sexta-feira, 18 de agosto de 2023

O APOIO DA RELIGIÃO É DETERMINANTE

 

O APOIO DA RELIGIÃO É DETERMINANTE

(Public em O DIABO nº 2433 de 18-08-2023, pág 16. Por António João Soares) 

A religião dá um apoio importante a quem a pratica e que sabe dar o devido valor aos seus ensinamentos depois de devidamente interpretados. Teoricamente, qualquer religião surgiu por inspiração de um filósofo, profecta, com intenção de estimular os crentes a ela aderentes a realizarem «sonhos de bem» e a «cultivar anseios de unidade, paz e fraternidade». Para darem força a este projecto criaram um Deus, que, embora teórico, deve ser adorado por todos e a quem é atribuída a criação de tudo o que existe de melhor e a difusão de bons conselhos para serem exercidos em direcção aos melhores resultados.

A Jornada Mundial da Juventude que, no início deste mês se realizou em Lisboa e que foi participada por Sua Santidade o Papa e que teve a participação de vários milhões de jovens de várias partes do mundo que foi encerrada com palavras elogiosas de importantes origens durou uma semana e constituiu uma acção muito construtiva para melhorar a humanidade numa data em que muitos comportamentos ofendem todas as regras da ética, da harmonia, da paz, da fraternidade e do respeito geral entre todos os seres humanos, com a esperança de reduzirem a grande profusão actual de crimes, entre países, na vida pública e nas próprias famílias.

É desejável que as pessoas que a ela assistiram, quer directamente quer pela televisão e por outros meios da Comunicação Social, passem a beneficiar nos seus comportamentos, reforçando a força que recebem dos valores religiosos, ampliando e transmitindo a amigos e colegas de trabalho e de diversão o culto dos anseios de unidade, de paz e de fraternidade, e a desejar realizar os seus sonhos de bem e passem a estimular a população a seguir a sua intenção. Será bom que os jovens e as pessoas fiquem mais atentos aos ensinamentos divinos e não continuem a papaguear orações sem meditarem no significado das palavras que recitam. Por exemplo, merecem muita atenção os principais ensinamentos contidos na segunda parte da oração «Pai Nosso». Elas falam de pedidos ao Pai mas, no entanto, o Pai não nos vem dar nada de material e, segundo os textos bíblicos, ensina-nos a ter um comportamento correcto e, na segunda parte da oração, vêm pedidos que devem ser interpretados como comportamentos que devemos ter.

Assim, «o pão nosso de cada dia» não deve ser pedido, mas é um conselho para evitarmos a ambição e não pensarmos em ser milionários, mas apenas ter o necessário para vivermos. A seguir, surge outra lição de comportamento, segundo a qual, devemos pretender que nos sejam perdoadas «as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». Isto é, devemos respeitar os outros para sermos respeitados por eles a fim de podermos viver em harmonia e paz. Depois, diz que devemos evitar «deixar-nos cair em tentação», do álcool, da droga, da ambição, da corrupção, etc. E, por fim, devemos «livrar-nos do mal», dos crimes e outras infracções pequenas ou grandes.

O nosso futuro não será proveniente de milagres, mas apenas consequência do nosso comportamento. Nisto recordo-me de ter visto no livro «Conversas com Deus» que foi traduzido pela Editora Diário de Notícias, em que, à pergunta do jornalista se faz milagres, foi respondido que «não faço porque isso seria uma transgressão às leis rigorosas com que construí a Natureza». É que aquilo que vai acontecendo na vida é apenas o resultado das nossas acções, do cuidado com que nos comportámos e o nosso comportamento deve seguir os conselhos constantes nos livros religiosos que foram elaborados para o nosso bem.

Para termo um futuro feliz, não devemos esperar milagres mas devemos, a cada momento, controlar a nossa actividade por forma a não cometermos erros que, depois, nos tragam consequências indesejáveis. Nada acontece por acaso e temos que evitar consequências indesejáveis.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A PREPARAÇÃO DO FUTURO DEVE RESPEITAR O PASSADO

 Public em O DIABO nº 2432 de 11-08-2023, pág 16. Por António João Soares)

A memória dos falecidos não é constituída pelo tipo de pessoas que foram mas, sim, por aquilo que fizeram, pelas obras que realizaram, para benefício dos herdeiros e da sociedade e que, actualmente, podem servir de ponto de partida para a preparação do porvir desejado por todos. A competência e a sensatez na preparação do futuro que deve iniciar no ensino dos jovens que precisam de saber ter livre opinião, capacidade de crítica que contribua para o entendimento social, quer individual quer colectivo, e participar na construção conjunta do futuro desejado, a fim de o Estado poder evoluir. No meio de tanta apatia da generalidade da população para tudo que não seja futebol e mexericos de jornais que não se interessam por mentalizar os leitores para as importantes necessidades que procurem contribuir para a mais desejável evolução do desenvolvimento económico e social a fim de Portugal recuperar a posição internacional que se tem esbatido.

No 25 de Abril foi dada muita importância à frase «o povo é quem mais ordena». Mas o sistema eleitoral que tem sido concretizado alterou a concretização de tal desejo, dando autocracia aos partidos que são quem escolhe os candidatos à AR, os quais não representam a vontade dos eleitores os quais tiveram que se limitar a aceitar a escolha do partido. Tem havido muita gente a sugerir alteração deste processo mas, no regime em que vivemos, qualquer mudança só será possível se houver uma aplicação da eutanásia que elimine a cambada escolhida pelo dono disto tudo, que decide apenas em benefício dos seus amigalhaços os quais, sem reconhecida competência, são colocados em funções em que nada contribuem para a desejada evolução do bom nome do país.

É preciso sacudir o povo para fazer despertar a gentinha adormecida e permitindo que possa pensar nos verdadeiros interesses nacionais e agir, pelo menos nas eleições, para a preparação do futuro de forma positiva e sensata a fim de recuperarmos a situação internacional que tínhamos há poucos anos. Como estamos em democracia, as decisões do Poder não devem ser resultado do acaso ou de caprichos ou palpites, nem de interesses privados mas, sim, dos grandes objectivos nacionais destinados ao bem colectivo dos portugueses, em geral. O povo deve ser sempre considerado merecedor do maior respeito.  

Tem sido verificado que ministros pouco dotados de clarividência têm sido transformados em luminárias pela propaganda paga pelo Governo que, com habilidade, consegue iludir o povinho que é confiante e obediente àqueles que o dominam e estrangulam. Daí resulta que a maior parte dos cidadãos estar a empobrecer mas os beneficiados do regime continuam a enriquecer e a abusar do poder.

No entanto, a preparação de um futuro melhor para todos impõe-se com muita urgência, usando de honestidade, seriedade e amor a Portugal, por pessoas inteligentes, sérias, honestas e competentes e que devem ter cargos adequados ao seu valor. Desta forma se criará uma sociedade com ética, com sentido de responsabilidade, com amor ao trabalho honesto e à dignificação nacional, com solidariedade e respeito multilateral. Para isso, tem que haver evolução com inovação, respeitando o que os antigos fizeram de valioso e que ilustra a história grandiosa nacional. Nisso inclui-se a recuperação e conservação de obras de arte com grande valor na história nacional. Nada aconteceu por mero acaso e, por isso, merece ser respeitado e recuperado e não deixado cair em ruína.

É importante respeitar a glória do passado.  


sexta-feira, 4 de agosto de 2023

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS COMO AS EVITAR!

 

(Public em O DIABO nº 2431 de 04-08-2023, pág 16. Por António João Soares)

Já passaram alguns anos desde que surgiu o recente medo das alterações climáticas e se começou por acusar os combustíveis minerais e se pretender acabar com os meios de transporte movidos por gasolina e gasóleo, encerrar indústrias com fábricas lançadoras de fumos por altas chaminés e odiar o carbono e tudo o que seja apoiado por ele. Foram efectuadas reuniões frequentes com «sábios» que iam gastar o dinheiro de contribuintes com o pretexto de evitar as previstas alterações climáticas de que o povo estava com medo.

Mas tais alterações, indiferentes a tais engenhosidades e à redução do consumo de gasolina e de gasóleo, avançaram e a temperatura mundial e as chuvas torrenciais, não só, não pararam como, pelo contrário, aumentaram, como é frequentemente anunciado. Em que erraram esses sábios? Que conhecimento têm do funcionamento da Natureza? Agora, há quem afirme que a Natureza tem muita força e que reage rigorosamente à poluição atmosférica astral. E há, por isso, quem afirme que o mais grave factor de tal poluição não resulta dos fumos dos escapes dos automóveis nem dos fumos das chaminés que têm um efeito muito local, mas sim das radiações electromagnéticas que têm um alcance incalculável e que têm sofrido uma divulgação tão forte que estamos a ser atingidos por elas em quantidade extraordinária, na forma de transmissões de mensagens ou de automatismos que detectam a nossa presença a cada momento.

Já me referi ao desenvolvimento de tecnologias assentes na evolução da utilização da informática que se tornaram úteis e atraentes e que vão ser multiplicadas pela I.A. (Inteligência Artificial).  A Natureza funciona com regras que o ser humano não pode alterar e deve adaptar o seu comportamento às exigências ambientais. Como reagirão os «sábios» que lutam contra as alterações climáticas, para reduzir tal poluição que parece estar a causar muito dano à Natureza?

Para evitar graves alterações climáticas haverá certamente que modificar muitas tecnologias que recentemente entraram em funcionamento e que são sinal elogioso da evolução humana. Mas tais alterações irão colidir com muitos interesses a todos os níveis sociais e, por isso, exigirão extremo cuidado e ponderação.

Para não privar a burocracia, a economia e os benefícios dos recentes hábitos de trabalho e de produção é indispensável procurar tecnologias mais adequadas às actuais necessidades, sem terem de enfrentar os inconvenientes que hoje ameaçam com o excesso ou o mínimo de temperatura, ou seca que destrói todo o ser vegetal ou a chuva e as inundações que afogam tudo o que é vida, provocam derrocadas e deslizamentos de terras, com perigo para as pessoas, principalmente as mais idosas, ou deficientes. Há que criar de novas tecnologias que se apliquem à simplicidade própria do século passado, sem nos privar das vantagens daquelas a que já estamos habituados. Essas inovações serão indispensáveis para que seja possível que a humanidade possa suportar as variações climáticas que a Natureza nos continuar a impor.

Estamos perante uma boa oportunidade de as gerações jovens se deixarem de iniciativas fantasiosas que nada resolvem e não conduzirão a um futuro realista e progressivo para uma vida melhor. Será mais útil e interessante que se unam na pesquisa de soluções inovadoras e construtivas que enfrentem as condições naturais e vigentes, que permitam continuar na procura de um futuro realizável em acordo com as exigências da Natureza.

O exemplo da Greta sueca é bom para o primeiro passo, mas depois devem ser bem ponderados os efeitos quanto aos condicionamentos impostos pela Natureza. Não sejam como os teóricos que têm prometido o combate às alterações climáticas mas nada de positivo conseguiram a não ser as viagens para reuniões de que não mostram qualquer resultado.