As relações internacionais e muitas questões internas apenas são resolvidas com o emprego dos militares, o que desde há muito vem sendo um vício crescente dos detentores do poder. Estes homens são forçados a sujeitar-se a grandes perigos, incomparavelmente mais graves do que por exemplo os futebolistas e, em proporção, são pagos com um mísero pré. Mas batiam-se por dedicação à Pátria pelo seu dever de dar a vida por ela, conforme juraram.
Mas agora ninguém cumpre juramentos, a começar pelos políticos, e as molas da vida das sociedades são reduzidas ao dinheiro e, além da exigência desse cumprimento por parte dos militares, muitas das missões que lhes são dadas nada têm aparentemente a ver com os interesses nacionais, com a defesa da Pátria, mas apenas com interesses de grandes multinacionais, como as ligadas ao petróleo, por caprichos entre governantes, vaidades, ostentação de força, etc
«Qualquer guerra é uma tragédia evitável» e, se todas terminam à mesa na assinatura de um tratado de paz, pergunta-se porque não fazem as negociações logo que surgem os primeiros atritos e evitam o conflito. Os governantes dos principais países, os geradores de guerras deviam convencer-se de que a «Guerra é a pior forma de resolver conflitos». Havendo tal bom senso, estariam as «Forças Armadas em vias de extinção» e reinaria na humanidade, paz e harmonia, sem medos e com confiança e cooperação entre todos, em busca de bem-estar e felicidade generalizada.
Da guerra resultam muitas mortes de inocentes e destruição de recursos, de haveres, incluindo património cultural, histórico, arqueológico (como no Iraque). Apenas haverá resultados positivos para as empresas fornecedoras de material bélico e equipamentos operacionais e logísticos e, só lateralmente, para a evolução das tecnologias.
Estas reflexões sobre os «Os imponderáveis da Paz e a guerra» e a busca aos arquivos deste blogue devem-se à notícia que se transcreve que ilustra bem aquilo que está a ser gerado nos militares sujeitos a perigos de vida de que não compreendem as razões e do cerceamento de liberdades numa época em que esse direito é tão enaltecido. É trágico.
EUA 160 suicídios no exército em 2009, um recorde
Jornal de Notícias 16 de Janeiro de 2010
Washington, 16 Jan (Lusa) - O número de suicídios no exército norte-americano atingiu 160 em 2009, um novo recorde, informou na sexta-feira o Pentágono, que se referiu a "um ano cruel".
Responsáveis do exército tinham alertado que o número de suicídios corria o risco de ultrapassar o registado em 2008 (140), mas as causas deste fenómeno continuam obscuras.
"Não há dúvida nenhuma que 2009 foi um ano cruel para o exército em termos de suicídios", disse o coronel Christopher Philbrick, que integra um grupo de trabalho para a prevenção de suicídios no seio das forças armadas.
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