Permita-me um desabafo e um apelo para que sejam evitadas mais catástrofes no nosso país. Há que desenvolver uma cultura da prevenção, da segurança, da defesa antecipada dos direitos humanos.
Pouco depois de me levantar tive conhecimento da queda da ponte, com 116 anos sobre o Rio Douro nas proximidades de Castelo de Paiva.
Primeiro, lamentei o acidente e todas as suas terríveis consequências sentidas dolorosamente em muitas famílias. Depois, soube que a Câmara de Castelo de Paiva tem repetidamente alertado o Governo para as más condições da ponte, sem com isso ter obtido qualquer intervenção dos governantes ou dos serviços técnicos «superiores» (in)competentes.
Mas, o mais chocante e que mostra a mentalidade repressiva dos organismos que é suposto deverem governar para o povo e com o povo e não contra o povo, foi a notícia, dada pela RTP 1, de um julgamento a realizar hoje em que são arguidos dois indivíduos que, há poucos meses, organizaram uma manifestação a pedir ao governo medidas para fazer face às deficiências da mesma ponte, ilustradas por fotografias subaquáticas das bases dos pilares.
Não houve acções positivas do governo para reparar as deficiências apontadas por essa manifestação, mas não faltou a acção repressiva contra as pessoas sensatas, esclarecidas e preocupadas que lançavam um alarme, que hoje, infelizmente, se verifica ter sido oportuno.
Incompetência e repressão, desrespeito pelos direitos das populações, levam-nos logicamente a perguntar o que seria pior se, em vez de numa democracia, vivêssemos numa ditadura assumida? Regime repressivo não nos falta. Vivemos numa democradura.
Espero que se passe a olhar com mais atenção para os locais de perigo existentes ao longo das nossas estradas. O perigo não está só no álcool e no excesso de velocidade; está também na inoperância dos serviços do Estado (como agora fica explícito), apesar de tão pesados ficarem ao erário público (isto é, aos nossos bolsos).
Pouco depois de me levantar tive conhecimento da queda da ponte, com 116 anos sobre o Rio Douro nas proximidades de Castelo de Paiva.
Primeiro, lamentei o acidente e todas as suas terríveis consequências sentidas dolorosamente em muitas famílias. Depois, soube que a Câmara de Castelo de Paiva tem repetidamente alertado o Governo para as más condições da ponte, sem com isso ter obtido qualquer intervenção dos governantes ou dos serviços técnicos «superiores» (in)competentes.
Mas, o mais chocante e que mostra a mentalidade repressiva dos organismos que é suposto deverem governar para o povo e com o povo e não contra o povo, foi a notícia, dada pela RTP 1, de um julgamento a realizar hoje em que são arguidos dois indivíduos que, há poucos meses, organizaram uma manifestação a pedir ao governo medidas para fazer face às deficiências da mesma ponte, ilustradas por fotografias subaquáticas das bases dos pilares.
Não houve acções positivas do governo para reparar as deficiências apontadas por essa manifestação, mas não faltou a acção repressiva contra as pessoas sensatas, esclarecidas e preocupadas que lançavam um alarme, que hoje, infelizmente, se verifica ter sido oportuno.
Incompetência e repressão, desrespeito pelos direitos das populações, levam-nos logicamente a perguntar o que seria pior se, em vez de numa democracia, vivêssemos numa ditadura assumida? Regime repressivo não nos falta. Vivemos numa democradura.
Espero que se passe a olhar com mais atenção para os locais de perigo existentes ao longo das nossas estradas. O perigo não está só no álcool e no excesso de velocidade; está também na inoperância dos serviços do Estado (como agora fica explícito), apesar de tão pesados ficarem ao erário público (isto é, aos nossos bolsos).
Sem comentários:
Enviar um comentário