Democracia representativa?
(Publicada no Metro em 11 de Julho de 2006, p. 6)
Sua Santidade o Papa, chefe de Estado do Vaticano e máxima dignidade da religião católica, maioritariamente seguida pelos cidadãos espanhóis, visita Valência, o que representa um gesto inesquecível para os católicos do país vizinho. Espantosamente, o primeiro-ministro, Zapatero, recusa-se a assistir à missa presidida pelo Papa. Assumiu essa atitude «corajosa» em nome pessoal, renegando a sua função oficial de representante do seu povo que o elegeu. Curiosamente, Fidel Castro embora não seja considerado democrata, assumiu mais responsavelmente a sua função de representar o seu povo e de traduzir os sentimentos que este possui e ostenta. Poderá concluir-se que Zapatero, embora eleito, não se considera vinculado ao povo do seu País, sobrepondo-lhe os seus sentimentos pessoais.
Isto levanta dúvidas sobre quem ou o que está por detrás deste primeiro-ministro. Possivelmente, acima dos interesses do seu povo poderá estar a sua dívida de gratidão ao grupo terrorista a quem deve o seu lugar, pois que a sua vitória eleitoral ficou devida à oportuna exploração do 11 de Março, poucos dias antes das eleições. Logo a seguir e sem uma análise séria da situação, submeteu-se retirando as tropas do Iraque, cuja continuação poderia contribuir para a redução dos atentados e mortes de centenas de inocentes que ali vêm ocorrendo. Agora esta atitude de Valência parece ser mais um gesto de gratidão.
Temos que reconhecer que, em Portugal, nem Mário Soares nem Jorge Sampaio, ambos socialistas republicanos e laicos, fizeram uma tal ofensa ao seu povo quando os Papas nos visitaram.
O regresso de Seguro
Há 1 hora
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