(Publicada em A Capital em 30 de Maio de 2005)
Nos últimos 12 meses, subi a pé, várias vezes, a Avenida do Colégio Militar, entre o Colombo e a Igreja da Luz e, desde o primeiro momento fiquei impressionado com a estrutura de betão que se presume ser destinada a um edifício, situada à direita, nos terrenos no estabelecimento que deu o nome à avenida. Desconheço os motivos da paragem da obra que, pela aparência, deve ter ocorrido há já vários anos. Problema de projecto e seu licenciamento, falência do empreiteiro, dificuldades de pagamento da parte do dono da obra? Fosse o que fosse, nada parece justificar que os dinheiros do Estado ali estejam a degradar-se sem produzirem qualquer benefício nem se multiplicarem.
Se houve problemas, já passou muito tempo para serem resolvidos e o recomeço das obras não impediria a continuação da investigação das responsabilidades e consequente penalização. A dúvida que se levanta assenta em: havia realmente necessidade do edifício? No caso afirmativo, porque não se tomaram medidas, mesmo que excepcionais, para o tornar realidade, para suprir a sua falta? Quais as consequências dessa falta para a finalidade, os objectivos, do Colégio? Que projectos de ensino deixaram de se concretizar? A quem cabe a responsabilidade de, passados estes anos, ainda não se ter acabado o edifício para serem conseguidos os fins pretendidos? Ou será que não era necessário e resultou apenas de um capricho de alguém com poder, como aconteceu com o túnel do Marquês?
Dizia há anos na Televisão a Dr.ª Helena Sanches Osório que é um dever fugir aos impostos, dada a má utilização que lhes é dada. Parece que tinha razão. Os dinheiros públicos são desbaratados e mal geridos como é demonstrado com casos como o referido.
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