Transcrição de post do blogue O Guardião:
Os Candidatos
Neste momento temos pelo menos três candidatos mais que prováveis à próxima eleição para a Presidência da República. Há duas candidaturas assumidas e uma que é anunciada por gente próxima mas ainda não assumida por razões óbvias que se prendem com a função que ocupa presentemente.
Penso que ainda é possível que surja mais alguma candidatura, que pode baralhar ainda mais os eleitores, que mesmo só com estes três já têm muito em que pensar.
Cavaco tem a vantagem da tradição, que nos diz que um presidente que se recandidata tem quase garantida a reeleição, mas no seu caso tem como factores negativos o facto de a direita estar em minoria nesta ocasião, e de neste mandato a situação política e económica se ter deteriorado em demasia, sem que ele tenha tomado uma posição inequívoca e firme para inverter a situação.
Alegre estava até há pouco tempo numa situação muito favorável, que lhe garantia os votos de grande parte da esquerda e dos descontentes, contudo não soube ou não quis demarcar-se dos partidos políticos, nomeadamente do PS, ao não tomar uma posição clara sobre o pantanal de suspeições que atingem José Sócrates.
Nobre por seu lado teria a vantagem de não ser um candidato subordinado ao apoio partidário, mas poderá ter contra si o facto de não ter divulgado as suas ideias para o país de um modo claro e inequívoco.
Eu continuo à espera dos desenvolvimentos desta disputa, guardando para mais tarde uma eventual escolha, que naturalmente pode vir a ser também, o voto em branco.
Nota Importante: Neste post só analisei as candidaturas do regime, porque fora dele já existe uma candidatura de peso protagonizada por Sua Majestade D. Pata Negra sobre a qual me debruçarei numa próxima ocasião.
Publicada por O Guardião em O Guardião.
NOTA: A antecedência é grande e pode ter o efeito benéfico de os eleitores poderem informar-se de forma mais completa sobre os projectos e as capacidades de cada candidato, o que permitirá votar com mais segurança, com base em avaliações próprias e ser mais independente das propagandas que sempre procuram condicionar as decisões do voto.
Por outro lado, durante estes meses o povo é afastado da meditação sobre os grandes problemas nacionais, devido à pressão desta «pré-campanha». E dessa forma, deixa de se pensar nos graves problemas da educação, do emprego, da Justiça, da segurança pública, da saúde, das condições sociais dos mais desfavorecidos, etc.
Felicito o Guardião pelo estilo isento e imparcial como abordou esta análise. A referência a sua alteza o Rei dos Leitões, um célebre bloguista, faz esperar a eventualidade de mudança do regime, o que poderá ser conveniente para nos livrar dos vícios e manhas a que temos sido submetidos.
DELITO há dez anos
Há 1 hora
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