(Enviada aos jornais em 15 de Maio de 2005)
Aprende-se nos bancos da escola que a gravidade é um fenómeno relacionado com a lei da atracção dos corpos, de Newton. Os corpos são atraídos em direcção ao centro da Terra. A água não foge a esta regra e corre sempre para os pontos de menor cota. É tão elementar que me sinto ridículo ao escrevê-lo.
Porém, os técnicos municipais esquecem-se desta lei. Nas recentes chuvas deparámos novamente com as poças de água nas imediações das sarjetas, mesmo estando estas limpas, o que prova que estas não se encontram no local de menor cota, para onde, naturalmente, corre a água. Isto é mais grave quando essas poças se encontram junto das paragens de autocarros e das passagens de peões, onde se juntam várias pessoas que tomam banhos de água suja quando os carros passam com velocidade e não evitam a água. Isso é uma nódoa na rede viária urbana, como se constata em Cascais, nas partes mais planas das avenidas 25 de Abril e do Infante D. Henrique. Com a agravante de, na primeira, a água ser notoriamente lamacenta devido à lama transportada pelos camiões que transportam os materiais do desaterro das obras ali em curso. É pena que esses camiões não sejam lavados por baixo à semelhança dos das obras do metro do terreiro do Paço que saem para a Avenida da Ribeira das Naus sem a sujarem.
Parece que não seria difícil, controlar a construção e a manutenção dos pisos das ruas e, em dias de chuva, técnicos competentes das Câmaras percorrerem-nas e fazerem as lista das obras necessárias a efectuar nos dias seguintes. Se governar é zelar pela comodidade e segurança da população, estes actos não devem ser negligenciados.
A Decisão do TEDH (400)
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