quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

HÁ MUITA GENTE PENDURADA NO ESTADO


Seguro não inventou a pólvora quando disse que há muita gente pendurada no Estado e promete dar luta aos lóbis, mas fez muito bem em dizer uma coisa que, embora seja do conhecimento comum, não só tem sido ocultada pelo Governo como, para mais, tem sido agravada mesmo em plena crise e cruel austeridade.

Circulam por e-mail muitas listas que mexem com os fígados dos mais pacatos. Veja-se, por exemplo o post Gabinete do PM e outros posts em que são referidas fundações, observatórios, empresas estatais ou autárquicas, instituições e comissões de duvidosa utilidade ou eficácia, assessores, especialistas, consultores, etc, etc.

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RTP age em equipa com transparência


Por vezes deparamos com exemplos positivos. O bom chefe não impõe autoritariamente os seus caprichos, antes começa por explicar aos subordinados a finalidade pretendida, ouve as suas opiniões e depois procura uma solução, explica-a e procura a adesão de todos para que a equipa seja eficaz e trabalhe com dedicação para o objectivo definido. Com tal metodologia será natural que cada um procure executar as suas tarefas com a máxima de perfeição. A confirmar o post Comandante, director, chefe, administrador, líder... e os comentários nele colocados, surge um bom exemplo da administração da RTP.

É dentro deste critério que a Administração da RTP convida trabalhadores a participar na reestruturação da empresa.

«O conselho de administração da RTP disse, quinta-feira à noite, que vai convidar "todos os trabalhadores" a participar na reestruturação da empresa, processo de "modernização e transformação".» Tal processo, «deverá culminar numa RTP mais forte e com mais valor para todos os cidadãos portugueses».

Um chefe eficiente sabe fazer convergir as vontades dos seus colaboradores de forma a que haja grande sinergia no trabalho da equipa, independentemente da sua dimensão.

Este é um bom exemplo que deve ser seguido por todos os sectores do Governo, perante os portugueses.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Controlo total dos cidadãos


Na sequência do anterior e acerca da evolução do uso e abuso do poder musculado através dos controlos da sociedade, parece ser mais fácil evitar o napalm e a arma nuclear ou os drones do poupar a população à vígilância e controlo de cada passo, gesto ou palavra de qualquer cidadão .

Para se ter uma noção do controlo que o Estado nos está a preparar recorde-se esta frase da Wikipédia, sobre o livro «1984» de ficção da década de 1930. O "Grande Irmão", "Big Brother" no original, é um personagem fictício no romance 1984 de George Orwell.
Na sociedade descrita por Orwell, todas as pessoas estão sob constante vigilância das autoridades, principalmente por teletelas (telescreen), sendo constantemente lembrados pela frase propaganda do Estado: "o Grande Irmão zela por ti" ou "o Grande Irmão está-te observando" (do original "Big Brother is watching you"). A descrição física do "Grande Irmão" assemelha-se a Josef Stalin ou Horatio Herbert Kitchener[carece de fontes].


A «autoridade» pode saber onde estamos e por onde andamos através do telemóvel que dá , a curtos espaços, indicação das coordenadas da nossa posição, os vídeos das portagens, das ruas, das lojas, bancos, e estabelecimentos públicos, do Multibanco, etc. E, agora as Finanças passam a controlar através do sistema de facturas electrónicas de transmissão imediata, onde e quando gastamos o nosso dinheiro. Agora, o pretexto é a necessidade de o Governo precisar de muito dinheiro para suportar a pesada máquina burocrática, a numerosa fauna dos gabinetes ministeriais e os tentáculos do polvo nas fundações, nas PPPs, nos observatórios , nas denominadas empresas públicas, nas instituições criadas para dar abrigo a amigalhaços do regime, etc.

Nada passa neste crivo. Estamos mais amarrados do que no livro de ficção de George Orwell. E temos de procurar viver o melhor possível dentro desta clausura, até termos raiva suficiente para destruir as grilhetas, como fez Espártaco, o escravo romano que se revoltou à frente de muitos outros escravos.

Quem desejar meditar sobre outros aspectos do problema, poderá visitar os seguintes textos:

- Democracia é palavra decorativa distante da origem etimológica
- Reforma do Estado. Burocracia
- O Big brother rodoviário
- Olhar sobre a privacidade
- O «Big Brother» de Orwell, por cá...
- Segurança vs liberdade
- Ditadura pode aproveitar a crise económica
- Futuro com graves ameaças à liberdade

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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Democracia é palavra decorativa distante da origem etimológica.



O povo gosta de paz, mas não sabe geri-la esforçando-se por desenvolver os seus pontos positivos e evitar tudo o que a possa deteriorar. As mudanças de governo e as de regime, raramente conduzem a um ambiente mais salutar em todos os aspectos da vida nacional. Nesta data, o exemplo mais visível é o do Egipto, em que a deposição do ditador não trouxe a felicidade desejada.
As reflexões advenientes das notícias sobre os acontecimentos no vale do Nilo, levaram a dar uma vista de olhos à Internet, para tentar compreender os males actuais da «democracia»

A Wikipedia diz:

Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos - forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista,republicano ou monárquico.
As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), quando o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), quando o povo expressa sua vontade por meio da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram(..).

O sistema de eleições que foi usado em alguns países capitalistas de Estado, chamado centralismo democrático, pode ser considerado como uma forma extrema de democracia representativa, onde o povo elegia representantes locais, que por sua vez elegeram representantes regionais, que por sua vez elegiam a assembleia nacional, que finalmente elegia os que iam governar o país. No entanto, alguns consideram que esses sistemas não são democráticos na verdade, mesmo que as pessoas possam votar, já que a grande distância entre o indivíduo eleitor e o governo permite que se tornasse fácil manipular o processo. Outros contrapõem, dizendo que a grande distância entre eleitor e governo é uma característica comum em sistemas eleitorais desenhados para nações gigantescas (os Estados Unidos e algumas potências europeias, só para dar alguns exemplos considerados inequivocamente democráticos, têm problemas sérios na democraticidade das suas instituições de topo), e que o grande problema do sistema soviético e de outros países comunistas, aquilo que o tornava verdadeiramente não-democrático, era que, em vez de serem escolhidos pelo povo, os candidatos eram impostos pelo partido dirigente.


E a realidade actual?

Na estrutura partidária, tal como agora funciona, a democracia directa fica demasiado onerosa aos contribuintes, pois cada referendo na busca de solução para os assuntos da governação fica caro na campanha de propaganda partidária devido aos custos que é hábito o Estado pagar aos partidos, os quais, por seu lado, se servem da propaganda para aliciar os eleitores menos informados e mais influenciáveis em sentido raras vezes benéfico para os interesses nacionais.

Mas a democracia representativa, também não satisfaz às razões e motivos que conduziram à criação do conceito. A delegação de poderes feita pelo eleitor no acto de votar pressupõe um contracto em que cabe ao eleito a responsabilidade de cumprir as promessas por si feitas para receber em troca, o voto. Mas tais promessas são esquecidas imediatamente após a contagem dos votos e as decisões do Governo, além de mal estudadas e fundamentadas, o que origina recuos e alterações, são resultado de intuições e caprichos, de pessoas mal preparadas, com a arrogância do «custe o que custar» e «doa a quem doer», sem o mínimo respeito pelos interesses colectivos dos incautos e confiantes eleitores.

E, assim, a palavra democracia serve apenas como decoração de oratória, no meio de palavras sem conteúdo, apenas destinadas a iludir os eleitores. É tão ornamental que vários Estados autoritários, com regimes de características ditatoriais se auto-denominam «Repúblicas Democráticas.

Os eleitores mais esperançados no futuro, desejosos de para ele contribuírem com o seu próprio esforço e receosos de regimes autoritários ou ditatoriais, acabam por se ver constrangidos a apoiar governos ineficazes, com o argumento de que terão «ao menos, o mal menor».

Mas, na realidade, tal como estamos a assistir desde há décadas, a democracia parece estar transformada em «ditadura a prazo renovável». Se a ditadura clássica dura até que o ditador morra ou seja apeado, em «democracia», dura um mandato a que podem seguir-se outros. Em vez de os contribuintes terem de enriquecer um ditador, têm de o fazer a vários e à volta deles ver crescer a hidra ou o polvo incontrolável e insaciável de «elites» milionárias enriquecidas ilegitimamente, com mordomias, tráfico de influência, promiscuidade entre público e privado, corrupção, etc. O poder financeiro do polvo constituído pelos políticos activos e já inactivos demonstra bem quão grande é a ambição de riqueza por qualquer forma e como lhes foi possível satisfazer esse objectivo...

Não é de admirar que haja muita gente esclarecida que tenha deixado de crer nas virtudes da democracia, tal como hoje é praticada, e considere que ela está próxima do fim. A capacidade das gentes de hoje, bem apoiada pelas facilidades dadas pelas novas tecnologias, hão-de permitir encontrar nova fórmula de governo mais transparente e controlável de maneira a satisfazer a vontade e os interesses colectivos. Só não será assim se as grandes maiorias se recusarem a intervir, ficarem indiferentes aos seus destinos e se submetam abulicamente aos abusos do feudalismo dos grandes poderes económicos e financeiros.

Ninguém é dono de ninguém e é indispensável que as pessoas não se deixem acorrentar por trelas de aço e recusem os sistemas em desenvolvimento que pretendem o controlo total de cada gesto, cada passo, ou cada palavra dos seres humanos.

Imagem do Google

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O imobilismo na política nacional


Transcrição de artigo:

O imobilismo
Sol. 21 de Janeiro, 2013por José António Saraiva jas@sol.pt

Defendo há muito tempo que Portugal precisa de um ‘choque vital’. E esse choque vital passa pela redução drástica da despesa do Estado, de modo a libertar dinheiro para a economia.

O Estado gasta muito dinheiro de forma não reprodutiva, e isso tem contribuído para asfixiar o crescimento económico.

Sucede que só um partido está hoje empenhado nesse objectivo: o PSD.

Porque, desde a sua fundação por Francisco Sá Carneiro, é um partido de matriz liberal (e não social-democrata, como muitas vezes erradamente se diz), com ligações à classe empresarial e com vocação empreendedora.

Todos os outros partidos não querem a mudança.

Uns por razões ideológicas, outros por razões oportunistas.

Os partidos de esquerda, que durante muitos anos foram progressistas, estão hoje numa posição defensiva, pois o seu papel é defenderem com unhas e dentes as ‘conquistas dos trabalhadores’, obtidas depois do 25 de Abril e nos anos de vacas gordas.

É esta essencialmente a posição do PCP, mas também a do BE.

O caso do PS é diferente.

O PS é um partido do funcionalismo público e da pequena burguesia urbana, e a sua matriz é estruturalmente conservadora.

Não é um partido de grandes mudanças.

António Guterres e sobretudo José Sócrates tentaram transformar um pouco essa vocação, apontando num sentido mais liberal, mas não tiveram grande sucesso.

E a passagem do PS para a oposição levou-o a adoptar uma atitude de resistência activa às reformas, criando problemas por tudo e por nada, e acabando por não se distinguir muito do PCP e do BE.

Resta o CDS. O CDS tem uma posição diversa da da esquerda, até porque está no Governo, mas – não nos esqueçamos – é um partido ideologicamente conservador.

Não está vocacionado para fazer reformas.

É por isso que, perante a obrigatoriedade imposta pela troika de mudar muita coisa, os centristas se mostram de dia para dia mais incomodados.

Paulo Portas tornou-se um verdadeiro contorcionista, colando-se hoje ao Presidente da República, demarcando-se amanhã do ministro das Finanças mas não querendo romper com ele, sendo forçado a ter uma atitude em S. Bento, outra no Caldas e outra ainda na rua.

A divulgação do relatório do FMI sobre a reforma do Estado veio pôr a nu o conservadorismo ou a falta de coragem da esmagadora maioria do país.

A quase totalidade das forças políticas e sociais, e das figuras públicas, reagiu como se o relatório tivesse peçonha.

‘Não me associem a isso!’ – foi a reacção quase generalizada.

Ninguém quis ficar ligado àquelas propostas.

Apenas uma pessoa, Carlos Moedas, teve a coragem de dizer que o relatório estava «bem feito» e merecia ser discutido.

As outras pessoas e instituições demarcaram-se dele ou atacaram Moedas, numa tentativa de desviarem as atenções e não discutirem a questão de fundo.

Disse-se que o relatório era «precipitado», que vinha «tarde de mais», que tinha «números desactualizados», sempre com o mesmo objectivo: fugir à discussão sobre a reforma do Estado.

Acontece que, por muito que se fuja ao tema, o problema está lá.

E o problema é este: o Estado não pode continuar a gastar o que gasta.

Pensemos apenas no seguinte: o défice público, por força dos compromissos com a troika, tem de continuar a baixar; ora, não podendo os impostos subir mais (e não havendo muito mais ‘anéis’, como a EDP ou a ANA, para vender), resta-nos reduzir a despesa. Não há como fugir daqui.

Mas a única força política que hoje assume esta necessidade é o PSD.

Todas as outras fogem com o rabo à seringa – não só a tomar medidas, mas mesmo a discutir as medidas.

Como fazer então? Acho que não vai ser possível fazer nada – e que esta questão pode muito bem levar ao fim do Governo.

Vamos cair num impasse: por um lado há que reformar o Estado, mas por outro há uma grande maioria contra essa reforma.

Registe-se:

O PCP está contra.

O BE está contra.

A CGTP está contra.

O PS está contra.

A UGT, quando as medidas apertarem, estará contra.

O CDS vai tentar empatar.

E, last but not least, uma boa parte do PSD também está contra. Não falo apenas de Manuela Ferreira Leite ou António Capucho – falo de todos os candidatos do PSD às autarquias que, com medo de perderem as eleições, vão estar na primeira linha das críticas ao Governo (veja-se o lamentável ataque de Carlos Carreiras a Carlos Moedas).

Ora, como será possível reformar o Estado com uma esmagadora maioria do país contra?

A reforma do Estado não irá pois fazer-se – e esse fracasso (e correspondente pressão política e financeira) poderá provocar a queda do Executivo.

No meio disto, só não percebo o contentamento de muitas pessoas de esquerda.

Elas não entendem que, se o Governo cair, a esquerda ficará com a batata a escaldar nas mãos (uma batata ainda mais quente do que hoje, pois os mercados voltarão a ‘atacar- nos’)?

Se o Governo cair, o que fará a esquerda?

Aumentará ainda mais os impostos?

Reduzirá brutalmente os encargos do Estado, fazendo aquilo que hoje nem quer discutir?

Não fará uma coisa nem outra e correrá com a troika daqui para fora?

E a seguir, quando os cofres se esvaziarem, dirá que a situação deixada pela direita era tão má, tão má, tão má, que não é possível pagar aos funcionários públicos?

Este quadro de terror não é tão longínquo quanto se pensa.

Imagem do semanário SOL

sábado, 26 de janeiro de 2013

Você quer ser feliz? Então será feliz !!!


Dona "Maria" é uma senhora de 92 anos, miúda, e tão elegante, que todo dia, às 08 da manhã, ela já está toda vestida, bem penteada e discretamente maquilhada, apesar de sua pouca visão.
E hoje ela se mudou para uma casa de repouso: o marido, com quem ela viveu 70 anos, morreu recentemente, e não havia outra solução.

Depois de esperar pacientemente por duas horas na sala de visitas, ela ainda deu um lindo sorriso quando a funcionária veio dizer que seu quarto estava pronto. Enquanto ela manobrava o andador em direcção ao elevador, dei uma descrição do seu minúsculo quartinho, inclusive das cortinas floridas que enfeitavam a janela.

Ela interrompeu-me com o entusiasmo de uma garotinha que acabou de ganhar uma prenda.
- Ah, eu adoro essas cortinas...
- Dona "Maria", a senhora ainda nem viu o seu quarto... Espere um pouco...
- Isto não tem nada a ver, respondeu ela: felicidade é algo que você decide por princípio. Se eu vou gostar ou não do meu quarto, não depende de como a mobília vai estar arrumada... Vai depender de como eu preparo a minha expectativa.
E eu já decidi que vou adorar. É uma decisão que tomo todos os dias quando acordo.
Sabe, eu posso passar o dia inteiro na cama, contando as dificuldades que tenho em certas partes do meu corpo que não funcionam bem...
Ou posso levantar da cama agradecendo pelas outras partes que ainda me obedecem.
- Simples assim?
- Nem tanto; isto é para quem tem autocontrole e todos podem aprender, e exigiu de mim um certo 'treino' pelos anos afora, mas é bom saber que ainda posso dirigir meus pensamentos e escolher, em consequência, os sentimentos.
Calmamente ela continuou:
- Cada dia é um presente, e enquanto meus olhos se abrirem, vou focalizar o novo dia, mas também as lembranças alegres que eu guardei para esta época da vida. A velhice é como uma conta bancária: você só retira aquilo que guardou. Então, meu conselho para você é depositar um monte de alegrias e felicidade na sua Conta de Lembranças. E, aliás, obrigada por este seu depósito no meu Banco de lembranças. Como você vê, eu ainda continuo depositando e acredito que, por mais complexa que seja a vida, sábio é quem a simplifica.
Depois pediu-me para anotar:

COMO MANTER-SE JOVEM

1. Deixe fora os números que não são essenciais. Isto inclui a idade,o peso e a altura. Deixe que os médicos se preocupem com isso.
2. Mantenha só os amigos divertidos. Os depressivos puxam para baixo. (Lembre-se disto se for um desses depressivos!)
3. Aprenda sempre: Aprenda mais sobre computadores, artes, jardinagem, o que quer que seja. Não deixe que o cérebro se torne preguiçoso.
'Uma mente preguiçosa é a oficina do Alemão.' E o nome do Alemão é Alzheimer!
4. Aprecie mais as pequenas coisas - Aprecie mais.
5. Ria muitas vezes, durante muito tempo e alto. Ria até lhe faltar o ar. E se tiver um amigo que o faça rir, passe muito e muito tempo com ele /ela!
6. Quando as lágrimas aparecerem, aguente, sofra e ultrapasse. A única pessoa que fica connosco toda a nossa vida somos nós próprios. VIVA enquanto estiver vivo.
7. Rodeie-se das coisas que ama: Quer seja a família, animais, plantas, hobbies, o que quer que seja. O seu lar é o seu refúgio. Não o descarte.
8. Tome cuidado com a sua saúde: Se é boa, mantenha-a. Se é instável, melhore-a. Se não consegue melhora-la , procure ajuda.
9. Não faça viagens de culpa. Faça uma viagem ao centro comercial, até a um país diferente, mas NÃO para onde haja culpa.
10. Diga às pessoas que as ama e que ama a cada oportunidade de estar com elas.

"O que de nós vale a pena se não tocarmos o coração das pessoas?"
" O mundo é de quem se atreve."
"Um dia você aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida."

De autor não identificado. Recebido por e-mail

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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Estado detesta idosos


A obsessão neurótica pelo dinheiro e pelas despesas de ostentação, conduzem os Estados a ignorar as pessoas e a ver nos idosos um peso morto e inactivo nas contas do Estado. Está a notar-se o aparecimento de sinais que conduzirão à selvageria de lendas reportadas a tempos dos primórdios civilizacionais em que os filhos se desfaziam dos pais de formas desumanas.

Agora o ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos. É chocante mas não destoa de palavras ditas por governantes portugueses há pouco tempo. Sugere-se que, quando em Portugal se iniciar esse genocídio, para o Estado ter maior benefício no processo, se comece pelos idosos que recebem maiores reformas. Há neste blogue diversos artigos que referem a Eutanásia, de forma mais ou menos irónica, mas parece que estamos a percorrer a via que nos conduz deliberadamente a tal extermínio.Estado detesta idosos

A obsessão neurótica pelo dinheiro e pelas despesas de ostentação, conduzem os Estados a ignorar as pessoas e a ver nos idosos um peso morto e inactivo nas contas do Estado. Está a notar-se o aparecimento de sinais que conduzirão à selvageria de lendas reportadas a tempos dos primórdios civilizacionais em que os filhos se desfaziam dos pais de formas desumanas.

Agora [o ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos]. É chocante mas não destoa de palavras ditas por governantes portugueses há pouco tempo.

Sugere-se que, quando em Portugal se iniciar esse genocídio, para o Estado ter maior benefício no processo, se comece pelos idosos que recebem maiores reformas !!! Há neste blogue diversos artigos que referem a Eutanásia, de forma mais ou menos irónica, mas parece que estamos a percorrer a via que nos conduz deliberadamente a tal extermínio. Seguem-se links de alguns textos referentes aos idosos:

Por poderem ser úteis a pessoas interessasdas neste tema, seguem-se links de alguns textos referentes aos idosos:

-Sociedade civilizada respeita os seus idosos
- Idosos esquecidos pelo Poder
- Dia Nacional dos Avós
- Idosos são «activo» válido
- Idosos têm direito a respeito
- Velhos, se sábios e sensatos, são bons conselheiros
- Alguns conselhos aos idosos
- Os idosos merecem mais respeito
- Solidão
- Amanhã, seremos nós os idosos
- Gastos com reformas e pensões
- Cuide dos seus idosos
- SITUAÇÃO DOS IDOSOS
- Estamos mal enterrados - GNR foi anjo da Guarda
- Estaremos num pais de orates ??? 
- Fazer planos dá longevidade 
- A idade é desejada mas pode ser um fardo 
- Idosos com muita vitalidade!!!
- Conselho de Seniores ou de sábios são necessários 
- Desenrasquem-se e nada esperem do Estado
- Saúde. Ironia ou profecia ???!!!
- Carinho, solidão, solidariedade

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Regresso aos mercados


Transcrição de post publicado por António Horta Pinto em Ponte Europa seguido de NOTA:

Portugal “regressou aos mercados”. Ou “os mercados” regressaram a Portugal.

Não sei ainda se será boa ou má notícia.

O governo e a coligação que o suporta embandeiraram em arco, embora não lhes caiba minimamente o mérito da “proeza”. Como se sabe, tal regresso deve-se sobretudo a uma mudança de política do Banco Central Europeu, que também se refletiu noutros países, e à decisão do Eurogrupo de nos conceder mais tempo para pagar a dívida, coisa que o governo português sempre disse que não queria.

Os banqueiros rejubilaram, o que não é propriamente um bom augúrio. Para eles deve ser bom. Mas será bom também para a generalidade dos portugueses?

Não sou perito em economia, mas não me sinto diminuído por isso. Os economistas também não são. É notório que são incapazes de fazer previsões. O próprio Miguel Beleza disse um dia que um dos seus melhores professores americanos dizia aos alunos: “nunca façam previsões! Mas se alguma vez tiverem de as fazer, então procurem fazer duas ou três, que assim pode ser que acertem nalguma delas!” Contundente, disse M. Sousa Tavares que eles eram peritos em autópsias: só depois de morto o doente é que eram capazes de explicar “cientificamente” porque tinha ele morrido. Enfim, para usar linguagem desportiva, só são capazes de fazer “prognósticos” depois do jogo.

Para já, o regozijo dos banqueiros e da comissão liquidatária que faz as vezes de governo só me leva a desconfiar.

Se com este “regresso aos mercados” o desemprego diminuir, a miséria desaparecer, a pobreza se reduzir, o salário mínimo aumentar, as pensões mais baixas deixarem de chegar só para a farmácia; se desistirem de destruir o serviço nacional de saúde e a escola pública, se deixarem de espoliar os trabalhadores e os reformados, se as pequenas e médias empresas que ainda sobrevivem escaparem à eminente falência; se os jovens deixarem de ter de procurar sustento no estrangeiro; se deixarem de atentar contra a Constituição; então também aplaudirei.

Entretanto, acho mais prudente não deitar foguetes e manter o “malefício” da dúvida!

NOTA: É oportuna a referência preocupada ao feudalismo dos grandes grupos económicos e à troika num curto mas destacado parágrafo. Faço um pequeno reparo a dizer que as pequenas pensões já não chegam para as farmácias, onde os doentes aviam apenas uma pequena parte da medicação por falta de dinheiro e escolhem os «genéricos» mais baratos. As condições em que o autor dará o seu aplauso, correspondem aos interesses da quase totalidade dos portugueses, só não interessando aos «senhores» do tal feudalismo.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Será ele um político excepcional ???


Paulo Júlio, secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, afirmou nunca ter contratado pessoal por questões familiares, depois de ter sido notificado pelo DIAP de Coimbra e de um despacho de acusação" pela alegada prática, em 2008, de prevaricação enquanto presidente da Câmara de Penela.

A origem do assunto relaciona-se com um concurso para um lugar de chefe de divisão da autarquia que acabaria por ser ocupado por um primo em segundo grau de Paulo Júlio. Ele afirmou: "Trabalho há 20 anos em cargos de responsabilidade e nunca contratei, e jamais recrutarei, alguém por um critério familiar".

Pelas suas palavras poderá deduzir-se que é um político excepcional??? Será mesmo único??? O caso merece ser devidamente investigado para lhe ser dada a justa recompensa, pelas suas excelsas virtudes e por contribuir para esfumar a ideia de que os políticos usam e, por vezes, abusam do tráfico de influências e do compadrio. Será possível que esta lhe seja concedida já no próximo 10 de Junho??? A Justiça deve ser rápida.

Imagem do JN

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Designar governantes como «filhos da puta» é crime?



Em fins do ano lectivo de 2007(há mais de seis anos!), o professor Fernando Charrua, fora de qualquer reunião oficial, entre amigos, disse que «somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um filho da puta». Por isso foi punido de imediato pela directora do DREN, Margarida Moreira e, perante recursos e um processo que dura até agora, ele foi vítima de uma decisão precipitada sem fundamentação adequada que agora, como diz a notícia Estado paga indemnização de 12 mil euros a professor acusado de insultar Sócrates, «o Estado terá que pagar 12 mil euros ao professor, lê-se num acórdão do Tribunal Central Administrativo do Norte que conclui ainda que houve uma "conduta ilícita da Administração" neste processo».


Para melhor compreender a complexidade deste processo e quanto representa de autoritarismo, de arrogância e de absolutismo ditatorial dos agentes do Poder pode ser consultada a lista (incompleta) de textos que referem o tema:

- A caminho do Estado policial???
- Ensino, responsabilidade ou arbitrariedade
- Caso Charrua encerrado por pressão popular
- «Brincadeira de mau gosto»
- Indícios pouco tranquilizadores
- Qual o facto do ano ?
- Liberdade de expressão em risco?
- Morte aos que não adoram Sócrates !!!
- Quem tem poder efectivo em Portugal?
- Ministra da Educação esperta como um alho!!!
- A «lei da rolha» está aí
- Contradições e precipitações dos políticos
- FERNANDO CHARRUA MENTIU E PARECE QUE NINGUÉM REPAROU

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Políticos e a sua «ética»


Seria desejável que os políticos, que mendigam o nosso voto para serem representantes dos cidadãos e, em tal condição, administrarem os interesses nacionais, se mostrassem nos mínimos pormenores, merecedores da nossa confiança. Mas não. Antes pelo contrário. O que eles dizem dos seus pares de partido diferente poderia ser calúnia ou simples maledicência, mas, aos poucos, vamos compreendendo que não dizem tudo.

Luís Marques Mendes, no seu artigo Contradições, começando por dar ‘reprimenda’ ao PS, diz, entre outras coisas, que «quem tem telhados de vidro não atira pedras à casa do vizinho». E acrescenta: «Há coisas que alguns políticos não percebem. Falar do País e agir depois contra o interesse do País só mina a credibilidade política. Quando a bota não bate com a perdigota, não há retórica que nos salve. É mesmo suicídio.»

Transcreve-se o seu último parágrafo dirigido ao seu próprio partido:

«3. Está a generalizar-se a moda de os autarcas do PSD começarem a criticar o Governo e a demarcar-se das suas políticas. O objectivo, percebe-se, é o de não serem afectados pelo voto de protesto que seguramente vai existir nas próximas autárquicas. Esta prática é humanamente compreensível. Mas é politicamente perigosa. Se soa a manobra táctica e oportunista, então o feitiço vira-se contra o feiticeiro. Os eleitores gostam de quem age com verticalidade e coragem, não de quem troca convicções por conveniências. Argumento e pretexto são coisas muito diferentes. Até na política

Concorrendo para a mesma lição de ética, o artigo Tesoureiros políticos de Armando Marques Pereira diz o seguinte:

«A Justiça espanhola descobriu na Suíça uma conta bancária do tesoureiro do partido que agora está no Governo. Essa conta, que teve 22 milhões de euros, também servia de saco azul para compor os salários dos principais dirigentes.

«As milionárias contas secretas de políticos ibéricos não são exclusivo do outro lado da fronteira. Em Portugal, há pessoas que passaram pelo poder, ou pelas suas franjas, que ostentam fortunas inacreditáveis. Os escândalos do BPN apenas levantam uma ponta do véu. Se os ‘homens da mala’ das estruturas partidárias confessassem o que acontecia ao dinheiro do financiamento político, este país ficava com várias figuras capazes de rivalizar com o tesoureiro espanhol.»


Também José Rodrigues, no seu artigo Fazer como Pilatos coloca em evidência discutível «ética» subjacente à propaganda, promessas, manobra, movida por interesses não confessados. Eis o texto do artigo:

«O debate sobre a dita reforma não podia, de facto, ter começado pior, com a encomenda ao FMI de um relatório que veio cá para fora causando ondas de choque, a realização de uma conferência supostamente aberta à sociedade civil que foi um episódio risível, e a criação de uma comissão parlamentar na qual os partidos da maioria vão ficar a falar sozinhos…

Mas se o Governo cometeu erros atrás de erros, o PS também não se comportou à altura, mostrando-se mais preocupado em antecipar o calendário eleitoral do que em apresentar propostas alternativas concretas. O partido tem razões para não alinhar com o Governo, mas não pode simplesmente colocar-se fora do debate sobre o Estado social enquanto espera que Passos e os seus boys se desgracem de vez. Os tempos não estão para atitudes à Pilatos…»


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domingo, 20 de janeiro de 2013

Discutir os problemas com verdade e transparência


Transcrição de artigo seguida de NOTA:

Discutir os problemas
Correio da Manhã. 20-01-2013. 1h00. Por: João Vaz, Redactor Principal

Os portugueses enfrentam graves dificuldades. E enquanto o governo põe a economia em recessão e o desemprego a subir, ouvem-se do próprio executivo e das oposições catadupas de soluções abstrusas.

Do FMI ao Bloco de Esquerda, todos vendem soluções e todos acham que as suas propostas deviam suscitar o consenso. Já se inibem quanto à concertação porque na realidade não são capazes de se pôr de acordo sobre quais são os problemas. Os portugueses têm de pensar na sua vida em sociedade.

Temos problemas, há que os identificar e discutir. Todos se lembram de alguma vez terem ouvido os professores ou os pais dizerem que compreender um problema é já meia solução.

Pelo contrário, discutir soluções sem assumir qual é o problema deixa tudo à mercê da manipulação e demagogia. Mesmo uma solução consensual pode não resolver o problema.

Os portugueses sabem que a vida é feita de problemas. Em última análise, só acabam com a morte. Comprar soluções, mesmo que fossem bem estudadas, o que não é o caso do pacote do FMI, não resolve.

Temos mesmo de discutir os problemas e concertar soluções. Empurrá-los para amanhã e depois só aumenta a bola de neve das dificuldades.


NOTA: Definir o problema tem que ser o ponto de partida para a procura de soluções, através do método Pensar antes de decidir ou de qualquer outra metodologia de reconhecida eficácia.

Ao tentar definir o problema é preciso olhar para a realidade, com atenção, sem preconceitos, transparência, de portas e janelas abertas, como propõe Seguro em relação ao debate sobre o futuro de Portugal segundo notícia que refere palavras do líder socialista que devem ser meditadas, sem o preconceito de se simpatizar ou não com o o seu partido. Há verdades universais que não podem ser consideradas asfixiadas por um segmento da sociedade.

O debate de ideias sobre o futuro de Portugal e o esboço de soluções e medidas a implementar não pode ser feito à porta fechada, pois, democraticamente, cada cidadão deve pensar, procurar analisar a situação real e dar opinião. Só sendo estimulado a reflectir sobre o problema real que se pretende resolver, isto é, estado em que isto está, é que se pode exigir dele um voto consciente responsável.

Sem um estudo bem iniciado e bem conduzido com uma metodologia como a que foi atrás referida não se pode criar o Portugal do futuro e as palavras sobre a reforma do Estado podem não passar de um Carnaval de trafulhices, o que está longe das necessidades de Portugal e da grande maioria dos portugueses e nem se acabará com males crónicos e em acelerado agravamento como, por exemplo com a indústria da eutanásia dos velhos.

Os portugueses devem ser estimulados a seguir com curiosidade os debates e a participar da forma possível com as suas opiniões e as suas achegas. A informação válida é indispensável e os jovens não devem imitar os mais idosos quando justificam o seu sentido de voto por pessoas ou factos ocorridos na década de 1970. É preciso votar com responsabilidade e a consciência de que votar é preparar o futuro. Para isso ser possível é preciso estar bem informado. E como estamos habituados a votar em listas de desconhecidos que não cumprem as promessas eleitorais e, frequentemente, não correspondem moralmente ao que deles se esperava, acontece a quantidade de abstenções e de votos em branco, sendo estes uma prova bem clara da falta de confiança em todos os concorrentes, isto é, no sistema «democrático» praticado.

A notícia referente ao PS merece ser meditada, embora com as reservas de que por trás das palavras estão os interesses da luta inter-partidária em que mais alto do que os interesses nacionais, dos portugueses, estão os interesses partidários, a ambição da conquista do poder, para benefício do partido e dos seus «boys» e «girls». Habituaram-nos a isso e não devemos ignorar essas realidades. Por detrás de bonitas palavras podem estar interesses ocultos opostos aos interesses nacionais.

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sábado, 19 de janeiro de 2013

Fotografia do País real


Sugere-se a leitura e a posterior consulta, com alguma frequência, da entrevista dada pelo sociólogo António Barreto ao jornal Ionline em que é feita uma análise serena e objectiva de diversos aspectos da vida nacional actual e o esboço de algumas perspectivas eventuais do futuro.


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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Emigração. Passos Coelho versus jornais


O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou esta quinta-feira, em Paris, que "ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem", considerando, no entanto, que a emigração não deve ser um "estigma" para quem precisa de um emprego e não consegue encontrá-lo em Portugal.

Mas as sugestões feitas por ele em meados de Dezembro de 2011 foram suficientemente incisivas para serem tomadas como conselhos.

Não creio que os jornalistas tenham descido tão baixo que lhe tenham atribuído palavras que não disse. Talvez se trate de excepcional cuidado com as palavras explorando a diferença entre ‘aconselhar’ e ‘sugerir’. Só que as sugestões foram suficientemente incisivas para poderem ser interpretadas como conselhos.

Transcrevem-se extractos do artigo de 18 de Dezembro de 2011:

Pedro Passos Coelho sugere que os professores desempregados emigrem para países lusófonos, realçando as necessidades do Brasil...
Questionado sobre se aconselharia os “professores excedentários que temos” a “abandonarem a sua zona de conforto e a “procurarem emprego noutro sítio”, Passos Coelho respondeu: “Em Angola e não só. O Brasil tem também uma grande necessidade ao nível do ensino básico e secundário”, disse durante uma entrevista com o Correio da Manhã, que foi publicada hoje...
Pedro Passos Coelho deu esta resposta depois de ter referido as capacidades de Angola para absorver mão-de-obra portuguesa em sectores com “tudo o que tem a ver com tecnologias de informação e do conhecimento, e ainda em áreas muito relacionadas com a saúde, com a educação, com a área ambiental, com comunicações”...
“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos”...

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Imoralidade de algumas pensões de reforma

O artigo 193 pensionistas milionários-Existem 193 reformados a receberem pensões mensais de 12 mil euros.(...) merece profunda meditação.

5000 euros são mais de 10 salários mínimos, será quase o que alguns trabalhadores recebem durante um ano, pelo que é suposto pelos governantes, ser possível viver com tal orçamento. Pode dizer-se que um quadro superior tem necessidade de fazer despesas superiores para dignificar a imagem e o prestígio do serviço, para representação, etc. Mas tudo deve ser contido em limites que não ofendam a moralidade social e os sentimentos dos mais explorados e desfavorecidos.

Mas, para reformados, as necessidades fundamentais não são tão diferentes que obriguem a pensões díspares ou disparatadas, pois não têm que defender nem a imagem nem o prestígio dos serviços antes desempenhados e, se querem continuar hábitos de ostentação, devem recorrer às poupanças que tiveram oportunidade de acumular durante a vida activa.

Será moral que se estabeleça um tecto para salários e outro para pensões de reforma. Talvez não devesse haver reformas superiores a 10 salários mínimos. Se os grandes senhores do feudalismo dos grupos económicos e dos ex-políticos quisessem ter melhores reformas teriam de aumentar os salários mínimos a que estavam ligados pela indexação. E não deviam ser permitidas acumulações de pensões que somassem mais do que esse valor - 10 salários mínimos.

Mas os políticos que são os mais sugadores do dinheiro público, não irão aprovar uma tal solução. Veja-se quantos cargos «desempenham» e quantas reformas acumulam muitos dos mais conhecidos ex-políticos !!!

Principalmente agora que estamos em momento de crise, é importante e urgente agir no sentido de reduzir o fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres. Desta maneira, seria conseguida mais justiça social e mais harmonia entre os portugueses de todas as classes sociais, sem incitamento à «indignação» e sem grande perigo de explosão social.

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O mercado financeiro age como abutre

O feudalismo financeiro internacional, agiu através das agências de ‘rating’ para criar a crise. Agora, depois de a austeridade ter sacado a seiva aos cidadãos menos protegidos, diminuindo o pode de compra, reduzindo os negócios da economia, obrigando pequenas e médias empresas a encerrar, criando desemprego, o mercado financeiro que vive dos devedores, abre as portas aos países que mostram ter capacidade de cumprir os compromissos com submissão e gratidão.

E isso é notório nas notícias

Descida dos juros “é um bom presságio” para Portugal voltar ao mercado
O grito do Ipiranga de Pedro Passos Coelho
Portugal prepara regresso aos mercados nos próximos dias

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Falsa esperança de crescimento positivo

Há quase onze meses, o Dr Frasquilho dizia “O que é que isto significa? Que se se concretizar este cenário é possível que no início de 2013 estejamos em condições de regressar ao crescimento positivo” Como depreendi que o adjectivo «positivo» subentendia haver um crescimento negativo perguntei o que é um crescimento negativo???. Fui à procura de resposta do autor da ideia e obtive como sua explicação que se trata do idioma (calão) «economês» e fiquei com a ideia de ser um «crescimento» do género do afogado que, em vez de estar a 20 metros de profundidade, passou a estar apenas a 10 metros.

Mas isto vem a propósito de constatar que tal esperança do douto deputado, falhou e não passou de uma fantasia para iludir a esperança dos cidadãos, coisa em que os políticos são exímios. Mas agora, como «gato escaldado de água fria tem medo», já não podemos acreditar da promessa contida na frase «O vice-presidente da bancada do PSD Miguel Frasquilho considerou esta terça-feira que as novas previsões do Banco de Portugal incluem "boas notícias" para 2014 e permitem manter a esperança na inversão da atividade económica este ano

A publicidade enganosa é árvore de folha caduca e tem a sua temporada limitada.

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Atoleiro profundo

Costumo seguir o princípio de não recusar opiniões, independentemente da sua origem, desde que possam contribuir para melhorar a minha visão dos problemas, sem desprezar as facetas menos expostas. Se assim não for acabamos por ter os nossos neurónios a funcionar apenas na submissão aos condicionamentos da fumaça, politicamente correcta, que usa as promessas (desmentidas a curto prazo), tentativas, erros e recuos, perdendo tempo (o recurso mais precioso por não ser recuperável) e adiando a hipóteses de soluções adequadas.

Acresce que a conversa balofa que sustenta a fumaça obscurantista gira à vilta da macroeconomia, de números de dívida e de orçamento sem abrir uma fresta para as realidades da maioria dos cidadãos para quem o mês tem mais dia do que salário e que não tem a mínima possibilidade de poupar para a reforma, por mal terem hipóteses de ir sobrevivendo no dia-a-dia.

Nestas condições transcrevem-se algumas frases do artigo que se refere ao relatório do Banco de Portugal:

“Estamos num atoleiro, sem qualquer capacidade de transformar o nosso perfil económico e a nossa capacidade de crescimento, com um Governo que apenas está determinado em fazer cortes de tal maneira que são absolutamente desastrosos para a nossa capacidade de crescimento económico”

“Há uma contracção tal do que é o consumo interno, uma estagnação das nossas exportações, que há esta sensação de sufoco, em que a economia portuguesa agrava a sua queda, agrava a sua capacidade de criar riqueza. E, portanto, vamos ter um aumento do desemprego sem que haja no horizonte qualquer perspectiva.”

“O Governo há dois anos que nos vem prometendo que, se for implementado um conjunto de reformas, isto vai melhorar, e à medida que as previsões se vão sucedendo, elas são sempre para pior”.


Estas palavras devem ser inseridas nas nossas análises pessoais a fim de os nossos neurónios ficarem mais habilitados a formular opinião mais fundamentada e perfeita, e ficarmos mais imunes a propaganda falaciosa.

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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Reforma do Estado sugerida em 2006

No artigo de opinião Lições da história, o conselheiro de Estado Luís Marques Mendes sugere reflexões de interesse para conhecermos as realidades do Portugal actual.

Recorda que, em 2006, como líder do PSD, para reduzir a despesa do Estado e o tornar sustentável, propôs:

- a rescisão amigável de contratos na função pública,
- a extinção de várias empresas e institutos públicos,
- a passagem para o sector privado e social da gestão de estabelecimentos de saúde e de educação,
- a concessão das principais empresas públicas de transportes e
- a mudança de modelo no regime de segurança social.

Nessa altura, a aplicação destas medidas poderia ter sido feita de forma relativamente tranquila, pois não estávamos na crise em que hoje nos encontramos, nem tínhamos o desemprego que hoje temos. Mas o governo de José Sócrates e vários líderes de opinião consideraram tais propostas quase um crime de lesa-pátria.

Agora, anos depois, tais propostas vão ter de ser aplicadas, em dose reforçada porque a situação se agravou devido à degradação económica e social. Conclui que «se ter razão antes de tempo não resolve problema algum, governar sem sentido estratégico acarreta, normalmente, uma factura bem pesada para os cidadãos.»

Retira outra conclusão que tem a ver com a coerência e com a necessidade de coragem de fazer os cortes que se impõem, pois «o sol na eira e a chuva no nabal» não joga bem com a realidade. O tempo que vivemos recomenda coragem e sensibilidade. A coragem de fazer o que há anos devia ter sido feito. A sensibilidade de perceber que adiar é penalizar novamente os mais carenciados.

Diz que, decididamente, o ciclo que atravessamos não é para aqueles que só sabem prometer a facilidade e a ilusão. Como diz o nosso povo, «quando a esmola é grande, o pobre desconfia.»

A parte final do artigo faz pensar: O Governo mudou de partido há menos de dois anos e a austeridade fez aumentar a miséria, com encerramento de empresas e explosão do desemprego. Os actuais governantes dizem que a culpa pertence aos anteriores mas parece que o mal vem de longe, de erros sucessivos continuados.

Como foi aqui referido em Carreira política, é lógico perguntar Quem são os políticos? Que preparação têm? que experiência da vida possuem? O que leva as pessoas a votarem neles?

Há quem diga que eles têm duas características marcantes: ambiciosos e sem coragem. Isto é: Querem ser ricos por qualquer forma e subordinam-se como rafeiros fieis aos donos do dinheiro, os do polvo, os do feudalismo dos grupos económicos. Isso viu-se no caso referido em Justiça Social ??? , em 1-09-2010, e na sequência que a ideia veio a ter até aos dias mais recentes. Também o caso dos BPN, BCP,e BPP e Banif mostram que os mais carentes são espoliados daquilo que lhes faz falta para irem sobrevivendo a fim de recapitalizarem o «feudalismo dos grupos económicos.

Porque não foi ainda criado um tecto das reformas e mesmo salarial?
Porque não acabam com fundações, observatórios, empresa públicas e autárquicas, e com grande parte dos lugares de assessores e de «especialistas»?
Porque não eliminam a lei que permite a autarcas e outros a reformarem-se com pouco tempo de serviço?, etc, etc,
Não o fazem para não lesarem os interesses dos poderosos e, por tal razão, certamente, não acabarão com a ADSE nem com as regalias dos juízes, etc.

Também é expressiva a confissão manifesta de falta de coragem e de competência que ficou bem patente no desprezo das capacidades nacionais e no pedido de opinião a técnicos estrangeiros, teóricos e ignorantes das realidades nacionais, para darem lições de estratégia na «refundação» de Portugal. Seria mais adequado que se tivesse recorrido a «uma comissão com um texto inicial, composta por todos os partidos, sem lugar a votações finais, e onde os partidos da coligação e o PS apresentassem medidas concretas», como propõe Marcelo.

E aparece agora a exigência das Finanças a querer usar os cidadãos como fiscais do fisco exigindo facturas, e servem-se de uma infantilidade irracional ao dizer que as facturas apresentadas com a declaração do IRS dão 5% do IVA pago desde que o volume de despesas específicas indicadas ultrapasse muito mais de 2.000 euros por mês, o que só poderá convir aos que recebem salários muito superiores à média nacional, os ricaços.

O cidadão normal hesita em pedir facturas, porque elas não o beneficiam directamente... Embora, por outro lado, se não lhe derem a factura, fogem ao fisco e, depois, quem paga a crise é ele e outros pelintras como ele, pois as despesas do Estado não mostram tendência para serem reduzidas.

Continua a mesma injustiça social com os benefícios a irem sempre para os milionários do polvo que nos suga as energias, vivendo à sombra do erário público e, pelo contrário, os sacrifícios e a austeridade são suportados pelos pelintras, os eternos pagadores das mordomias dos senhores feudais.

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domingo, 13 de janeiro de 2013

Cortes nas pensões dos reformados

O provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, classificou-os como “brutais” os cortes nos rendimentos dos reformados inscritos no Orçamento para este ano e revelou que já recebeu mais de 1000 queixas relacionadas com este assunto. Justificou com o argumento de que «O direito dos reformados é um direito adquirido, depois de ser um direito em construção na medida em que vão fazendo descontos ao longo da sua carreira. E há até quem faça equivaler esse direito a um direito de propriedade».

E lembrou que os pensionistas e reformados, ao contrário dos trabalhadores no activo, não têm um poder importante nas suas mãos: o direito à greve.

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sábado, 12 de janeiro de 2013

Cuidado com os precipícios !!!

O Governo vem sendo objecto de muitos alertas para evitar a tragédia da progressão da espiral recessiva e da continuação de medidas cujo resultados em encerramento de empresas e desemprego (etc. etc.) já provaram ser erradas. «Quem te avisa teu amigo é» e, com base neste dito popular, o Governo deve prevenir-se de fazer mais mal aos portugueses, pensando dedicadamente nas soluções que deve tomar, socorrendo-se de bons portugueses com capacidade para ajudar a fazer análises aprofundada e coerentes. Para começar cito o artigo Adriano Moreira avisa que o Governo está a perder “legitimidade”, por se tratar de um português notável pela sua permanente dedicação a Portugal, nunca posta em dúvida. Tive muito prazer e proveito nas suas lições no IAEM e no CDN, e nas conversas informais que com ele tive nesta última Instituição e em casa de amigo comum.

Também parecem merecer atenção as palavras do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, quando se confessa surpreendido com propostas de FMI e quando fala da solidariedade devida pelos mais ricos aos mais pobres. E também Bruxelas quer calendário para os cortes no Estado já em fevereiro pois um problema de tal gravidade para os portugueses não pode ser eternamente adiado com promessas e palavras inconsequentes, não seguidas de decisões concretas, coerentes e viáveis.

E nem será necessário relembrar a posição tomada publicamente pelo dirigente do PSD, Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, nem os alertas que, repetidamente, têm vindo a público por Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Marques Mendes, Manuela Ferreira Leite, João Salgueiro, João Mota Amaral, e variados comentadores e colunistas da Comunicação Social. Já não se trata de maledicência de oposicionistas, mas de gente válida da área do Governo, que demonstram patriotismo acima da média evidenciada pelos governantes.

É estranho verificar que nas intenções de cortes nas despesas do Estado não se veja citada área que toca com os interesses do [polvo], como sejam medidas efectivas para reduzir as despesas com fundações, observatórios, a burocracia, a corrupção, para racionalizar a utilização dos «boys» e os seus salários e mordomias em assessores, especialistas e «gestores» de empresas públicas e municipais, etc... O Tribunal de Contas tem referido isso em vários relatórios mas o Poder executivo, com laivos de absolutismo e de ditadura, desrespeita órgãos que devem ser acatados por todos porque desempenham papel de controlo altamente necessário e patriótico.

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Direito a não emigrar

O artigo de opinião Pactos de regime cita a frase da mensagem do Papa que diz "antes do direito a emigrar há que reafirmar o direito a não emigrar, isto é, a ter condições para permanecer na própria terra".

Refere que «as estatísticas escondem as inúmeras famílias desfeitas, filhos que crescem longe dos pais» engenheiros e professores sem emprego demasiado novos para ir para a reforma e demasiado idosos para ser contratados, restando-lhes a emigração, como única forna de sobreviver.

O autor diz que: «Está na hora de os nossos políticos olharem para as taxas de desemprego e de emigração e lerem nelas o sofrimento que as políticas levianas da austeridade, "do custe o que custar", estão a provocar. A questão não é ideológica, muito menos partidária: a austeridade é válida se, no final, ajudar a diminuir o défice e a dívida – mas não é isso que está a acontecer. Está na hora dos partidos se entenderem em pactos de regime que – respeitando os compromissos assumidos – tornem de novo possível a fixação de recursos e a criação de riqueza.»

NOTA: Este texto tem muito interesse para «vermos» o País real, sentindo os sofrimentos das pessoas e compararmos com a superficialidade, sem medidas concretas nem agenda da afirmação do PM "Queremos crescer nos próximos anos acima da média dos últimos 12". Provavelmente, o PM seria convincente se tivesse dito «queremos reduzir o défice nos próximos meses para ficar abaixo da média dos últimos 17 meses». Tanta emigração forçada poderá fazer com que o Governo queira os reformados a trabalhar, para compensar a população activa que sai e a economia possa subsistir.

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Moedas ou Notas Fífias ???

O engenheiro Carlos Moedas classificou o relatório do FMI de “bem feito e inteligente”, comentário que desencadeou incendiadas reacções das mais variadas facções políticas, nomeadamente no seio dos próprios partidos que formam a coligação governamental, o que veio deitar mais ‘achas para a fogueira’ já latente.

Segundo Pedro Sousa Carvalho, no seu artigo do Económico, Carlos Moedas, se calhar, ficou embevecido e deslumbrado com tantos números, gráficos e tabelas do relatório do FMI. Porém, ele tem razão pelo menos numa coisa: o relatório do FMI, independentemente de algumas omissões e um ou outro dado desactualizado, é um autêntico compêndio sobre como se pode cortar nas despesas do Estado e serve para lançar a discussão sobre a reforma do Estado.

O erro de Moedas - além do seu sorriso, talvez de nervosismo - que para político tem pouco jeito, foi não ter explicado de forma clara aos portugueses que a catrefada de medidas propostas pelo FMI não é para ser executada na íntegra. Aliás, se somássemos o impacto de todos as propostas do FMI chegaríamos a um corte de despesa exorbitante de cerca de dez mil milhões de euros, quando o Governo já disse que a intenção é apresentar à ‘troika' um plano de redução permanente de despesa de quatro mil milhões de euros.

O segundo erro do Governo neste processo - este de Passos Coelho e não de Carlos Moedas - foi o de ainda não ter explicado aos portugueses por que razão quer cortar quatro mil milhões. Por que não oito mil milhões? Por que não dois euros ou cinco cêntimos? Mas Passos não dá esta explicação porque se a der, preto no branco, as pessoas vão perguntar, e com razão, o que andou o Governo a fazer durante este tempo todo, desde que ganhou as eleições em Junho de 2011? Por que é que fez 80% da consolidação do lado da receita, e só agora se lembrou dos cortes estruturais na despesa?

Entretanto as críticas brotaram como cogumelos, por todo o lado. Carlos Carreiras disse: "Eu, enquanto social-democrata, não gostei de ver um secretário de Estado de um Governo liderado pelo meu partido... e confesso que, do ponto de vista simbólico, também me chocou porque havia um sorriso nos lábios".

“Um membro de um qualquer Governo que tem a ‘inteligência’ de produzir uma afirmação desta natureza, perante um relatório com este teor, só pode ter uma atitude – abandonar as funções governativas, deixar a política e assumir que aspira a ser consultor técnico”.

Também Paulo Portas, terá ficado «à beira de um ataque nervos» com a fuga de informação do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a refundação do Estado português, que foi revelado em primeira mão pela imprensa. A fúria do governante prende-se com o facto de o Executivo não ter tido oportunidade de debater as propostas do documento, antes de as mesmas serem divulgadas.

NOTA: Aconselham-se os interessados a abrir os links, porque os extractos estão comprimidos a fim de não tornar este post muito extenso.

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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Estou velho ? Felizmente !

Fiz anos. Muitos. Mais do que esperava quando era jovem.

Recebi às primeiras horas os parabéns de uma amiga e colega de blogue, à qual dedico estas reflexões que as suas palavras me inspiraram.

Poder beneficiar da sua amizade e da sua simpatia é uma fortuna extraordinária. Sempre atenta à agenda e sempre disponível para emitir raios calorosos de felicidade que tornam o mundo melhor numa convivência mais harmoniosa e com uma felicidade contagiante. A vida é um caminho por vezes difícil e com muitos obstáculos que temos que saber ultrapassar ou tornear com sensibilidade e persistência, tirando o melhor ensinamento de cada dificuldade.

A dada altura, neste blogue levantou-se a polémica de se dizer idoso e não velho. Tomei a posição de preferir «velho» não dando importância ao dito «velhos são os trapos», porque uma pessoa não é um trapo, nem novo nem velho, e a velhice bem preparada ao longo da vida transforma as pessoas num armazém recheado de sabedoria adquirida ao longo dos anos, desde que estes sejam vividos na busca da compreensão dos outros e daquilo que nos cerca. Não é por acaso que em algumas tribos africanas, o soba, antes de tomar decisões importantes, reúne o «Conselho dos Velhos» e os ouve atentamente, para reduzir a possibilidade de erro, para não cair em entusiasmos fáceis que a experiência dos tempos mostrou não serem o melhor caminho.

A vida não é uma riqueza bem definida, sólida e com prazo de duração estabelecido, mas sim uma peça preciosa muito frágil que pode partir-se em qualquer momento e devemos estar preparados para esse momento, sem angústia e sem receio. Há pouco mais de 57 anos, estive prestes a perdê-la e entre os muitos amigos espalhados por vários pontos do país circulou a notícia de que tinha partido. Mas consegui ultrapassar essa pedra encontrada no caminho, embora só tivesse recuperado totalmente a operacionalidade do braço esquerdo cerca de sete meses depois, com uma cicatriz enorme no braço e um corpo estranho junto da artéria femoral na anca esquerda.

Aprendi então a respeitar a vida sem medos e sem o habitual sentido de posse de um bem interminável, mas com a convicção de que ela deve ser aproveitada, no dia-a-dia, para desempenharmos acertadamente as nossas tarefas e tudo o que pudermos fazer para bem dos que estão mais próximos e de toda a humanidade. O exemplo de bem viver de forma positiva, difundindo valores e princípios de bem conviver com harmonia, constitui um factor de irradiação de felicidade que beneficia a humanidade e se reflecte, retornando para nós e dando-nos alegria de viver e força anímica para continuar. Cada um de nós deve agir com rigor e eficiência no desempenho das suas tarefas e cumprir com entusiasmo e persistência os seus deveres como elemento da humanidade. O bem ou o mal do mundo depende das acções e das palavras dos seres que o constituem, porque é o somatório dos actos de cada um.

Mas, apesar desta filosofia de vida ser útil e positiva, não impede que a vida continue a ser um caminho com variados obstáculos, as pedras da picada, que obrigam a continuar a conduzir atentamente para evitar acidentes. Quem ler as minhas reflexões deixadas ao longo destes blogues compreende bem a minha dedicação ao ambiente que nos cerca, à humanidade. Mas, surgem muitas pessoas investidas de poder sem terem um mínimo de sensibilidade para os assuntos que vão interferir de forma muito incisiva nas vidas das pessoas. Há «responsáveis» que se deixam encantar cegamente pela música dos números sem terem uma noção correcta de que por trás deles há pessoas, com problemas, individuais, familiares, profissionais, dos quais saltam dificuldades demasiado corrosivas para as suas vidas. Não é por acaso que os números de crimes violentos e de suicídios têm aumentado.

Algumas de tais entidades procuram atender aos alertas de pessoas sensatas mas não mostram possuir clarividência nem sensatez para agir da forma mais correcta que inspire confiança e crie esperança em dias melhores. E, na ausência de tais qualidades, acabam por tomar atitudes do tipo de ser «pior a emenda do que o soneto» e fazem promessas fantasiosas, sem base sólida, mentirosas, falaciosas, sem plano nem agenda, não inspirando a mínima credibilidade, antes reduzindo mais a pouca existente. Só para ilustrar esta alusão cito, de entre muitas outras, uma promessa de 14 de Agosto de 2012 e uma de 9 de Janeiro de 2013.

Apesar do desprendimento da vida a que me habituei há mais de 57 anos, como atrás referi, sinto com angústia o desprezo que os governantes têm pelos idosos, os doentes e os deficientes, em resumo, os não activos, e aconselhando a deixar de recorrer ao serviço nacional de saúde porque este está em risco de encerrar por falta de dinheiro. Isto evidencia a tendência materialista e monetarista de recusar apoio aos que dele mais necessitam. Além das dificuldades crescentes no apoio de saúde, há os cortes de subsídios de férias e de Natal os aumentos de preços e, de uma forma geral, a redução do dinheiro disponível para a satisfação de necessidades vitais. Chega a ter-se a dúvida de se não terão como objectivo a eliminação de todos os inactivos, por os considerarem pesados nas contas do Estado.

Por esta razão, dadas as circunstâncias, será necessário e, mesmo, indispensável que os governantes façam um esforço para passarem a tomar decisões claras e convincentes para as pessoas e com a aceitação destas, como é próprio das democracias. Governar não pode reduzir-se a um exercício teórico em sala isolada do país e dos seus cidadãos. Será bom que sejam postos em prática conceitos de humanidade como os referidos no início desta reflexão.

À Querida Amiga (...) agradeço ter-me inspirado a estas palavras neste dia.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Reforma do Estado. Burocracia

A burocracia excessiva pode ser utilizada para adiar os processos que deixam de ter solução em tempo adequado e útil podendo este alargar-se tanto que as datas-limite são ultrapassadas e a acção jamais terá lugar. Por outro lado, enquanto dura o processo, há uma circulação de gestos burocráticos que criam a sensação de movimento, de progresso no trajecto para a solução final.

Este movimento, composto de pequenas acções preparatórias, alimenta crenças na acção – quando, de facto, esta só chegará (se algum dia chegar), no fim do circuito. A demora produz a tentação dos interessados na aceleração do processo através do tráfico de influências, cunhas, presentes de robalos, de alheiras e outras formas de corrupção.

É por isso lógico que se diga que a burocracia não é simplificada ao mínimo necessário por haver interessados na corrupção que ela gera.


O assunto tem sido largamente abordado, como se vê pelos seguintes textos:

- A Burocracia vista por José Gil
- Controlo reduz Burocracia e Corrupção
- Combate à corrupção?
- Burocracia exagerada é uma peste terrível
- Combater a burocracia e a corrupção
- Mau uso da burocracia
- Burocracia, «empatocracia» e ...
- Burocracia ou empatocracia?
- Obsessão da burocracia
- Corrupção tem que ser combatida
- Burocracia nacional
- Burocracia sem nexo
- É difícil o combate à corrupção
- Corrupção. a ponta do iceberg?

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Passos quer crescimento acima da média

Para atingir objectivos não basta querer e falar vezes sem conta acerca do desejo que se alimenta obsessivamente. Isso não transforma o desejo em realidade. Trata-se do fenómeno que José Gil denomina de obsessão neurótica.

Não é por muito querer que as medidas surgem e produzem efeitos. Fica a interrogação: O que está a ser planeado e programado para materializar esse «querer»? Só tais medidas, se forem viáveis, poderão criar esperança e optimismo nos cidadãos. Sem isso, cai-se na contestação, na crítica, na reclamação, por vezes pouco ponderada, e no descrédito de quem promete.

Acerca de reclamar, recordo as seguintes três frases:

- Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!
- O que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons
- Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.

Porém, na actual situação, parece estar a acontecer que ninguém se preocupa em pensar seriamente naquilo que vai dizer. Uns prometem e até decidem coisas que não lembram ao diabo e, por vezes, sentem-se na necessidade absoluta de recuar. Outros disparam críticas ao acaso sem fazer uma pontaria cuidadosa e sem ter a hombridade de sugerir, mesmo que toscamente, uma hipótese de caminho considerada melhor para as soluções dos problemas que lhes parecem mal resolvidos.

Temos que concluir que a sociedade está doente, mas é dela que saem os governantes que, infelizmente, nem sempre provêm da amostra menos afectada.

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Constituição não está suspensa...

Senhores governantes, a Constituição não está suspensa, existe a separação dos três poderes democráticos, existem os órgãos de soberania. Como Manuel Catarino diz no seu artigo de hoje, não é de bom tom um secretário de Estado atrever-se a condicionar os juízes do Tribunal Constitucional, para fecharem os olhos a qualquer norma do Orçamento menos conforme com a Lei Fundamental. É aconselhável que os políticos empossados em altos cargos dêem o exemplo do respeito pelas instituições nacionais.

Essa pressão, esse condicionamento podem ser vulgares em determinado tipo de regime (Por ordem alfabética: Adolph Hitler, Benito Mussolini, Idi Amin, Joseph Stalin, Moammar Gaddhafi, Saddam Hussein, etc.), mas é suposto ainda estarmos a viver em democracia, embora a Constituição esteja a ser desrespeitada, tal como as promessas eleitorais, o programa de Governo, o orçamento, as sucessivas promessas e decisões que, passados poucos dias, são alteradas com «recuos» imprevistos.

Como a vida seria mais fácil e bela se pudesse haver confiança nas directivas para o futuro, nas regras de comportamento individual e colectivo, na esperança fundamentada na dedicação a Portugal e aos portugueses.

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Reformas estruturais, para quando?


Há ano e meio que andamos a ouvir promessas de reformas estruturais para serem reduzidas e racionalizadas as despesas do Estado a aumentada a competitividade, a produtividade, o investimento e a inovação, mas não se vêm medidas concretas e eficazes apesar da austeridade excessiva e da compressão dos salários e dos cortes de benefícios. Tem-se visto retirar os direitos adquiridos das classes média e baixa, enquanto os dos senhores do feudalismo dos grupos económicos são considerados sagrados e intocáveis.

Das medidas tomadas, os resultados obtidos tem sido a redução do poder de compra, a travagem da economia, com empresas a fechar lançando muita gente no desemprego e aumentando a fome e a miséria. Uma das medidas restritivas, actualmente em discussão, é a redução da indemnização por despedimento primeiro para 20 dias e depois para 12. Mas são intocáveis os privilegiados das fundações de finalidades não esclarecidas, dos observatórios, os assessores e especialistas que vegetam nos gabinetes, nomeados por compadrio com salários de nababos e de cujo trabalho não resulta perfeição nas decisões, não impedindo os erros e recuos que escurecem a imagem do Governo, as repetidas infracções à Constituição, apesar de esta ter vindo a ser considerada perfeita e intocável, etc.

Dos erros e consequentes recuos, são de salientar, por muito comentadas, as atitudes referentes a privatizações, mal preparadas, confusas e hesitantes.

Também a burocracia estatal e autárquica não tem sido reduzida ao mínimo essencial, sendo mantida para ocasionar travagem do funcionamento das actividades económicas e das vidas dos cidadãos e dar oportunidade para tráfico de influências, de corrupção e de enriquecimento ilícito, crimes para cujo combate não tem havido coragem para criar legislação.

Deseja-se que a esperança de ver estas situações resolvidas para bem de Portugal não saia gorada neste ano que agora começa durante o qual se completarão dois anos do actual Governo. Nesse sentido, embora as decisões vindas a público não sejam favoráveis aos portugueses mais carentes, o PM espera que portugueses vejam «luz ao fundo do túnel», mas isso só poderá acontecer aos que entrarem em estado comatoso devido a fome e a desespero, sendo mais credível a opinião de Mota Amaral, quando diz que insistir em 2013 nas medidas que não deram resultado em 2012 conduzirá a vir repetir-se em 2014, certamente em tom maior, o que será o “alastramento de verdadeira catástrofe”.

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Governo gasta acima das nossas possibilidades

A crise foi gerada por má gestão de governos que gastaram acima das nossas possibilidades; para lhe fazer face, os governantes condenaram os cidadãos ao sacrifício de uma austeridade irracional que arruinou a economia, com empresas a falir, despedimentos, desemprego, miséria geral; mas, apesar dos sacrifícios que nos impõem, eles continuam a viver acima das nossas possibilidades como diz a notícia Gabinetes ministeriais ignoram austeridade baseada em estudo do Tribunal de Contas.

Segundo a notícia, um relatório do Tribunal de Contas afirma que “não existe evidência de que as despesas de funcionamento dos gabinetes dos membros do Governo tenham diminuído”. «A inexistência de um tecto máximo para a despesa dos gabinetes e a manutenção da sua opacidade revelam que persistem anomalias…»

“No actual dispositivo legal, à semelhança do anterior, não constam critérios sobre a atribuição de regalias como o cartão de crédito, uso de viatura e despesas de telefone”. Parece existir uma balda sem critério nem controlo em que cada um pode sacar o que desejar do saco que considera ser seu e apenas para seu benefício.

E, desta forma, continuamos a ser espoliados de tudo aquilo que nos conseguirem tirar para bem de todos os que viverem à sombra do polvo.

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