A Simplicidade é louvável
Esta manhã, ao abrir os e-mails encontrei uma mensagem e a indicação de um novo post que me levaram a reflectir mais uma vez na simplicidade e na modéstia como pilares da felicidade. Mais tarde, já estava com este texto esboçado, surgiu mais um post a proposito do comentario que tinha colocado no post antes referido e que é um desafio para a minha predisposição para a comunicação do pouco que sei.
A mensagem era um desabafo sobre uma dificuldade que era inexistente e apenas se devia por o remetente, muito afeito a problemas complexos de alta tecnologia não reparou que aquele assunto não necessitava de Internet nem links, bastando apenas um deslizar do rato sobre o texto do Word. Bastava aplicar os ensinamentos constantes em posts como Temas para reflexão e Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara
O primeiro post referido é Apenas sei!..., que constitui um pedaço de boa filosofia em verso. Um estímulo para reflexão, que é uma actividade que está a fazer muita falta à generalidade das pessoas.
A dúvida, a incerteza, devem ser aceites como molas, motores de acção, de movimento. As pessoas passam pela auto-estrada da vida, numa correria louca sem olharem para a simplicidade bela da paisagem. O momento actual é fundamental para sermos felizes ou não. Pouco importa como deslizámos até aqui, embora disso devamos tirar lições úteis para o presente, mas o que importa é vermos atentamente onde estamos, o que nos cerca, as belezas que podemos usufruir e olhar onde vamos colocar o pé no passo seguinte.
As perguntas infantis O quê?, Porquê?, Como?, Onde?, Para quê? são sempre de grande utilidade. Como seríamos mais calmos serenos, sensatos, felizes, se olhássemos à volta e fizéssemos as perguntas que uma criança curiosa faz para vir a ser pessoa adulta! Seríamos mais sábios, mais felizes, aproveitando o essencial e colocando de lado as aparências o supérfluo, e inútil (para que serve? Será mesmo necessário? estará fazer falta?). Deixaríamos de ser vaidosos falsos intelectuais, para passarmos a ser dialogantes em termos claros e simples para transmitirmos a mensagem de forma compreensível aos destinatários.
A vida actual eivada do consumismo e da ostentação tem o dinheiro como um Deus que tudo pode, tudo resolve, tudo salva. As pessoas são avaliadas não pelo que são intrinsecamente, mas pelo que mostram ter (carro, telemóvel, roupas). Isso gera mentalidades presas ao supérfluo, ao inútil, desprezando o simples o essencial, o que constitui a verdadeira essência do ser.
E vamos passando ao lado daquilo que nos poderia tornar felizes se estivéssemos atentos ao que realmente tem significado e não nos deixássemos embriagar pelo que é vistoso e aplaudido, mas que não passa de fantasia e de ilusão fugaz.
A melhor forma de interpretar as complexas realidades é reduzi-las à expressão mais simples. É uma regra da matemática que ajuda a encarar a vida. Ao contrário de muitas pessoas que vestem as coisas simples de complexas roupagens de forma a torná-las transcendentes e difíceis de interpretar, a virtude reside na capacidade de simplificar o que é difícil com vista a encontrar as soluções adequadas.
Convém analisar as realidades com simplicidade e verdade, procurando conhecer as motivações dos comportamentos humanos, interpretar o que se passa, com o mínimo de ilusões e de «burkas» que encubram os argumentos de falsos profetas da sociedade actual. É louvável observar o mundo com a simplicidade que a tabuada, a simples aritmética, permite olhar e escalpelizar.
Quanto mais se complicam as análises, e se brinca com palavras estranhas misturadas com estrangeirismos, mais se procura tapar com a Burka da corrupção, da falsidade de propósitos, para esconder a verdade, por mais graves que sejam as denúncias dos «casos» escandalosos de que resulta prejuízo para os cidadãos.
Quando pessoas que se arvoram em inteligentes e abusam do poder do seu cargo e da credulidade do povo para falarem dos efeitos de um problema mas não vão à análise das suas causas, onde deve ser aplicada a solução, estão a vigarizar os incautos e querer aumentar a sua fortuna de forma imoral, ilegal, sem ética. Mas, as falsidades não duram sempre e o povo começará a abrir os olhos e a distinguir a honestidade da mentira e do roubo, por mais que os meliantes o disfarcem.
Neste blog poderão ser encontradas muitas reflexões relativas a este tema. Não será difícil aos interessados encontrar.
DELITO há dez anos
Há 4 horas
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