quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Objectivos nacionais = felicidade e bem-estar dos cidadãos. 021011

É do conhecimento geral que o poder corrompe e quem o detém é tentado a dele abusar. Já os fundadores dos EUA partiram da base de que não há homens que não tenham errado, pelo que não se pode confiar cegamente em ninguém, e, por isso, não se pode deixar ao Presidente um poder absoluto e incontrolável. Criaram órgãos de fiscalização e controlo do exercício do poder, a divisão do poder soberano. O contra-poder é necessário, é indispensável, mas tem de ser desenvolvido de forma consciente, coerente, tendo em vista os superiores e legítimos interesses do país, os quais devem ter como objectivo a felicidade e o bem-estar dos cidadãos (que são a razão de ser dos políticos).

Uma oposição não pode ser um obstáculo obstinado e paralisante à acção governativa. Não pode ter por objectivo criar um deserto ou um monte de cinzas, desperdiçando energias com questiúnculas de menor interesse, em vez de atacar os verdadeiros problemas de fundo. Em vez de obstaculizar todo e qualquer acto governativo, deve apresentar propostas, planos, projectos alternativos, que contribuam para o legítimos objectivos nacionais.

Mas a esquerda está em crise, sendo o indício mais visível e significativo o resultado das eleições presidenciais francesas. Faltam projectos ideológicos alternativos ao «feroz capitalismo neoliberal». Jesus Cristo contribuiu para a oposição aos representantes do império romano. A sua doutrina continua válida, seja qual for a óptica com que a observemos. Carl Marx criou uma ideologia social, humanitária que tem algo de válido, apesar de a sua aplicação prática ter degenerado num dramático capitalismo de estado, num imperialismo sem o mínimo respeito pelos direitos humanos.

Hoje, precisam-se ideólogos; precisam-se homens com ideias úteis para o bem-estar dos cidadãos, que definam a melhor forma de criar riqueza e de a distribuir em benefício de todos, reduzindo as graves discrepâncias existentes. Para essa árdua tarefa, as energias não abundam e está errado o espectáculo a que assistimos de desperdício de tempo e de meios na discussão de tonalidades insignificantes para o conjunto do quadro do desenvolvimento humano, social, cultural e económico que todos desejamos e de que necessitamos, para não sermos esquecidos na competição internacional. São precisos pensamentos positivos e as consequentes acções válidas e não falsas lutas do alecrim e da manjerona.

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