George Soros, o investidor milionário americano, que se tem pronunciado sobre a crise europeia alertou para que a UE arrisca-se à destruição pela falta de crescimento económico e pelas tensões políticas.
Segundo ele, "agora, a UE, e em particular os países muito endividados, enfrentam uma década perdida. Pode até ser mais do que uma década, porque o Japão, que teve uma situação semelhante, com o fim da bolha imobiliária e uma crise bancária, tem, até agora, 25 anos sem crescimento".
Manifestou-se também pessimista quanto à receita de austeridade, com despedimentos na função pública e a redução de salários e de pensões. E, nisto, vai dar razão a António Seguro que acusa Passos Coelho de «paixão e obsessão» pela austeridade.
Soros diz que admira a chanceler Merkel pela sua capacidade de liderança. Mas, infelizmente, ela está a conduzir a Europa na direcção errada.
Com esta opinião, Soros vem tornar verosímil as palavras de Eduardo Catroga que admite necessidade de reajustamento do programa de auxílio a Portugal e que sugere que a Primavera é o momento oportuno para fazer essa reavaliação dos pressupostos em que assenta o acordo com a Troika.
Mas, ao contrário de Soros e de Catroga e para aumentar as preocupações de Seguro, Vítor Gaspar não vai pedir nem mais tempo nem dinheiro à Troika. No entanto pode haver aqui um jogo de linguagem, pois Catroga prevê que tal reajustamento parta da iniciativa da Troika. Será?
Seja o que for, parece que tanto George Soros como António Seguro devem ser tidos em consideração porque, na preparação de decisão tão grave pelas suas consequências, nenhuma hipótese deve ser deixada de lado, como indica a metodologia de preparação da decisão aqui várias vezes referida.
Segundo ele, "agora, a UE, e em particular os países muito endividados, enfrentam uma década perdida. Pode até ser mais do que uma década, porque o Japão, que teve uma situação semelhante, com o fim da bolha imobiliária e uma crise bancária, tem, até agora, 25 anos sem crescimento".
Manifestou-se também pessimista quanto à receita de austeridade, com despedimentos na função pública e a redução de salários e de pensões. E, nisto, vai dar razão a António Seguro que acusa Passos Coelho de «paixão e obsessão» pela austeridade.
Soros diz que admira a chanceler Merkel pela sua capacidade de liderança. Mas, infelizmente, ela está a conduzir a Europa na direcção errada.
Com esta opinião, Soros vem tornar verosímil as palavras de Eduardo Catroga que admite necessidade de reajustamento do programa de auxílio a Portugal e que sugere que a Primavera é o momento oportuno para fazer essa reavaliação dos pressupostos em que assenta o acordo com a Troika.
Mas, ao contrário de Soros e de Catroga e para aumentar as preocupações de Seguro, Vítor Gaspar não vai pedir nem mais tempo nem dinheiro à Troika. No entanto pode haver aqui um jogo de linguagem, pois Catroga prevê que tal reajustamento parta da iniciativa da Troika. Será?
Seja o que for, parece que tanto George Soros como António Seguro devem ser tidos em consideração porque, na preparação de decisão tão grave pelas suas consequências, nenhuma hipótese deve ser deixada de lado, como indica a metodologia de preparação da decisão aqui várias vezes referida.
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Transcrição
Marcelo: "Programa grego é impossível de cumprir"
Diário de NotíciasN. 120212. por HFC
Marcelo Rebelo de Sousa considera que o programa de ajustamento que o Parlamento grego votará hoje é impossível de cumprir e que dentro de meses Atenas vai entrar em falência.
O comentador da TVI afirmou que a bancarrota será mais controlada do que há alguns meses e o contágio será menor porque os bancos alemães e franceses "já tiraram de lá o corpinho [o dinheiro]".
O conselheiro de Estado aposta que o colapso grego jogará a favor de Portugal: "Quanto mais suja sair da Grécia, mais a Europa terá de ajudar Portugal".
Marcelo desvalorizou o vídeo do diálogo entre Vítor Gaspar e o ministro das Finanças alemão em que Berlim abre a porta ao prolongamento do prazo para o ajustamento do programa português. "É a confirmação do que já sabíamos: de que na devida altura haverá mais tempo e mais dinheiro."
"Não era preciso Catroga ter vindo dizer," acrescentou referindo-se às declarações do homem que negociou com a troika em nome de Passos Coelho.
Toda a atenção é pouca para não sermos surpreendidos pelo que acontecerá amanhã. Vejamos os dois artigos seguintes:
OCDE prevê maior contracção da economia portuguesa
"Grécia e Portugal deviam falir"
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