quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Que perspectivas da retoma social? 040730

(Publicado no «Independente» em 30 de Julho de 2004)

Toda a gente está de acordo que a retoma económica que se anuncia exigirá uma retoma social, isto é, cívica. Para nos aproximarmos do nível económico e social dos países mais desenvolvidos da Europa, não podemos continuar com tricas e guerras do alecrim e da mangerona. Temos de nos convencer que é do interesse de todos e de cada um que «quanto melhor, melhor» e não há lugar para os que pretendem singrar como «quanto pior, melhor».

Desta forma, concorde-se ou não com o Governo, é conveniente, do ponto de vista do bem do país, que não se criem obstáculos artificiais e virtuais, mas que pelo contrário, se colabore na ultrapassagem dos obstáculos reais. Parece que isso é possível mesmo para a oposição, fazendo-o de forma a reter os direitos de paternidade das ideias, sugestões e propostas, que venham a contribuir para melhorias concretas e sustentáveis do nível de bem-estar e de poder de compra do povo.

À primeira vista, isto não parece ser demasiado utópico. Mas, na realidade, os indícios são elucidativos da dificuldade de alcançar esse desiderato. É doloroso e pungente ouvir comentadores do quadrante do Governo criticarem este por diversos pequenos pormenores, alguns muito subjectivos, e criticarem-se também entre si. Com muitos amigos do seu partido que têm utilizado as câmaras de televisão, o Governo não precisa de inimigos. O partido mais pequeno da coligação também escusava criar tanto ruído n Madeira, melindrando uma velha raposa a quem os madeirenses devem imenso progresso.

Como cidadão que gosta de encontrar razões válidas para «ter orgulho de ser português», gostava de ver mais sentido prático e mais eficiência de todos os políticos , tendo em vista o interesse do Estado, isto é, dos cidadãos em geral.

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