Há dias, publiquei aqui um artigo em que referia o problema de alguém desorientado na floresta, sem bússola que não decidindo dar mais de meia dúzia de passos na mesma duração, não conseguia sair para o destino desejado. No artigo UE, seus antecedentes e construção do futuro, transcreve-se um discurso recente do ex-chanceler Helmut Schmidt, em que este refere como causa da UE não ter alcançado o êxito desejado pelos seus criadores, a actual crise de liderança na Europa. E agora na Páscoa o Papa diz que a Humanidade está a “tactear na escuridão”.
Há um consenso de opiniões sobre a situação actual, as suas causas e a incerteza das soluções, por falta de capacidade de visão estratégica para a definição e adopção de medidas adequadas e coerentes.
No Jornal de Notícias, o cronista Manuel António Pina, num dos seus artigos, dizia que o FMI está "triste" porque, diante do Parlamento grego, se suicidou um reformado que viu a sua pensão, para a qual descontou toda a vida, ser "aniquilada" pelo "governo de ocupação" grego de que faz parte o FMI. Este, lá «como em Portugal, a troco de empréstimos para salvar a banca responsável pela crise exigiu - e o governo grego, como o português, obedeceu - medidas de austeridade sobre os mais pobres, que semearam o desemprego, a miséria e a desgraça no país». O FMI ficou triste" por aquele suicídio, porque, no seu conceito humanitário, deverá considerar preferível a morte lenta.
Mas para salvação dos bancos o FMI impõe as suas regras e, no geral, os governantes andam a «tactear na escuridão», como invisuais à procura da porta em local que não conhecem, e ignorando o que é espírito e trabalho de equipa, alimentam a obsessão de ter mais visibilidade e fazer mais declarações à CS do que os partidos da oposição ou os comentadores e, nessa ânsia de protagonismo, acabam por se contradizer e fazer «oposição» interna entre si.
E assim se vê, apesar de muitas afirmações do género «garante que» e «assegura que» Passos Coelho revela dúvidas sobre regresso aos mercados em 2013. Como isto não é nada animador, logo a seguir aparece Relvas nega dúvidas e assegura regresso aos mercados em 2013.
Em que dados se baseia um e outro? Que informação tem um a mais do que o outro? Como demonstram o optimismo? A dúvida não precisa de explicação, pois perante a multiplicidade de «bocas foleiras» e de palpites que não esperam muito pela confirmação negativa, o Zé Povinho cada vez se convence mais de que eles estão desesperados, sem saber o que fazer nem o que dizer e, para nosso maior mal, em vez de trabalhar e procurar solução com ajuda de todos, perdem muito tempo a falar demais, aumentando as dúvidas e a confusão no espírito dos cidadãos.
Temos que acreditar que o Papa sabe bem o que diz e porque o diz e que Helmut Schmidt , no seu discurso de 04-12-2011, falava com conhecimento de causa.
Há um consenso de opiniões sobre a situação actual, as suas causas e a incerteza das soluções, por falta de capacidade de visão estratégica para a definição e adopção de medidas adequadas e coerentes.
No Jornal de Notícias, o cronista Manuel António Pina, num dos seus artigos, dizia que o FMI está "triste" porque, diante do Parlamento grego, se suicidou um reformado que viu a sua pensão, para a qual descontou toda a vida, ser "aniquilada" pelo "governo de ocupação" grego de que faz parte o FMI. Este, lá «como em Portugal, a troco de empréstimos para salvar a banca responsável pela crise exigiu - e o governo grego, como o português, obedeceu - medidas de austeridade sobre os mais pobres, que semearam o desemprego, a miséria e a desgraça no país». O FMI ficou triste" por aquele suicídio, porque, no seu conceito humanitário, deverá considerar preferível a morte lenta.
Mas para salvação dos bancos o FMI impõe as suas regras e, no geral, os governantes andam a «tactear na escuridão», como invisuais à procura da porta em local que não conhecem, e ignorando o que é espírito e trabalho de equipa, alimentam a obsessão de ter mais visibilidade e fazer mais declarações à CS do que os partidos da oposição ou os comentadores e, nessa ânsia de protagonismo, acabam por se contradizer e fazer «oposição» interna entre si.
E assim se vê, apesar de muitas afirmações do género «garante que» e «assegura que» Passos Coelho revela dúvidas sobre regresso aos mercados em 2013. Como isto não é nada animador, logo a seguir aparece Relvas nega dúvidas e assegura regresso aos mercados em 2013.
Em que dados se baseia um e outro? Que informação tem um a mais do que o outro? Como demonstram o optimismo? A dúvida não precisa de explicação, pois perante a multiplicidade de «bocas foleiras» e de palpites que não esperam muito pela confirmação negativa, o Zé Povinho cada vez se convence mais de que eles estão desesperados, sem saber o que fazer nem o que dizer e, para nosso maior mal, em vez de trabalhar e procurar solução com ajuda de todos, perdem muito tempo a falar demais, aumentando as dúvidas e a confusão no espírito dos cidadãos.
Temos que acreditar que o Papa sabe bem o que diz e porque o diz e que Helmut Schmidt , no seu discurso de 04-12-2011, falava com conhecimento de causa.
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