segunda-feira, 31 de março de 2014

CORTES, ESBANJAMENTO E INCOMPETÊNCIAS?


CORTES NAS DESPESAS DA MÁQUINA DO ESTADO NÃO PASSA DE SONHO

Hoje, os portugueses foram, mais uma vez, surpreendidos com o encaminhamento dado ao dinheiro que nos tem sido sacado em sucessivos cortes sob a designação geral de austeridade. O título da notícia «Estado gastou 3,5 milhões de euros com consultores externos na semana passada» fala por si e sugere fortes dúvidas.

Um dos efeitos deste negócio será, sem dúvida, o aumento do enriquecimento de consultores de que fazem parte, como sócios ou como colaboradores, alguns políticos em funções nos órgãos de soberania.

Uma das dúvidas é: para que servem ,afinal, as centenas de deputados e de assessores que, com a despesa referida na notícia, provam ser insuficientes ou incapazes de fazer o trabalho necessário à acção governativa?

Qual tem sido o critério da escolha (candidatura) de tais gastadores do nosso dinheiro que não evitaram a crise que nos aflige nem conseguem eliminar ou aliviar o sofrimento dos portugueses?

Se não são capazes de estudar os problemas da governação, de ajudar a optar por decisões adequadas e eficazes, de planear, programar e controlar as medidas aplicadas, qual é a razão da sua continuação em funções, pesada aos contribuintes e agravadora da dívida?

Não será o contrato de consultores destinado a transferir o nosso dinheiro, em paga de favores recebidos e de outros a receber, para as contas bancárias das suas empresas?

Como são pedidos os pareceres? Pretende-se indicação das várias hipóteses alternativas de solução e da elaboração da sua listagem e sua comparação em função dos diversos factores de análise? Ou, simplesmente, se pedem mais argumentos para a defesa de uma solução previamente escolhida por palpite do decisor? Este procedimento é muito frequente como se viu claramente, no tempo do Governo anterior, em que muito se escreveu acerca das centenas de pareceres encomendados para defender a localização na Ota do futuro aeroporto de Lisboa. Mas este, devido a pressões de pessoas conhecedoras dos vários aspectos técnicos do problema e isentas de amarras a poderes políticos, acabaram por anular a artificialidade dos interesses em jogo e a decisão acabou por recair na localização em Alcochete. Mas de, qualquer forma, é grave que se gastem 3,5 milhões de euros numa semana em que os CORTES aos reformados e aos funcionários públicos causaram tanto sofrimento a tantos sacrificados pela exagerada austeridade sucessivamente agravada.

Precisamos de políticos competentes, bem preparados, dedicados a Portugal e com capacidade para se responsabilizarem, conscientemente, pelos actos inerentes à função que aceitaram desempenhar e que foi iniciada por um juramento solene. Não basta serem ambiciosos, vaidosos, arrogantes e «bem falantes».

Imagem de arquivo.

sexta-feira, 28 de março de 2014

REESTRUTURAÇÃO DA DÍVIDA E TEIMOSIA DOS SÁBIOS NO PODER


O tema da reestruturação da dívida é de tal forma merecedor de cuidada análise e ponderação que estranha a forma como, de repente, sem a mínima reflexão, os 70 notáveis que assinaram o manifesto foram apelidados de masoquistas

Depois surgiu o manifesto de 74 economistas estrangeiros a que quase não foi dada atenção.

Por fim, o nobel da economia Joseph Stiglitz defende "reestruturação profunda" da dívida portuguesadisse que não deveria ser repetido o erro dos gregos que não realizaram logo em 2012 uma "reestruturação tão profunda como deveria ter sido feita".

Que argumentos convincentes apresentam os nossos «sábios» do Poder para esclarecerem os portugueses de que a sua própria opinião obstinada e «determinada» está mais correcta do que as constantes dos manifestos e da entrevista do Nobel?

Imagem de arquivo

segunda-feira, 3 de março de 2014

DESEMPENHO DO GOVERNO


Este Governo prometeu acabar com a crise. O resultado é:

De artigo do Sol, extrai-se o seguinte: 

«O rácio da dívida pública em percentagem do PIB tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos (...)

em 2011- 108,3%
em 2012 - 124,1%
em 2013.- 129%