domingo, 22 de fevereiro de 2015

VIVER É MUDAR. É INOVAR


A cada passo é preciso ver onde se vai colocar o pé. Mas é preciso correr riscos e evitar a estagnação, a putrefacção, o pântano pestilento. O pântano é a morte da água corrente que, pelo rio, ia torneando e galgando os obstáculos até que teve que parar. E o resultado foi a morte pestilenta. Parar é morrer.
Esta lição foi aplicada pelo povo grego recentemente e, segundo a notícia,por um casal agarvio que apostou na «produção biológica de ervas aromáticas». Desejo-lhes muito êxito e felicidade, pois «quem não arrisca não petisca» E a inovação contém o segredo do êxito na sociedade do futuro.

Ver a seguinte notícia:

Produção biológica de ervas aromáticas é aposta de casal no Algarve
Por Jornal i com Agência Lusa publicado em 22 Fev 2015 - 13:30

“O bancário está em vias de extinção e nós pensámos aproveitar os terrenos que tínhamos de família”

Um jovem casal está a apostar na produção biológica de ervas aromáticas e medicinais numa exploração situada no barrocal algarvio, onde tem já plantados 80 mil pés de 31 espécies diferentes de plantas.

A maior parte da plantação, localizada no Cerro do Monteiro, em Estoi, é ocupado pela malagueta cayenne, mas há também tomilho-cabeçudo, tomilho-limão, segurelha, hortelã-pimenta, erva príncipe, salva, manjerona e nêveda, pouco conhecida, mas típica do Algarve, contaram à Lusa Laura e Nuno Dias.

Ex-bancária, Laura decidiu largar a profissão para se dedicar a tempo inteiro à empresa Dias de Aromas - sediada em São Brás de Alportel, embora a exploração se situe no concelho vizinho de Faro -, enquanto o marido, Nuno, ainda se divide entre o projeto de agricultura biológica e o emprego que tem na área do turismo.

“O bancário está em vias de extinção e nós pensámos aproveitar os terrenos que tínhamos de família”, explicou Laura, lembrando que tudo começou quando pensaram que, dado o cenário de crise a nível nacional, seria bom terem um plano alternativo às suas carreiras profissionais.

Em 2013 começaram a trabalhar os terrenos dos avós e a preparar a exploração biológica de ervas aromáticas e medicinais, mas só arrancaram com a produção entre julho e agosto do ano passado.

Durante a preparação do terreno, perceberam que existiam vários pés de nêveda (planta da mesma família da hortelã e da urtiga), também chamada de erva-das-azeitonas, que antigamente era usada no Algarve para temperar as azeitonas e os caracóis.

“Ela é espontânea aqui no Algarve. É pouco conhecida, mas estamos a tentar espoletar o seu conhecimento e consumo” explicou Laura Dias, observando tratar-se de uma erva que combina muito bem com o azeite.

A intenção inicial era vender ervas aromáticas e medicinais secas em grandes quantidades para exportação, mas o casal rapidamente percebeu que não ia obter a rentabilidade que pretendia.

Assim, optaram por criar uma imagem e marca próprias, que estão a colocar no mercado nacional com ervas aromáticas secas e frescas.

A exportação continua “na mira” do jovem casal que já está a tentar colocar os seus produtos em bancas holandesas e alemãs. Em busca da diversificação do potencial do projeto, o casal começou a organizar ‘workshops’ temáticos, ensinando, por exemplo, a fazer bombons de ervas aromáticas e promovendo visitas turísticas guiadas à exploração.

Quem visita o espaço é ainda surpreendido por um avião encomendado por ingleses ao Canadá durante a 2.ª Guerra Mundial, mas que se despenhou no Algarve antes de combater.

“É interessante e é mais um factor a jogar a nosso favor”, observou Nuno Dias, que ainda não tem uma noção clara da sua capacidade de produção, mas acredita que chegará a dezenas de milhares de euros anuais

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CRITICAR AS MUDANÇAS, É DE VELHO DO RESTELO

Não posso alinhar cegamente com críticas severas às mudanças, à aventura anti-troika, ocorridas na Grécia. Tais críticas parecem baseadas na hipótese fantasista e egocêntrica de que nos encontramos no cume da perfeição humana, social e política e que não vale a pena procurar mudar para melhor porque nada existe de mais perfeito do que as «regras actuais». Se tal conservadorismo, inacção, acomodação e aversão a mudanças, existisse desde os primórdios da Humanidade, estaríamos ainda na era da Pedra Lascada.

Viver é mudar e a mudança acarreta sempre sacrifício, no mínimo, para deixar velhos hábitos e criar outros novos. Criticar mudanças será condenar os pontos mais salientes da nossa história, independência nacional, descobrimentos, 1º de Dezembro, 10 de Outubro, 26 de Maio, 25 de Abril… É certo que nem sempre os herdeiros das mudanças mereceram o risco da aventura e não souberam aproveitar da melhor forma as oportunidades surgidas, para benefício dos cidadãos, da liberdade com responsabilidade, para o desenvolvimento cultural e social. Mas o mundo viveu assim e por isso surgiram novas tecnologias nos transportes, nas diversas indústrias, nas comunicações, até se chegar à globalização, e isto não parará, pois a velocidade de progresso será cada vez maior.

Sem mudanças cai-se em estagnação pantanosa, com vícios de exploração dos mais fracos em benefício dos mais poderosos que se tornam cada vez mais prepotentes e arrogantes e destroem a vivência social, criando condições para terríveis catástrofes sociais, hoje, altamente perigosas para vidas humanas e património material, histórico e natural, devido ao moderno armamento de destruição maciça, existente.

Em vez de criticar obcecadamente, será melhor ajudar, com conselhos e apoios à adopção de medidas que contribuam para animar e estimular uma sociedade mais produtiva e socialmente justa, disposta a um desenvolvimento activo e promissor de um futuro mais brilhante, para construir um Mundo melhor

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