Transcrição de texto recebido por e-mail sem indicação de autor, mas que tem muito interesse para ajudar a compreender a situação actual:
Os financeiros gostam imenso de inventar abreviaturas que lhes servem em dois objectivos:
1 – Simplificar desmesuradamente as suas já paupérrimas análises. É assim que, depois dos PIGS, recentemente inventaram outra sigla, os FISH (França, Itália, Espanha e Holanda) que, com a conivência das agências de rating, serve para manipular os investidores vesgos e atacar as economias destes países (se repararem bem já vamos em 7 países da EU e agora já não são bem do Sul; é claro que esta coisa do Sul é um mito como outro qualquer porque, se bem se recordam, o primeiro I que ocorreu correspondeu à Islândia; mas, como a manobra islandesa correu mal aos financeiros, eles fazem tudo para não referir esse desaire. Entretanto a Islândia recuperou, expulsou os banqueiros, não os indemnizou e está bem melhor do que os outros Is);
2 - O outro objectivo é opacificar a compreensão dos leigos. Quanto mais complicada a sigla mais difícil a sua compreensão e mais fácil a manipulação da opinião pública. Este é o caso dos CoCos.
CoCos é a abreviatura de Correntes Convertíveis, que significa que, numa situação de aperto financeiro, os activos correntes de uma determinada instituição bancária poderão ser convertidos em acções do dito banco de forma a atingir um determinado rácio de liquidez. Criou-se assim o chamado 'core tier' que determina que os Bancos de Referência de cada país (esta noção foi forçada pelos alemães, cujos Lander Bank se encontram na mesma situação das Caixas Espanholas) deverão ter no mínimo um rácio de liquidez de 9,5% até 2012 e de 10% a partir de 2013.
Chamo aqui a atenção que dos maiores prevaricadores são os alemães. Estes, devido á sistemática manipulação financeira no sentido de enfraquecerem as restantes economias europeias, atraíram uma imensidão de capital estrangeiro o que aumenta cada vez mais o risco dos depósitos nestes mesmo bancos. Com efeito, e isto é um dos aspetos que o inefável Walter Schauble, Ministro das Finanças alemão que como diz o Financial Times, é um completo ignorante em mercados financeiros, quanto mais depósitos estrangeiros houver nos bancos alemães, maior é o risco de, em situações de pânico internacional, os grandes investidores passarem os seus gigantescos depósitos em euros para dólares.
Embora muita gente não saiba, isto aconteceu assim mesmo à UBS – Union des Banques Suisses em 2009 – que se viu obrigada a reestruturar todo o seu sistema financeiro, tendo tido a sorte de o fazer com antecipação à crise que entretanto alastrou.
A situação na Alemanha é tão sensível que o Deutsche Bank pediu um adiamento do cumprimento do core tier até 2015.
Pois com uma situação periclitante como a que existe neste momento que é que fez o senhor Schauble, na madrugada da reunião do ECOFIN na semana passada?
Quando a maioria dos Min das Finanças já se tinham retirado porque apenas se estava a discutir um assunto menor – o resgate de Chipre – Walter Schauble, em conjunto com o Min das Finanças Holandês, VITOR GASPAR, que tudo faz para lamber as botas aos alemães, e o Min das Finanças de Chipre, que agora diz ter sido colocado entre a espada e a parede, aprovaram a utilização do mecanismo CoCo à banca de Chipre, alargando-a a todos os depósitos.
Ora é sabido que existe um mecanismo de segurança assinado por todos os estados da EU em como os depósitos abaixo de 100000 euros são invioláveis.
Ao determinar isto, os alemães e o nosso inefável Vítor Gaspar para quem a lei não existe, nem mesmo a europeia, semearam o pânico nos cipriotas e acenderam um rastilho de uma bomba que pode trazer consequências inimagináveis.
Com efeito a cabecinha pensadora de Schauble, apoiado cegamente pela Merkel, decretou que a banca cipriota servia para lavagem de dinheiro pelo que merecia este tratamento.
Se é um facto que os russos têm lá depósitos superiores a 3000 milhões de euros que não são nem de perto nem de longe todos provenientes da lavagem de dinheiro, certo é também que, para além dos russos, os ingleses têm lá 2000 milhões de euros, sem falar dos turcos e dos israelitas, que usam Chipre como uma plataforma financeira para a EU.
Em suma, Schauble e a taralhoca da Merkel deram um pontapé num ninho de vespas. E irritar ao mesmo tempo os Russos e os Ingleses, metendo a mão no seu bolso, não é a melhor forma de manter a serenidade tão precisa neste momento.
Só falta mesmo irritar também os franceses e temos aí o caldo entornado. Os alemães estão a desencadear uma guerra económica e não têm, nem de longe nem de perto, a capacidade que o conjunto do Reino Unido, Itália, França e Rússia detêm para uma guerra militar.
Isto está a ficar MUITO perigoso.
Imagem de arquivo.
Os financeiros gostam imenso de inventar abreviaturas que lhes servem em dois objectivos:
1 – Simplificar desmesuradamente as suas já paupérrimas análises. É assim que, depois dos PIGS, recentemente inventaram outra sigla, os FISH (França, Itália, Espanha e Holanda) que, com a conivência das agências de rating, serve para manipular os investidores vesgos e atacar as economias destes países (se repararem bem já vamos em 7 países da EU e agora já não são bem do Sul; é claro que esta coisa do Sul é um mito como outro qualquer porque, se bem se recordam, o primeiro I que ocorreu correspondeu à Islândia; mas, como a manobra islandesa correu mal aos financeiros, eles fazem tudo para não referir esse desaire. Entretanto a Islândia recuperou, expulsou os banqueiros, não os indemnizou e está bem melhor do que os outros Is);
2 - O outro objectivo é opacificar a compreensão dos leigos. Quanto mais complicada a sigla mais difícil a sua compreensão e mais fácil a manipulação da opinião pública. Este é o caso dos CoCos.
CoCos é a abreviatura de Correntes Convertíveis, que significa que, numa situação de aperto financeiro, os activos correntes de uma determinada instituição bancária poderão ser convertidos em acções do dito banco de forma a atingir um determinado rácio de liquidez. Criou-se assim o chamado 'core tier' que determina que os Bancos de Referência de cada país (esta noção foi forçada pelos alemães, cujos Lander Bank se encontram na mesma situação das Caixas Espanholas) deverão ter no mínimo um rácio de liquidez de 9,5% até 2012 e de 10% a partir de 2013.
Chamo aqui a atenção que dos maiores prevaricadores são os alemães. Estes, devido á sistemática manipulação financeira no sentido de enfraquecerem as restantes economias europeias, atraíram uma imensidão de capital estrangeiro o que aumenta cada vez mais o risco dos depósitos nestes mesmo bancos. Com efeito, e isto é um dos aspetos que o inefável Walter Schauble, Ministro das Finanças alemão que como diz o Financial Times, é um completo ignorante em mercados financeiros, quanto mais depósitos estrangeiros houver nos bancos alemães, maior é o risco de, em situações de pânico internacional, os grandes investidores passarem os seus gigantescos depósitos em euros para dólares.
Embora muita gente não saiba, isto aconteceu assim mesmo à UBS – Union des Banques Suisses em 2009 – que se viu obrigada a reestruturar todo o seu sistema financeiro, tendo tido a sorte de o fazer com antecipação à crise que entretanto alastrou.
A situação na Alemanha é tão sensível que o Deutsche Bank pediu um adiamento do cumprimento do core tier até 2015.
Pois com uma situação periclitante como a que existe neste momento que é que fez o senhor Schauble, na madrugada da reunião do ECOFIN na semana passada?
Quando a maioria dos Min das Finanças já se tinham retirado porque apenas se estava a discutir um assunto menor – o resgate de Chipre – Walter Schauble, em conjunto com o Min das Finanças Holandês, VITOR GASPAR, que tudo faz para lamber as botas aos alemães, e o Min das Finanças de Chipre, que agora diz ter sido colocado entre a espada e a parede, aprovaram a utilização do mecanismo CoCo à banca de Chipre, alargando-a a todos os depósitos.
Ora é sabido que existe um mecanismo de segurança assinado por todos os estados da EU em como os depósitos abaixo de 100000 euros são invioláveis.
Ao determinar isto, os alemães e o nosso inefável Vítor Gaspar para quem a lei não existe, nem mesmo a europeia, semearam o pânico nos cipriotas e acenderam um rastilho de uma bomba que pode trazer consequências inimagináveis.
Com efeito a cabecinha pensadora de Schauble, apoiado cegamente pela Merkel, decretou que a banca cipriota servia para lavagem de dinheiro pelo que merecia este tratamento.
Se é um facto que os russos têm lá depósitos superiores a 3000 milhões de euros que não são nem de perto nem de longe todos provenientes da lavagem de dinheiro, certo é também que, para além dos russos, os ingleses têm lá 2000 milhões de euros, sem falar dos turcos e dos israelitas, que usam Chipre como uma plataforma financeira para a EU.
Em suma, Schauble e a taralhoca da Merkel deram um pontapé num ninho de vespas. E irritar ao mesmo tempo os Russos e os Ingleses, metendo a mão no seu bolso, não é a melhor forma de manter a serenidade tão precisa neste momento.
Só falta mesmo irritar também os franceses e temos aí o caldo entornado. Os alemães estão a desencadear uma guerra económica e não têm, nem de longe nem de perto, a capacidade que o conjunto do Reino Unido, Itália, França e Rússia detêm para uma guerra militar.
Isto está a ficar MUITO perigoso.
Imagem de arquivo.
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