Noutros tempos Portugal seguia os manuais franceses quer nas Forças Armadas quer na diplomacia e disso resultava uma coerência do sistema, sem ziguezagues, sem hesitações. Hoje não se segue um modelo único e anda-se perdido, ao sabor caprichoso da moda, indo buscar aqui e acolá aquilo que nos encheu o olho, de momento, e criou-se um amontoado de regras desconexas, sem um fio condutor, sem método.
Mas estão a chegar factos que merecem reflectir se não valerá pena tomar aquele pais europeu como principal farol no nosso rumo para o futuro. Ontem no post «Face Oculta como Angolagate ou Facturas Falsas ou...???» referia-se a condenação de Jean-Christophe Mitterrand, filho do ex-Presidente Miterrand, e do antigo ministro do Interior Charles Pasqua, réus do processo Angolagate. Hoje aparece a notícia de que o antigo presidente francês Jacques Chirac vai ser julgado por um alegado processo de corrupção de empregos fictícios na Câmara Municipal de Paris da qual foi presidente.
Já foram aqui referidos casos semelhantes desde o julgamento por corrupção, na Coreia do Sul dos ex-presidentes Roh Tae-Woo (condenado a 22anos de prisão) e Chun Doo Hwan (condenado á morte).
Em países democráticos a justiça é igual para todos, não isentando os de colarinho branco. Por cá, já aparecem sinais embora demasiado ténues e sem garantia de chegarem a um termo convincente da isenção e da imparcialidade da Justiça. Vejamos o que nos traz a operação Face Oculta.
A França está a tornar-se um exemplo a seguir. Porque não segui-lo a sério???
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