quarta-feira, 15 de outubro de 2014

POBREZA, RIQUEZA E «BURRICE» NAS ELEIÇÕES


Apontamentos antológicos das notícias de hoje.

«A situação verificada em 2013 repetiu-se em 2014. Num ano, Portugal viu ‘nascer’ mais 10 mil milionários no país,  ou seja, pessoas com uma riqueza líquida superior a um milhão de dólares (cerca de 790 mil euros).

Como refere o Diário Económico desta quarta-feira, o país onde cada vez mais pessoas estão no limiar da pobreza conta com quase 76 mil milionários. Os cálculos são do Credit Suisse e integram um estudo sobre a análise da distribuição da riqueza mundial.»

Artigos relacionados:

Movimento Zero Desperdício já recuperou 1,3 milhões de refeições
 10:43 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Pobreza Ex-presidente da CAIS pretende criminalizar a pobreza
 10:53 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Pobreza Redução de 200 mil pobres em seis anos não é fiável
07:41 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Farinha Rodrigues Portugal vai demorar "anos" até reparar danos do atual Governo
 07:37 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Lisboa Refood fornece quase mil refeições por dia e já prepara núcleos no país
 08:30 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Movimento Zero Desperdício já recuperou 1,3 milhões de refeições
 10:43 - 15 de Outubro de 2014 | Por Lusa

Da leitura destas notícias e seguindo as palavras de Catroga, os eleitores devem evitar ser «burros» na decisão do destino do voto, tendo em conta as alterações ocorridas nos últimos anos. Devemos evitar rotinas e, em cada caso, cada momento, reflectir bem no problema  e com o saber dado pela experiência, decidir da maneira que nos pareça melhor, independentemente de pressões e de propagandas. 


 Imagem de arquivo

domingo, 12 de outubro de 2014

A DEGRADAÇÃO DA NOSSA SOCIEDADE ESTAVA PREVISTA




Natália Correia, falecida em 16 de Março de 1993, há mais de 21 anos, deixou a ideia de ser uma profetisa. Nas frases que se transcrevem está um diagnóstico que veio a ser correcto. Depois de avisos como estes teria sido prudente prevenir com medidas adequadas, evitando o «caos». Mas só pode tirar-se uma conclusão, a de que tivemos políticos incapazes de compreender os avisos que ela nos deixou e de governar em conformidade para Bem de PORTUGAL:

As premonições de Natália Correia

"A nossa entrada (na CEE) vai provocar gravíssimos retrocessos no país, a Europa não é solidária com ninguém, explorar-nos-á miseravelmente como grande agiota que nunca deixou de ser. A sua vocação é ser colonialista".

"A sua influência (dos retornados) na sociedade portuguesa não vai sentir-se apenas agora, embora seja imensa. Vai dar-se sobretudo quando os seus filhos, hoje crianças, crescerem e tomarem o poder. Essa será uma geração bem preparada e determinada, sobretudo muito realista devido ao trauma da descolonização, que não compreendeu nem aceitou, nem esqueceu. Os genes de África estão nela para sempre, dando-lhe visões do país diferentes das nossas. Mais largas mas menos profundas. Isso levará os que desempenharem cargos de responsabilidade a cair na tentação de querer modificar-nos, por pulsões inconscientes de, sei lá, talvez vingança!"

"Portugal vai entrar num tempo de subcultura, de retrocesso cultural, como toda a Europa, todo o Ocidente".

"Mais de oitenta por cento do que fazemos não serve para nada. E ainda querem que trabalhemos mais. Para quê? Além disso, a produtividade hoje não depende já do esforço humano, mas da sofisticação tecnológica".

"Os neoliberais vão tentar destruir os sistemas sociais existentes, sobretudo os dirigidos aos idosos. Só me espanta que perante esta realidade ainda haja pessoas a pôr gente neste desgraçado mundo e votos neste reaccionário centrão".

"Há a cultura, a fé, o amor, a solidariedade. Que será, porém, de Portugal quando deixar de ter dirigentes que acreditem nestes valores?"

"As primeiras décadas do próximo milénio serão terríveis. Miséria, fome, corrupção, desemprego, violência, abater-se-ão aqui por muito tempo. A Comunidade Europeia vai ser um logro. O Serviço Nacional de Saúde, a maior conquista do 25 de Abril, e Estado Social e a independência nacional sofrerão gravíssimas rupturas. Abandonados, os idosos vão definhar, morrer, por falta de assistência e de comida. Espoliada, a classe média declinará, só haverá muito ricos e muito pobres. A indiferença que se observa ante, por exemplo, o desmoronar das cidades e o incêndio das florestas é uma antecipação disso, de outras derrocadas a vir".

"Natália Correia"

Imagem de arquivo

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

PORTUGAL EM ESTADO DE «CITIUS»


Os juízes que participam no congresso em Tróia sobre o tema "Estatuto e Diálogo com a Sociedade", irão prestar atenção ao novo mapa judiciário e às falhas na plataforma informática Citius.

É importante e urgente que se procure encontrar soluções para os problemas nacionais que dificultam o funcionamento da estrutura do Estado lesam a vida das pessoas e impedem o crescimento.

A desagradável situação vigente fica evidenciada em notícias como esta «a Segurança Social ajuda cada vez menos gente e com prestações mais baixas». Ela constitui mais um triste retrato destes últimos anos. Afinal para que serviu tudo o que nos tem sido sacado sob o pretexto de austeridade? A que bolsos foi parar? A quantidade de multimilionários tem aumentado, bem como as respectivas fortunas. Só para o Jardim Gonçalves vão, mensalmente, mais de 330 Salários Mínimos Nacionais.
E, no entanto, a prometida Reforma Estrutural do Estado ainda não foi dada à luz, como mostram diversas notícias.
O envelhecimento está a assustar muitas famílias devido ao abandono de muitos idosos, reformados e pensionistas ao ponto de «um em cada três idosos sofre de desnutrição»

Nada parece estar planeado «um novo ciclo virado para o crescimento económico», o qual exigiria a concretização de uma séria reforma estrutural da máquina administrativa e política nacional. Isso consta na notícia «Conselho Económico e Social diz que não haverá novo ciclo no pós-troika». Tal expectativa «surge claramente frustrada» no texto das Grandes Opções do Plano».

A tal reforma estrutural devia retiar gorduras desnecessárias à máquina estatal, tornando-a mais leve, menos dispendiosa, mais eficiente, mais segura contra tentativas de corrupção e de abusos e negociatas, como os subentendidos na notícia «UTAO alerta para desvios na aquisição de bens e serviços»  e também na notícia «Salgado sobre submarinos. “Há uma parte que teve de ser entregue a alguém em determinado dia».

O combate sistemático a despesas não indispensáveis e a desperdícios deve evitar gastos como os referidos em «Só 60% da água distribuída é cobrada».  Curiosamente, é do sector da água que surge um sinal de reforma estrutural «Águas de Portugal cortam 14 empresas». Certamente, só serão lesados os «boys» que recebiam de tais empresas onde o seu «trabalho» não justificava os custos.

Mas, como se pode avançar para o crescimento se, no Parlamento, não existe um sentimento de prioridade nas importâncias a dar aos problemas dos portugueses, como se vê da notícia «PC e BE queriam tirar bustos do Estado Novo do parlamento». Isto faz-me lembrar um acontecimento, de sentido contrário, no Palácio Galveias, em fins da década de 70, em que no lançamento de um livro, o professor universitário que fez a apresentação, disse que chegara um pouco mais cedo e na volta que deu pelo palácio encontrou retratos em azulejos dos Reis de Portugal e que lamentou um erro grave, porque faltavam três dos nossos reis, os Filipes que governaram legitimamente entre 1580 e 1640. Tal falta era grave e não há desculpa razoável para ela.

Perante a situação invulgar em que Portugal está, todos os esforços devem ser feitos para delinear e pôr em execução uma estratégia para o crescimento, o que exige um rigoroso emprego do tempo daqueles a quem os portugueses pagam para os defender.

Imagem de arquivo