídos e evitar que, depois, alastrem pelo Norte de África e Europa, numa hecatombe irremediável.



O ruído das armas militares nada traz de benéfico para as pessoas e os bens materiais. Tem sido repetidamente afirmado que  "o problema da Síria não tem uma solução militar e deve ser resolvido com métodos políticos". Aliás, se toda a guerra acaba com os contendores sentados a uma mesa a assinar o tratado de paz, porque razão não o fazem antes e em vez de matarem milhares de pessoas e destruírem património, algum com significado mundial, ligado à história do Império Meda e de outras civilizações históricas?


Já que nenhum dos sábios da UE teve tão genial ideia, e não aceitaram a sugestão de conversações apresentadas em meados de Outubro pelo Presidente iraniano, ao menos agora não hesitem em apoiar o diálogo proposto pela Rússia e incentivar a troca de sugestões e ensinamentos a fim de obterem a melhor solução para parar a guerra e efectuar uma campanha diplomática adequada para obter a paz e harmonia, a fim de dar à Humanidade uma melhor qualidade de vida. Tenham esperança, coragem e perseverança para obter pela diplomacia aquilo que não tem sido possível pelas armas. As gerações futuras agradecerão estes passos se forem dados com plena intenção de PAZ e se forem dados de forma eficaz com perseverança e tenacidade para obter os resultados que a humanidade deseja.


Depois de ter dado como pronto este texto, veio a notícia da tentativa de recuperação de Palmira pelos rebeldes na Síria e a de um acto terrorista na Turquia por grupo radical curdo que causou cerca de 30 mortos e perto de 200 feridos. Não terá isto resultado de os Governantes terem feito «braço de ferro» com utilização abusiva das armas em vez de negociações e diálogo, como fez o Presidente da Colômbia, justamente galardoado com o Prémio Nobel da Paz? Quando aumentará o número de Governantes dedicados ao bem-estar do seu povo, usando uma «política de afecto»?

A João Soares
Em 13 de Dezembro de 2016

domingo, 18 de dezembro de 2016

FAÇAMOS 2017 MELHOR DO QUE FOI 2016


O que se passa no Médio Oriente?

A população de Allepo, que a ONU classifica de rebeldes e o poder legítimo da Síria chama terroristas, tem visto sucessivamente gorados os esforços feitos para lhe ser prestado socorro. As forças envolvidas na rebelião continuam a degladiar-se mesmo dizendo que acordaram cessar-fogo sucessivamente desrespeitados. Continuam em perigo vidas de crianças, idosos e adultos inocentes. A notícia mais recente diz que «Autocarros destinados a ajudar à evacuação de Alepo incendiados» .
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Praticamente à mesma hora, na Jordânia, houve um ataque por homens armados que vitimou 5 pessoas (4 eram polícias ) e feriu 9 turistas e sequestraram outros no castelo para onde se refugiaram.

No Iémen, um atentado à bomba que visava um grupo de militares que se juntaram para receber os salários junto a uma base no nordeste de Aden provocou 40 mortos e 50 feridos.

Na Turquia, partido da oposição foi atacado após atentado que fdz 1que fez 14 mortos .

Chamem-lhes terroristas ou rebeldes, o certo é que de uma e outra parte há procedimentos de violência irrestricta que não respeita vidas humanas e mata inocentes, crianças, idosos e deficientes. Se são rebeldes ou oposicionistas, os sus governos devem usar de mais contenção e procurar utilizar os métodos do Prémio Nobel da Paz, Presidente da Colômbia.

COMO o mundo seria melhor se todos procurássemos viver o Ano 2017, desde o primeiro minuto com respeito por todo os seres vivos, com paz, ética, humanidade, solidariedade num planeta bom para todos.

Vamos fazer esforço para que 2017 seja melhor do que foi 2016.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL

Desejo a todos os familiares e aos amigos reais ou virtuais, um FELIZ NATAL, realmente Feliz e verdadeiramente Natal, porque se ele assim for, é a festa do nascimento de um MESTRE que nos ensinou o amor, o perdão, o respeito pelos outros, a fraternidade, a humildade, a fuga das tentações do exibicionismo de coisas supérfluas que geram o materialismo e a arrogância. Aqueles que se orientarem pelas suas lições serão abençoados com um NOVO ANO pleno de paz espiritual, de felicidade e sem ansiedades doentias.
Estes são os meus desejos para todos vós a fim de contribuirmos para um Mundo Melhor onde todos sejamos muito felizes. Oxalá recebam a luz que nos ilumine o espírito, por forma a escolhermos o melhor caminho. Abraços apertados à volta dos melhores ideais.

A João Soares

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

A DEGRADAÇÃO SOCIAL E O FUTURO DAS CRIANÇAS


A degradação social e o futuro das actuais crianças
(Foi publicado em O DIABO de 13-12-2016, pág. 10)

Como ídolo de crianças, adolescentes e graúdos, existe na actualidade um rapaz cantor que causa histeria demasiado visível por onde passam cantigas, fáceis para um ouvido destreinado de qualquer futuro amante de música, com muitas batidas ritmadas.

Há muitos papás e mamãs com filhos a partir dos quatro ou cinco anos de idade, a colocar tais cantigas em tudo quanto é smartphones e demais equipamentos. O passo seguinte, como era previsível, é reservar bilhete para o concerto mais perto de casa, porque é considerado legítimo levar os filhos a ver o ídolo e quanto mais cedo melhor para não ficarem mal vistos pelos colegas de escola.

Na degradação social em que vivemos e em que os jovens pais têm vivido com tolerância e aceitação, é considerado que os filhos não podem ser contrariados nem desiludidos para não correrem o risco de terem uma crise de ansiedade, stress ou alguma outra maleita psicológica mais grave. E assim vão crescendo uns pequenos ditadores sem noção das realidades da vida, sem respeito pelos outros e sem saberem lutar por objectivos sociais, de solidariedade e de trabalho de equipa, com moral e com ética para viverem numa sociedade agradável para todos.

Para os objectivos de construção de um mundo melhor, as letras das cantigas atrás referidas nada ajudam, antes pelo contrário, a cultivar a mente infantil no sentido de levarem uma vida feliz, olhando para o que mais lhes convém, com vista a um desenvolvimento agradável de livre escolha, tendo em foco o que mais lhes puder interessar no futuro que desejam. Apoiar nas crianças a mentalidade de rebanho de imitação daquilo que lhes seja nefasto, não é boa regra para pais e educadores. É preferível ensinar a fazer escolhas.

Diz quem as conhece que as letras das referidas cantigas são impróprias para crianças ou adultos com recato, e os pais vão ter dificuldade em explicar às crianças perguntas que estas lhes façam acerca de excertos das letras, mesmo que lhes tentem iludir a compreensão.

Se não forem evitados às crianças contactos com procedimentos impróprios para consumo moral, não se pode estanhar a agressão nas escolas, crianças que não sabem brincar umas com as outras, crise de valores, desrespeito mútuo, agressão a professores, que são queixas frequentes dos encarregados de educação sobre o comportamento dos seus educandos.

Mas, infelizmente, há pessoas, que dão tempo de antena, que se deslocam para assistir a manifestações que vão contra todos os conceitos da moral e dos bons costumes, acompanhadas de crianças em idade de frequentarem o ensino básico ou nem isso. O que esperam desses futuros cidadãos, quando forem adultos em cargos de responsabilidade social?

O “artista”, num país livre, actua segundo a sua veia e não deve ser inibido de a manifestar mas o que é criticável é a decisão, nada didáctica, de pais e encarregados de educação de proporcionar momentos altamente duvidosos a crianças de tenra idade, que deveriam estar a receber bases sãs para um futuro digno.

Não é tempo de aconselhar métodos antiquados, mas deve ser evitado que as crianças percam o tempo a ver séries televisivas com muito sangue, focadas em crises de pré-adolescentes a maltratar os pais a toda a hora, telenovelas em que já não existe maneira de descer a um nível mais rasca, e artistas com letras que deveriam levar um sinal sonoro de censura em cima de certas palavras que surgem em cada parágrafo.

Estes espectáculos deveriam levar os pais a agir. E os pais de agora não devem deixar de orientar os filhos para coisas belas e instrutivas, a fim de travarem e evitarem a degradação social a que estamos a assistir. Esta é missão de todos e de cada um dos seres humanos, a recuperação de valores cívicos que, independentemente de eras, são sempre indispensáveis. Todo o esforço é pouco para se travar a degradação social e para se criar uma humanidade mais digna e harmoniosa.

A João Soares
6 de Dezembro de 2016

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O CURRÍCULO MERECE ATENÇAO

Antes de dar um benefício ou emprego a uma pessoa deve ser obtida informação sobre o seu passado e a sua aptidão para a situação pretendida

Muitas vezes, depois de feitas nomeações para cargos de responsabilidade ou de serem concedidos apoios e regalias sem análise de currículo ou de dados anteriores, constata-se o grave inconveniente de não ter havido concurso público ou, no mínimo, conhecimento de antecedentes significativos. São diversos os casos de desconsolo e desilusão surgidos, à posteriori, devido a nomeações de amigos por cumplicidade ou conivência, por serem jotinhas do partido, por ter havido troca de favores, etc.

Deve ficar gravado na memória dos responsáveis políticos o caso de um jovem que chegou a Portugal com o estatuto de refugiado político, na companhia de outro, foi muito bem recebido em Portugal, «foi subsidiado pela Segurança Social, e recebia mensalmente 250 euros, o suficiente para pagar alojamento e alimentação». Ninguém, pelos vistos, averiguou, antes, quem era esse malandro que acabou por ser «detido pela Polícia Judiciária em Aveiro, onde residia, na sequência de uma megaoperação das autoridades francesas contra o terrorismo.» Essa megaoperação assentava em indícios fiáveis de que ele «seria o responsável por recolher dinheiro para a compra de armas» ao serviço do Daesh...

Também houve um director do SEF que foi considerado «brilhante», mas violou deveres profissionais para agradar ao Ministro da Administração Interna de quem era amigo e por quem tinha sido nomeado para o cargo. Esses atropelos à ética e às boas regras legais, tiveram lugar durante a célebre concessão dos vistos gold em que «terá facilitado e acelerado processos a amigos do então MAI, apenas para agradar ao governante e travar a extinção do SEF». A conclusão é da IGAI que entendeu que ele, «com a sua conduta, violou vários deveres profissionais e propôs a sua suspensão por 150 dias». Com ele foram acusados mais 16 arguidos, entre os quais estão outras figuras de topo do Estado, como o MAI anterior.

Quando se age com desprezo dos valores e competências dos outros para lhes atribuir funções, há que ter consciência dos inconvenientes em distribuir tachos aos «boys», aos amigos e aqueles a quem se devem favores, em vez de ocupar os lugares através de concursos públicos em que se salientem competência e experiência e se façam escolhas orientadas para os interesses nacionais e não de partidos ou de pessoas. O «boy» que vai para o tacho, além de raramente possuir capacidade para ajudar a tomar decisões correctas, tem tendência para agir com gratidão e apoiar todos os caprichos do seu protector, agindo como simples «yesman». É isso que chamam «politicamente correcto». Mas, com tais compadrios, lançam o País no «lamaçal» em vez de o tornarem mais rico para dar melhor qualidade de vida às pessoas. Esperemos que passe a ser dada mais atenção à ética e aos bons costumes a fim de se reabilitar a sociedade e gerar mais, prestígio e motivos de maior confiança e respeito.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

JUVENTUDE PROMISSORA

Jovem com respeito pelos idosos

Pelas 08h30 de hoje, 5 de Dezembro, abeirei-me do vidro da marquise e olhei para o exterior, como normalmente, para ver os macaquinhos mais madrugadores do Zoológico. Vi uma senhora de idade avançada agasalhada num casaco comprido preto, ligeiramente curvada, devagar e a usar a sua bengala passo a passo mas sem coxear. Como o passeio é estreito seguia pelo meio.

Atrás, seguindo no mesmo sentido aproximava-se um rapaz de pouco mais de 20 anos, a passo largo. Iria ultrapassar a idosa dentro do meu campo de visão e esperei para ver como iria passar pela senhora e que incómodo lhe iria dar. Cerca de 10 metros antes de a alcançar, passou pelo intervalo dos carros estacionados em longa fila contínua e continuou a sua progressão ao longo dessa fila pela faixa de rodagem, contra o sentido de trânsito, até que, cerca de 10 metros depois de passar pela senhora, aproveitou outro intervalo mais cómodo e reentrou no passeio para continuar a sua progressão.

A isto chama-se ética, civismo, respeito pelos outros. Senti-me feliz durante todo o dia com este caso que demonstra que a juventude não consta apenas de malandros, pois há casos como este que nos dão grande esperança de a sociedade estar a recuperar do estado de degradação em que se encontra pela mão da geração anterior à de este jovem. E, aproveito para referir que, há dias, no primeiro patamar da descida das escadas para o Metro escorreguei no piso molhado e caí, batendo com a anca esquerda, mas sem gravidade. Um casalinho jovem acorreu a perguntar como me sentia e se precisava de ajuda. Como não quis outro socorro, ajudaram-me a pôr de pé e ampararam-me nos degraus seguintes. HÁ SINAIS POSITIVOS QUE JUSTIFICAM ESPERANÇA NO FUTURO da Sociedade que desejamos harmoniosa, pacífica e solidária.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

EXEMPLO A SEGUIR POR GESTORES PÚBLICOS


Uma autarquia tomou uma decisão exemplar ao decidir criar um conselho de opinião, composto por especialistas e personalidades com ligação ao município, que terá natureza "consultiva" em relação a intervenções na área classificada como Património Mundial.

Tal procedimento deveria passar a ser praticado em todas a grandes decisões com incidência nos interesses nacionais, evitando-se medidas tomadas por «inspiração» de momento, por palpite ou por impressão com boa intenção, mas sem base numa análise correcta e rigorosa do problema e que, por isso, depois têm que ser anuladas, afectando a credibilidade da instituição em causa.

As decisões sobre assuntos importantes para o país ou autarquias devem ser tomadas de forma a que os interesses de Portugal, dos portugueses em geral, sejam colocados sempre acima de tudo. Para isso, elas devem se precedidas de análise cuidadosa, após ser colhida a opinião de pessoas bem conhecedoras do problema e que sejam independentes de partidos e de outros interesses de forma a não serem tentadas a pressionar a favor de empresas de construção civil, empresas locais com interesse dependente do espaço público ou da obra a realizar, de políticos partidários que pretendam defender interesses próprios ou de amigos, etc.

Ao alinhar estas palavras recordo o espírito que me levou a elaborar os textos «preparar a decisão», e «amar Portugal sem se submeter a um partido». Cada gestor de um qualquer sector público (incluindo autarquias e instituições nacionais) deve colocar em primeira prioridade os interesses nacionais e dedicar a cada assunto o máximo das suas capacidades de forma a merecer a frase do velho poeta «bendita a Pátria que tais filhos tem».

Uma semana depois de esboçar este texto, surgiu uma notícia que realça a necessidade de as pessoas serem seleccionadas para as funções, de acordo com competência e capacidade que dêem garantia de bom desempenho. O concurso público, bem efectuado, sem intenções reservadas, permite dar prioridade ao saber, à competência, à experiência, à dedicação ao interesse de Portugal e à capacidade e coragem para dizer não a interesses particulares nocivos ao interesse nacional.

Devem ser evitados casos como o que uma notícia referiu que «Diretor do SEF facilitou amigos do ministro para salvar cargo e Serviço», num negócio dos vistos gold, caso agora em julgamento. Isto vem provar que, em decisões de elevada importância nacional, há sempre inconvenientes em distribuir tachos aos «boys», aos amigos e aqueles a quem se devem favores, em vez de ocupar os lugares através do critério atrás defendido de forma a que as decisões dêem primeira prioridade aos interesses nacionais e não aos de partidos ou de pessoas. O «boy» que vai para o tacho, além de raramente possuir capacidade para ajudar a tomar decisões correctas, tem tendência para agir com gratidão e apoiar todos os caprichos do seu protector, tipo «yesman». É isso que chamam «politicamente correcto», salvando o seu cargo e o do protector. Mas, com tais compadrios, lançam o País no «lamaçal» em vez de o tornarem mais rico e dar melhor qualidade de vida às pessoas.

Em conclusão, os decisores devem ser apoiados por pessoas competentes e não por amigos cúmplices e coniventes.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

HAJA ARGUMENTOS TRANSPARENTES


Haja argumentos transparentes
(Foi publicado em O DIABO de 29-11-2016, pág. 19)

Na polémica demasiadamente prolongada acerca das declarações de rendimentos dos detentores de altos cargos públicos têm aparecido argumentos que funcionam como densa poeira que confunde a visão. A existência da norma evidencia que ela foi elaborada para evitar dúvidas acerca de comportamentos menos correctos lesivos dos interesses nacionais e do prestígio que deve ser característica de tais altas entidades. Ela procura esclarecer qualquer suspeita intencionalmente maliciosa sobre procedimentos.

Mas os argumentos agora vindos a lume com intenção de recusar tal declaração ou de justificar a sua forma incompleta, mostra que a norma foi elaborada por colaboradores do poder legislativo que usaram a habilidade - há quem diga que frequente – de deixar, veredas de fuga para serem utilizadas por pessoas habilidosas ou para darem trabalho a gabinetes de advogados na argumentação de defesa dos seus eventuais clientes.

A fuga ao cumprimento da norma jurídica, integralmente ou apenas parcialmente tem sido interpretada, em conversas de café, por cidadãos que procuram esclarecer-se perante dúvidas sobre o que se passa, havendo quem diga que os que recusam fazer tal declaração são carentes de riqueza, sem conta bancária nem outros patrimónios e envergonham-se de expor claramente essa pobreza para não serem desprezados pelos cidadãos, numa sociedade em que o dinheiro, hoje, é o símbolo do mérito e do valor pessoal, acima da competência, do saber, da experiência e da honradez. Este argumento faz rir os circunstantes que, bem intencionados, afirmam que, apesar do materialismo reinante, a humildade e a seriedade ainda são valores apreciáveis.

Mas há outras pessoas, com uma visão mais esclarecida e talvez mais cruel da realidade, que confessam crer que tais pessoas querem ocultar a possibilidade de os cidadãos, com os meios hoje existentes na comunicação social, levantarem suspeitas acerca da forma como as fortunas foram conseguidas e da eventual intenção de os seus detentores as aumentarem, por qualquer forma, nas actuais funções.

Perante isto, em vez de tais suspeitas serem cabalmente esclarecidas, surgem pretensas explicações que nada clarificam, antes evidenciam a existência de maleitas inseridas durante a elaboração da norma, cuja utilidade está a ser aplicada, o que é suposto, com intenção oposta à que esteve presente na iniciativa de a criar. Esta teve boas intenções, embora talvez seja oportuno torná-la mais assertiva e vacinada contra uso de argumentos obscuros e suspeitos. A transparência e o rigor de procedimentos são pilares da CONFIANÇA e do PRESTÍGIO que os detentores de todos os altos cargos devem procurar ser merecedores.

A João Soares
22 de Novembro de 2016

terça-feira, 22 de novembro de 2016

PALAVRAS; PROMESSAS OU FANTASIAS ?

Palavras, promessas ou fantasias?
(Publicado em O DIABO em 22 de Novembro de 2016)

Trump, após saber o resultado das eleições, falou de coisas construtivas como «sarar as feridas da divisão» e disse que estende a mão à orientação e ajuda daqueles que não votaram nele, para poderem trabalhar juntos e unificar o seu grande país. Disse que, sem deixar de colocar os interesses da América à frente, vai procurar parcerias e evitar o conflito. Não posso deixar de me congratular por as suas intenções coincidirem com a filosofia de convivência universal que aqui tenho defendido repetidamente.

Mas as minhas palavras, sendo de um simples cidadão, sem responsabilidades especiais, não podem, por si só, originar acções conducentes à concretização de boas intenções. Mas, num governante, será bom que tais palavras sejam fruto de adequado estudo e análise e possam ser semente de decisões e projectos práticos e eficazes para bem do seu povo e da humanidade.

Por isso, ficamos à espera de ver notícias sobre as medidas que reforcem a união de todos os americanos em torno dos seus interesses nacionais e que sejam extensivos e benéficos para a harmonia mundial, através de diálogo franco e sincero que reforce a tolerância mútua e a cooperação, fazendo uso de eficaz actividade diplomática para a progressiva eliminação de guerras e outros tipos de violência, a fim de que todas as pessoas passem a viver em paz e com bem-estar.

Embora toda a pessoa deva dar aquilo que lhe for possível para tal tarefa social, como não dispõe de poder, de capacidade de influência suficiente, as iniciativas mais eficazes têm de vir dos Estados mais poderosos, de posse de informações e de pareceres e sugestões vindas de todos os recantos do planeta, porque é em tais potências que a humanidade tem os olhos fixos para lhes imitar as virtudes.

Porém, a julgar pelas palavras proferidas durante a campanha eleitoral, começa mal em relação ao seu vizinho do Sul, México, a Cuba, à Europa, ao Médio Oriente, etc. É certo que os EUA estavam habituados a influenciar a segurança de muitos Estados menos poderosos, o que lhes dava despesas, mas também daí lhes vinha, como contrapartida, a maior capacidade internacional em comparação com outras potências de mais reduzida influência. Se agora passam a distanciar-se de antigos aliados e protegidos, estes passarão a ceder ao «namoro» que lhes será feito pela Rússia, pela China ou outros Estados emergentes da sua área, o que resultará na redução do poder de influência dos Americanos e poderá levar ao endurecimento de hostilidades ou, no mínimo, a redução do bom entendimento internacional.

Esperemos que Trump seja assessorado por pessoas sabedoras e sensatas a fim de evitar fracassos do seu bom intento de engrandecer o seu país e de reforçar a paz e a harmonia mundial. Será desejável que haja orientação e ajuda para que todos os Estados membros da ONU possam trabalhar juntos e criar o tão desejado ambiente de paz, harmonia e progresso. Por exemplo, seria maravilhoso ver uma mudança do género propor a todos os detentores de Armas Nucleares a desactivação de todas as existentes. E, para não haver um ou mais aldrabados, seria constituído um grupo de trabalho com técnicos de todos esses países e, numa primeira fase, desactivariam 10% das existentes num e depois noutro e noutro; depois voltavam ao primeiro e continuavam, com mais 10% para não haver um que ficasse sem nada e os outros depois desistissem e ficavam poderosos e outros sem nada. É que, se houver um louco que lance uma arma, o que for alvejado responderá mais fortemente e o efeito será a aniquilação da vida no planeta. HAJA QUEM, PACIFICAMENTE, CONSIGA DESACVTIVAR TODAS ESSAS ARMAS.

A João Soares
16 de Novembro de 2016

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

DOIS RECEIOS A ACAUTELAR



Duas previsões preocupantes
(Publicado em O DIABO em 15 de Novembro de 2016)

Fui deparado com duas previsões de situações desagradáveis para o futuro de Portugal mas muito diferentes entre si e que exigem preparações preventivas diferentes. Uma refere-se aos efeitos do aquecimento que tem vindo a afectar o nosso clima e o outro está ligado à existência da Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, situada na margem do Tejo e apenas a 100 quilómetros da nossa fronteira.

O aquecimento global de que muito se fala e se vem agravando tem, no nosso caso, o factor acelerador devido à já, há muito, anunciada inclinação do eixo da Terra que coloca a Península Ibérica mais próxima do Equador e, portanto, aos agentes da desertificação do Saara, ao ponto de o aumento da temperatura poder ter particular impacto no Mediterrâneo e no sul da Península Ibérica, abrangendo parte dos dois Países peninsulares onde o deserto pode vir a tornar-se realidade.

A desertificação, que só será bem visível daqui a algumas décadas, é inevitável embora possa ser desacelerada com um bem orientado esforço de defesa do ambiente, reduzindo a poluição do ar e das águas. Impõe-se antecipar a adaptação às novas condições através de mudança de hábitos e de adequadas alterações na agricultura e outras actividades dependentes do clima, e bem pensados movimentos migratórios, quer internamente quer para o estrangeiro. Serão adaptações que ocorrerão progressivamente ao longo de várias décadas. A outra previsão é menos assertiva, uma hipótese a recear, mas que é dependente de medidas preventivas que a evitem ou lhe reduzam em grande grau a probabilidade de ocorrência. Há que evitar um acidente semelhante ao acontecido em Chernobil, do qual Portugal, pela proximidade e pelo veículo de transporte de material radioactivo que é o Rio Tejo, seria muito lesado, principalmente na bacia do principal Rio que, dada a sua orografia muito plana, seria fortemente contaminada.

A melhor prevenção, mais garantida, seria o encerramento da Central, aconselhado pela sua idade de funcionamento que já tem dado lugar a diversas falhas e avarias, embora sem consequência muito graves. No caso de não ser encerrada, haverá que substituir muito do equipamento por outro mais moderno e com mais garantias de segurança. Deve passar a haver um rigoroso e permanente controlo do funcionamento e uma grande transparência de informação a fornecer ao Estado Português, quanto às condições de segurança, medidas preventivas e condições de armazenamento e isolamento de materiais radioactivos obsoletos, componentes fora de serviço, tratamento da água e refrigeração, etc

Ao contrário da desertificação, que é previsível e dá tempo para preparar a defesa progressiva e procura de soluções, um acidente na central nuclear, pode ocorrer inesperadamente, com um grau de violência incalculável e efeitos devastadores e de consequências largamente prolongadas no tempo. Todo o cuidado é pouco para evitar qualquer falha mínima.

A João Soares
Em 9 de Novembro de 2016

terça-feira, 8 de novembro de 2016

REFUGIADOS, SOLIDARIEDADE E RESPEITO PELOS OUTROS

Refugiados, Solidariedade e Respeito pelos outros
(Publicado em O DIABO de 8-11-2016)

A degradação das sociedades modernas, com o avanço da globalização, tem originado, em grande quantidade de estados, pequenos ou por vezes grandes, conflitos internos ou com vizinhos, que originam a fuga de populações como emigrantes ou como refugiados. Para agravar as consequências e aumentar o sofrimento das pessoas e famílias, nessas condições, apareceram oportunistas a cobrar avultados pagamentos por transporte em condições arriscadas. Para aumentar a rentabilidade de tais negociatas, em vez de colaborarem na procura de soluções em áreas menos agitadas do país ou em países próximos, incitam-nos a viagens mais longas para países com idiomas, tradições e etnias muito diferentes, o que acarreta, além das confusões e perigos da viagem, dificuldades de adaptação e de convivência.

Impõe-se aos cidadãos dos países de acolhimento atitudes de solidariedade através do melhor apoio. Ma os imigrantes devem evidenciar vontade de adaptação aos hábitos locais em respeito bilateral, interactivo, com os outros. Há um ditado que diz «na terra onde chegares faz como vires fazer se não queres aborrecer». É uma questão de respeito pelos outros. Chegarem, quererem manter os seus hábitos sem o menor sinal de quererem adaptar-se e exigindo que os autóctones os aceitem, tolerem e se adaptem a eles, é uma forma de colonialismo, já fora de moda, que os acolhedores nem sempre estão dispostos a aceitar. Daí que raramente a presença de refugiados seja agradável e inspiradora de comportamentos de boa vontade.

Mas trata-se de uma realidade que não pode ser ignorada e necessita de boa análise por parte dos poderes políticos e da ONU e outras instituições focadas na vida social e humanitária. E deve olhar-se, não apenas para as soluções de acolhimento mas, principalmente, para as medidas preventivas que devem consistir em evitar conflitos que possam ser geradores do fenómeno. A ONU e outros poderes devem exercer a diplomacia que, em vez de conflitos violentos, leve ao diálogo, a conversações e a negociações. Isso evita desgaste de meios necessários ao desenvolvimento dos países e as perdas de vida e outros inconvenientes para as pessoas que têm o direito de viver em paz, com segurança e com boa qualidade de vida. No aspecto preventivo, surgem palavras sensatas de pessoas não muito poderosas da engrenagem política internacional, como o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi que, em 24 de Outubro, disse que a eventual extradição de ruandeses requer exame cuidadoso.

Mais recentemente, em 29 de Outubro, o presidente do Irão, Hassan Rouhani, apelou à chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini, para que use "o poder político para pressionar" os "aliados locais dos terroristas", esperando com isso normalizar a vida no Médio Oriente, principalmente, na Síria, no Iraque e no Iémen e evitar o posterior alastramento ao Norte de África e à Europa.

Torna-se urgente reduzir drasticamente o uso da força e utilizar medidas como as sugeridas pelo Presidente iraniano ou outras afins para se viver pacificamente com qualidade de vida mais aceitável. A PAZ é um bem indispensável.

A João Soares
em 12 de Novembro de 2016

sábado, 5 de novembro de 2016

A DROGA MAIS PERIGOSA ESCRAVIZA A HUMANIDADE

Quando, em 19 de Maio de 2013, publiquei em blog que o dinheiro é «A DROGA MAIS PERIGOSA», a minha ingenuidade não me permitiu ver todo o perigo que resulta do poder afrodisíaco do vil metal. Nem a corrupção generalizada que a Comunicação Social nos tem mostrado me dava uma noção real do verdadeiro problema e, por isso, fiquei impressionado ao ler a notícia referente à entrevista dada por Assange, o fundador do WikeLeaks, em que afirma que várias autoridades do Qatar e da Arábia Saudita doaram milhões à fundação de caridade de Hillary Clinton e, por outro lado, financiam o Estado Islâmico. Quem tem o apoio dos grandes financeiros consegue dominar o mundo e, apoiando aqueles que, ao serviço de interesses ocultos, trucidam milhares de inocentes no médio Oriente, em África e na Europa.

Parece que isto ajuda a compreender um pouco o porquê de a América, estar a apoiar discretamente os rebeldes da Síria, em oposição a outra grande potência que apoia o poder legal. E, segundo a mesmo notícia, esses mesmos poderosos da Arábia Saudita e do Qatar convergem no apoio às eleições presidenciais com poderes semelhantes, como Bancos, serviços de informações, empresas de armamento e outro dominadores. O poder da droga mais perigosa não respeita fronteiras, nem cor, nem religião.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

A PAZ É O BEM MAIOR



(Publicado no jornal O DIABO em 1-11-2016))

A Paz constitui o objectivo mais desejado pla maior parte da Humanidade. Mas a ambição e outros defeitos do ser humano impedem que ela seja colocada em primeiro lugar no relacionamento entes pessoas e entre Estados. Para bem de todas as pessoas, deve ser dada prioridade ao bem, à paz, ao diálogo, ao compromisso, que são os melhores tesouros da existência humana.

Um estudo recente do Institute for Economics and Peace’s (IEP’s) revela que dos 162 países analisados, apenas onze em todo o mundo estão sem conflitos. Fica-se com a sensação de que todo o Planeta está em guerra. Mas, no entanto, existe a «ONU (Organização das Nações Unidas), fundada em 1945, com o compromisso de manter a paz e a segurança internacionais, fomentar as boas relações entre as nações, promover o progresso social, melhores condições de vida e direitos humanos». Agora, perante o falhanço da ONU, na prossecução deste objectivo, espera-se que António Guterres, ao assumir a função de secretário-geral, para os próximos cinco anos, use o seu saber e experiência que adquiriu como responsável pela ACNUR, para se servir da sua visibilidade e capacidade de diálogo no sentido de convencer os governantes dos Estados conflituosos a acabar com o ruído das armas e dar mais importância aos direitos humanos através da diplomacia, do diálogo e da negociação.

Curiosamente, com a eleição e aclamação de Guterres, surgiram sinais optimistas de vontade de PAZ em várias áreas de conflito. Oxalá sejam semente de melhores tempos mais vocacionados para o desenvolvimento, para melhores relações comercias, culturais e de humanidade.

As Filipinas, pela mão do presidente Duterte, deram o primeiro passo, para esquecer a conflitualidade das disputas territoriais no Mar do Sul da China, muito acirradas pelo antecessor Benigno Aquino, quanto ao controlo do atol Scarborough e das ilhas Spratly. Agora, sobrepondo-se a esses problemas territoriais é considerada prioritária uma série de acordos de cooperação que ajudarão as Filipinas a dar aos seus cidadãos uma melhor qualidade de vida e esperança num futuro mais prometedor.

Também, para procurar solução para a Ucrânia, realizou-se em 12 do corrente, em Berlim uma reunião que contou com a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, e dos presidentes russo, Vladimir Putin, e francês, François Hollande, além do ucraniano Petro Poroshenko, A intenção é desenhar um roteiro para o conflito ucraniano até ao final de novembro. Dentro de um mês, haverá uma reunião dos respectivos chefes da diplomacia.

Também a situação na Síria onde as velhas potências da guerra fria iniciada em 1945 se encontram desavindas, foi objecto de uma "reunião de trabalho" realizada em 16 do corrente em Berlim entre os presidentes francês, François Hollande, e russo, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel. A intenção é estabelecer um cessar-fogo duradouro em Alepo e um acesso humanitário para que termine o martírio desta cidade síria que, desde há cerca de um mês, está sujeita a bombardeamentos quase ininterruptos. Putin que tinha decidido uma trégua de 8 horas afirmou posteriormente prolongá-la por 24 horas, para fins de apoio humanitário.

Também Mahmoud Abbas, líder da Palestina, mostrou interesse em ver resolvido o diferendo com Israel e, falando com Guterres, obteve dele a afirmação de ter a esperança de ver "os dois Estados lado a lado, reconhecendo-se, e pondo fim a uma das situações mais dramáticas a que o mundo já assistiu."

Recuando cerca de um mês recordamos que, na Colômbia, em 24 de Agosto, o Governo e as FARC chegaram a acordo para pôr fim ao conflito de guerrilha que durava há cinco décadas, selando assim um acordo de paz.

Será oportuno aproveitar esta mudança de ocupante da cadeira para aproveitar estes bons indícios de bom senso, a fim de satisfazer a vontade que eles representam de substituir as guerras por paz, concórdia e harmonia, própria de seres racionais, com sensibilidade e bom senso. Oxalá os responsáveis mundiais sintam este problema com liderança e coragem civilizada. Todas as pessoas devem exercer as pressões que estiverem ao seu alcance para que os meios de Comunicação Social e as redes sociais estimulem as opiniões a favor dos direitos humanos, contra todos os tipos de violência a começar por guerras e actos de terrorismo, para facilitar a acção dos altos representantes da ONU nesse sentido. Dessa forma contribuirão para um futuro melhor na Nova Era Mundial em que viverão os nossos descendentes.

António João Soares
Em 24 de Outubro de 2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

É NECESSÁRIA LIDERANÇA E CORAGEM PARA EVITAR CRISES


É necessária liderança e coragem para evitar crises
(Foi Publicado em O Diabo em 161025)

Ou há liderança assente na competência e na disposição para estudar os problemas e decidir, correndo o risco de sofrer críticas de quem pensa de forma diferente ou tem interesses a defender ou tem que se sujeitar a procurar sobreviver por entre as crises. Foi, por outras palavras, esta a previsão feita por um elemento da administração Obama em relação aos trabalhos que se apresentam a Guterres nas suas novas funções.

Ter qualidades de liderança e exercê-la, enfrentando as dificuldades inerentes à responsabilidade é mais salutar do que ser vítima, andando ao sabor das crises. Entre nós, tem faltado liderança suficiente para pôr termo a gastos abusivos do dinheiro público em actividades sem utilidade bem justificada e esclarecida para o interesse nacional, embora sejam apontadas de forma bem visível por pessoas de competência indiscutível, como alvos a eliminar ou nódoas a limpar.

Num documento que circula com o título «Indecoroso» e atribuído a Adriano Moreira, aparecem doze motivos de «vergonha» que devem impedir os deputados e ex-governantes de criticar o OE para 2017. Segundo ele, grandes buracos nas despesas públicas arrastam-se desde há muito e em crescimento crónico, em vez de terem sido podados, aparados ou até eliminados, mas faltou capacidade e liderança, até porque a decisão passa por quem está interessado e beneficiado por essa aplicação indevida do dinheiro público.

Além das fundações em que algumas podem não ter conexão com interesse nacional correspondente aos seus custos, há as dezenas de observatórios que, segundo tem vindo a público, chegam a ser duplicados, e muitos dos quais apenas servem para justificar a remuneração mensal da direcção. Mas há também a quantidade de assessores nos gabinetes que parece pouco contribuírem para serem evitados erros de governação, e originam obesidade da despesa pública e causam aumento de burocracia que contraria a desejada simplificação.

No referido documento que anda a circular são referidas 12 vergonhas: comparação da reforma de deputado com a de uma viúva; tempo de serviço para os deputados obterem a reforma; redução do IRS e cálculo da reforma; salários dos assessores comparado com técnicos qualificados; dinheiro para apoiar os partidos; ausência de prova de capacidade aplicada aos políticos para o exercício do cargo; custo de comida, de carros oficiais, de motoristas, de cartões de crédito; deputados gozam quase 5 meses de férias por ano; após saída do cargo recebem 80% do salário durante 18 meses; ex-governantes após cessar funções podem acumular dois salários do erário; há quem viva em Sintra e diz viver noutra cidade para receber ajudas e custo de deslocação à capital.

A manutenção destas mordomias e a tendência para a sua dilatação em valor e em número dos beneficiados, não passa despercebida dos populares mais atentos que poderão fatigar-se da sua tolerância e do seu silêncio e começar a esbracejar, sabe-se lá com que grau de violência. E a lista das vergonhas citadas no texto «Indecoroso» não se limita aos órgãos do poder legislativo e executivo, mas tem alastrado a autarquias, em graus mais ou menos preocupantes.

É urgente que se mostre com clareza aos contribuintes qualidades de liderança, e coragem para assumir a responsabilidade de gerir adequadamente os interesses colectivos dos portugueses, isto é, os interesses nacionais. Isso desagradará aos que estão a beneficiar de tais abusos mas é para isso que é necessária a capacidade e liderança e a coragem dos chefes.

/ A João Soares
18 de Outubro de 2016

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

PROMESSAS E DECISÔES ANUNCIADAS PRECOCEMENTE


Promessas e decisões anunciadas precocemente
(Publicado em O DIABO de 18 de Outubro de 2016)

Por vezes, deparam-se situações em que, talvez, a ansiedade de transmitir esperança, afecto e apoio espiritual, leve pessoas, ocupando cargos de grande responsabilidade, a cometer erros gravíssimos de difusão de promessas que «garantem» e «asseguram» mas que não são mais do que impulsos, caprichos, intenções, que não passaram pelo estudo e análise como preconiza a metodologia referida no texto «preparar a decisão» publicado em O Diabo de 27 de Setembro. Aquela ou outra metodologia parecida mostra que a elaboração da decisão é um processo mental sem rigor suficiente para garantir seja o que for, mas com a consistência necessária para procurar a melhor solução, sem desprezar apoios de opiniões, sugestões e propostas de quem conheça a complexidade do problema e possa contribuir para que a decisão seja inteligente, racional, lógica e realmente bem adequada ao assunto a resolver. Recordo que, na fase da elaboração da lista de soluções possíveis, o falecido General Betencourt Rodrigues costumava dizer «agora, durante cinco minutos, a asneira é livre».

Em fases do estudo, como esta, não convém que saia a público uma das «asneiras» do gosto do orador e que a prometa, assegure e garanta. Houve recentemente, acerca da preparação do orçamento, afirmações contraditórias de membros do Governo com alta responsabilidade sobre medidas que iriam ser tomadas. Isto descredibiliza as pessoas que, depois, dificilmente se podem fazer acreditar.

No texto «amar Portugal sem submissão a partido» publicado em O Diabo de 4 de outubro, sugeria-se a colaboração de grupos de pessoas esclarecidas, de diversas cores, para, em gabinete fechado, procederem a análises imparciais, centradas no interesse nacional, a fim de procurar as melhores estratégias e tácticas para construir o futuro do Pais. Nenhuma afirmação proferida em tal ambiente deve ser afirmada em público por um governante, como promessa garantida, para que depois não venha outro membro do mesmo governo afirmar coisa diferente sobre o mesmo assunto.

Perante tal linguajar, o povo, se tal hipótese o beneficia, reagirá com apoio e cria uma esperança, mais ou menos eufórica que, no caso de não vir a concretizar-se pode dar para o outro lado, dar para o torto. Também os insatisfeitos com a hipótese desenvolverão pressões que, depois, dificultarão a vida de quem tem que governar todos. Por isso, há que evitar referir aquilo que ainda está em estudo, como sendo uma coisa garantida e segura.

Não é oportuno listar todos os casos de contradições e negações recentes, porque entretanto tudo consta já no projecto de Orçamento, aprovado por Conselho de Ministros depois de todos os retoques que foram julgados convenientes. Mas, atenção, que nunca agradará a todos.

E há uma reflexão que já foi referida algumas vezes. Se o orçamento é um programa de gestão em que constam as despesas e investimentos a realizar com as receitas disponíveis, em que a diferença entre as somas de umas e de outras deve ser ZERO, porque se prevê antecipadamente que haja um défice? Seria preferível que houvesse um superávite. Essa é a regra das contas familiares em que deve procurar-se, sempre que possível, uma poupança. O défice que a própria UE aceita e ao qual estabelece limite, é um gerador de dívida que crescerá até a um momento impossível de tolerar. Triste herança se está a preparar para os vindouros. Que ideia terão, acerca do défice e da dívida, os altos ocupantes da liderança da UE?

A João Soares
12-10-2016

domingo, 16 de outubro de 2016

INDECOROSO POR ADRIANO MOREIRA




INDECOROSO por Adriano Moreira
NUNO MATIAS 25 JAN 16 em O OURIÇO

Especialmente dedicada aos "ministros" Poiares Maduro e Maria Luís Albuquerque pelas suas "brilhantes" declarações proferidas acerca da sustentabilidade das reformas...

VERGONHA é comparar a Reforma de um Deputado com a de uma Viúva.

VERGONHA é um Cidadão ter que descontar 40 ou mais anos para receber Reforma e aos Deputados bastarem somente 3 ou 6 anos conforme o caso e que aos membros do Governo para cobrar a Pensão Máxima só precisam do Juramento de Posse.

VERGONHA é que os Deputados sejam os únicos Trabalhadores (???) deste País que estão Isentos de 1/3 do seu salário em IRS…e reformarem-se com 100% enquanto os trabalhadores se reformam na base de 80%...

VERGONHA é pôr na Administração milhares de Assessores (leia-se Amigalhaços) com Salários que desejariam os Técnicos Mais Qualificados.

VERGONHA é a enorme quantidade de Dinheiro destinado a apoiar os Partidos, aprovados pelos mesmos Políticos que vivem deles.

VERGONHA é que a um Político não se exija a mínima prova de Capacidade para exercer o Cargo (e não falamos em Intelectual ou Cultural).

VERGONHA é o custo que representa para os Contribuintes a sua Comida, Carros Oficiais, Motoristas, Viagens (sempre em 1ª Classe), Cartões de Crédito.

VERGONHA é que s. exas. tenham quase 5 meses de Férias ao Ano (48 dias no Natal, uns 17 na Semana Santa mesmo que muitos se declarem não religiosos, e uns 82 dias no Verão).

VERGONHA é s. exas. quando cessam um Cargo manterem 80% do Salário durante 18 meses.

VERGONHA é que ex-Ministros, ex-Secretários de Estado e Altos Cargos da Política quando cessam são os únicos Cidadãos deste País que podem legalmente acumular 2 Salários do Erário Público.

VERGONHA é que se utilizem os Meios de Comunicação Social para transmitir à Sociedade que os Funcionários só representam encargos para os Bolsos dos Contribuintes.

VERGONHA é ter Residência em Sintra e Cobrar Ajudas de Custo pela deslocação à Capital porque dizem viver em outra Cidade.

Esta deveria ser uma dessas correntes que não deveriam romper-se pois só nós podemos remediar TUDO ISTO.

ALÉM DISSO, SERÁ UMA VERGONHA SE NÃO REENVIAREM.
" Não fazemos agravo a "ninguém, salvo o escândalo de termos princípios, e História, e coragem, e razão."

sábado, 15 de outubro de 2016

O POVOÉ QUE PAGA. É SÓ PAGAR

A situação financeira difícil que continua a condicionar as nossas vidas e as discussões à volta do OE para o próximo ano constituem incentivo a que se reflicta sobre as realidades que nos envolvem. Há impostos que aumentam, outros que foram criados, como se houvesse poucos, mas não se falou, seriamente, na redução de despesas. Nem sequer foi prometido o estudo rigoroso, por pessoas competentes e independentes, das mordomias, das subvenções, dos subsídios diversos, das reformas milionárias, das formas faustosas de ostentação dos detentores do poder e outros que parasitam o erário.
Para quando a análise rigorosa das vantagens que eventualmente resultam para o interesse nacional das benesses usufruídas por cada uma das fundações e por cada um dos observatórios e outras instituições sugadoras do dinheiro dos muitos impostos sacados ao cidadão sob uma variedade de pretextos. Já se fala, talvez ironicamente, que se vai medir a capacidade toráxica de cada cidadão a fim de lhe ser aplicado um imposto pelo ar que respira.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

DEMOCRACIA OU DITADURA ?

Democracia ou ditadura
(Foi publicado em O DIABO de 11 de de Outubro de 2016

Numa época em que muito se fala em democracia, direitos humanos, respeito pelas pessoas, transparência, liberdade de expressão, justiça social, etc. aparecem governantes com actos ditatoriais, autoritarismo, intolerância e que, estranhamente, são aceites e quase justificados pelos seus parceiros internacionais.

È agora o caso das Filipinas, foi recentemente o da Turquia, tem sido repetidamente o da Coreia do Norte, que vêm juntar-se a muitos outros desde a Europa à América do Sul, passando pela África e Ásia. No entanto, os problemas cívicos e sociais devem ser colocados numa prioridade muito acima do alcance das competências de grande parte dos governantes. Tais problemas exigem competência, inteligência e sensibilidade.

Não é fácil. O célebre lema da histórica Revolução Francesa – Igualdade, Liberdade e Fraternidade – contém uma impossibilidade, a da incompatibilidade entre igualdade e liberdade. Para as pessoas serem iguais, não podem ter liberdade de ser como gostam. O resultado de tal conflito de conceitos conduziu a que os líderes saídos da revolução, desejosos que, em nome da igualdade, todos comungassem dos mesmos ideais, não admitiram que houvesse pensadores com a leviandade de usar a liberdade de ter ideias diferentes e as exprimirem publicamente. E, para os calar, puseram a guilhotina a trabalhar. Mas passados 227 anos sobre tal acontecimento histórico e tendo sido adoptado o conceito de democracia, nas palavras proferidas publicamente pelos políticos, já é altura de assumir inteiramente o ideal democrático ou implantar outro que seja aceite. Afinal, para que quiseram destruir as monarquias, se não eram capazes de governar melhor em todos os aspectos da qualidade de vida das pessoas especialmente das mais débeis?

Parece que as Filipinas, como outros Estados, estão a fazer a criação de «novo método de governar», mas que contradiz o conceito civilizacional de Humanidade e respeito pelos outros. No século XXI tem que ser escolhida uma forma aceitável de educar os jovens desviados do bom caminho e desenvolver métodos de informação e de educação das pessoas para vivermos pacificamente em harmonia, espírito de ajuda, de compreensão e evitar ambições com formas selvagens de competição por pretextos insignificantes.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

AMAR PORTUGAL SEM SUBMISSÃO A PARTIDO

Amar Portugal sem se submeter a um partido
( Foi publicado em O DIABO de 4 de Outubro de 20016) Ter Amor ao País, ser patriota, mas sem torcer por um partido, será mesmo tarefa impossível? Parece que não. A submissão a um partido é um cerceamento de liberdade de pensamento e de voto, é uma recusa de olhar para todos os factores de um problema, de analisar todos os aspectos que podem condicionar a escolha de uma solução ao tomar uma decisão capital para o futuro do Estado. Estas reflexões surgem ao meditar nas sugestões e conselhos que ressaltam frequentemente das palavras do Presidente da República.

Sem preconceitos ideológicos ou de afectos por um ou outro partido, podemos encontrar ideias ou possíveis intenções aproveitáveis ou recusáveis vindas de qualquer partido do leque existente. Seria, por isso, interessante que, fora do ambiente parlamentar em que as sensibilidades estão, demasiado e de forma artificial, acirradas, se realizassem mesas redondas de menos de uma dezena de participantes todos interessados em procurar um consenso para soluções a aplicar em sectores escolhidos. Sem quererem impor tais soluções, mas apenas para uma busca de solução ideal com as melhores vantagens e os mínimos inconvenientes para a colectividade. Nesse trabalho, deveria haver o compromisso de não impor a visão partidária mas apenas o interesse nacional sem receios de fazer cedências de pontos de vista menos adequados às realidades.

Esses trabalhos, com um aspecto lúdico ou desportivo deveriam ser praticados em sala fechada para nenhum dos participantes ter receio de ser penalizado pelo seu clã por não ter sido disciplinado ou politicamente correcto na defesa estrita dos respectivos interesses.

Certamente, seria um alfobre de medidas muito eficazes para fazer reformas e mudanças contributivas para o crescimento do País e para encarar o futuro com esperança e menos incertezas quanto à evolução. Poupar-se-iam meios financeiros e tempo por se evitarem tentativas fracassadas que levam ao desgaste do pára e arranca do cai levanta-se e volta a cair mais à frente.

Embora me possam chamar utópico atípico, alerto para o facto de alguns comentadores da TV e participantes em programas que abordam a política de forma apartidária e, por vezes humorística, procuram dar visões diferentes das defendidas pelos seus próprios partidos no sentido de construir um futuro mais promissor.

Como PORTUGAL seria mais risonho se fosse dada prioridade aos INTERESSES NACIONAIS!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

COMO VENCER A MARÉ

O meu Amigo Villas-B sugeria num e-mail que é preciso saber remar contra a maré. Respondi-lhe que acho preferível aproveitar momentos mais calmos da maré para a contrariar e até, usando um rumo oblíquo, aproveitar parte do impulso dela.

Hoje quem vence é quem sabe ser manhoso e se coloca ao serviço de «políticos» e outros detentores dos vários aspectos do PODER. Reparemos actualmente na corrida ao cargo de Secretário-Geral da ONU e nas manobras ocultas que apoiam a nova candidata que quer ganhar a maratona correndo apenas os últimos poucos metros contra candidatos considerados de grande valor que vêm desde o início sempre a ser avaliados pelo seu mérito.

O nosso António Guterres que tem sido o predilecto de todo o Mundo, vencendo sucessivas votações de avaliação, pode ser ultrapassado por uma candidata que entra na corrida já perto da meta, mas com o apoio bem negociado de ALTOS PODERES, totalmente opostos à DEMOCRACIA, à transparência, à ética, etc, etc.

Que mundo é este? Para que precipício nos estão a empurrar? Afinal, qual é a importância da ONU? O que se espera dela?

PREPARAR A DECISÃO

Preparar a decisão

Na semana passada procurei dar umas dicas aos políticos da oposição. Desta vez as dicas são destinadas a quem tem responsabilidade de tomar importantes decisões que influenciam a vida dos cidadãos.

A evolução, a actualização, a MUDANÇA É UMA CONSTANTE na matemática da vida, da Natureza. A notícia sobre o interesse das estruturas sindicais da Função Pública na melhoria das condições dos seus associados agradou-me, mas deixou-me a dúvida sobre a forma como as suas intenções serão concretizadas quer na condução da preparação do resultado final quer no aspecto de (se este for concretizado) vir a ser o mais adequado ao real interesse nacional.

Como os detentores do Poder, sendo pessoas, estão sujeitos a erros, e não são omniscientes, os assuntos objecto de decisões mais determinantes, devem ser analisados com a ajuda de pensadores independentes e sem interesse pessoal nem corporativo nas medidas a adoptar.

Com perfeito conhecimento da finalidade da decisão, tendo em vista o interesse geral, nacional, e todos os factores que o influenciam, há que listar todas as soluções possíveis, para depois escolher a que apresentar mais vantagens e menos inconvenientes. Aplica-se aqui o texto que publiquei há quase oito anos «Pensar antes de decidir». em que expunha a seguinte metodologia:

«Em termos resumidos, as normas de preparação da decisão e de planeamento devem passar por:

1) Definir, com clareza e de forma que ninguém tenha dúvidas, o objectivo ou resultado pretendido.

2) Em seguida, descrever com rigor o ponto de partida, isto é, a situação vigente, com análise de todos os factores que possam influenciar o problema que se pretende resolver.

3) Depois, esboçar todas as possíveis formas ou soluções de resolver o problema para atingir o resultado, a finalidade, o objectivo ou alvo; nestas modalidades não deve se preterida nenhuma, por menos adequada que pareça.

4) A seguir, pega-se nas modalidades, uma por uma, e fazem-se reagir com os factores referidos em 2) para analisar as respectivas vantagens e inconvenientes; é um trabalho de previsão de como as coisas iriam passar-se se essa fosse a modalidade escolhida.

5) Depois desta análise das modalidades, uma por uma, faz-se a comparação entre elas, das suas vantagens e inconvenientes, com vista a tornar possível a escolha.

6)O responsável pela equipa, o chefe do serviço, da instituição, o ministro, o primeiro-ministro, conforme o nível em que tudo isto se passa, toma a sua decisão, isto é, escolhe a modalidade a pôr em execução, tendo em conta aquilo que ficou exposto na alínea anterior.

7) Depois de tomada a decisão, há que organizar os recursos necessários à acção, elaborar o planeamento e programar as tarefas.

8) Após iniciada a acção é indispensável o controlo eficaz do qual pode resultar a necessidade de ajustamentos, para cuja decisão deve ser utilizada a metodologia aqui definida, por forma a não se perder a directriz que conduz à finalidade inicialmente pretendida.

A João Soares
19-09-2016
Este texto foi publicado no jornal «O Diabo» em 27-09-2016

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

COMO APROVEITAR A PASSAGEM PELA OPOSIÇÃO


Quando um partido que passou uma ou mais vezes pelas funções do poder executivo e se vê na oposição, deve, como em tudo na vida, encarar o facto da maneira mais positiva e tirar dele os melhores benefícios, para o País e para o futuro do partido.

A situação de não ser responsável por tomar decisões que imponham deveres e sacrifícios aos cidadãos permite liberdade de análise, com capacidade de isenção, dos problemas fundamentais do País, e esboçar estratégias mais adequadas à melhoria da qualidade de vida das populações e ao enriquecimento da economia nacional, em benefício de todos. Enfim, esse período de «repouso» deve ser aproveitado como um estágio de preparação para o desejado próximo período de governação. Para que este se concretize, convém ir dando aos eleitores a noção de que existe uma estratégia bem estudada, bem organizada e programada que contribuirá para uma vida melhor nos dias que virão, em benefício de todos os cidadãos.

Infelizmente, as coisas nem sempre são assim compreendidas e, em vez de em cada momento se pensar em engrandecer o país e criticar o Governo de forma positiva e construtiva, numa competição de competência, para atingir as melhores metas, cai-se na crítica destrutiva, negativa, em que sobressai a intenção da «luta pelo poder» de forma abjecta, à espera de que tudo seja demolido para reiniciar do nada a construção de algo que não se sabe bem o que será.

De olhos focados num futuro melhor, desejado por todos e serenamente preparado, todo e cada cidadão, só ou inserido em organizações idóneas, deve dar o melhor de si, dos seus conhecimentos, das suas capacidades, para que dos mais altos cargos saiam medidas bem estruturadas e adequadas aos principais objectivos nacionais. Nisso, os partidos têm especial responsabilidade e devem aproveitar a oportunidade para contribuir para que o novo orçamento seja preparado da forma mais auspiciosa para a grande maioria dos portugueses, os que foram mais sacrificados pela crise que ainda não se desvaneceu.

Como diz Anthony Giddens no seu livro «Runaway World» em 1999, «agora que as velhas formas de geopolítica se estão a tornar obsoletas, as nações vêem-se obrigadas a repensar as próprias identidades». E isso não pode ser tarefa a realizar por capricho ou inspiração de momento mas fruto de profunda meditação, com a colaboração de largo espectro dos cidadãos.

AJS
Em 14-09-12016
NOTA: Este texto foi publicado no jornal «O diabo», em 20-09-2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

QUAL É A MISSÃO DA TV


Qual é o papel da TV?

Não é fácil entender as prioridades da TV, principalmente da SIC, ao mostrar continuamente imagens arrepiantes das chamas dos fogos ateados por pirómanos. As temperaturas altas e o sol não geram incêndios, apenas facilitam a propagação dos existentes. E muitos destes surgem na calada da noite sem sol e com menos calor.

Seria preferível que, no palrar permanente dos servidores da TV, constassem dados para análise do fenómeno desde as suas causas aos interesses que possam estar na sua existência e sugestões, para reduzir o aparecimento e a dimensão. Um contributo para acabar com a dimensão deste terrível espectáculo pode ser a sugestão para serem procuradas pistas que ajudem as autoridades a detectar os causadores, directos ou os seus mandantes, e os deterem.

Quanto aos programas de TV só pode dizer-se que é propaganda elogiosa aos pirómanos, dando-lhes prazer e orgulho do êxito obtido com as suas iniciativas diabólicas. Nenhum atleta, desportista, artista, cientista, empresário ou trabalhador com êxito vê dar tanta publicidade e visibilidade aos resultados dos seus êxitos.

Então, porque será que é dada tanta visibilidade aos troféus «ganhos» pelos pirómanos? Quem beneficia com tais programas depressivos?

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

FOGOS FLORESTAIS - PRAGA RECENTE



Fogos florestais existem há poucas décadas

Nasci numa aldeia da Beira Alta, na zona do pinhal, e vivi lá até quase aos dezanove anos. Tinha os olhos postos na Natureza durante a maior parte do dia (só para me deslocar entre a casa e o liceu, a pé, demorava hora e meia de manhã e outro tanto à tarde). No pinhal podiam assar-se castanhas ou sardinhas ou qualquer grelhado sem preocupações de atear incêndios. Nem sabíamos o que isso era e não me lembro de ver por lá um carro de bombeiros.

Não estou a mentir, nem sequer a fantasiar. Como era possível? A explicação é fácil. O terreno do pinhal estava limpo, sem material combustível. E nunca ouvi alguém dizer que ia limpar o pinhal. Não havia a preocupação de limpar o chão do pinhal, não havia a intenção de evitar fogos florestais. Simplesmente, eles não tinham possibilidade de ocorrer porque isso resultava como efeito secundário de outra actividade fundamental.

Em vales onde hoje cresce mato diverso, desde silvas a giestas e outra flora, nessa época fazia-se agricultura que servia de alimento às pessoas e ao gado. Essa agricultura necessitava de fertilizantes que, tradicionalmente, eram de origem biológica com maior participação do estrume das camas do gado e de pátios ou lixeiras. Para isso, o mato do pinhal era cuidadosamente roçado uma vez por ano e amontoado em local abrigado dos ventos onde ficava a curtir com a chuva e outra água que fosse oportuno. Isso era um factor da hoje chamada prevenção de incêndios. Outro factor era a esgalha dos pinheiros que consistia em libertá-los dos ramos inferiores, já secos que iam servir para alimentar a lareira da cozinha e que melhoravam a qualidade da madeira do tronco que recuperaria do nó. Eram também cortados alguns ramos não secos que eram aproveitados como estacas para as videiras, para o feijão, para as ervilhas etc. Também, duas vezes por ano era apanhada a caruma que caía no chão nas estações de verão e outono, a qual tinha um destino mais ou menos semelhante ao dos produtos da roça.

Deste circuito fechado nascia a prevenção de incêndios sem se pensar nela. Mas as coisas mudaram, a agricultura passou a fazer uso de adubos químicos, depois as pessoas deixaram a agricultura e passaram a trabalhar em profissões mais limpas, deixou de haver bois para os transportes, a charrua e o arado. E o chão dos pinhais passou a ser uma selva impenetrável difícil de atravessar pelos rezineiros e começou a surgir a praga de que nestes últimos dias muito se tem falado.

Os teóricos começaram a dizer que os proprietários eram obrigados a limpar as suas matas e até criaram fábricas de biomassa, que eram alimentadas pelos produtos da limpeza das matas. Houve uma em Mortágua que durou poucos meses ou anos. Como podia o dono dos pinhais pagar a limpeza e, depois, o transporte para a fábrica da biomassa? E esta teria margem para financiar essas despesas dos seus fornecedores? O problema é complexo e ainda não foi encontrada solução viável, como se vê nos próprios parques naturais, propriedade pública, onde o fogo tem exercido a sua soberania.

E, assim, fala-se mais de combate aos incêndios que na sua prevenção. Mas o combate pode ser feito precocemente sem causar grandes estragos. Um amigo mostrou-me a sua tese de mestrado em que defende a implantação de uma malha de sensores de temperatura que cobre toda uma área a proteger, de forma a que qualquer fósforo seja detectado por três sensores que, automaticamente, transmitem a uma central de bombeiros o local exacto onde acaba de ser aceso o fósforo e basta lá enviar um jipe com um balde água (se a demora for grande será necessário um autotanque), para parar ali mesmo o incêndio, impedindo a sua propagação a grandes áreas.

Esperemos que as tecnologias vençam a ambição dos fornecedores de materiais de utilização e de consumo nos combates a este flagelo que, por um lado causa desgraça a muita gente mas, por outro, contribui para o enriquecimento de alguns.

António João Soares, em 8 de Agosto de 2016

sábado, 11 de junho de 2016

DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES INICIARAM A GLOBALIZAÇÃO



Os Descobrimentos levados a cabo por navegantes portugueses sob a liderança do Infante D. Henrique iniciaram a Globalização de que, só há pouco tempo, as elites tomaram inteira consciência. John Kerry, salientou nas suas palavras de felicitação pelo Dia de Portugal, a "riqueza das contribuições" feitas pelos portugueses na história mundial

Já há alguns anos, quando se começou a falar com intensidade na «Globalização», um autor argumentava de forma muito segura e pormenorizada que quem a iniciou foram os portugueses no século XV, com os descobrimentos que criaram condições para estabelecer facilmente contactos entre as civilizações Ocidental e Oriental. Com a sua posterior frequente utilização, foi dado o primeiro passo para a globalização, ou criação da aldeia global.

Camões soube, com o seu engenho e arte, valorizar esse feito lusitano que agora foi recordado pelo Secretário de Estado Americano, Mas as nossas elites , com negativismo e carência de sentido de estado, parecem mais apreciadoras dos «Quadros da História Trágico-Marítima» do que dos Lusíadas. No entanto, se nós não valorizamos os nossos altos valores históricos eles são tão visíveis que aparece alguém, conhecedor da História Universal a iluminá-los nas memórias dos mais válidos.

Grato a John Kerry, felicito-o pela sua cultura, conhecimento histórico e gentileza para os portugueses.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

POESIAS DE VIÇOSO CAETANO



Tal como aconteceu em 31 de Janeiro de 2010, alguns dos apreciadores das poesias de Viçoso Caetano (o poeta de Fornos d’Algodres) e o próprio manifestaram o desejo de consultar as já publicadas, sem terem de perder muito tempo na pesquisa. Realmente, verifiquei que não era fácil encontrar todos os poemas, por não ter havido uniformidade nas etiquetas. Tal dificuldade está ultrapassada e, para maior comodidade, coloco aqui os links para abrir de imediato qualquer dos poemas, bastando fazer clic sobre o seu título.
O poeta Viçoso Caetano merece esta atenção.

ELEIÇÕES 2015 http://joaobarbeita.blogspot.pt/2015/10/eleicoes-2015-por-vicoso-caetano.html
AFINAL EM QUE FICAMOS? http://joaobarbeita.blogspot.pt/2015/04/afinal-em-que-ficamos-poema-de-vicoso.html
40 ANOS DEPOIS – COMEMORAR  http://joaobarbeita.blogspot.pt/2014/05/40-anos-depois-comemorar-poema-de.html 
AO CORRER DA (COM) PENA  http://joaobarbeita.blogspot.pt/2013/11/ao-correr-da-com-pena-poema-de-vicoso.html 
NA HORA; http://joaobarbeita.blogspot.pt/2013/11/poema-de-vicoso-caetano-na-hora.html
O 25 dos Quatros  http://joaobarbeita.blogspot.pt/2013/03/poesia-de-vicoso-caetano-o-25-dos.html
Aí está 2013  http://joaobarbeita.blogspot.pt/2013/03/poesia-de-vicoso-caetano-ai-esta-2013.html Poema para o PM  http://joaobarbeita.blogspot.pt/2013/01/vicoso-caetano-poema-para-o-pm.html
Ser Militar  http://domirante.blogspot.pt/2011/06/de-vicoso-caetano-ser-militar.html 
Desabafo  http://domirante.blogspot.pt/2011/06/de-vicoso-caetano-desabafo.html
Homenagem a Hugo dos Santos  http://domirante.blogspot.pt/2010/10/homenagem-hugo-dos-santos.html
Terrível Profecia  http://domirante.blogspot.pt/2010/08/de-vicoso-terrivel-profecia.html
Às Armas !!!!  http://domirante.blogspot.pt/2010/08/de-vicoso-as-armas.html
Manifesto Anti EsquerdaAmigos e Companheiros  http://domirante.blogspot.pt/2010/01/amigos-e-companheiros-poema-de-vicoso.html
Saramago  http://domirante.blogspot.pt/2010/01/j.html
Pensar melhor   http://domirante.blogspot.pt/2009/09/pensar-melhor-de-vicoso-caetano.html
Eleições 2009  http://domirante.blogspot.pt/2009/09/eleicoes-2009-por-vicoso-caetano.html
CART 566-RAP 2  http://domirante.blogspot.pt/2009/03/cart-566-rap-2-por-vicoso-caetano.html
Presidência Portuguesa da UE  http://domirante.blogspot.pt/2009/03/presidencia-portuguesa-da-ue-vicoso.html
De Belém   http://domirante.blogspot.pt/2009/02/de-belem-poesia-de-vicoso-caetano.html 
Reflexões  http://domirante.blogspot.pt/2009/02/reflexoes-poesia-de-vicoso-caetano.html
Trova do vento que passa  http://domirante.blogspot.pt/2009/02/trova-do-vento-que-passa-por-vicoso.html
Conversa fiada  http://domirante.blogspot.com/2009/02/poesia-de-vicoso-caetano-mais-uma.html Portugal, diz Presente!!!  http://domirante.blogspot.com/2008/06/portugal-diz-presente.html
Que se passa?  http://domirante.blogspot.com/2008/04/que-se-passa-poema-de-vicky.html
Ao Combatente do Ultramar Português   http://domirante.blogspot.com/2007/05/ao-combatente-do-ultramar-portugus.html 
Reflexões  http://domirante.blogspot.com/2007/03/reflexes-em-verso-reflexes-portugal-um.html
A (Minha) Mensagem  http://domirante.blogspot.com/2007/02/minha-mensagem.html 
Democracia  http://domirante.blogspot.com/2007/01/democracia-vc.html

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O FUTURO COMEÇA AGORA



Como disse o PR há que não deixar prescrever os direitos de cidadania.

Em democracia, o povo tem responsabilidades de colaborar na recuperação. É uma tarefa colectiva de que ninguém está dispensado, cada um com as possibilidades que tiver, no mínimo, deve dizer e explicar a sua opinião e dar a sua sugestão, mesmo que seja apenas em conversa e café,

As pessoas e os países devem gerir a sua vida, no dia-a-dia, com os olhos focados nas realidades actuais e com as ideias e intenções apontadas ao futuro que mais desejam.

Do passado devemos aproveitar as boas lições que hoje podem ajudar a preparar um futuro melhor e evitar repetir os erros cometidos. Como estamos próximos dos jogos olímpicos, devemos aprender o comportamento dos atletas. Enquanto correm na pista, não pensam na partida mas, sim, na linha de chegada, na meta, e orientam os seus passos nesse sentido.

Em criança, quando caíamos, procurávamos levantar e continuar a caminhar com cuidado para não voltar a cair. Pessoas que culpam o passado dos seus fracassos actuais, são pessoas incapazes de gerir o seu presente com inteligência para um futuro melhor. O caminho é para a frente. O futuro começa hoje.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

CIÊNCIA, TÉCNICA E PRATICA


A investigação científica tem originado, através das aplicações práticas, a grande evolução que a humanidade tem conhecido. E mais útil será se for mais divulgada e originar mais desenvolvimento técnico que facilite o percurso do saber até ao ponto de aplicação concrecta.

A jovem doutora investigadora MARTA ENTRADAS tem-se distinguido nessa tarefa de comunicação e, por tal, foi premiada pela Associação Europeia para a Promoção da Ciência e da Tecnologia.

Ela tem focado a sua pesquisa na área da COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA E TEM 13 (TREZE) ARTIGOS PUBLICADOS em revistas internacionais e o seu trabalho de levar a ciência ao conhecimento da sociedade foi reconhecido por contribuir para acabar com barreiras entre cientistas, cidadãos e decisores políticos.

Devemos estar gratos, felicitar a Doutora Marta Entradas e desejar-lhe a continuação do seu trabalho e muitos êxitos, para bem da humanidade.

Para saber mais deste caso exemplar veja AQUI.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

TÁXIS CONTRA A UBER

Há um século, os transportes eram feitos em carros de cavalos e, graças à evolução da tecnologia, foram substituídos por transportes em táxi. Os detentores de tais transportes, os construtores dos carros e das ferraduras, bem como técnicos de manutenção e veterinários viram abaladas as suas principais fontes de receita. Estavam em apreÇo os interesses dos utilizadores do serviço a quem foram oferecidos serviços em melhores condições de rapidez e de preço.

Já então era lógico que os serviços públicos existiam para servir os clientes nas melhores condições. Agora, contra todas as lógicas e racionalidades, os taxistas, perante um serviço concorrente, usando as mais modernas técnicas para satisfazerem os clientes, em vez de modernizarem o seu sistema de servir o cliente, no que têm a vantagem de muito anos de experiência, e superar a nova concorrência, caem na asneira de obstaculizar o novo concorrente que dá maior satisfação à clientela e chegam ao exagero de pressionar a autoridade em benefício daquilo que é obsoleto e teima em não querer modernizar-se. E nessa pressão sobre a autoridade fazem uma coisa antiquada que perturba o trânsito nas principais cidades do país, coisa que coloca, contra a sua estultícia, a opinião geral dos portugueses.

Teria sido louvável que passassem a utilizar as modernas tecnologias para não se deixarem vencer pelo novo concorrente, mas a estupidez de perturbarem a circulação aos cidadãos e de quererem impor ao Poder a sua esclerose contra uma inovação benéfica para todos os utilizadores, isso não lhes traz aplausos dos cidadãos. VIVA A UBER.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

FALTA NA POLÍTICA TRANSPARÊNCIA, VERDADE, LEALDADE


A credibilidade dos políticos, há muito, que vem sofrendo de anemia quase letal. Em 9 Maio de 2011 Passos Coelho, em comunicação solene ao País, disse: «"Portugal está hoje com a maior dívida pública de que há memória"… "o país tem um nível de desemprego que ameaça a coesão e a justiça social". …é necessário colocar a economia portuguesa "a crescer".».

Já variadas mostraram que a dívida aumentou, o desemprego subiu apesar das sugeridas emigrações, os problemas sociais agravaram-se, etc e agora vem o actual PM afirmar que «"Ao contrário do que a anterior maioria nos quis fazer crer, a melhoria da situação económica em 2015 era aparente e não era real. Os dados económicos do segundo semestre de 2015 davam claros sinais do esgotamento da recuperação”… no ano passado o crescimento económico ficava "cada vez mais anémico, no terceiro trimestre roçou mesmo a estagnação… as exportações estavam em "clara desaceleração… também o investimento estava "em queda, os indicadores de clima cada vez mais negativos" e deu-se ainda "uma subida da taxa de desemprego e abrandamento do ritmo de redução do número de desempregados”».

A somar a tudo isso vem a notícia de no Parlamento, Um deputado do PSD perguntava pelo «anexo secreto. E obteve por resposta do PM que «não há nenhum quadro secreto, não há nenhum documento secreto, há simplesmente um documento de trabalho que foi enviado à Unidade Técnica de Apoio Orçamental da Assembleia da República». No que foi confirmado pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques.

Como os portugueses se sentiriam mais tranquilos e confiantes se, como propõe o PR, os políticos dessem mais atenção aos interesses nacionais e se deixassem de ressabiamentos e tricas de interesses partidários e pessoais!!!.

O PR, A SUA ACTIVIDADE E O POVO



O Senhor Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, está a desenvolver a actividade que prometeu de proximidade e afecto em relação a todos os portugueses, tendo passado pelo Alentejo com o tempo todo dedicado ao convívio com cidadãos de todas as condições. Foram bem esclarecedoras as imagens que chegaram através das televisões acerca da reacção de agrado das pessoas.

Deu ânimo aos portugueses, despertando a esperança para um futuro melhor e apontando exemplos muito positivos de empreendedorismo, como foi o da produção de morangos por via hidropónica.
Mas o seu esforço precisa de ser aproveitado por autarquias, governantes e técnicos dos diversos sectores para que dele resulte aquilo que ele e os portugueses desejam. O PR não possui «poder executivo» e as suas palavras terão o efeito correspondente ao interesse de quem pode, no terreno, tirar delas o desejado resultado, com a colaboração entusiasmada das pessoas.

Desta forma, o PR está a tornar-se o homem mais dependente do chefe do Executivo, o PM António Costa. O PR cria esperanças mas nada pode decidir para as concretizar, porque esse poder pertence ao PM. E se o PM não puder ou não quiser resolver os problemas detectados pelo PR, ao sabor da vontade do povo, este que não compreende o sistema de competências, pode, quando houver novas visitas do PR, recebê-lo de forma menos amistosa.

Porém, se o PM, através do Governo e do estímulo às autarquias e outros serviços públicos, concretizar as ideias que o PR levanta durante as visitas, então as populações que receberem apoio para melhorar a sua qualidade de vida verão nele o salvador e PORTUGAL crescerá em vários aspectos da vida social e da economia. Oxalá tudo venha ao encontro dos melhores resultados.

OPOSIÇÃO VS GOVERNO



«Como disse o ex-PM Pinheiro de Azevedo, «O POVO É SERENO» mas a realidade mostra que NÃO ESTÁ ESCLARECIDO NEM QUER SER ESCLARECIDO.
A actual campanha ressabiada do PSD pode ser bem analisada depois de se ler o extenso artigo «Passos Coelho. À maneira dele (para o bem e para o mal)», publicado no Observador de 28 Setembro 2015. As pessoas esqueceram, entre muitas outras, a afirmação solene de Passos Coelho num hotel de Lisboa em 9 de Maio de 2011, quando apresentou o seu programa para as eleições, que «não se trata de "um programa cor-de-rosa construído na estratosfera", adiantando que "traz medidas duras"», como se pode ver no artigo do Diário de Notícias "Este programa está muito além do memorando de troika".
Agora, estamos perante António Costa que não se quer submeter obedientemente às imposições de Bruxelas e, ao contrário, nem as ultrapassar em sacrifício dos cidadãos. Para bem destes, procura, através do diálogo, chegar a um entendimento mais benéfico para os portugueses.
Por isso o povo português, já habituado a não acreditar nos políticos, deve procurar esclarecer-se e obter dados que lhe permitam tirar as suas próprias conclusões e ver aquilo que lhe merece mais concordância.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 DE ABRIL - REFLEXÃO

Completam-se hoje 42 anos sobre a data nacional mais importante dos últimos tempos. A sua importância não assenta apenas em factores positivos, mas principalmente em temas de reflexão que nos podem ajudar a compreender virtudes e defeitos humanos e concluir pela necessidade de uma mais adequada preparação de um futuro melhor estruturado e gerido.

Como a maior parte das revoluções, esta nasceu de um impulso que não assentou numa visão alargada e bem estruturada daquilo que se pretendia construir depois. O erro não foi original: a tão conhecida Revolução Francesa escolheu o lema liberdade, igualdade e fraternidade, sem ver que a liberdade e a igualdade não são compatíveis. Se numa formatura militar há igualdade de uniforme, não há liberdade de cada um estar vestido como mais deseja. E, quanto a fraternidade, ela tem sido apanágio de grandes filósofos como Cristo, mas não costuma ir muito mais longe na prática. O resultado foi o aparecimento da guilhotina contra a fraternidade e contra os que não seguiram a igualdade de pensamento, usando a liberdade.

Depois do golpe de 25 de Abril, veio o PREC, desorganizado, com a liberdade transformada em LIBERTINAGEM e o poder entregue a oportunistas com visões mal definidas e não explicadas, muitas vezes apontadas a pormenores de interesse pessoal, com desprezo pelos grandes objectivos nacionais que não tinham sido definidos. Esperava-se que estes e as grandes estratégias tomassem forma espontaneamente. Mas não surgiu a necessária convergência de patriotismo consensual que os definisse e às respectivas estratégias para os atingir. O homem de quem todos muito esperavam, mostrou ter ideias limitadas e pouco flexíveis baseadas fundamentalmente na sua vaidade pessoal, acabando por, ao fim de cinco meses, desistir da continuação do Portugal novo que ajudou a iniciar e indo tentar uma outra forma de lutar.

O poder foi entregue a pessoas ambiciosas por oportunidade de alimentar a sua vaidade, com ideias muito condicionadas mas sem um conhecimento adequado da vida nacional e da necessidade de dar uma estrutura conveniente ao País, quer internamente quer internacionalmente perante os parceiros que mais interessavam. A criação da própria Constituição pecou por uma imperfeita definição daquilo que se pretendia do País e da forma de o engrandecer e, em vez de linhas estratégicas de aplicação alargada, prendeu-se com pormenores muito condicionantes limitadores, para satisfazer às várias opiniões influentes.

Para dar um exemplo da impreparação daqueles que mais se evidenciaram no aproveitamento do poder. cito um artigo intitulado «Memória do 13 de Junho de 1974»

E para não me alongar, termino com o desejo de que estes 42 anos devem servir não para as habituais recriminações e tricas partidárias, mas para evitar cair em erros semelhantes e, pelo contrário, «pensar antes de decidir» as estruturas que permitirão colocar Portugal a par dos melhores Estados do Mundo em produção de riqueza e na sua distribuição socialmente mais moral e justa para que haja uma qualidade de vida tão boa quanto possível, com menores desigualdades, com maior fraternidade e com uma liberdade que respeite democraticamente os direitos dos outros.

terça-feira, 22 de março de 2016

RECUPERAR A SOCIEDADE



TODOS OS PROBLEMAS SÃO PASSÍVEIS DE SOLUÇÃO e todas as situações sociais menos agradáveis merecem medidas para as resolver ou, no mínimo, atenuar os seus efeitos. O ME está a procurar prevenir os suicídios entre os jovens no que esperamos venha a ter muito sucesso.

E será aconselhável que todos os ASPECTOS DE DEGRADAÇÃO SOCIAL, que estão a ser visíveis em todos os graus da sociedade, sejam objecto de atenção e de medidas adequadas por parte do Governo e de instituições e pessoas que possam ter influência num movimento de recuperação. O efeito não será rápido e, por isso, é necessária persistência e coordenação para que a aceitação seja total por parte das pessoas. Há que colocar estas em primeira prioridade, acima do fanatismo pelo dinheiro e outros bens materiais que são mais utilizados para ostentação do que para facilitar a vida.

segunda-feira, 21 de março de 2016

PORTUGUÊS COM ÊXITO PUBLICAMENTE RECONHECIDO NO CANADÁ



Enquanto muita gente dá prioridade a insultos, calúnias e acusações ainda há quem RECONHEÇA O VALOR QUANDO EXISTE RIGOR INTELECTUAL, ESFORÇO PELA EXCELÊNCIA NA INVESTIGAÇÃO E PELO AVANÇO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
O professor português João Pedro Trovão, dedicando-se ao aperfeiçoamento da eficiência de novos veículos eléctricos, não obteve cá o necessário apoio financeiro e aproveitou uma oportunidade do Canadá, onde tem tido êxito nas investigações na Universidade de Sherbrooke, em que é professor, ao ponto de lhe ser concedido um financiamento do Governo Federal de 500 mil dólares (340 mil euros) para desenvolver os seus projectos.
E recebeu uma carta do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em que reconhece o seu trabalho e a sua dedicação ao aumento do conhecimento científico.

ABOLIR O ÓDIO E RESPEITAR OS OUTROS



Ao ler a notícia «Conselho da Europa defende fim de partidos que utilizem o discurso do ódio» senti regozijo por já aqui ter defendido a mesma ideia mas alargada a todos os cidadãos.
MERECEM APLAUSO TODAS AS INICIATIVAS PARA A DEFESA DE UMA DEMOCRACIA DE VERDADE QUE SE BASEIE NO RESPEITO PELOS DIREITOS HUMANOS, DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DE TOLERÂNCIA DE DIFERENÇAS, ETC. A sociedade está a precisar de mudanças estruturais profundas no relacionamento entre as pessoas (acabar com violência) no sentido de responsabilidade, em todos os actos da vida, como no trabalho (reduzir os acidentes rodoviários e de trabalho).
Há que acentuar o civismo com respeito pela ÉTICA e pela MORAL. Felizmente, surgem indícios de que o povo está a despertar da sonolência acomodada e do seguidismo, como se viu nas eleições de Cabo Verde e em muitas outras notícias.
Não há tempo a perder para acabar com a imoralidade da exploração de uns para enriquecimento de outros e para difundir ensinamentos que despertem todos os seres humanos para o benefício colectivo através do respeito pelos outros.
Mas não basta ficar por palavras bem intencionadas e por discursos optimistas, é preciso descer às realidades e actuar com vista aos mais nobres objectivos sociais.