Quando aqui são referidos casos como operação Face Oculta, Apito Dourado, BPN, Freeport, Aterro Sanitário da Cova da Beira, Vale da Rosa, Casa Pia, Facturas Falsas, Furacão, Portucale, etc. que directa ou indirectamente afectam a imagem de honorabilidade de políticos activos ou já afastados e que configuram uma tela negra em desfavor de homens públicos de cariz político, costumo evitar generalizar admitindo expressamente que pode haver «eventuais excepções». E há excepções, felizmente, pois nem todos caem nas tentações da corrupção e do enriquecimento ilícito ou na simples conivência da troca de favores.
Por outro lado a corrupção, mal que afecta gravemente o país segundo as notícias e as conversas a todos os níveis e sectores, pode ser combatida se os detentores do poder tiverem vontade para isso, como preconizou o engenheiro João Cravinho e agora demonstrou, de forma bem visível, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, que não quer ser cúmplice ou conivente de um acto de corrupção que, segundo se diz por aí, não é raro nem excepcional.
O caso de corrupção de um técnico da Câmara, agora abortado pelo presidente Rui Rio, pode ser visto com mais pormenor no Jornal de Notícias e no Público, fazendo clique nestes links.
Sendo a corrupção difícil de detectar directamente, torna-se necessário, para ser combatida e dissuadir ou evitar os potenciais praticantes, que cada caso conhecido seja comunicado de qualquer forma às autoridades policiais ou judiciais. Torna-se dever de cada um participar na cura dessa chaga que prejudica os interesses nacionais, os dinheiros dos contribuintes e o bom funcionamento dos serviços públicos. Um empreiteiro que paga luvas vai buscar o dinheiro ao seu cliente que paga por um serviço perfeito e recebe uma obra de menor qualidade.
Rui Rio dá um exemplo de muito mérito que deve ser seguido por todos os responsáveis pela gestão pública. Continue com essa ética e nunca esmoreça.
A cidade do Porto está de parabéns pela acção do seu presidente.
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