O poeta Manuel Alegre apressou-se a declarar a sua disponibilidade a candidato a Presidente da República, talvez para retirar hipóteses de êxito a Jaime Gama, outro militante do PS indigitado por muitos adeptos.
Do seu discurso, hábil como seria de esperar de um escritor, gostei da frase em que diz que para Presidente deve ser eleito «Alguém que seja um patriota e um cidadão do mundo».
Sem dúvida que sim, mas acrescentaria que tenha sido «sempre patriota», colocando sempre os interesses de Portugal acima de tudo. E aí parece haver dúvidas sobre o significado da palavra. Talvez não baste recitar o que poderão dizer os dicionários, mas olhar para as atitudes em várias circunstâncias em que os interesses nacionais possam ter sido obnubilados por outros interesses menos relevantes e mais efémeros de que possa ter resultado prejuízo para os portugueses.
Em democracia, os eleitores devem pensar pela própria cabeça e não se deixarem ofuscar pelo resplendor de certas palavras recitadas de forma intencionalmente brilhante. Estejamos atentos!
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