A notícia PS acusa PSD de querer "usar a crise para destruir o Estado Social" leva a recordar que a Wikipédia define a paranóia como psicose que se caracteriza pelo desenvolvimento de um delírio crónico (de grandeza, de perseguição, de zelo etc.), lúcido e sistemático, dotado de uma lógica interna própria.»
É impressionante e chocante que os políticos, numa situação de crise quase fatal, em vez de ocuparem o espírito em procurar remédios para os problemas que por eles têm sido criados, brincam infantilmente com palavras vazias de conteúdo e sem a mínima utilidade para recuperar a economia nacional e o bem-estar das populações. Olham para o próprio umbigo, na desgastante loucura da campanha, sem mostrar nada de positivo, mas apenas querendo denegrir o adversário. Evidenciam as suas incompetências, de cérebro vazio de onde nada pode sair de positivo a não ser a conquista ou a manutenção dos benefícios de gangs que estiveram na origem da desertificação dos cofres do Estado, desviando o dinheiro dos impostos para os bolsos dos amigalhaços, usando os malabarismos de criar novos votos distribuindo os dinheiros públicos sob pretextos fictícios de criar centenas de funções inúteis com a simples intenção de dar salários e mordomias a amigos e assim se criar o «Estado socratino» a que se referiu Manuela Moura Guedes.
Diz Francisco Assis que o partido concorrente quer destruir o Estado Social! Mas, afinal, explique-nos o que é o «Estado Social»? Será a injustiça social em que o País se encontra, com um fosso cada vez mais acentuado entre os mais ricos e os mais pobrtes? Será a quantidade de chafaricas sem utilidade destinadas apenas a justificar salários e mordomias aos «boys» e «girls»? Será a fundação da Cidade de Guimarães?, Será o enriquecimento rápido de Rui Pedro Soares, de Armando Vara, da família Penedos ou de muitos outros? Ou serão as reformas milionárias e acumuladas de todos (salvo eventuais excepções) os ex-políticos? Será a frequência de ministros a desautorizarem e contradizerem colegas da mesma equipa?
Mas, na ausência de ideias esclarecedoras e de estratégias para ultrapassar a crise e iniciar o desenvolvimento económico e social, os políticos usam as técnicas da publicidade para embrutecer as pessoas, turvando-lhes o espírito, com a imagem e o som das palavras que ocultarem a falta de conteúdo dos discursos. Seguem a regra de que é preciso aparecer muitas vezes e dizer qualquer coisa com um sorriso que aparente boa disposição. Sabem que, mesmo que alguém critique, é preferível isso do que nada seja dito a seu respeito.
Eles sabem que a multidão não usa o raciocínio, age por sinais e os nossos políticos têm bons técnicos de marketing a aconselhá-los!!! Veja-se as votações por unanimidade e outras por grande maioria. Veja-se a ausência de reacções a casos gritantes, a adoração ao «querido líder» apesar da incompetência que tem demonstrado e dos variados casos de suspeitas em que tem estado envolvido.
As ovelhas pretendem apenas um pastor que as leve ao pasto, seja quem for o pastor ou qual for pasto. É preciso que apareça em frente da multidão alguém que se mostre e fale ou agite um trapo visível para as levar atrás.
O diagnóstico da doença nacional (inserido em grande parte nos artigose atrás linkados) mostra o estado aterrador em que está a sociedade e retira qualquer esperança de uma cura fácil e rápida. Como fazer a terapêutica, onde encontrar os médicos e enfermeiros?
A eliminação dos agentes parasitas será o primeiro passo, mas depois quem escolher, quem será capaz de orientar o País, passo-a-passo, no processo de restauração? E como domar as multidões a aceitarem o novo rumo, se elas estão intoxicadas por modos desonestos de arrastamento ovino?
Portugal está a precisar de um doutrinador com um esquema claro de governação criativa, inovadora, com perspectivas de futuro e de um pastor com pulso forte para meter tudo em cima dos carris que conduzem ao progresso, ao desenvolvimento, com Justiça social e decisões ajustadas. Não precisamos de vendedores de maus produtos que nada dizem de sólido nem de útil.
O País não está em momento de infantilidades nem de perder tempo com palavras vãs e tricas entre vizinhos em competição por um lugar de estacionamento.
Imagem do Google
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