quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Decisões urgentes estão demoradas

Ao aproximar-se o fim do ano, recorda-se o título do livro de Pedroso Marques «Tempos difíceis – Decisões urgentes», pois continuamos, após muitos meses de promessas eivadas de falso optimismo, a fazer a contagem de repetidos PECs, sem vislumbrarmos a luz ao fundo do túnel, sem vermos resultados do sacrifício a que nos têm obrigado.


E como diz Diogo Feio no seu artigo de hoje no Jornal de Notícias, «quanto mais tarde resolvermos os nossos problemas estruturais - educação, justiça, condições de investimento, mundo laboral, e forma de funcionamento da Administração Pública - pior será.»

Entretanto, chegam palavras com pouca consistência assente na realidade sentida pelos portugueses mais lesados pela austeridade , vindas do PM que «pediu “empenhamento na defesa do interesse nacional” e garantiu ao Presidente da República “a fidelidade do Governo aos valores da lealdade e da cooperação institucional, que são tão necessários nesta fase que o país atravessa”. E do PR chega o desejo de que «os ministros e secretários de Estado tenham “energia e determinação para enfrentar os problemas que, com certeza, se colocarão sobre as vossas secretárias”. Mas nada nos indica que destas palavras possam resultar medidas urgentes e eficazes para curar os males do sistema doente que nos esmaga.

Há sérios motivos de preocupação por não se verem aparecer decisões urgentes tendentes a eliminar ou reestruturar os sorvedouros de dinheiro público referidos em Onde se cortam as despesas públicas??? e Dezenas de institutos públicos a extinguir. Não se vê nada além de paliativos, medidas sem estratégia, que curem as causas da crise interna e evitem que ela se prolongue além do limite crítico e depois não venha a repetir-se.

Usando as ideias atrás citadas, quanto mais tarde se aplicar a terapia eficaz, pior será!!! É indispensável o respeito pelo interesse nacional, a fidelidade e a lealdade ao País (aos portugueses) e a energia e determinação para tomar medidas eficientes para bem dos mais de 80% que estão a ser mais sacrificados pela austeridade e dos quais só se fala durante campanhas eleitorais.

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