Onde está o homem está o perigo. Sem dúvida, mas a imprudência aumenta o risco. Brincar com objectos perigosos exige prudência. Mas, mesmo assim, pode acontecer ultrapassar o «ponto de não retorno». Toda a guerra é precedida de actos de ameaça, de «bluff», destinados a levar o adversário a um jogo de cedências e benefícios, para chegar a um acordo em que ambos fiquem satisfeitos, sem necessidade de recorrer ao conflito armado.
Neste jogo de sinais e das suas interpretações é indispensável eficiência e prudência, porque um erro pode desencadear o drama bélico, com as piores consequências. Será que os interessados na resolução da situação na província coreana possuem a serenidade, a maturidade, que os leve a obter o máximo benefício com menores cedências sem caírem na desgraça da perda de muitas vidas e património?
Ao meditar neste tema, recordo que a guerra do Iraque iniciada em 20 de Março de 2003 foi desencadeada devido a um sinal perturbador, provavelmente inconsciente, que levou Saddam Hussein a excesso de optimismo e a alterar a sua postura de cedências. Perante a volumosa esquadra americana, nas suas vizinhanças, Saddam estava disposto a abandonar o poder e a ser exilado em palácio luxuoso com capacidade para a sua corte de mais duas centenas de amigos e colaboradores, e a escolha estava já limitada à República Árabe Unida ou à Líbia.
Mas, de repente, apesar de o espaço aéreo estar encerrado, chegaram de avião empresários franceses de explorações petrolíferas para firmar negócios, o que levou Saddam a concluir que a atitude americana não passaria de apenas «buff», pois, se o não fosse, os franceses não estariam interessados em consolidar negócios para os anos seguintes. Entretanto, o prazo de espera dos americanos esgotou-se e a guerra eclodiu. Será que na actual situação coreana, o arrogante e inexperiente líder norte-coreano que não ouve ninguém, nem de dentro nem do estrangeiro, terá a sensatez e a sensibilidade necessárias para não esticar demasiado a corda e para evitar chegar ao ponto crítico?
Perante isto, é legítimo recear que ocorra o pior e estar atento aos sinais dos poderes mundiais e regionais, aos seus interesses e às trocas de cedências e benefícios de uns em relação aos outros e aos possíveis resultados do desfecho, para prever o desenrolar desta situação explosiva quer seja com o esvaziamento das tensões e da consolidação de acordos, quer dê início ao uso de armas de destruição massiva. A dar-se a pior hipótese, com as poderosas armas disponíveis e em sobreposição à crise económica e financeira já em curso, os resultados finais poderão ser demasiado dramáticos, em todos os aspectos e para toda a humanidade.
Imagem de arquivo
Neste jogo de sinais e das suas interpretações é indispensável eficiência e prudência, porque um erro pode desencadear o drama bélico, com as piores consequências. Será que os interessados na resolução da situação na província coreana possuem a serenidade, a maturidade, que os leve a obter o máximo benefício com menores cedências sem caírem na desgraça da perda de muitas vidas e património?
Ao meditar neste tema, recordo que a guerra do Iraque iniciada em 20 de Março de 2003 foi desencadeada devido a um sinal perturbador, provavelmente inconsciente, que levou Saddam Hussein a excesso de optimismo e a alterar a sua postura de cedências. Perante a volumosa esquadra americana, nas suas vizinhanças, Saddam estava disposto a abandonar o poder e a ser exilado em palácio luxuoso com capacidade para a sua corte de mais duas centenas de amigos e colaboradores, e a escolha estava já limitada à República Árabe Unida ou à Líbia.
Mas, de repente, apesar de o espaço aéreo estar encerrado, chegaram de avião empresários franceses de explorações petrolíferas para firmar negócios, o que levou Saddam a concluir que a atitude americana não passaria de apenas «buff», pois, se o não fosse, os franceses não estariam interessados em consolidar negócios para os anos seguintes. Entretanto, o prazo de espera dos americanos esgotou-se e a guerra eclodiu. Será que na actual situação coreana, o arrogante e inexperiente líder norte-coreano que não ouve ninguém, nem de dentro nem do estrangeiro, terá a sensatez e a sensibilidade necessárias para não esticar demasiado a corda e para evitar chegar ao ponto crítico?
Perante isto, é legítimo recear que ocorra o pior e estar atento aos sinais dos poderes mundiais e regionais, aos seus interesses e às trocas de cedências e benefícios de uns em relação aos outros e aos possíveis resultados do desfecho, para prever o desenrolar desta situação explosiva quer seja com o esvaziamento das tensões e da consolidação de acordos, quer dê início ao uso de armas de destruição massiva. A dar-se a pior hipótese, com as poderosas armas disponíveis e em sobreposição à crise económica e financeira já em curso, os resultados finais poderão ser demasiado dramáticos, em todos os aspectos e para toda a humanidade.
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12 de Fevereiro - A Coreia do Norte realiza o terceiro teste nuclear.
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