Para evitar surpresas desagradáveis, o Governo não deve deixar de estar atento aos diversos sinais de descontentamento e indignação que, embora possam, distraidamente, ser considerados insignificantes por a população ser tradicionalmente pacífica e ordeira, poderão, no entanto, ser um fermento de algo grave que possa estar para acontecer.
Não deve ser desprezada a notícia PSP regista forte aumento de posse ou tráfico de armas em Janeiro em relação ao mesmo mês do ano transacto.
A solução do «mais vale prevenir do que remediar» não deve assentar exclusivamente em rusgas e buscas policiais aos locais de mais prováveis existência de armas ilegais, porque o resultado de tais acções não será totalmente satisfatório, nem de efeito dissuasor duradouro. A melhor acção preventiva consistirá em agir sobre as causas e a motivação dos descontentamentos e da indignação. Será aconselhável um contacto mais íntimo com as várias camadas sociais, a explicação das medidas de austeridade que devem ser equitativas e proporcionais às potencialidades económicas dos cidadãos, a rigorosa gestão do dinheiro público, o combate à corrupção, aos abusos e às fugas ao fisco. Dessa forma, aqueles que estão gravemente atingidos pela austeridade poderão atenuar as suas razões de queixa.
Mas tem que haver cuidado, evitando as explicações falsas ou incompletas como as do PR em 20 do corrente que, em vez de serenarem, deitaram mais lenha na fogueira. A crise está a obrigar o povo a pensar e já não é muito fácil enganá-lo com palavras bonitas mas sem apoio visível de factos concretos.
Não deve ser desprezada a notícia PSP regista forte aumento de posse ou tráfico de armas em Janeiro em relação ao mesmo mês do ano transacto.
A solução do «mais vale prevenir do que remediar» não deve assentar exclusivamente em rusgas e buscas policiais aos locais de mais prováveis existência de armas ilegais, porque o resultado de tais acções não será totalmente satisfatório, nem de efeito dissuasor duradouro. A melhor acção preventiva consistirá em agir sobre as causas e a motivação dos descontentamentos e da indignação. Será aconselhável um contacto mais íntimo com as várias camadas sociais, a explicação das medidas de austeridade que devem ser equitativas e proporcionais às potencialidades económicas dos cidadãos, a rigorosa gestão do dinheiro público, o combate à corrupção, aos abusos e às fugas ao fisco. Dessa forma, aqueles que estão gravemente atingidos pela austeridade poderão atenuar as suas razões de queixa.
Mas tem que haver cuidado, evitando as explicações falsas ou incompletas como as do PR em 20 do corrente que, em vez de serenarem, deitaram mais lenha na fogueira. A crise está a obrigar o povo a pensar e já não é muito fácil enganá-lo com palavras bonitas mas sem apoio visível de factos concretos.
Imagem do JN
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