quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A GUERRA ESTARÁ IMINENTE!

A guerra estará iminente?
(Publicada no Semanário O DIABO em 26 de Dezembro de 2018)

Li, há dias. O artigo “Fukuyama enganou-se redondamente”, do Major-General Carlos Branco, no ‘Jornal Económico’. Gostei da análise elaborada, mas acho que o título é demasiado duro para o filósofo que deixou à Humanidade uma possibilidade desejável, uma sugestão e uma proposta às grandes potências, para orientarem todos os seus projectos e planos no sentido da Paz e da Harmonia universal.

Mas, infelizmente, os destinos dos Estados não estão em mãos de competentes e com boa formação ética, e nada as levou à rejeição dos maus instintos primários da vaidade e da ambição de poder financeiro e de imagem social de ostentação e arrogância sobre os mais fracos.

O maior obstáculo surgiu logo após a II Guerra Mundial quando, com a aparência de uma estranha interpretação de democracia, foi criada a ONU, com um Conselho de Segurança em que, entre 193 parceiros, foi dado poder ditatorial a 5 (cinco), que se consideraram vencedores da II GM, a quem é permitida a arrogância de serem membros permanentes do CS, com direito a veto. Isto significa que nada poderá ser decidido para bem da paz mundial sem a concordância destes cinco imperadores.

Uma decisão tomada sem que a maioria dos restantes membros se tivesse oposto, foi a imposição da “desnuclearização” a todos os Estados, excepto aos cinco. Não se pode pôr em dúvida o enorme perigo do emprego de armas nucleares, principalmente após as modernizações e aumentos de potência que têm recebido. Mas, como qualquer lei, esta decisão devia ter sido geral e obrigatória, devendo os cinco dar o exemplo, destruindo as que tinham, de forma bem testemunhada por grupos de cientistas nomeados pelo conjunto dos restantes estados membros da ONU, com liberdade ilimitada para observação de todos os possíveis esconderijos e com a máxima segurança, para dar credibilidade ao assunto. Mas os cinco não caem nessa e, daí, a conclusão do artigo atrás referido de que a próxima guerra mundial pode ocorrer dentro em pouco, dada a agressividade já em curso entre os poderosos, quer com ofensas verbais quer com ostentação de poderio militar.

Perante esta aberração, em ambiente que pretende ser democrático, a Coreia do Norte quis evidenciar tal erro e mostrou ter direito a ter uma arma nuclear. Por esta denúncia da anormalidade atrás referida, feita por este pequeno país sem grande poder financeiro, bem merecia o Prémio Nobel, não pelo fabrico da bomba mas pela atitude de evidenciar a caricata decisão do Conselho de Segurança com discriminação entre os cinco e os restantes, Se a arma é perigosa nas mãos dos outros, não o é menos na mão de cada um dos cinco.

Não esqueçamos as ameaças à Coreia do Norte, com exercícios militares de grande poderio nos mares seus vizinhos. Não devemos esquecer: a “bomba mãe de todas as bombas”, recentemente explodida pelos EUA no Afeganistão, sem depois serem referidos quaisquer efeitos benéficos de tal arrogância; a Guerra contra o Iraque e a Líbia, com efeitos altamente nocivos para ambos estes Estado que ainda não recuperaram; os bombardeamentos à Síria com apoio da Grã-Bretanha e da França a pretexto de pretenso uso de gases tóxicos; as saídas ostensivas da América dos acordos de Paris, do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), do acordo comercial com a China, do acordo nuclear com o Irão, etc. E, pelo outro lado, não esqueçamos o recente agravamento entre a Rússia e a Ucrânia, e a criação de uma completa base aérea russa na Venezuela, na proximidade dos EUA. Qualquer guerra pode eclodir devido a qualquer erro de interpretação e pequeno incidente.

As convulsões sociais que estão a ocorrer no Ocidente, consequentes da “ideologia de género” e completa e artificial igualdade de todas as pessoas, podem complicar todas as análises e vir em apoio da conclusão retirada no referido artigo. ■


domingo, 23 de dezembro de 2018

HAJA SEMPRE ESPERANÇA

A esperança deve ser alimentada

Com ESPERANÇA de ser reflectido por mais pessoas, publico aqui um comentário que me saiu com entusiasmo matutino e que, depois de pronto, me parece com interesse apara se pensar a sério no futuro.

Caro José Caniné, começo por te desejar Boas Festas e um Ano Novo com aquilo que mais desejares, embora continues com o teu vício de não teres esperança. Mas a esperança deve ser a última coisa a morrer e depende da nossa acção. Num livro que li, há alguns anos, em que um jornalista ficcionava uma conversa com Deus, Este respondeu-lhe que não há milagres, porque isso seria Ele negar a sua obra criadora se alterasse a naturalidade dos acontecimentos. Cada um terá o resultado do seu comportamento.

Por isso cada cidadão deve fazer o máximo para que a sociedade, a humanidade, melhore e recupere da degradação em que a deixámos cair. Ninguém tem o direito que ficar sentado a lamentar-se, à espera de que lhe tragam de presente tempos melhores.

Por isso, não gosto de te ver sempre a falar de desgraças, sem deixares pistas de melhores dias. Dizes que sou um sonhador, demasiado idealista, mas o mundo cresceu com as filosofias de idealistas.

Repara que, para terminar com a balbúrdia do politeísmo grego e latino, em que, à falta de conhecimento científico, havia um Deus para explicar cada fenómeno da Natureza, criaram religiões monoteístas e os cristãos puseram o enviado de Deus a nascer numa data já muito festiva que juntava milhares de pessoas, no solstício do Inverno, e «previram» a sua morte noutra data que também juntava milhares de pessoas, depois da primeira lua cheia após o equinócio da primavera, mesmo sem permitir saber-se que idade tinha quando morreu, a qual depende de ano para ano! Mas a fé não nos deixa magicar nessas ficções.

Isto para te dizer que o ser humano não deve deixar-se enredar em pessimismos, deve ter esperança e lutar para criar o amanhã radioso.

Um abração e ESPERANÇA em dias melhores.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Incêndios e o observatório
(Publicada no Semanário O DIABO em 18 de Dezembro de 2018)

Achei merecedora de reflecção a notícia de que foi «aprovada lei para remunerar Observatório independente dos incêndios» e na qual consta que o observatório é composto de 10 membros, sendo 60% da escolha do Presidente da AR e que vão ser “equiparados a dirigente superior de 1º grau para efeitos remuneratórios”.

Parece que se está a abusar da quantidade destes apoios ao Governo e há dias passou-me pela vista uma lista de tal género de entidades, com nomes variados, talvez para camuflar a quantidade, além de «observatórios», «comissões», «autoridades», «agências», «polícias», «entidades reguladoras», «instituições», etc. Com tantas entidades a fornecer informação, sugestões e propostas ao Governo para serem adoptadas medidas tendentes a melhorar dificuldades existentes ou situações de perigo eminente, é estranho que o Primeiro Ministro tenha dito que nada sabia da situação de perigo existente na estrada de Borba devido às pedreiras, o mesmo tendo declarado antes em relação ao roubo de Tancos e aos fogos de Pedrógão Grande e suas consequências e medidas de apoio à população.

Na lista atrás referida, havia casos de, para um mesmo fenómeno, existirem vários observatórios, alguns sem condições de apoio de secretariado para poderem fazer algo com interesse. Parece serem soluções apenas para garantir salário mensal aos protegidos sem capacidade de trabalho.
Este caso faz recordar, pela antítese, aquele que deu lugar à criação da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) durante 2005 para entrar em funções no início de 2006, e que resultava da conveniência de eliminar a sobreposição de vários serviços que perderam utilidade por darem aso a que cada um recusasse aceitar trabalho de cidadãos que se lhe dirigiam, aconselhando-os a dirigir-se a um dos outros. E eram muitos: Inspecção-Geral das Acitividades Económicas, Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar, Agência Portuguesa de Segurança Alimentar, etc. E se, antes, os problemas se iam agravando sem solução, a ASAE, tem feito apreensões de «toneladas de uvas transportadas sem documento de acompanhamento obrigatório», e vários produtos alimentares em más condições higiénicas, equipamentos de conservação, artigos de vestuário contrafeitos, etc. A sua actividade mantém-se regular e rigorosa desde transporte irregular de vinhos ou produtos vitivinícolas, ao incumprimento dos requisitos de higiene no transporte de produtos alimentares, a ausência ou irregularidades nas rotulagens de produtos alimentares, a falta de controlo metrológico obrigatório, a falta de número de controlo veterinário, a falta de requisitos no transporte de pescado, a temperatura não regulamentar e a falta de comunicação intracomunitária”. Vale mais um válido do que muitos incapazes.

Para proceder à prevenção de incêndios e proporcionar rápido e eficaz combate antes de os que possam surgir se tornarem difíceis de extinguir, o meu amigo Dr. José Rebelo apresentou na tese de mestrado um trabalho muito interessante sobre a forma de os bombeiros saberem do incêndio no primeiro momento e iniciarem logo a deslocação e o combate. Agora, encontra-se a realizar o doutoramento na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa cujo tema é: Instrumentos de Gestão de Risco de Incêndio Florestal. Em Janeiro, irá iniciar um estágio (6 a 12 Meses) no Instituto de Meio Ambiente e Segurança Humana das Nações Unidas (UNUEHS) em Bonn (Alemanha).

A colaboração dada à Protecção Civil por uma competência como esta é menos pesada no orçamento e mais eficaz do que uma dezena de ex-jotinhas à procura de salário à custa dos contribuintes. ■

António João Soares
11 de Dezembro de 2018

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

REDUZIR OS ACIDENTES RODOVIÁRIOS

Reduzir os acidentes rodoviários
(Publicada no Semanário O DIABO em 11 de Dezembro de 2018)

É raro o dia em que não aparecem notícias de acidentes rodoviários, com mortos e feridos. É grave. Como será possível reduzir esse perigo tão trágico para muitas famílias. A GNR está cumprindo a sua missão. Mas não pode eliminar o perigo que a realidade nos evidencia. Há que esclarecer a população para usar de sensatez e precaução a fim de evitar tais tragédias. A GNR pode controlar o excesso de velocidade ou o grau de alcoolémia, mas isso não é tudo.

O excesso de velocidade, só por si, pode não causar acidente, quando se aproveita uma recta, sem risco de colisão nem de despiste, etc. mas, em caso de acidente, agrava extraordinariamente os efeitos pessoais e materiais. A sensatez e a precaução permanente é indispensável, uma quebra de atenção à condução, ao movimento da circulação, às curvas, etc, pode ser fatal para o condutor, para os que com ele viajam e para outras viaturas que circulam na estrada.

A mais pequena distração, com programas de rádio, com o telemóvel, com a conversa dos companheiros, ou com o que se vê nas margens da rodovia, pode causar acidente.

Há que «educar» as pessoas que conduzem e que as acompanham. Os esclarecimentos devem começar em casa com as crianças, continuar nas escolas primárias, nos diversos graus de ensino, nos conselhos difundidos pelas Forças de Segurança, pelas seguradoras, pelos órgãos de Comunicação Social, e pelas instituições que contactam pessoas, como religiões, clubes desportivos, organismos culturais, etc.

E os cuidados preventivos não se resumem ao condutor como operador da máquina, mas também como responsável pelo estado de manutenção dela. Ao mínimo sintoma de que algo não está nas melhores condições de funcionamento, deve procurar recuperar o bom estado de manutenção e de funcionamento. Por vezes um simples aperto ou ajustamento pode evitar uma imobilização em plena via ou uma falha de travões que origine acidente ou desobediência no comando da direcção ou da caixa de velocidades, etc. Um bom conhecimento da máquina permite decidir se uma reparação é urgente ou pode ser adiada até ao fim da viagem.

Trata-se de um problema social, humano e, por isso, cada pessoa deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir este perigo que ameaça a nós todos e aos nossos familiares. Devemos divulgar a necessidade de respeito pelo próprio, pelos seus familiares e amigos e por todos os seres vivos. Quando esse respeito estiver generalizado, deixará de haver acidentes e ameaças a pessoas, a animais e ao ambiente e a vida será maravilhosa em harmonia e em segurança. Não nos cansemos de agir para bem da humanidade.

E o Governo, tal como tem tentado fazer para reduzir os fogos florestais, deve usar todas as suas disponibilidades e as das autarquias para esclarecer as pessoas a fim de diminuir a quantidade de vítimas de acidentes rodoviários.

Tal como em outros sectores da vida nacional, tem se sentido a falta de programas na TV nacional a ensinar pormenores de condução e de manutenção das viaturas em bom estado. O conhecimento do funcionamento da mecânica automóvel é indispensável para a sua boa utilização e condução. Aprendi muito nas aulas de física no Liceu, na cadeira de motores dada pelo mestre Faria Leal, nos programas de TV (quando a TV tinha programas úteis) e na prática de muitos anos. Tive que conduzir uma viatura pesada com a embraiagem inoperacional, durante cerca de 15 Km em picada africana e metia as mudanças com alteração da rotação do motor para não danificar a caixa de velocidades.

Trave-se a tragédia nas estradas.

António João Soares
4 de Dezembro de 2018


terça-feira, 4 de dezembro de 2018

FARINHA DE TRIGO CURA QUEIMADURAS DE ÁGUA FERVENTE

Recebido por e-mail, mas já conhecia.

Uma vez eu estava a cozinhar milho verde e quando coloquei o garfo na água
a ferver para ver se o milho estava pronto, sem querer, acabei queimando a
mão toda com água fervente...


Um amigo meu, que era veterano de guerra no Vietname, estava lá em casa e
ele perguntou-me se eu tinha e onde estava a farinha de trigo...

Eu indiquei-lhe e ele, tirou o pacote e enfiou a minha mão toda dentro da
embalagem
e disse para eu conservar a mão na farinha por 10 minutos, o que eu
fiz.

Disse-me ele que, no Vietname, um soldado estava todo a arder e, em pânico,
os camaradas jogaram um saco inteiro de farinha por cima dele todo, o que
apagou o fogo. Isso não só apagou o fogo, mas, depois, reparámos que ele
não ficara sequer com uma simples bolha!!!!


Encurtando a história, eu pus a minha mão no saco de farinha por dez
minutos, e quando a retirei não tinha nem uma mancha vermelha, nem bolha e
NEM DOR ALGUMA
!!!


Agora, eu mantenho um pacote de farinha de trigo no frigorífico e, sempre
que me queimo, uso a farinha de trigo e NUNCA tive uma bolha, nem cicatriz,
nem nada. A farinha gelada é melhor ainda do que a que está à temperatura
ambiente
.


ORGANIZAÇÃO COERENTE E SIMPLES


Organização coerente e simples
(Publicada no Semanário O DIABO em 4 de Dezembro de 2018)

Uma organização, além de outras características, deve ser simples, clara e
coerente com o objectivo pretendido e os seus factores. A simplicidade é uma
virtude indispensável que deve ser respeitada por qualquer instituição
pública ou privada. A complexidade desnecessária é desaconselhada por
encarecer os custos de funcionamento, por criar confusão e aumentar a
burocracia que dificulta ou impossibilita a inovação e a produtividade, pondo
em risco os objectivos desejados. A simplicidade da estrutura organizativa
deve repercutir-se na preparação das decisões, as quais deverão seguir uma
metodologia semelhante à referida no artigo “Preparar a decisão” n’O DIABO de
27/9/2016 e, por estarmos em democracia, para que os objectivos sejam bem
recebidos e alvos de luta para serem bem conseguidos e para que os factores e
os condicionamentos da decisão a tomar sejam bem interpretados e nada fique
esquecido, há vantagem em que as pessoas e os serviços relacionados com o
cumprimento da decisão sejam ouvidos durante a elaboração do estudo a fim de
este ser devidamente preparado com análise exaustiva de todas as condicionantes.
Quem está dentro do problema tem muito a dizer e a sugerir. Vale mais esse
contributo oportuno do que a posterior crítica que fere a competência de quem
preparou a decisão ou assumiu a sua autoria.

E, para gerir com eficiência, é preciso uma informação permanente da evolução
dos condicionamentos dos diversos sectores da organização. Esse conhecimento da
realidade permite tomar decisões adequadas a prevenir percalços, evitar acidentes,
e decidir os passos seguintes a fim de obter melhores resultados. No recente
acidente na estrada de Borba houve conhecimento dos perigos prováveis mas a
imprudência e a falta de sentido de responsabilidade do autarca e do ministério
que, quatro anos antes, reconheceu a situação de risco que conduziu à tragédia
ocorrida agora.

Ao contrário das atitudes desleixadas e desrespeitadoras dos direitos humanos que
deram lugar à tragédia ocorrida recentemente na estrada de Borba, os concelhos de
Aveiro e de Oliveira do Bairro tomaram uma decisão exemplar de cortar o trânsito
na rua do Ribeirinho, que liga os dois municípios, quando a circulação automóvel
foi colocada em perigo, devido a chuvadas que provocaram arrastamento de solos e
destruição de parte da «passagem hidráulica» ali existente. Os dois municípios
comprometeram-se, em cooperação, à elaboração do projecto, já em fase de
conclusão, de intervenção para construção da nova passagem hidráulica, e
prevê-se que os trabalhos para execução da obra tenham início ainda durante o
mês de Dezembro. Esta decisão concretiza o que atrás foi dito, pois demonstra
sentido de responsabilidade e respeito pela segurança das pessoas.

Mas, infelizmente vemos o governo, responsável pelo que acontece no País, a fechar
os olhos às realidades que exigem intervenção urgente e, depois, se desculpar por
ignorância do que se passa, como nos fogos de Pedrógão Grande, o roubo de Tancos e,
agora, a tragédia de Borba.

E quanto à preparação de decisões é significativo o que está a sensibilizar os
bombeiros a propósito da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), e
da Autoridade Nacional de Protecção Civil que não os convence. Isso insere-se na
tendência para criar instituições sem utilidade visível a não ser a de dar salário
aos ex-jotinhas, as quais tomam designações variadas como actividades, agências,
observatórios, comissões, polícias, entidades reguladoras, etc. São muitas
dezenas e, do muito que custam aos contribuintes, não são vistos resultados na
melhoria da qualidade de vida das pessoas, nem aumentam a informação do Governo
sobre as realidades. ■

António João Soares
27 de Novembro de 2018

terça-feira, 27 de novembro de 2018

GERIR PARA UM FUTURO MELHOR

Gerir para um futuro melhor
(Publicada no Semanário O DIABO em 27 de Novembro de 2018)

O passado pertence à história e apenas serve, na gestão quotidiana, como experiência, para aproveitarmos o mais positivo e evitar repetir os erros que levaram a maus resultados. Não devemos hesitar e recear planos de longo prazo, perdendo tempo e oportunidades a repisar o lamaçal do pântano. As grandes obras demoram muito tempo desde a ideia inicial até os resultados estarem bem visíveis. Assentam num plano abrangente que parte de um estudo cuidadoso, abarcando todos condicionamentos, de forma a reduzir a necessidade de, durante a execução, serem feitos aditamentos de relevo. Depois, esse plano geral deve ser traduzido em pequenos planos sectoriais destinados aos técnicos responsáveis por cada aspecto particular da obra, para agirem na sua especialidade de forma convergente com o desejado resultado geral da obra. E, para ser realizado adequadamente, devem ser feitas directivas com esboços de maneira a que os obreiros finais de cada pormenor possam agir com segurança e perfeição.

Daqui deduz-se que desde o artista autor da globalidade da obra até ao mais simples operário, existe uma escala de valores humanos diversificada, o qual precisa de possuir uma formação, preparação, fiável para as funções que terá de desempenhar, com competência e sentido de responsabilidade, a fim de cumprir com a máxima eficiência a parte que lhe cabe na construção da obra.

Isto aplica-se à construção de um palácio, ou de uma catedral, de uma moderna urbanização ou de um paquete de cruzeiros e também à gestão de uma grande empresa ou de um Estado.

Do escalonamento das tarefas e das responsabilidades diferenciadas deduz-se que a preparação e formação dos responsáveis pelos diversos graus de técnica não terá de ser igual mas, sim, adequada à sua função. O ensino no regime anterior tinha uma estrutura dentro de tal espírito, com um ensino médio dividido numa parte mais científica e outra mais dedicada à técnica, com escolas industriais, escolas comerciais e escolas agrícolas. Mas, depois, foi decidido, insensatamente, tornar o ensino todo igual, orientado para a parte científica e desprezando a preparação técnica, e sem flexibilidade para satisfazer alunos especiais com vocações para técnicas diversas. Queixam-se agora de muitas desistências dos estudos, de desmotivação, de fracassos, por serem desprezados e não estimulados os gostos e as vocações dos alunos. Nas tardes de 4ª-feira e aos sábados, havia actividades variadas, da escolha dos alunos, em que se descobriam vocações úteis para a vida posterior. E, agora, quanto a actividades económicas, é referido um desemprego vultuoso de jovens com estudos de grau elevado mas que não têm nem preparação nem vocação nem vontade de encarar tarefas necessárias para empresas com algum tecnicismo ou mesmo com características pouco exigentes.
E o desenvolvimento da economia nacional, para bem de todos os portugueses, exige ensino e formação adequada a fim de em cada profissão e escalão haver pessoas com preparação adequada e vontade de realizar as tarefas indispensáveis para haver produtividade e o país poder ter competitividade na economia mundial de forma a poder desenvolver a exportação em nível remunerador.

Infelizmente, além de terem sido extintas as escolas secundárias de carácter técnico, acabaram também na TV as palestras apresentadas por bons técnicos como o Engenheiro Sousa Veloso em problemas agrários, José Megre na manutenção técnica de automóveis, Júlio Isidro no aeromodelismo, etc., etc.

E para cúmulo, em vez de o Estado incentivar os jovens desempregados a aceitarem formação e oferta de trabalho de muitas empresas, está a pensar-se na entrada de imigrantes, sem critério de selecção e com apetência para boas condições de vida superiores às de muitos cidadãos. ■

António João Soares
20 de Novembro de 2018


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

PORTUGAL ALGEMADO

Portugal algemado
(Publicada no Semanário O DIABO em 20 de Novembro de 2018)

Portugal precisa de governantes com vistas estratégicas à altura, por exemplo, do Infante D. Henrique, Vasco da Gama ou Duarte Pacheco. Mas, em vez de homens de vistas largas e sentido de planeamento como os que fizeram os descobrimentos e deram novos Mundos ao Mundo, temos pequenos e hesitantes surfistas que não se afastam da praia. E, em vez de engenheiros que vêem para lá do horizonte, como os que planearam as estradas A1 e A2 que ligaram o Minho e Trás os Montes ao Algarve ou que criaram obras públicas essenciais para o País, temos apenas calceteiros e pedreiros que não se afastam muito de casa com medo de avançar.

E essa carência não se nota só no poder actual, pois há dias, o líder do partido mais votado nas últimas legislativas disse, com ar ufano e arrogante, que as suas palavras não são como o iogurte que apenas tem uma validade de trinta dias mas, pouco depois, verificou-se realmente que elas não são comparáveis ao iogurte porque, muitas vezes, nem sequer têm validade de trinta horas, a não ser que queira manter as palavras por simples teimosia, sem lógica e racionalidade.

A necessidade de preparar o futuro com vontade de acertar, usando as melhores metodologias de preparação das decisões, exige rapidez porque não se pode perder tempo que é dinheiro e não é recuperável. E vemos, no dia-a-dia, que o tempo é desperdiçado com miudezas secundárias e laterais, esquecendo os assuntos essenciais que, por incompetência, timidez ou cobardia, servem para enganar o povo, tornando ineficazes serviços que deviam merecer alta prioridade para melhor se preparar a qualidade de vida das pessoas, na educação, no ensino, na saúde, na justiça social, na segurança, etc.

Essa incapacidade é assumida ao tentarem evitar comparações com os momentos mais altos da nossa história, atacando os homens mais válidos do passado, há muito falecidos. E foge-se à análise dos assuntos determinantes com «infantilidades» laterais. Por exemplo, o governo fala do envelhecimento da população, da falta de mão de obra e da natalidade, mas toma medidas conducentes a que esta não melhore, antes se agrave, como a legalização de «casamentos» entre pessoas do mesmo sexo que, sendo contra a natureza, nem devia ter esse nome, e são pessoas que recusam a procriação ou a natalidade e preferem a masturbação mútua. Além disso, está a procurar difundir-se, nas crianças a “idiotologia” do género, com ideias que só podem ser consideradas como destinadas à destruição da cultura ocidental ou, mesmo, da antecipação do apocalipse, ou aniquilação total da humanidade. Até uma ministra, recentemente empossada, teve o arrojo de evidenciar a sua anormalidade e de querer adaptar a cultura nacional ao seu gosto, desprezando o gosto nacional pelas melhores tradições e hábitos que vêm do antecedente. A cultura nacional não é coisa que possa manipular-se ao gosto de qualquer tirano, pois foi criada lentamente, acumulando-se com comportamentos das pessoas, ao longo dos tempos. Ora governar é agir em benefício do povo e não forçá-lo para uma via que ele pode não estar interessado em seguir. Para os grandes projectos de desenvolvimento, deve conhecer-se a vontade do povo e não lhe impor nada que o contrarie, como ditam as regras democráticas. Não deve haver muitas hesitações em fazer mudanças mas, para elas serem aceites, devem ser apropriadas e explicadas por forma a obter o consentimento e a colaboração dos seus destinatários, isto dentro dos mais elementares princípios da democracia de que muito se fala mas que poucos parecem conhecer e estar dispostos a aceitar e pôr em prática.

Com a corrente imposta por falsos sábios que se referem à falta de inteligência do povo e a submissão a ela pelos governantes indecisos, Portugal está a ser aguilhoado arriscando a sua sobrevivência.■

António João Soares
13 de Novembro de 2018


EUCALIPTO, O INJUSTIÇADO

Transferido do Blog «IRRITADO»
NO NEWS, BAD NEWS
Irritado https://irritado.blogs.sapo.pt/
18.11.18, blog irritado de António Borges de Carvalho

Aqui há tempos, como o IRRITADO referiu, realizou-se no Porto uma conferência em que corajosos cientistas se deram ao trabalho de demonstrar a vacuidade da “ciência” oficial que postula a antropogénese das alterações climáticas e de pôr a nu as monumentais, e universais, aldrabices sobre os malefícios do CO2.

Desalinhados com as “verdades” oficialmente estabelecidas, em vez de terem dado origem a qualquer onda informativa (material não faltava), passaram à categoria de no news. Que eu saiba, não houve um único órgão de informação que tivesse dedicado um segundo ou uma linha ao assunto. No news, bad news.

Nos últimos dias, tem vindo no jornais um manifesto que, sob o título “O Bode Expiatório”, demonstra por a+b que a campanha nacional contra os eucaliptos - que o IRRITADO não se tem cansado de denunciar - não passa de fruto, ou de ignorância crassa, ou de politiquice esquerdista do mais baixo nível levada a cabo por “intelectuais” tipo Louçã, Catarina e outros do mesmo estilo. Politiquice macacoidemente aceite pelo chamado governo e até pelo senhor de Belém – que chegou ao ponto de andar no campo a arrancar renascentes eucaliptos, sem noção, nem do ridículo, nem do chamado “sentido de Estado”.

O manifesto em causa é assinado por 40 académicos, 8 industriais, 10 Câmaras municipais, 12 antigos governantes e outras personalidades de relevo na nossa sociedade, e por 56 produtores florestais. Mas, para ter alguma hipótese de chegar ao público, teve esse grupo que recorrer a publicidade paga! É que a nossa chamada “informação” alinha no rebanho da demagogia esquerdista oficial. Tem medo de dizer verdades inconvenientes para o estabelecido, o que lhe interessa é estar de bem com o “correcto”, não fazer ondas que possam perturbar a paz dos senhores/as que andam, com pezinhos da lã, a preparar um futuro miserável, em que a liberdade seja a de estar de acordo com o que é oficial e o ostracismo (pelo menos) a paga de quem se atrever a infirmá-lo.

No caso dos incêndios, o grande culpado, isto é, o bode expiatório “cientificamente” nomeado pelos esquerdistas e outros serventuários da “correcção”, foi o eucalipto. No entanto, segundo os números referentes ao período que vai de 2003 a 2017, o eucalipto foi “responsável” por 17% da área queimada, atrás do pinheiro bravo, de outras ocupações e, a uma distância abissal, dos matos secos.

O que está em causa nas teorias em vigor não é o ordenamento florestal, a protecção contra incêndios, a plantação de espécies mais resistentes ao fogo, coisas que, por importantes que sejam, não chegam aos calcanhares da luta contra os eucaliptos. É que tal luta, por estranho que pareça aos menos avisados, faz parte da grande guerra do socialismo radical, do socialismo do governo e até, imagine-se, da pouco avisada opinião do Presidente da República contra a propriedade privada, contra a indústria que não lambe as botas ao poder, numa palavra, é a guerra à democracia liberal, às grandes empresas, aos pequenos produtores independentes - kulaques do século XXI –, a guerra pelo mais radical estatismo e pela sociedade politicamente controlada.

Por isso que os que não aceitam vergar-se à nova "moral" sejam obrigados a pagar publicidade para que a sua opinião, por mais certa que esteja, chegue ao grande público. Não têm direito a news.
No news, bad news.

18.11.18

domingo, 18 de novembro de 2018

GENERAL LOUREIRO DOS SANTOS

Faleceu Alberto Loureiro dos Santos, homem extraordinário, que merece todas as palavras de elogio que lhe têm sido dedicadas, quanto a acções e pensamento claro e muito positivo, a defesa de ideais estratégicos, etc. Mas, mais importante do que estas palavras desde o PR e o PM a muitos humildes colaboradores e amigos, deve ser o seguimento do exemplo de amor a Portugal que nos deixou. 

Mas, infelizmente, esse exemplo não pode ser seguido num país de tacanhez de espírito, em que a ambição pessoal se sobrepõe aos interesses nacionais. 


Depois dele qual foi o Ministro da Defesa que demonstrou valor semelhante? A estratégia que ele bem conhecia e seguia consiste em decisões sobre um futuro desejado bem definido e prosseguido com planos coerentes e convergentes bem coordenados na sua execução. Agora, isso não existe nem em sonhos. Pensa-se no imediato e, quanto ao amanhã, empurram-se os problemas com a barriga, dizem-se palavras bonitas, mas vagas e sem qualquer efeito na realidade. Na AR decidem-se coisas por pressão de fanáticos ou sonhadores de ideias incríveis e ilógicas, «inadvertidamente», com maior preocupação na prevaricação de declarar moradas falsas, inventar viagens às ilhas e estar presente simultaneamente em lugares diferentes, «inadvertidamente».

Os governantes devem neste momento de luto, procurar ser merecedores de termos tido entre nós um Homem tão válido e honrá-lo com a realização dos seus ideais de Português, de forma inteligente, sensata para o desenvolvimento do país através de decisões adequadas ao melhor futuro com melhor qualidade de vida para as pessoas, com o melhor da nossa tradição e cultura (conjunto de aspectos sociais consolidados com o tempo). Cultura não é fazer um «acordu urtugráfico» e impô-lo à CPLP que muitos brasileiros cultos e ilustres na escrita recusam aceitar e seguir, como se pode ler em variadas declarações vindas a público.


Se existe vida para além da morte, o General Loureiro dos Santos merece, eternamente, o paraíso.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

«FAKE NEWS», COMO EVITÁ-LAS?

Fake news, como evitá-las
(Publicada no Semanário O DIABO em 13 de Novembro de 2018)

Desculpem, mas faço esforços para não me deixar influenciar por notícias falsas, procurando raciocinar sobre cada “idiotologia” que me chega a fim de tentar descobrir o que é verdadeiro e o que devo recusar. Mas, infelizmente, há muita gente, que era suposto assumir a responsabilidade das suas funções, mas deixa-se arrastar por manobras difíceis de aceitar, como se o “politicamente correcto” estivesse a seu lado.

Na terceira semana de Outubro, três perigosos criminosos fugiram, rocambolescamente, do tribunal onde iam ser ouvidos por terem roubado, usando meios violentos, diversos idosos tendo na sua posse quarenta mil euros em notas de 500€. A polícia conseguiu mostrar dedicação e competência, ao conseguir, em menos de 24 horas, proceder à sua recaptura. Mas nos jornais apareceu uma fotografia dos três detidos fotografados sob a guarda da polícia. É certo que a publicação da imagem não correspondeu aos princípios e regras da polícia e logo apareceu uma quantidade de apologistas da moderna “idiotologia” a denegrir a Polícia e a lamentar a falta de respeito pelos criminosos, procurando esquecer que estes desrespeitaram de forma imoral e selvagem as vítimas dos seus roubos, e foram poucas as pessoas que elogiaram os agentes da autoridade pela forma meritória como os detiveram evitando que mais inocentes fossem vítimas das suas acções condenáveis, pelo menos por algum tempo. Os agentes da segurança interna nacional, das pessoas e do património, mostraram que podemos ter esperança na forma como cumprem a sua missão para podermos viver com mais esperança de estar mais seguros.

Mas estamos numa época em que há “especialistas” na destruição de valores éticos, sociais, culturais, históricos, que se agarram a qualquer pormenor que lhes possa servir para amachucar a imagem de instituições que devem ser respeitadas. Neste caso, a Polícia foi o alvo.

Não surpreende tal animosidade contra a Polícia por parte de tais “especialistas”, mas do ministro da Administração Interna esperava-se que fosse dada prioridade ao elogio à rapidez e competência da actuação dos agentes, embora depois dissesse que não ficou bem terem permitido a fotografia. Mas seguiu a linha dos ideólogos do anarquismo e destruidores do sistema cultural e limitou-se a ameaçar os agentes com processos disciplinares e criminais. Será falsa a notícia que refere esta reacção do ministro? Afinal, quem merece mais respeito, os bandidos ou os agentes da autoridade?

Em fins de Outubro, quando se discutia no Parlamento o OE para 2019, uma deputada procedia cuidadosamente à pintura das unhas, o que foi fotografado e publicado em jornais, como falta de dignidade e de respeito ao local e ao momento. Já foram vistos deputados a dormir, ou entretidos com os seus computadores a verem coisas divertidas. E já foi publicado que deputados registam a presença e saem para a sua vida privada na empresa em que trabalham. Serão notícias falsas?

E as que se referem a deputados que vivem em Lisboa e declaram a residência fiscal num local o mais afastado possível da capital a fim de terem direito a mais alto subsídio de deslocamento? E as que se referem a deputados das ilhas que atestam muitas viagens à terra, sem saírem de Lisboa? Serão notícias falsas?

E a candidata a líder da JotaS com problemas na sua declaração de graduação académica e com muitos milhares de euros recebidos de autarquias do partido por “serviços” nelas prestados? Serão notícias falsas? ■

António João Soares
6 de Novembro de 2018

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

PELA PAZ E POR UM MUNDO MELHOR

Apoiemos as seguintes intenções expostas por Macron: «Juntemos as nossa esperanças em vez de opor os nossos medos» e lutemos «pela paz e por um mundo melhor». Se cumprirmos estes desejos, deixaremos um mundo melhor aos nossos descendentes. As palavras de Macron agradam-me por corresponderem aos meus objectivos e à definição que dei de mim nos meus blogs «Uma pessoa preocupada com o mal do Mundo que procura melhorar com as suas intervenções pela escrita e por contactos pessoais».



Macron pede combate pela paz e por um mundo melhor no centenário do Armistício

11 nov, 2018 - 11:34

Numa cerimónia em Paris, onde marcaram presença muitos líderes mundiais como Donald Trump, Vladimir Putin ou Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente francês disse que o verdadeiro inimigo dos dias de hoje são problemas como o aquecimento global ou a pobreza.

O Presidente francês apela aos líderes mundiais que juntem as suas esperanças em vez de oporem os seus medos. Emmanuel Macron falava este sábado, em Paris, nas cerimónias do centenário do Armistício, que marcou o fim da I Guerra Mundial.
Numa cerimónia junto ao Arco do Triunfo, onde marcaram presença muitos líderes mundiais como Donald Trump, Vladimir Putin ou Marcelo Rebelo de Sousa, o chefe de Estado francês disse que o verdadeiro inimigo dos dias de hoje são problemas como o aquecimento global ou a pobreza.
“Todos nós aqui, dirigentes políticos devemos neste dia, 11 novembro 2018, reafirmar perante os nossos povos a nossa verdadeira e imensa responsabilidade a de transmitir aos nossos filhos o mundo que as gerações anteriores tinham sonhado”, declarou.
Juntemos as nossa esperanças em vez de opor os nossos medos. Juntos podemos ir contra essas ameaças, contra o aquecimento global, o desemprego, a pobreza, a fome, a doença, as ilegalidades e a ignorância. Nós iniciámos esse combate e podemos vencê-lo. A vitória é possível”, defendeu Emmanuel Macron.
Cem anos após o fim da I Guerra Mundial, que provocou a morte a milhões de pessoas, o Presidente francês deixou mais um apelo aos líderes mundiais.
“Esperemos que esta reunião não seja apenas a reunião de um dia único. Que esta fraternidade, meus amigos, nos leve a fazermos juntos o único combate que interessa: o combate pela paz e por um mundo melhor. Viva a paz entre os povos e entre os Estados. Viva as nações livres no mundo. Viva a amizade entre os povos. Viva a França”, afirmou Emmanuel Macron.

CAPITALISNMO vs SOCIALISMO


sábado, 10 de novembro de 2018

A BAIXA NATALIDADE VAI ISLAMIZAR A EUROPA, EM BREVE

...o video é não só preocupante, como também desmoralizante!
Aparentemente estamos já para lá do ponto-de-não-retorno, e a Europa irremediavelmente condenada. Ora vejam!
E em Portugal não se dá apoio aos jovens para não emigrarem e, em vez de procurar aumentar a natalidade, apoia-se gays e lésbicas e as uniões (erradamente chamadas casamentos) homossexuais. Até já há no Governo uma lésbica confessa que foi aplaudida por suas amiguinhas.



sexta-feira, 9 de novembro de 2018

SOCIALISMO E OS SEUS EFEITOS

Vários são os Tempos e as Personalidades que se têm Manifestado CONTRA o Socialismo, não por ele em si mesmo, mas pelo Péssimo Comportamento de Quem o Quer Impor Aos Outros Sem Seguir os Próprios Ditames e, sobretudo, Prometendo o Que Sabe Não Poder Cumprir.
O que é que os Portugueses precisarão mais para se capacitarem Desta Realidade?





segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A TECNOLOGIA ESCRAVIZA

A tecnologia escraviza
(Publicada no Semanário O DIABO em 06 de Novembro de 2018)

Os séculos passaram, o conhecimento aprofundou-se, as tecnologias permitem melhorar o nível da civilização, mas a maioria das pessoas está cada vez mais dependente de ideias tóxicas, que alguns pseudo-intelectuais distribuem, sem cerimónia, a todos os que têm acesso à comunicação social e redes electrónicas. E isto não se passa apenas com o povinho menos esclarecido, pois há governantes e doutores a evidenciarem sintomas e indícios de tal toxicidade.

Há dias foi a encenação de Tancos que serviu para expandir o tóxico de que o Exército embarcou numa manobra de apagamento da sua imagem de dignidade que parecia bem consolidada. Depois, veio a aversão à PSP que tem sido duramente vilipendiada devido a uma fotografia de três criminosos fugidos do tribunal em que iam ser ouvidos e que, num prazo curto foram recapturados por agentes daquela força de segurança que tem por missão a defesa de todos os cidadãos. A rapidez da recaptura devia ter sido motivo de elogio da competência e do espírito de missão que evitaram que os criminosos fossem fazer mais atropelos contra a segurança das pessoas, como tinham feito antes. Poucas pessoas se manifestaram com apreço. Houve alguém que lançou uma campanha de acusação à fotografia porque ela era crime contra o direito de privacidade dos criminosos que têm mostrado não respeitar qualquer direito das suas vítimas. E nisso embarcou muita gente de mente atrofiada, vítima da toxicidade difundida pelos fanáticos da ideologia anti-social que pretende demolir todos os valores da Humanidade. Até o Ministro da Administração Interna, em vez de elogiar a rapidez e eficiência dos seus agentes policiais, embarcou na campanha demolidora do respeito que eles devem merecer da Nação, reduzindo o seu discurso à fotografia que não devia ter sido vista nos jornais.

Critica-se o PM por ter aceite o pedido de demissão de um ministro de quem se disse que concordou com a encenação dos acontecimentos atribuídos a militares no caso Tancos e, antes, houve quem o aplaudisse por manter o MDN e o CEM dizendo que mereciam a sua confiança, mas logo se iniciaram campanhas demolidoras contra estas entidades, dizendo que a decisão pecou por tardia. Ele acabou por encarar a realidade com coragem, ultrapassando possíveis inconvenientes eleitorais e tomar a decisão lógica, certamente convicto de que “errar é humano” e “vale mais tarde do que nunca” e aceitar os pedidos de demissão e fazer a escolha de substitutos. Teimar na protecção de amigalhaços é positivo mas não deve ser demasiado nem incondicional.

A tecnologia sujeita o ser humano e regras e condições impostas pelo uso da máquina mas, quando usada na comunicação, ela presta-se a violência psíquica de domínio de multidões, com a agravante de estas, subjugadas a forças insistentes e poderosas, se transformarem em cordeiros obedientes que se deixam arrastar para situações dramáticas, como explica a juíza brasileira Andrea Barcelos no vídeo que explica a ideologia do género e a cultura da morte e deixa visualizar os primeiros passos para um apocalipse, mais moderno do que o profetizado na Bíblia.

No Brasil as eleições presidenciais mostraram a força de tal ideologia. Na primeira volta, um candidato mostrou ter muita aceitação por defender a ordem, a segurança, o respeito pela dignidade das pessoas, a legalidade para terminar com a série de abusos que permitiram a uma minoria explorar impiedosamente a maioria. Mas o seu opositor pôs em marcha uma estratégia, não com a ostentação das suas capacidades e intenções, mas com a demolição da imagem do rival, pintando-o como ditador, autoritário, fascista, etc., ocultando que a alternativa seria a continuação dos erros recentes, a instabilidade social, a violência, a insegurança e os atropelos à dignidade das pessoas.

Com a liberdade dada a tais procedimentos o futuro seria muito problemático. ■

António João Soares
06-11-2018


sábado, 3 de novembro de 2018

GUIÃO PARA A ESQUERDA DE LOUÇÃ

Guião para a esquerda do Sr. Louçã
https://blasfemias.net/2018/11/02/guiao-para-a-esquerda-do-sr-louca/
2 Novembro, 2018. Por Cristina Miranda

Eu sei que para um burguês caviar que sempre viveu como um capitalista, encostado ao Estado, docente universitário (pois…), deputado (ora…) e acabando por integrar o Conselho Consultivo do Banco de Portugal e Conselho de Estado (meu Deus que belo exemplo de marxista), é difícil compreender o fenómeno Bolsonaro ou Trump. Eu também, se vivesse numa redoma de luxos e cargos inacessíveis ao comum mortal, provavelmente também não.

Mas eu, ao contrário de Louçã, sou do povo. Nasci e vivi no meio do povo. Meus avós eram agricultores e pescadores. Meus pais foram emigrantes. Meu percurso pessoal, académico e profissional está recheado de superações a adversidades. Uma vida cheia de fracassos que se transformaram em sucessos por teimosia, resiliência e muita coragem. Sozinha. Claro que não sabe o que isso é. Porque partir unhas e fazer calos (as minhas mãos não são de princesa), conquistar só por mérito, não é a vossa cena. Sois parasitas.

Eu sei que para gente que vive alapada ao Estado, gente do povo que emerge no meio político, assusta para caraças e por isso é preciso desacreditar fazendo crer que “esta vida” não é para gente, vá lá, “menos inteligente” – isto para não dizer burra – pois só vós os “ilustres” intelectualóides tendes capacidade para tal. Deve ser por isso que em 44 anos de uma democracia adulterada, a esquerda deste país levou 3 vezes o país à falência e AGORA com Bloco de Empreendimentos e PCP, nesta aliança governativa, darão mais um contributo precioso na 4 falência que se avizinha. O que prova que ter intelectualóides a governar, é bancarrota na certa.

Sabemos muito bem que Bolsonaro já andava na política há 30 anos. Mas é precisamente aí que reside a mais valia: a política não o corrompeu nem enriqueceu. Pode dizer o mesmo de si e seus companheiros de luta? Claro que não. Político medíocre? Bem, para quem vê em Lula um político de excelência e Dilma uma referência, não preciso de acrescentar mais nada a esta sua classificação infeliz que diz tudo sobre si.

A direita meu caro, não precisa do seu guião para nada porque graças a vós e só a vós, conseguimos provar SEM ESFORÇO que o vosso marxismo, quando implementado numa sociedade, é mais destrutivo que um vírus. Só temos de dar tempo ao tempo para que as pessoas, acordem da letargia com doutrinas estrategicamente propagandeadas nas escolas, universidades e comunicação social. Pessoas que infelizmente, só quando chegam ao ponto rebuçado amargo do Brasil ou Venezuela, acordam para a crua realidade dos factos: o marxismo só traz miséria, colapso social e financeiro. Facto.

Também não precisamos de inventar fake news. Basta-nos relatar com rigor a verdade sobre vós. E a verdade é que são um bando de mentirosos: que dizem combater a especulação mas são especuladores-mor do mais elevado grau jamais visto; que jamais se submeteriam à ditadura de Bruxelas mas curvam-se a a eles até se vos ver as cuecas; que nunca mais aprovariam um cêntimo para bancos ou empresas privadas e aprovam orçamentos com milhões para a banca, perdões fiscais para os gurus do capital; que dizem que só aprovariam OE2019 se houvesse dinheiro para contagem tempo de serviço dos professores, mas mesmo sem isso, assinaram; que dizem ter posto termo à austeridade de Passos e desde que fizeram aliança com PS, ainda não pararam de aprovar orçamentos com aumentos brutais de impostos, tendo ultrapassado já o período da Troika; que dizem baixar o IRS às famílias mas na realidade, aumentaram; que iam exigir baixar a luz, mas só baixou o IVA do aluguer do contador que são uns míseros trocos; que dizem ter aumentado rendimento das famílias mas aumentaram o custo de vida de forma tão brutal, que anulou umas pindéricas reposições. E fico por aqui senão vai parecer um livro e não um texto. Aprenda: as maçãs podres caem sozinhas.

Já do vosso lado, só com Fake News conseguem fazer valer vossa ideologia fracassada, quando teimam em dizer que os cortes nos salários, os aumentos de impostos, a austeridade severa e as privatizações foram obra do Passos. Uma mentira repetida até à exaustão quando é factual que foi SÓCRATES o AUTOR dessas medidas, aplicadas ainda em governo e depois transitadas para o Memorando de Entendimento que ELE assinou com a Troika e que QUALQUER executivo que se seguisse, teria de cumprir à risca! Vá ler o Memorando! Uma mentira colossal muito mais pejorativa e que se manteve ATÉ HOJE, do que aquela patetice do relógio da Catarinocas que só meia dúzia de distraídos engoliu. Ou a eterna falácia dos subornos a Portas nos submarinos que obrigou Ana Gomes a pedir desculpas a Cecília Meireles que a desmascarou. Ou ainda a patranha de chamar FASCISTAS a gente de direita quando essa é uma corrente ideológica, revisionista do marxismo, que nasceu com o filósofo socialista italiano Giovanni Gentile e que foi seguida por outro nacional socialista, Mussolini, que desavindo com o partido, criou outro cujo o símbolo era o fasces. Daí o nome fascistas aos militantes. Celebrizou a frase: tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado. Assim como a invenção perpetuada por vós de que Hitler era de direita quando na verdade era outro nacional socialista. Vá estudar!

Meu guião para vocês é que parem de mentir sobre adversários fingindo que são assassinos de minorias, perseguidores de opositores, violadores de liberdades, invocadores de ódios, organizadores de milícias. Que parem de vender uma porcaria de ideologia assassina de democracias como sendo um produto da liberdade e prosperidade. Porque enquanto não REPUSEREM essa verdade, serão desmascarados e depois arrasados por todos os “Bolsonaros” que hão de vir provar, que gente séria, do povo, que sabe trabalhar e liderar, é capaz de criar desenvolvimento económico e qualidade de vida, sem por em causa as liberdades individuais e colectivas, com muita mais competência, demonstrando assim, que o marxismo é um fiasco.

GOVERNAR É ZELAR PELAS PESSOAS E PELO TERRITÓRIO

Governar é zelar pelas pessoas e pelo território
(Publicada no Semanário O DIABO em 30 de Outubro de 2018)

Governar consiste num esforço intenso e persistente orientado para melhorar a qualidade de vida da população, como em tempos se dizia, “tudo a bem da Nação”. Para o bom desempenho de tão importante missão, cada decisão deve ser precedida por adequado estudo, seguindo uma metodologia semelhante à que ficou explicada no texto “preparar a decisão” publicado aqui, em 27-9-2016.

Para isso, há que evitar falsos videntes ou profetas evangélicos que estejam mais interessados em demolir tudo o que existe, sem terem uma visão realista, clara do futuro que é pretendido. A teoria de tais “sábios” é arrasar tudo e “depois se verá”. Mas as mudanças não podem ser feitas por impulso, às cegas.

A missão de governar é muitas vezes parecida com a marcha a corta mato em terreno acidentado, em que é essencial evitar precipícios e outros obstáculos, como o que emerge de algumas faculdades em que se procuram professores e educadores, eivados de vícios doutrinários semelhantes aos que já foram relegados pela Rússia, pela China, por Cuba e outros Estados e que estão a dar péssimo resultado na Venezuela e noutros países governados por míopes que não conseguem vislumbrar nem imaginar, com algum pormenor o futuro a que estão a abrir as portas. É certo que o passado não deve ser copiado e tornado presente e futuro, porque “parar é morrer”, mas dele devem aproveitar-se os lados bons e tirar conclusões, mesmo dos erros acontecidos, para se criar uma sociedade nova e saudável, perante os condicionamentos actuais e previsíveis. É imperioso que se procure evitar que a democracia continue a degenerar e a degradar-se com tendências trágicas geradoras de corrupção e pobreza insuportável, aspectos em que Portugal parece estar a aproximar-se do fim da escala de valores ou a caminho de um fim apocalíptico. Para evitar percursos trágicos, devem seguir-se exemplos de alguns nossos parceiros na EU, como República Checa, Eslovénia, Eslováquia, repúblicas bálticas, Croácia, Hungria, Polónia, etc.

Para reduzir a pobreza e aumentar o crescimento, o desemprego deve ser diminuído de forma bem ponderada, começando por mentalizar os jovens com o velho ditado “só manduca quem trabuca”, ensinar o essencial para um trabalho produtivo, através de formação profissional e apoio a vocações reveladas. A produtividade deve ser incentivada e, em conformidade com os lucros da empresa, ser recompensada com proporcional aditamento ao salário. Porque o aumento dos lucros não se deve totalmente aos administradores mas, em grande parte, ao esforço dos trabalhadores mais dedicados e produtivos.

Os governantes devem dar o exemplo da sua dedicação aos melhoramentos da vida nacional, concretamente dos cidadãos, com mais eficientes serviços públicos de saúde, educação, segurança pública, justiça e devem evitar fazer promessas que, se não forem concretizadas, descredibilizam e afastam o respeito e apreço que devem merecer aos cidadãos. Numa conversa relacionada com o Orçamento do Estado, foi referido que há repetição de promessas já feitas em anos anteriores, o que evidencia que não foram cumpridas e retiram credibilidade a quem as fez e a quem tem o desplante de as repetir.

Depois de esboçar este texto soube que, no dia 20, houve uma festa de recriação histórica da batalha do Forte de Alqueidão, em Sobral de Monte Agraço contra os franceses da terceira invasão, como justa homenagem à resistência do povo português e elogio da estratégia militar, por nesse dia de 1809, Lord Wellington ter entregue ao coronel Fletcher um memorando em que explicava a estrutura das linhas de Torres Vedras, como linha avançada para a defesa afastada de Lisboa. Boa lição de planear com vistas largas à distância de espaço e tempo. ■

António João Soares
23 de Outubro de 2018

sábado, 27 de outubro de 2018

GOVERNANTES DE AMANHÃ ESTÃO EM FORMAÇÃO NAS JOTAS

«De pequenino se torce o pepino».

É frequente ouvir-se de pessoas dedicadas à causa nacional, mesmo que não estejam ligadas à ideologia referida pela Juíza brasileira Andrea Barcelos, que viver é mudar e que estamos a precisar de mudanças estruturais na vida nacional a fim de se obter o desejado crescimento de Portugal e reduzir o atraso que tem sido criado em relação a parceiros internacionais.

Mas o que vemos é, infelizmente, a continuidade de erros graves. A capacidade desta jovem quanto ao «politicamente correcto» e à adopção de malabarismos, já há muito condenados por gente digna, mostra que os boys e girls que serão futuros governantes enfermam de hábitos e modos de encarar os malabarismos da vida social que não auguram nada de bom.

As Jotas estão dar-lhes formação e exemplos, não para evitar erros do passado, mas para os continuar, de forma muito mais refinada.

O artigo e os que nele são «linkados» merecem leitura atenta para alimentar uma visão realista do futuro próximo.


https://observador.pt/2018/10/26/ajustes-de-140-mil-euros-o-autocarro-da-junta-e-o-curriculo-criativo-o-arranque-atribulado-de-maria-begonha/


Relacionados:


Candidata à JS com falso título de mestrado
https://observador.pt/2018/10/23/candidata-a-lider-da-js-e-deputada-municipal-do-ps-com-falso-titulo-de-mestrado/
181023. Por Rui Pedro Antunes


Diretor de campanha da candidata à JS demite-se
https://observador.pt/2018/10/25/director-de-campanha-da-candidata-a-lider-da-juventude-socialista-demite-se/
181025. Por Observador

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

RESPEITAR ANIMAIS MAS PRIORIDADE A PESSOAS

Respeitar os animais mas dar prioridade às pessoas
(Publicada no Semanário O DIABO em 23 de Outubro de 2018)

Amoral, a ética, o civismo, exigem que se respeite os outros da forma que se deseja ser respeitado. O desenvolvimento da sensibilidade ecológica tem sugerido respeito pelos animais e pela Natureza em geral que, de certa forma, se devem integrar no conceito de “outros”.

Porém, topamos, com indesejável frequência, excessos de zelo em relação aos animais ditos irracionais, em oposição com o desleixo na apreciação dos direitos das pessoas. A lei condena violências contra animais, carências de tratamento veterinário e abate, o que é aplaudido pelas pessoas que gostam de animais e os tratam como se fossem pessoas de família. Mas, pelo contrário, há defensores acérrimos da eutanásia que ficaram irados por esta não ter sido autorizada (foi rejeitada no Parlamento em 29-5-2018), e há ausência de apoio concreto a muitas pessoas idosas, crianças ou fragilizadas em diversos aspectos. Há falta de moral e ética e de condenação dissuasora, para evitar a violência doméstica e a quantidade de crimes de homicídio, ultimamente tão frequentes. Há deficiente funcionamento da saúde, da segurança pública, da segurança social, da Justiça, etc.

Em defesa das pessoas devia haver um conjunto de acções que contribuam para reduzir os acidentes rodoviários que tantas mortes e ferimentos têm causado, deixando famílias sufocadas com sofrimento. A GNR, através do controlo de velocidade e de grau de alcoolemia, cumpre uma missão importante, mas não pode eliminar os perigos que a realidade evidencia. É indispensável que se esclareça a população para usar de sensatez e precaução a fim de evitar tais tragédias. A consciência da moral e da ética social é fundamental, para o respeito pela vida do próprio condutor, dos familiares e amigos que o acompanham e dos outros utilizadores da estrada.

O excesso de velocidade, quando usado com consciência e sensatez, só por si, não provoca acidente. Mas quando falha a sensatez e há uma quebra de atenção, mesmo que rápida, à condução, ao movimento na estrada, às curvas, ao estado do piso, pode ser fatal para os ocupantes da viatura ou para outros utentes da estrada. Uma pequena distracção com o programa de rádio, o telemóvel, a conversa dos companheiros, ou com o que se vê para lá da berma, pode ser causador de acidente.

Para garantir mais segurança e menos acidentes, é preciso “educar” as pessoas que conduzem e as que as acompanhem, isto é, toda a população. Isso tem que ser levado a efeito pelas escolas primárias, pelos diversos graus de ensino, por conselhos difundidos pelas Forças de Segurança, pelas seguradoras, por todas as instituições que contactam pessoas, como religiões, clubes desportivos e outros, organismos culturais, comunicação social, etc.

Trata-se de um problema social, humano e, por isso, cada um de nós deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir esse perigo que ameaça a todos. Ao escrever isto estou a cumprir esse dever e desejo que cada um dos leitores me imite por todos os meios ao seu alcance. O Governo e serviços públicos têm o dever de respeitar os direitos dos seres humanos que vivem na sua dependência, tal como se preocupam com a redução dos fogos florestais, com medidas preventivas adequadas.

E, dentro do tema desta reflexão, a prevenção de incêndios defende também os animais que vivem e se alimentam de produtos da floresta, além das pessoas e dos seus haveres. Para ela ser eficaz, exige iniciativas do Governo das Autarquias, e de empresas locais em divulgação de conselhos aos residentes e de acções adequadas e bem orientadas.

E nestes assuntos de respeito por pessoas e pela Natureza, como em tudo mais, deve ter-se cuidado com os processos de decisão que devem ser sustentados em avaliações económicas, financeiras e de ordenamento do território. ■

António João Soares
16 de Outubro de 2018

terça-feira, 16 de outubro de 2018

ALERGIA AOS MILITARES

Alergia aos militares
(Publicada no Semanário O DIABO em 16 de Outubro de 2018)

Há notícias públicas de que o Hospital das Forças Armadas sofre degradação das instalações, de várias carências sendo, agora, as mais indesejáveis relacionadas com o sistema de água quente e com o funcionamento da cozinha. O hospital deve obedecer a normas legais, mas não tem condições para tal, estando em incumprimento. Já em Julho de 2016 foi transmitida ao Presidente da República, em visita que ali fez, a necessidade de obras diversas, para o que deviam ser libertas verbas cativas. As diabólicas cativações! Isto vem juntar-se às carências das Forças Armadas quanto a equipamentos militares, desde a espingarda automática a armas pesadas e viaturas de combate.

A ausência de preocupação de órgãos do Governo não admira, ao ver o desprezo tido para com os militares bem visível no desrespeito pela dignidade e alto significado das guardas de honra. Há tempos, o Ministro da Defesa passou revista a uma GH sem gravata, com a camisa desabotoada e, mais recentemente o PM repetiu esse desacato na chegada a Luanda, tendo passado revista a uma Guarda de Honra, sem gravata, camisa desapertada, calças de ganga e mocassins, ao lado de um governante local dignamente apresentado. E estas ‘gaffes’ protocolares foram cometidas perante militares que, como é regulamentar, estavam rigorosamente uniformizados, formados disciplinadamente, fazendo o manejo de arma regulamentar, com postura correcta, compenetrados do momento cerimonioso.

Li, há tempos, que os políticos detestam os militares, tal como uma dona de casa desprovida de beleza evita contratar uma empregada com formosura, a fim de, quando juntas, não se sujeitar a comparações que lhe sejam desfavoráveis.

Essa imagem parece real ao vermos as atitudes reincidentes dos políticos. Conta-se que o CEME, na sequência da polémica acerca de problemas com alunos do Colégio Militar, pensou pedir a demissão do cargo e que repetiu essa disposição, quando da confusão do roubo de material de guerra em Tancos e, mais recentemente, do problema da demissão do comandante do Regimento de Comandos. Mas a sua disponibilidade para aceitar a sua substituição foi rejeitada pelo PM, que gostou de continuar com a sua colaboração por ser um general progressista!

Nisto recordamos uma frase antiga mas adaptada à realidade nacional actual: “se os não puderes vencer, junta-os a ti” E, assim, as Forças Armadas estão a ser progressivamente destituídas do prestígio e da aura de que sempre usufruíram desde o tempo do Condestável Nuno Álvares Pereira, e a transformar-se numa coisa desprezível e incómoda sem independência para a sua organização, disciplina e justiça, com generais promovidos por critérios políticos, em vez de o serem por decisão do Conselho Superior do Ramo, bem como a escolha para funções de responsabilidade, com base na confiança política em vez do critério de valor militar.

E, desta forma, as Forças Armadas, em vez da sua ética patriótica de defender Portugal, acima de tudo, mesmo com sacrifício da própria vida, seguem uma tendência degradante de se sujeitar ao “politicamente correcto”. Com governos eivados de tais preconceitos, Portugal não pode ir longe e não pode esperar eficiência de umas Forças Armadas sem dedicação total da parte do seu pessoal, por ele se sentir desprezado pelos governantes.

E, apesar deste desmazelo e degradação nacional, ouvem-se repetidamente os despropositados slogans do PR “nós somos os melhores do mundo”. Das primeiras vezes em que este apelo à valorização dos portugueses foi pronunciado talvez tenha tido algum efeito mas, agora, dá para rir e esquecer. A fase em que estamos da degradação nacional já não se atenua com palavras, sendo indispensáveis acções bem preparadas e reformas estruturais bem estudadas e aplicadas com rigor. ■

António João Soares
9 de Outubro de 2018


domingo, 14 de outubro de 2018

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

PROCESSO «MARQUÊS»


Transcrição de post do Blog Blasfêmeas
Ivo Rosa, o Juiz “Arquivador”
https://blasfemias.net/2018/09/29/ivo-rosa-o-juiz-arquivador/
29 Setembro 2018, por Cristina Miranda

Há meses foi-me dito em mensagem privada, que o Juiz Carlos Alexandre e a Procuradora Joana Marques Vidal iriam ser afastados dos processos que envolvem Sócrates e outros. Nessa altura, como o faço sempre, coloquei em dúvida essa possibilidade pela importância que estes processos têm e que, ao mudar de mãos, sem justificação plausível, iria destruir por completo a credibilidade da justiça portuguesa aos olhos da sociedade nacional e internacional. Ontem, ficamos a saber que afinal havia mesmo um plano e a última peça do xadrez foi jogada para xeque-mate! Tiro o chapéu!

O afastamento de Joana Marques Vidal foi por culpa do Presidente da República que jamais imaginaria ver colocar os interesses da Nação no caixote do lixo ao aliar-se a Costa nesta decisão. Agora, para a nomeação de um novo juiz, foi um sorteio electrónico para duas pessoas apenas, completamente viciado, onde só à quarta tentativa deixou de dar “erro”. É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas, sim, 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros” que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado e bem, nas malhas da justiça.

Que nos espera então esta nomeação de um juiz que por ironia tem o apelido “rosa”? Bem, não é preciso pesquisar muito para saber. Este senhor já vem com um largo currículo de “safanços” de suspeitos de corrupção. Pois é. Conhecido por não gostar de apoiar as teses incriminatórias do MP sobretudo quando dizem respeito a caça grossa, Ivo Rosa ilibou 18 dos arguidos da “Operação Zeus”, processo relacionado com a corrupção nas messes da Força Aérea. No caso EDP retirou a Manuel Pinho o estatuto de arguido mesmo com todas as evidências e suspeitas impedindo ainda que a PJ fizesse buscas nas suas casas e ainda tivesse acesso às suas contas e movimentos bancários, por entender não haver indícios mínimos de corrupção sem, no entanto, permitir a investigação esmiuçada para tirar as dúvidas. Ainda no caso das rendas da EDP, foi este mesmo juiz que impediu também o acesso às contas bancárias de António Mexia e Manso Neto, o que levou procuradores a pedir o seu afastamento do processo acusando-o de parcialidade. Mas não ficamos por aqui: Ivo Rosa num processo em que a TAP era suspeita de lavar dinheiro de figuras da elite angolana, decidiu não levar nenhum dos suspeitos a julgamento destruindo todo um trabalho de investigação do DCIAP. Mas calma, ainda há mais: este juiz, no caso do Gangue do Multibanco, um grupo de violentos criminosos responsáveis por mais de 100 assaltos e outros crimes graves, libertou 11 dos 12 membros. Valeu-nos o recurso do MP para um tribunal superior que reverteu por completo esta decisão e onde todos os arguidos acabaram por ser condenados a duras penas.

Por isso os advogados de Sócrates batem palmas! Por isso figuras do PS estão em êxtase! O juiz que mais safou gente ficou com o Processo Marquês. Dúvidas?

Eu não, não tenho depois do que vi ontem. Só certezas. A certeza que vamos regredir aos tempos de Pinto Monteiro e Cândida Almeida, que não viam corrupção em Portugal só “bons rapazes”.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

PRAXE ACADÉMICA

Praxe civilizada
(Publicada no Semanário O DIABO em 9 de Outubro de 2018)

Têm surgido notícias pouco agradáveis da praxe académica em Coimbra e em Évora em que os caloiros são menosprezados, talvez como vingança das praxes sofridas em anos anteriores, pelos seus colegas mais antigos. E assim, com esta mentalidade de retaliação, se mantém a degradação da imagem dos homens e mulheres de amanhã, alguns destinados a cargos em que devem tornar-se merecedores de respeito e admiração da generalidade da população.

Por outro lado, em Coimbra aparece uma ideia de usar a praxe para melhorar a adaptação e inserção dos caloiros. Essa evolução tornará a praxe útil para incentivar os caloiros a um relacionamento saudável e construtivo com os colegas mais experientes, com vista a serem melhores utilizadores das bibliotecas e arquivos, por forma a tornarem-se melhores alunos e posteriores investigadores, cientistas e professores, enriquecedores dos valores culturais nacionais. E, ao mesmo tempo, aprenderem a cultivar a solidariedade para com os outros, porque a felicidade de cada um de nós depende, em grande parte, daquela que ajudarmos a criar nos outros, à nossa volta.

Nas condições tradicionais, a praxe não ajuda ninguém e apenas contribui para que no próximo ano seja ainda mais degradada e geradora de ódios e outros sentimentos rejeitáveis, e para gerar técnicos com deficiente preparação humanista e de convivência.

A propósito da preparação dos jovens oriundos da Universidade, recordo um caso que, há alguns anos, me chocou, quando eu ainda perdia tempo a ver TV. Um programa, com intenções culturais, constava de colocar uma pergunta ao candidato previamente inscrito que ansiava ganhar o prémio anunciado. Neste caso, o candidato era uma jovem que se descreveu como finalista de Direito que desejava fazer o doutoramento e vir a ser catedrática. Com esta definição, à partida, esperava-se que a sua cabeça, bem recheada de sabedoria, lhe garantisse o prémio que desejava. A pergunta era “qual é o rio que passa pela cidade de Leiria, Tejo, Lis ou Ave?”. O conteúdo do seu cérebro teve oportunidade para brilhar, até porque o assunto estava ao alcance de qualquer miúdo com a instrução primária em que se aprendiam os rios de Portugal, os seus afluentes e o seu curso desde a nascente à foz. A candidata hesitou e timidamente optou pelo Tejo. O apresentador do programa tentou ajudar e, entre outras coisas, disse que o Tejo passa por Santarém e Lisboa e, ao ver que ela continuava distante da resposta certa, perguntou se alguma vez tinha ido a Leiria, ao que ela respondeu que tinha passado por lá, provavelmente pela auto-estrada. Depois de outras tentativas de ajuda, ela confirmou a resposta definitiva: Tejo.

Contra esta descuidada preparação da juventude, de onde sairão as pessoas de amanhã de quem o Estado espera as mais correctas acções, úteis e oportunas, para o máximo desenvolvimento económico, social e cultural, pergunta-se quais são as medidas previstas pelo Governo através do Ministério da Educação? Se nada for deito, de forma eficaz, o futuro dos cidadãos fica condenado à mais dramática degradação.

Uma sugestão para valorizar a praxe. O praxador, com base num trabalho que está a fazer ou que deseja vir a fazer, apresenta ao caloiro uma pergunta e exige que a resposta contenha referência das fontes consultadas. Isto pode vir a ser útil ao autor da pergunta, mas é, de certeza útil ao caloiro porque experimenta consultar as fontes adequadas, como enciclopédias, internet, etc. O praxador pode também servir-se de temas culturais diversos exigindo respostas imediatas ou alguma investigação. Deixo aqui esta ideia que seria conveniente para servir de estímulo a outras formas de fazer praxe com utilidade para o arranque da formação académica do caloiro que inicia uma vida nova. ■


sexta-feira, 5 de outubro de 2018

COITADA DA RAPARIGA...




COITADA DA RAPARIGA
Blog Irritado de António Borges de Carvalho03.10.18

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill


Imaginem uma jovem rapariguinha, qui, çá portadora de virginal inocência, que, por injustiças do mercado e do capitalismo de casino (como diriam o Alfredo Barroso, o Boaventura e a Catarina) se viu na contingência de ser obrigada a aceitar um emprego nos EUA como recepcionista de celebridades num cabaré, ou coisa do género, muito bem frequentada, pelo menos em termos de poder de compra.

Competia-lhe andar bem vestida, de postura algo provocatória, receber os visitantes com sorrisos marotos, beber copos com eles, dançar com eles de bochechinha encostada, dar-lhes carinho, confiança, levantar-lhe a self esteem, elogiar-lhes os feitos e a conta bancária. Isto sem que eu queira, ou saiba, a job description da pequena, a qual poderá ser mais vasta do que se presume.

Imaginem os sacrifícios que esta nobre e honrada representante do belo sexo fez, a sua permanente frustração, o ingente desgosto que a profissão lhe causava. Comovam-se com compreensão, amizade, indignação.

Mas há pior do que o acima dito. Olhe-se esta história inacreditável.

Um milionário sem escrúpulos convidou-a, depois de dançar e beber com ela horas a fio, para ir com ele até ao seu quarto de hotel, coisa de luxo, provida de jaccusi, de largas vistas sobre a cidade e de inesgotáveis facilities alcoólicas. É evidente que a nossa heroína não podia fazer ideia das malévolas e impuras intenções do canalha. Por isso, a fim de, inocentemente, desfrutar com ele das delícias do jaccusi, tratou de se despir, como mandam os bons costumes e a elegância de sentimentos. Pobre e iludida, a menina deu consigo com a erecta homenagem do fulano.

Assustada por não ter para onde fugir, até porque estava nua e seria impúdico, atirou-se de bruços para a cama, sem que lhe passasse pela incauta cabecinha que ele podia tirar proveito da situação. Mas começasse por dizer que não queria, acabou por ceder aos maléficos instintos do rapaz. Sem que ele, ó pecado!, tivesse a amabilidade de usar gabardine.

Depois de tão inenarrável acontecimento, a menina pensou, pensou, e acabou, envergonhadíssima, por ir fazer queixa à polícia. Que outra solução lhe restava, que lhe restituísse a honra retro-perdida, a paz de espírito e a confiança no futuro? Como a compreendo!

Encurtando razões, via advogados de renome, acabou por se ver obrigada a aceitar uns meros trezentos e tal mil dólares, valor à época tido por suficiente para colmatar a sua ânsia de reparação. Em troca, acabou por se comprometer a não dizer nada a ninguém, a fim de salvaguardar a sua impecável dignidade.

Passaram uns oito anos. Facto é que a agora impecável senhora se achou “frágil” e menos feliz, tudo por causa dessa insuportável nódoa do passado, que a perseguia, qual stress pós-traumático. Imagina-se os pesadelos que, diariamente, a assolavam. Assim, tendo a coragem de contar ao mundo a sua malograda história, e tendo em atenção que o milionário juntou, entretanto, mais uns milhões, tratou de fazer umas exigências, não se sabe ainda de que valor. A fim, é claro, de acabar com a “fragilidade” financeira, já que a psicológica deve ser inultrapassável.

Por todo o mundo espraia-se justa indignação, o homem está a contas com uma quebra ciclópica nos seus rendimentos, a nova moral lança sobre ele o seu anátema, o Direito verga, os jornais vendem.

Coitada da rapariga!


terça-feira, 2 de outubro de 2018

QUEM TORTO NASCE...



QUEM TORTO NASCE...
do blog Irritado (de António Borges de Carvalho)( 01.10.18)

O SOCIALISMO É A FILOSOFIA DO FRACASSO, A CRENÇA NA IGNORÂNCIA, A PREGAÇÃO DA INVEJA. SEU DEFEITO INERENTE É A DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA DA MISÉRIA.
Winston Churchill

PASSOS COELHO, apesar de ter ganho as eleições legislativas, não teve espaço parlamentar para que o seu partido fosse governo.

Mas foi capaz de muitas coisas importantes para a democracia, para o regime e para os cidadãos. Nas alterosas ondas da crise que a bancarrota socialista tinha causado - qual Lehman Brothrsr, qual carapuça! – Passos Coelho foi capaz de transformar o regime no que respeita à transparência e à verdade que é devida aos cidadãos, mesmo quando é feita de más notícias. Foi capaz de manter o estado social a funcionar, mostrando que não é só o dinheiro ou a sua falta o que conduz à eficácia (o estado “social” da saúde nos nossos dias prova-o à saciedade), o mesmo se podendo dizer em relação à educação que, em quatro anos, conheceu os que foram os seus melhores tempos - hoje totalmente destruídos em mares de trapalhadas. Foi capaz de “independentizar” a TV pública. Foi capaz de pôr a funcionar a PGR e de a tornar na única instância da Justiça com algum prestígio público – hoje em vias de extinção. Foi capaz de passar de uma fase de contracção económica para uma trajectória ascendente. Foi capaz de baixar o défice orçamental no triplo do que três anos de geringonça conseguiram. Foi capaz de pôr o desemprego no caminho da queda. Foi capaz de não ceder às exigências dos poderosos do tempo do PS.

Mas, politicamente funesta consequência de uma golpada parlamentar, viu outros aproveitar o caminho que tinha aberto, e usá-lo para engordar as clientelas e reforçar a omnipotência de um Estado hoje dominado por “elites pagãs” em relação à democracia liberal, num alarde propagandístico e enganador a cuja habituação, desgraçadamente, muita gente primariamente adere.

Hoje, que o poder instituído (PR+PM, com PS e comunistas) se reclama de inexistentes “princípios”, talvez não fosse mau recordar que o princípio histórico, realmente existente nos quarenta anos da III República quanto à formação dos governos, foi aniquilado por Costa, com o actual indefectível apoio de Marcelo.

Diz-se que quem torto nasce tarde ou nunca se endireita. Perante o que se passa, quem tenha dúvidas em relação ao popular dito, o melhor é tirar a cabeça da areia.



A DESNUCLEARIZAÇÃO E O CS DA ONU

A desnuclearização e o CS da ONU
(Publicada no Semanário O DIABO em 2 de Outubro de 2018)

A Coreia do Norte conseguiu fabricar mísseis balísticos e arma nuclear com capacidade para atingir qualquer ponto dos EUA, o que irritou o presidente Trump que a ameaçou e lhe aplicou sanções económicas ao ponto de o presidente Kim Jong-un se dispor a prometer destruições das suas instalações de fabrico dos referidos armamentos e concordar com um encontro que se realizou em 12 de Junho em Singapura e que terminou com um acordo, em condições vagas e com compromissos que ficaram fora do papel, em que se prevê a desnuclearização da península Coreana, e os dois países se comprometem com a “paz e prosperidade” na região.

Depois desse encontro, ambas as partes fizeram pequenos gestos, mas os seus desejos ainda não estão satisfeitos. A Coreia do Norte já desmantelou algumas instalações e declara-se disponível para desmantelar os equipamentos ainda existentes que podem ser utilizados para produzir arma nuclear mas, em troca, quer obter concessões adequadas da parte de Trump.

O problema reside em a Coreia ter violado a decisão do Conselho de Segurança (CS) da ONU para garantir a desnuclearização. Mas esta decisão é discutível, porque sendo a arma nuclear brutalmente destruidora é lógico que seja eliminada dos arsenais de todos os Estados, mas mesmo de todos. Ora quer Trump, quer Putin não mostraram intenção de dar o bom exemplo. Porquê esta discrepância de uns as poderem ter e outros não? Tudo resulta da estrutura e dos conceitos anti-democráticos do funcionamento do CS.

Com efeito, o Conselho de Segurança das Nações Unidas é um órgão da ONU cujo mandato é zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional. “É o único órgão do sistema internacional capaz de adoptar decisões obrigatórias para todos os membros da ONU, podendo inclusive autorizar intervenção militar para garantir a execução de suas resoluções”. Mas os 15 Estados membros do Conselho não são iguais em deveres e direitos, pois cinco deles são membros permanentes e com poder de veto. Portanto, qualquer decisão tem que ter a aprovação dos cinco poderosos, o que não é democrático. Assim, a decisão da desnuclearização, na prática dela resultante, não é “obrigatória para todos os membros da ONU” pois os cinco membros ignoram-na impunemente.

A Coreia e o Irão estão, actualmente sob pressão dos EUA, por quererem beneficiar da energia nuclear e os EUA, sem autoridade moral para isso, não querem que façam uso dela para o fabrico de armas. Ora se ela a desnuclearização é “obrigatória para todos os membros da ONU”, os “poderosos” devem começar por dar o exemplo, destruindo, de forma visível e testemunhada, todas as armas que possuem e, depois, criarem um sistema de supervisão e de penalização contra qualquer iniciativa de nuclearização.

Com tais abusos dos “donos” do CS, a ONU perde o direito ao respeito das pessoas e dos Estados e as suas decisões deixam de ter o acatamento que deviam merecer. Um Estado não pode dar-se ao luxo arrogante e prepotente de negar a outros aquilo que considera legal para si, a arma nuclear, e que mostra disposição de a utilizar contra quem o contrariar em qualquer dos seus caprichos.

O Mundo pacífico que é desejado pelas pessoas de boa fé exige que se respeitem as liberdades, os direitos de cada Estado, que todos, sem excepção, respeitem as decisões do CS e a sua qualidade de mais alta autoridade internacional, e que seja revisto o seu estatuto anacrónico que lhe retira credibilidade e se presta a abusos. Só com um estatuto lógico e respeitável, a ONU pode “zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional”, evitando conflitos e mediando negociações. ■

António João Soares
25 de Setembro de 2018

terça-feira, 25 de setembro de 2018

PORTUGAL EM PERIGO!

Portugal em perigo!
(Publicada no Semanário O DIABO em 25 de Setembro de 2018)

O perigo faz parte da vida e é preciso evitá-lo, principalmente, quando nos apercebemos das suas causas possíveis ou já conhecidas de situações ocorridas. Qualquer acção tem vantagens e inconvenientes e há que ter cuidado para evitar estes, tomando medidas preventivas e desenrolando os planos de acção da forma menos arriscada. Isto é: escolher, de entre todas as acções possíveis para atingir o objectivo, aquela que mostrar melhor índice de vantagens/inconvenientes.

Mas há perigos imprevistos que não podem ser evitados, e para os quais devemos estar preparados para, no momento, adoptar o comportamento mais adequado para reduzir os danos, como é o caso de inesperadas alterações meteorológicas, ou sismo, ou tufão, ou incêndio, etc. E, em assuntos sociais, há os perigos que se desenvolvem ao longo do tempo e, se não são encarados oportunamente, podem causar danos muito indesejáveis.

Um partido como, em maior escala, uma nação, não tem dono e todos devem ser incentivados a colaborar activamente na conquista de objectivos colectivos, destinados ao bem comum. Para isso, esses objectivos devem ser definidos após análise das estratégias a seguir, e auscultada, mesmo que discretamente, a opinião geral. E, assim as pessoas, tratadas com respeito pelas suas ideias, terão entusiasmo pela causa comum e dispõem-se a colaborar com eficiência no desempenho das tarefas indispensáveis para aquilo que é seu, para o seu objectivo.

Em democracia, os governantes e os líderes de partidos e de outras instituições de interesse público ou colectivo, ao serviço dos cidadãos, devem agir segundo a vontade destes com real espírito de equipa, sem jogos ocultos, e explicando ou dando contas dos seus actos. Desta forma, as pessoas sentem-se felizes e confiantes na preparação do seu futuro colectivo. Porque sentem a sua responsabilidade pelo que acontece. Imagine-se os efeitos desse espírito activo na prevenção de fogos florestais, na redução de acidentes rodoviários ou na segurança das localidades em que vivem.

Com tal interpretação do conceito de democracia, deixaria de haver tantos crimes contra os interesses das pessoas, como a corrupção, o desvio do dinheiro público, a violência, etc.

Mas, além dos perigos internos, há um perigo europeu que se está a desenvolver, desde há muito, mas que está a tornar-se mais visível com as actuais migrações. Já num artigo aqui publicado em 5-12-2017, referi o exemplo histórico da queda do Império Romano às mãos dos Godos que tinham entrado trinta anos antes no Império, como refugiados, depois de derrotados pelos Hunos. Mais recentemente, o Kosovo, que era uma província da Sérvia (com 84,5% de cristãos ortodoxos), foi infiltrado por albaneses (Albânia com 61,9% muçulmanos) e a chegada de grandes massas de gente com religião, tradições e costumes antagónicos, trouxe problemas sociais e de integração entre duas culturas diferentes. Os sérvios iam saindo da sua terra, fugindo ao caos que se foi instalando. O Kosovo, em 17 de Fevereiro de 2008, fez a segunda declaração de independência (a primeira, em 1990, fora reconhecida apenas pela Albânia). E, assim, a Albânia muçulmana conseguiu mais um Estado aliado.

A história mostra a repetição de situações que muitos esquecem, mas a queda do Império Romano e a islamização do Kosovo devem ser meditadas para melhor se interpretar o que está a acontecer na Europa. Uma conquista muçulmana não militar. Inicialmente, de supostos refugiados de guerras no Médio Oriente, que evoluiu para uma invasão organizada, premeditada, planeada e promovida pelos Estados super-ricos do Médio Oriente e, agora, de povos africanos, especialmente sub-saharianos, com vista à islamização da Europa.

As confrontações, violações, raptos e outros crimes praticados por imigrantes, têm criado muita insegurança em vários Estados europeus. A Europa está em perigo. ■


domingo, 23 de setembro de 2018

REFORMA ELEITORAL

Recebi este texto sem indicação da fonte e, como contém um tema de grande interesse, transcrevo a fim de ir ao conhecimento dos leitores deste blog

Reforma eleitoral
19 de Setembro às 11:54. Por Jorge Tavares

"A reforma eleitoral apresentada pela SEDES e pela Associação por uma Democracia de Qualidade (APDQ) obedece a um único programa: a Constituição. Mais concretamente, a proposta visa aplicar o sistema aberto pelo artigo 149.º, desde a revisão de 1997.
É só isso.

Lá está que importa assegurar o sistema de representação proporcional, pedra angular do sistema desde as constituintes de 1975. Lá estão os círculos plurinominais, elegendo vários deputados, como temos hoje. Mas, ao lado, lá estão também os círculos uninominais, elegendo um só deputado por cada. Onde é que estão, que não os vemos? Anunciados há 21 anos, onde estão esses círculos uninominais?

Lá está, ainda, a complementaridade entre plurinominais e uninominais. Para quê? Para, independentemente dos dois canais de eleição dos deputados, garantir sempre a representação proporcional pelo método de Hondt.

E lá está também (aqui, desde a revisão de 1989) a possibilidade de um círculo nacional, que pode melhorar a garantia da proporcionalidade parlamentar. E onde está ele, 30 anos passados sobre ter sido previsto?

Vinte anos à espera da reforma legislativa que a revisão constitucional abriu é tempo de mais. São mais de cinco legislaturas a marcar passo.
Por isso, a SEDES e a APDQ decidiram dar um novo pontapé de saída, com a determinação de concretizar as esperanças abertas pela Constituição.

A Conferência realizada no passado dia 12 de Setembro, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, serviu esse propósito, que será continuado, nas próximas semanas, com a apresentação de uma petição com o projecto de lei reformador.

Vamos recolher o apoio dos cidadãos, levar um texto legislativo à Assembleia.
Vamos mostrar que é possível dar sequência à Constituição – em vez de fazer de conta – e que é fácil e justo fazê-lo.


O QUE PODE ESCONDER UMA BURKA?

Se uma mulher elegante ocidental pode esconder tudo isto, o que pode ser escondido por quem usa burka?



INTERESSES NA SUBSTITUIÇÃO DA PGR?


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

terça-feira, 18 de setembro de 2018

POPULISMO


Não nos deixemos enganar por vendedores de banha de cobra e outras propagandas ilusórias.


QUEM ESPERA DESESPERA

Esperar até quando?
(Publicada no Semanário O DIABO em 18 de Setembro de 12018)

Segundo o que se vê, ouve e lê, há inúmeras deficiências em serviços públicos que tornam difícil a vida dos cidadãos vulgares, isto é, não ligados directamente aos detentores do Poder. É certo que se conhecem muitas promessas, algumas com prazos muito prolongados, e, de uma maneira geral, sem garantia que gere optimismo no cidadão contribuinte quanto à sua concretização e previsão de quando se verão resolvidas as deficiências mais preocupantes.

De uma maneira geral, algumas pessoas nem alimentam esperança de viver até verem cumpridas as promessas que, nesta data, vêm todas revestidas do “optimismo” político da desejada obtenção de bom resultado eleitoral.

Há quem se sinta movido a fazer um esforço para confiar que haverá concretização das promessas do PM quanto a serviços de saúde impecáveis, educação esmerada, salário mínimo igual ao europeu, creches espalhadas por todo o país, comboios pontuais e com horários bem cumpridos para benefício dos utentes, o desaparecimento da corrupção, etc. E quanto aos desvios do dinheiro oferecido, voluntariamente um e outro do erário, para reconstrução de casas de primeira ou única habitação, queimadas pelos incêndios do ano passado em Pedrógão grande, parece dependente de investigações tão lentas e adiadas que já parecem ter caído para o poço das imunidades e impunidades dos afilhados do regime.

As circunstâncias, no regime de partidocracia em que vivemos, podem levar pessoas, ocupando cargos de grande responsabilidade de, a cometer erros de difusão de promessas que “garantem” e “asseguram” mas que não são mais do que impulsos, caprichos, intenções, talvez porque a isso são levadas pela ansiedade de transmitir esperança, afecto, apoio espiritual e para colher melhor posição em sondagens ou actos eleitorais. Mas, como referi em artigo publicado em 18 de Outubro de 2016, não deve sair, precocemente, a público uma afirmação que prometa, assegure e garanta uma coisa que ainda não foi devidamente analisada e preparada para decisão, segundo metodologia semelhante à exposta em artigo de 27 de Setembro do mesmo ano. Sem tais cuidados de precaução e bom senso, pode criar-se uma aragem de descrédito que invalida posteriores intenções de informação considerada útil mas em que já ninguém acredita.

Convém evitar erros do timoneiro para a nau não ir dar à Costa, onde poderá encontrar-se com as confusões do Cabrito, as desordens dos leões, a águia a ser minada pela toupeira e a turba imensa, apática devido aos soníferos nela injectados, mas que espera despertar para o restabelecimento da rota desejada e a utilização de potente detergente para higiene social e eliminação de corruptos e outros males. Há quem consiga fazer grandes viagens com calhambeque que sabe conduzir com prudência sem desvios perniciosos, economizando combustível para as subidas que se aproximam e sem se distrair com tentações de sonhos inadequados às realidades, tentações de que gente sensata já se desviou e que causam estragos nos maduros que ainda as adoptam. Há países como a Rússia, a China e Cuba que se afastaram de sonhos que consideraram pesadelos e há países na Europa que já definiram o perigo que preocupa e ameaça a sobrevivência da cultura e civilização do continente. Ainda há bom senso.

Há que saber aproveitá-lo. Há que abrir os olhos para defender a boa rota a fim de não esperamos indefinidamente por um futuro agradável. A espera desespera e pode originar reacção de desespero. ■