Não há segurança exterior que substitua a competência do condutor
Possuo carta de condução de moto (simples e com side-car) há mais de 45 anos. Tenho carta de ligeiros e já tive (mas deixei de a renovar) a de pesados e atrelado. Sempre me interessei por saber mecânica e efectuar pequenas reparações. Os assuntos relacionados com a segurança rodoviária têm-me merecido muita atenção, pelo que tenho enviado textos a diversos jornalistas, com sugestões para conselhos aos condutores e aos responsáveis pelas nossas estradas, e alguns dos quais têm sido publicados.
Embora, felizmente não tenha sofrido acidentes propriamente ditos, não tenho sido demasiado cauteloso. Só o suficiente e conveniente, a ponto de em certa altura da vida os colegas e amigos me chamarem «o maluquinho das motos». Isso dá-me autoridade moral para expor alguns comentários sobre as medidas de segurança que os «motards» estão a pretender. Por este andar, qualquer dia, exigem que ao longo de qualquer estrada existam em continuidade, de cada lado da via, filas de colchões semelhantes aos usados no salto à vara. Esquecem-se de que nem assim a sua vida estará garantida, se continuarem a conduzir a mais de 200 à hora sem terem capacidade para dominar a máquina e mantê-la nos limites da via.
Conseguir que um veículo atinja os 200 não é virtude do motorista, mas sim da potência do motor. A competência do motorista consiste em manter o veículo sempre sob controlo, apesar dos obstáculos que possam surgir, das más condições atmosféricas e da estrada, por forma a chegar ao fim da viagem com segurança, comodidade e o mínimo desgaste da máquina e sem criar situações de perigo para os outros utentes da estrada.
Também acho inconveniente que jornalistas, polícias ou bombeiros justifiquem alguns acidentes com o nevoeiro, a chuva ou a estrada molhada. Com efeito, o bom condutor, competente, consciente e educado, conduz de acordo com as condições ambientais, as características da sua máquina e as suas próprias capacidades. Para um despiste ou um capotamento raras vezes se pode atribuir culpas senão ao motorista. É lamentável que grande parte dos automobilistas não moderem a velocidade quando o piso está com pouca aderência, com chuva ou neve, nem quando há menos visibilidade, à noite ou com nevoeiro. Pensam que não vai acontecer nada e se acontecer depois se verá. Uma boa norma é ser-se capaz de parar dentro do espaço livre visível. Quem assim fizer não será vítima de nevoeiro nem de obstáculos existentes na via e não irá agravar os acidentes em cadeia.
Possuo carta de condução de moto (simples e com side-car) há mais de 45 anos. Tenho carta de ligeiros e já tive (mas deixei de a renovar) a de pesados e atrelado. Sempre me interessei por saber mecânica e efectuar pequenas reparações. Os assuntos relacionados com a segurança rodoviária têm-me merecido muita atenção, pelo que tenho enviado textos a diversos jornalistas, com sugestões para conselhos aos condutores e aos responsáveis pelas nossas estradas, e alguns dos quais têm sido publicados.
Embora, felizmente não tenha sofrido acidentes propriamente ditos, não tenho sido demasiado cauteloso. Só o suficiente e conveniente, a ponto de em certa altura da vida os colegas e amigos me chamarem «o maluquinho das motos». Isso dá-me autoridade moral para expor alguns comentários sobre as medidas de segurança que os «motards» estão a pretender. Por este andar, qualquer dia, exigem que ao longo de qualquer estrada existam em continuidade, de cada lado da via, filas de colchões semelhantes aos usados no salto à vara. Esquecem-se de que nem assim a sua vida estará garantida, se continuarem a conduzir a mais de 200 à hora sem terem capacidade para dominar a máquina e mantê-la nos limites da via.
Conseguir que um veículo atinja os 200 não é virtude do motorista, mas sim da potência do motor. A competência do motorista consiste em manter o veículo sempre sob controlo, apesar dos obstáculos que possam surgir, das más condições atmosféricas e da estrada, por forma a chegar ao fim da viagem com segurança, comodidade e o mínimo desgaste da máquina e sem criar situações de perigo para os outros utentes da estrada.
Também acho inconveniente que jornalistas, polícias ou bombeiros justifiquem alguns acidentes com o nevoeiro, a chuva ou a estrada molhada. Com efeito, o bom condutor, competente, consciente e educado, conduz de acordo com as condições ambientais, as características da sua máquina e as suas próprias capacidades. Para um despiste ou um capotamento raras vezes se pode atribuir culpas senão ao motorista. É lamentável que grande parte dos automobilistas não moderem a velocidade quando o piso está com pouca aderência, com chuva ou neve, nem quando há menos visibilidade, à noite ou com nevoeiro. Pensam que não vai acontecer nada e se acontecer depois se verá. Uma boa norma é ser-se capaz de parar dentro do espaço livre visível. Quem assim fizer não será vítima de nevoeiro nem de obstáculos existentes na via e não irá agravar os acidentes em cadeia.
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