Transcrição de artigo seguida de NOTA:
Saúde "manu militari"
Publicado por Manuel António Pina, no Jornal de Notícias, em 2012-04-12,
Quatro anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.
Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.
Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.
A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.
NOTA: As atitudes ditatoriais surgem sempre de cabeças incapazes de liderar um povo, com respeito pelas liberdades e pelo livre-arbítrio de cada um, recorrem ao policiamento por não saberem usar um bom sistema de ensino e de difusão de informação positiva. O convencimento exige saber e capacidade de utilizar os melhores argumentos para suscitar os comportamentos mais benéficos a cada um e à colectividade. Na ausência de tais competências surge a mão de ferro, o «quero, posso e mando» e são vomitadas «leis» sem viabilidade. Se ninguém os travar criarão a brigada anti-suicídio, com a finalidade de evitar que os mais decididos resolvam acabar com a vida, rapidamente, antes que a miséria fruto da austeridade e da má condução da sociedade, os elimine lentamente com sofrimento continuado. Mas tal sadismo não será de estranhar.
Saúde "manu militari"
Publicado por Manuel António Pina, no Jornal de Notícias, em 2012-04-12,
Quatro anos depois, o dr. Francisco George, eterno director-geral de Saúde, está a convocar as tropas higieno-fascistas para a 2ª Cruzada Antitabagista, desta vez mobilizando também as brigadas anti-álcool (as próximas cruzadas já contarão com as brigadas anti-sal, anti-açúcar, anti-gorduras polinsaturadas, anticafeína, etc.), tudo sob o comando de um até aqui anónimo secretário de Estado da Saúde.
Parece que um estudo encomendado pela Direcção-Geral terá concluído que um em cada quatro portugueses morre prematuramente, "em parte devido ao tabaco" (a parte de mortes devidas à miséria, ao desemprego ou à fome não vem nas estatísticas do dr. George). Era do que secretário de Estado e director-geral precisavam para se sentirem no direito de se intrometer nas decisões pessoais, na vida, na casa, e até nos automóveis alheios.
Restaurantes e bares dirão adeus aos investimentos feitos e deixarão de poder ter espaços reservados a fumadores; até à porta será proibido fumar (e quem for a passar?, terá que mudar de rua?); serão proibidas máquinas de venda automática de tabaco (não há máquinas de venda de "cavalo" ou de "branca" e nem por isso é difícil obtê-los...); proibir-se-á fumar dentro de carros com crianças (haverá um inspector da ASAE dentro de cada carro?); quanto ao álcool, nem uma "mini" poderá ser vendida em bombas de gasolina ou após a meia-noite.
A estrela amarela ao peito ficará para mais tarde.
NOTA: As atitudes ditatoriais surgem sempre de cabeças incapazes de liderar um povo, com respeito pelas liberdades e pelo livre-arbítrio de cada um, recorrem ao policiamento por não saberem usar um bom sistema de ensino e de difusão de informação positiva. O convencimento exige saber e capacidade de utilizar os melhores argumentos para suscitar os comportamentos mais benéficos a cada um e à colectividade. Na ausência de tais competências surge a mão de ferro, o «quero, posso e mando» e são vomitadas «leis» sem viabilidade. Se ninguém os travar criarão a brigada anti-suicídio, com a finalidade de evitar que os mais decididos resolvam acabar com a vida, rapidamente, antes que a miséria fruto da austeridade e da má condução da sociedade, os elimine lentamente com sofrimento continuado. Mas tal sadismo não será de estranhar.
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