Tem acontecido que os Governos dão apoios a empresas estrangeiras, com inaugurações festivas em que comparecem membros do executivo com sonantes declarações aos media, mas que cedo se vem a saber tais benefícios não serem merecidos e que os muitos postos de trabalho não passavam de ilusão.
Seria desejável que tais apoios apenas fossem concedidos após garantias de que havia idoneidade, bons planos e programas de produção. Tem havido muitos casos de autênticos ludíbrios em que foram lesados os interesses dos trabalhadores e, portanto, os interesses nacionais. Agora é o caso da ValSan sediada em Perosinho, Gaia, que recebeu 2,5 milhões do Estado mas vai despedir 200 pessoas. Os operários apontam, como causas, erros de gestão, o que faz pensar na necessidade de o Estado, quando faz favores às empresas deve fiscalizar de perto a qualidade da gestão, através de vistorias por funcionários impolutos.
E quanto a despedimentos, nesta fase crítica da vida nacional, também os despedimento na Groundforce custa três milhões em subsídios de desemprego. Com estas decisões das empresas os prejuízos recaem nos trabalhadores e também na Segurança Social com o ónus do subsídio.
Enfim, estes problemas a exigirem controlo apertado, devem ter lugar importante na reorganização da vida económica e financeira do País a levar a efeito com urgência..
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