(Publicada no «Diário de Notícias, 30 Janeiro de 2002)
Um senhor governante afirmou à comunicação social que o bloqueamento das rodas dos carros mal estacionados iria ser posto em prática com bom senso e de forma progressiva, começando pelos carros que na zona antiga de Lisboa constituam perigo.
Gostava de ser esclarecido sobre este critério de perigo (ao trânsito ou à estética do local?) porque, bloqueando os carros, estes ficarão mais tempo a constituir perigo. Seria mais lógico rebocá-los, o mais depressa possível, para deixarem de criar dificuldades. Se a intenção é dissuadir o estacionamento incorrecto em locais inconvenientes, seria mais eficiente, um giro mais frequente dos agentes da autoridade, reduzindo a probabilidade de impunidade aos infractores. E também seria de imitar a Finlândia que aplica multas em valor proporcional aos rendimentos do prevaricador (recentemente o administrados da Nókia pagou 116 mil euros, por circular a 75 onde a velocidade máxima permitida era de 50 K/m).
Mas não cabe na cabeça de ninguém retardar a saída do carro de um lugar em que constitui perigo.
Aquela afirmação do Sr. governante faz-me recordar outra, talvez também da sua autoria, que querendo convencer os cidadãos do perigo do álcool ao volante, apresentava estatísticas que provavam o contrário, pois diziam que 60% dos autopsiados por efeito de acidente rodoviário não tinham vestígios de álcool no sangue. Imagine-se o perigo de conduzir sem álcool! 60 por cento representa uma grande incidência da ausência do álcool na ocorrência de acidentes!!
Ou a minha cabeça já está senil ou os jovens governantes têm pouco respeito pela inteligência dos cidadãos e não pensam devidamente naquilo que lhes vão dizer. Um pouco mais de cuidado com as palavras não lhes ficaria mal!
Um senhor governante afirmou à comunicação social que o bloqueamento das rodas dos carros mal estacionados iria ser posto em prática com bom senso e de forma progressiva, começando pelos carros que na zona antiga de Lisboa constituam perigo.
Gostava de ser esclarecido sobre este critério de perigo (ao trânsito ou à estética do local?) porque, bloqueando os carros, estes ficarão mais tempo a constituir perigo. Seria mais lógico rebocá-los, o mais depressa possível, para deixarem de criar dificuldades. Se a intenção é dissuadir o estacionamento incorrecto em locais inconvenientes, seria mais eficiente, um giro mais frequente dos agentes da autoridade, reduzindo a probabilidade de impunidade aos infractores. E também seria de imitar a Finlândia que aplica multas em valor proporcional aos rendimentos do prevaricador (recentemente o administrados da Nókia pagou 116 mil euros, por circular a 75 onde a velocidade máxima permitida era de 50 K/m).
Mas não cabe na cabeça de ninguém retardar a saída do carro de um lugar em que constitui perigo.
Aquela afirmação do Sr. governante faz-me recordar outra, talvez também da sua autoria, que querendo convencer os cidadãos do perigo do álcool ao volante, apresentava estatísticas que provavam o contrário, pois diziam que 60% dos autopsiados por efeito de acidente rodoviário não tinham vestígios de álcool no sangue. Imagine-se o perigo de conduzir sem álcool! 60 por cento representa uma grande incidência da ausência do álcool na ocorrência de acidentes!!
Ou a minha cabeça já está senil ou os jovens governantes têm pouco respeito pela inteligência dos cidadãos e não pensam devidamente naquilo que lhes vão dizer. Um pouco mais de cuidado com as palavras não lhes ficaria mal!
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