Transcrição do post do blog Sorumbático, seguido de Nota:
É conforme…
Por Joaquim Letria, «24 horas» - 24 Fev 10
O FILHO DUM AMIGO meu não acabou curso nenhum, deram-lhe o nono ano sem saber ler nem escrever, chamaram-no para uma tarefa sigilosa, forneceram-lhe um PC portátil e um e-mailconfidencial, um telemóvel com cartão de pré-pagamento e disseram-lhe que quando lhe encomendassem tarefas, teria de obedecer.
Pode trabalhar em casa, sem horários, recebe em dinheiro e não faz perguntas nem descontos. O rapaz anda feliz. Limita-se a reenviar mails e sms com comentários a artigos e notícias em jornais, e com ameaças aos destinatários que lhe indicam e que, viria ele a descobrir mais tarde, são os autores desses escritos.
Há momentos em que há mais que fazer. Mas nos tempos mortos, fornecem-lhe historietas e anedotas para o rapaz distribuir pelos endereços electrónicos que lhe indicam, desacreditando uns e deixando boas impressões de outros.
À observação de ser um erro não descontar para a segurança social, o filho do meu amigo diz que não é preciso. ”Deram-me um número de telefone e, se precisar de alguma coisa, alguém cuida de mim”.
E se alguém pergunta o que faz na vida? ”Ora, digo que sou informático, ou que trabalho para o Estado, ou que sou consultor do Governo. Depende! É conforme! Mas eu gostava era de estar na equipa que escreve os textos”…
NOTA: Este texto, embora muito interessante, não se enquadra no tipo de reflexões que aqui costumo expressar. Mas, de repente, fez-me lembrar dos comentadores anónimos (não sei se apenas um ou se eram dois!), identificados por nomes fictícios, como ficou explícito no caso do Leandro/Bernardo e que podem ser relidos abrindo os links seguintes Leandro e depois Bernardo e António Lopes. Moços de recados a soldo nos termos do caso referido por Joaquim Letria.
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