Já por aqui deixei em vários textos, principalmente comentários, esta ideia, expressa por palavras simples de um cidadão comum, sem o saber e a autoridae de advogado de José Luis Seixas, autor do texto que transcrevo do Destak de hoje. Admito que haja eventuais excepções, mas isso é próprio de todas as regras pois, como diz o ditado, não as há sem elas… Eis como se criam os «boys»:
Bons rapazes
Jornal gratuito Destak, 23 | 02 | 2010 Por José Luís Seixas, Advogado
Duma forma geral, nos países do Primeiro Mundo as lideranças políticas forjam-se em percursos pessoais assinaláveis feitos nas universidades, nas empresas ou nas profissões liberais. Todas exibem currícula suficientes para suportar e legitimar ambições de poder. A política é, pois, a decorrência de uma vida com biografia.
Em Portugal, principalmente a partir dos anos 80, os partidos iniciaram um processo de insaciável tentacularidade que ainda hoje persiste. Assumiram estruturações organizacionais herméticas e através delas tentaram absorver as pulsões sociais e secar a cidadania.
Potenciaram o “carreirismo”, servido por jovens com itinerários iniciáticos feitos nas organizações de juventude e que, por decorrência de uma militância alinhada e acrítica, se viram catapultados a Câmaras, ao Parlamento, ao Governo e ao sector empresarial do Estado.
A legitimidade brandida não radicava na formação, na competência ou na experiência de vida, mas em trajectos partidocráticos feitos de cumplicidades, de compromissos e de engajamentos. Hoje este paradigma de progressão individual na política transformou-se em estilo e em forma de vida que atravessa horizontalmente toda a denominada “classe dirigente”. Ora, com estes “bons rapazes” difícil será a reforma dos partidos e do sistema político.
Apesar de dramaticamente urgente. Mas o instinto de preservação da espécie é uma característica do mundo animal. E do mundo político também.
DELITO há dez anos
Há 1 hora
Sem comentários:
Enviar um comentário