Público. 31-12-2010
Pedido de desculpas
A decisão de intimar a cliente tinha provocado uma avalancha de críticas na última semana. No último dia do ano, a empresa portuguesa resolveu retirar a queixa e pedir desculpa.
A Ensitel, uma cadeia de lojas portuguesa que vende aparelhos de electrónica, havia intimado judicialmente uma ex-cliente a apagar textos do seu blogue pessoal, que criticavam a actuação da empresa. O resultado foi uma avalancha de críticas na blogosfera, no Twitter, Facebook, YouTube e outras redes sociais.
No último dia do ano, a empresa retirou a queixa contra a cliente e pediu desculpas num comunicado do responsável de vendas e serviços aos clientes da Ensitel, Pedro Machado, que foi publicado no facebook pela Ensitel e está a circular pelas redes sociais.
Segue o comunicado da Ensitel:
"Nos últimos dias temos ouvido as vossas opiniões. Nunca foi nossa intenção limitar a liberdade de expressão da Maria João Nogueira, mas apenas assegurar a defesa da nossa marca. Mas vemos agora que a nossa atitude não foi a mais adequada e por isso vamos retirar de imediato a acção judicial.
Pretendemos também, no futuro, estar mais atentos ao que os nossos clientes dizem online, de modo a podermos assegurar que a vossa experiência com a Ensitel é o mais positiva possível. Nesse sentido estamos a preparar novas maneiras de poderem comunicar connosco, sempre que tenham um problema numa das nossas lojas ou com um dos nossos produtos."
NOTA: Nos tempos do PREC (após o 25 de Abril) era repetido o slogan «o povo unido jamais será vencido». Agora a blogosfera e as redes sociais mostraram ser uma arma poderosa, a moderna «arma nuclear». Neste caso da ENSITEL, ficou bem evidente a sua importância na correcção de uma situação abstrusa, de pretensão de domínio indecoroso dos direitos de um cliente, com exigência de cerceamento da liberdade de expressão que foi usada em legítima defesa. Parabéns pelo êxito alcançado.
Mas não deve ser esquecido que a arma nuclear, depois de conhecido o seu poder destruidor, não mais foi utilizada, por entendimento das potências mais poderosas. Assim, também deve haver da parte dos internautas um apurado sentido de responsabilidade na utilização da sua força, por forma a defender ideais de moralidade e de justiça, sem no entanto deixar de ter coragem para enfrentar poderes que se mostrem nocivos à humanidade e ao meio ambiente. Para armas mais poderosas devem ser escolhidos alvos adequados, proporcionais.
Imagem da Net
A Ensitel, uma cadeia de lojas portuguesa que vende aparelhos de electrónica, havia intimado judicialmente uma ex-cliente a apagar textos do seu blogue pessoal, que criticavam a actuação da empresa. O resultado foi uma avalancha de críticas na blogosfera, no Twitter, Facebook, YouTube e outras redes sociais.
No último dia do ano, a empresa retirou a queixa contra a cliente e pediu desculpas num comunicado do responsável de vendas e serviços aos clientes da Ensitel, Pedro Machado, que foi publicado no facebook pela Ensitel e está a circular pelas redes sociais.
Segue o comunicado da Ensitel:
"Nos últimos dias temos ouvido as vossas opiniões. Nunca foi nossa intenção limitar a liberdade de expressão da Maria João Nogueira, mas apenas assegurar a defesa da nossa marca. Mas vemos agora que a nossa atitude não foi a mais adequada e por isso vamos retirar de imediato a acção judicial.
Pretendemos também, no futuro, estar mais atentos ao que os nossos clientes dizem online, de modo a podermos assegurar que a vossa experiência com a Ensitel é o mais positiva possível. Nesse sentido estamos a preparar novas maneiras de poderem comunicar connosco, sempre que tenham um problema numa das nossas lojas ou com um dos nossos produtos."
NOTA: Nos tempos do PREC (após o 25 de Abril) era repetido o slogan «o povo unido jamais será vencido». Agora a blogosfera e as redes sociais mostraram ser uma arma poderosa, a moderna «arma nuclear». Neste caso da ENSITEL, ficou bem evidente a sua importância na correcção de uma situação abstrusa, de pretensão de domínio indecoroso dos direitos de um cliente, com exigência de cerceamento da liberdade de expressão que foi usada em legítima defesa. Parabéns pelo êxito alcançado.
Mas não deve ser esquecido que a arma nuclear, depois de conhecido o seu poder destruidor, não mais foi utilizada, por entendimento das potências mais poderosas. Assim, também deve haver da parte dos internautas um apurado sentido de responsabilidade na utilização da sua força, por forma a defender ideais de moralidade e de justiça, sem no entanto deixar de ter coragem para enfrentar poderes que se mostrem nocivos à humanidade e ao meio ambiente. Para armas mais poderosas devem ser escolhidos alvos adequados, proporcionais.
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