Em democracia, como a etimologia da palavra diz, o Poder reside no povo. Quando se trata de democracia representativa, este delega poderes nos eleitos e estes devem ser leais, fiéis, às promessas feitas para receber o voto e manter-se atentos às necessidades e aos sentimentos dos eleitores, como é de bom tom em qualquer mandatário.
É significativo que hoje na Venezuela metade da população sente-se órfã porque ficou sem o Presidente que, apesar de ser considerado ditador, tratava bem os seus concidadãos mais necessitados, interessava-se por eles, falava-lhes em termos que eles compreendiam e apreciavam.
Pelo contrário, neste pequeno rectângulo lusitano, estamos numa espiral recessiva há cerca de 20 meses, com medidas atrofiadoras dos recursos e das vontades, a austeridade, tendo esta recebido sucessivos apertos que tolhem a economia, fazendo encerrar empresas, com o consequente aumento de desemprego, fome e pobreza, menor quantidade de impostos recebidos apesar dos sucessivos aumentos das taxas, e o crescente descontentamento da população.
E apesar do muito ruído que a população, em grandes massas, faz para mostrar a sua legítima indignação, o PM recusa ouvir e, na sua teimosia obsessiva diz que um governante que decida em função de manifestações «não está à altura do lugar que desempenha» e afirma que não governa «em função das manifestações nem dos protestos». Diz que é necessário prosseguir reformas com «firmeza e resiliência», isto é como antes dissera, «custe o que custar», mas não dá um mínimo sinal de tais reformas, embora já esteja a governar há 20 meses. E afirma também, sem explicar, que “é mais sensato” reduzir o salário mínimo.
Perante isto, o próprio PR, apesar de ser sempre muito parco e cuidadoso nas suas palavras, aconselha que os "portugueses não podem deixar de ser escutados", um conselho muito sensato, que até Chávez assumia. Também o Bispo do Porto diz que portugueses precisam de respostas para a crise. E o professor Marcelo Rebelo de Sousa diz que Passos devia admitir que o Governo tem de mudar de rumo.
Será que Passos despreza as características mais clássicas da democracia e prefere avançar, obstinadamente só, levando o país para um abismo sem retorno? Que êxitos de 20 meses de governação já apresentou claramente por forma a ser compreendido pelos cidadãos mais humildes, como teria feito Chávez?
Imagem de arquivo.
É significativo que hoje na Venezuela metade da população sente-se órfã porque ficou sem o Presidente que, apesar de ser considerado ditador, tratava bem os seus concidadãos mais necessitados, interessava-se por eles, falava-lhes em termos que eles compreendiam e apreciavam.
Pelo contrário, neste pequeno rectângulo lusitano, estamos numa espiral recessiva há cerca de 20 meses, com medidas atrofiadoras dos recursos e das vontades, a austeridade, tendo esta recebido sucessivos apertos que tolhem a economia, fazendo encerrar empresas, com o consequente aumento de desemprego, fome e pobreza, menor quantidade de impostos recebidos apesar dos sucessivos aumentos das taxas, e o crescente descontentamento da população.
E apesar do muito ruído que a população, em grandes massas, faz para mostrar a sua legítima indignação, o PM recusa ouvir e, na sua teimosia obsessiva diz que um governante que decida em função de manifestações «não está à altura do lugar que desempenha» e afirma que não governa «em função das manifestações nem dos protestos». Diz que é necessário prosseguir reformas com «firmeza e resiliência», isto é como antes dissera, «custe o que custar», mas não dá um mínimo sinal de tais reformas, embora já esteja a governar há 20 meses. E afirma também, sem explicar, que “é mais sensato” reduzir o salário mínimo.
Perante isto, o próprio PR, apesar de ser sempre muito parco e cuidadoso nas suas palavras, aconselha que os "portugueses não podem deixar de ser escutados", um conselho muito sensato, que até Chávez assumia. Também o Bispo do Porto diz que portugueses precisam de respostas para a crise. E o professor Marcelo Rebelo de Sousa diz que Passos devia admitir que o Governo tem de mudar de rumo.
Será que Passos despreza as características mais clássicas da democracia e prefere avançar, obstinadamente só, levando o país para um abismo sem retorno? Que êxitos de 20 meses de governação já apresentou claramente por forma a ser compreendido pelos cidadãos mais humildes, como teria feito Chávez?
Imagem de arquivo.
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