Surgem notícias menos esperadas mas que demonstram que os cidadãos não estão tão adormecidos como em geral se afirma, antes, pelo contrário, estão atentos e bebem o essencial das palavras dos governantes, principalmente quando estes, mais descontraídos, saem das frases tácticas programadas pelo marketing.
No princípio de Março Vítor Gaspar disse publicamente, em discurso solene, em Manteigas, que "não temos pressa e a história garante que venceremos a crise". Estas palavras foram aqui alvo objecto do seguinte reparo «realmente Portugal ultrapassou muitas crises ao longo da sua história, mas a maior parte delas terminaram com a força das armas e dos paus de marmeleiro, correndo com políticos que deram lugar a outros mas causando sofrimento e perdas de vidas a pessoas inocentes e destruindo haveres e património público e privado.»
A condizer com este reparo e, em perfeita sintonia com a expressão de Vítor Gaspar, surge agora a notícia de que Otelo defende actuação das forças armadas em nome do povo face a perda de soberania.
Otelo mostra não ser tão insensato como muitos dizem, pois parece ter compreendido a ideia do ministro e não querer alinhar com a pieguice, nem com as queixinhas, nem com as deslealdades históricas, nem com o protelamento da crise (não temos pressa) que nos pode arrastar para a total perda de soberania.
Mas será bom que Otelo não pense numa intervenção com resultados semelhantes aos do 25 de Abril em que foram destruídas muitas estruturas úteis e eficientes que não foram substituídas por incompetência e falta de dedicação ao bem público por parte de governantes que nos mendigaram o voto. Talvez chegue á conclusão que serão menos traumáticas para o interesse nacional soluções cirúrgicas do género John Kennedy, Anwar Sadat, Indira Gandhi ou Ollof Palm.
Mas, pondo de lado a ironia e as conjecturas, as notícias deste género devem ser ponto de partida para profundas reflexões pelos políticos actuais a fim de serem tomadas as medidas mais necessárias e convenientes para se sair da crise e instalar a justiça social e equidade na repartição dos sacrifícios, e arrancar com o desenvolvimento económico para bem de todos os portugueses e da harmonia social.
No princípio de Março Vítor Gaspar disse publicamente, em discurso solene, em Manteigas, que "não temos pressa e a história garante que venceremos a crise". Estas palavras foram aqui alvo objecto do seguinte reparo «realmente Portugal ultrapassou muitas crises ao longo da sua história, mas a maior parte delas terminaram com a força das armas e dos paus de marmeleiro, correndo com políticos que deram lugar a outros mas causando sofrimento e perdas de vidas a pessoas inocentes e destruindo haveres e património público e privado.»
A condizer com este reparo e, em perfeita sintonia com a expressão de Vítor Gaspar, surge agora a notícia de que Otelo defende actuação das forças armadas em nome do povo face a perda de soberania.
Otelo mostra não ser tão insensato como muitos dizem, pois parece ter compreendido a ideia do ministro e não querer alinhar com a pieguice, nem com as queixinhas, nem com as deslealdades históricas, nem com o protelamento da crise (não temos pressa) que nos pode arrastar para a total perda de soberania.
Mas será bom que Otelo não pense numa intervenção com resultados semelhantes aos do 25 de Abril em que foram destruídas muitas estruturas úteis e eficientes que não foram substituídas por incompetência e falta de dedicação ao bem público por parte de governantes que nos mendigaram o voto. Talvez chegue á conclusão que serão menos traumáticas para o interesse nacional soluções cirúrgicas do género John Kennedy, Anwar Sadat, Indira Gandhi ou Ollof Palm.
Mas, pondo de lado a ironia e as conjecturas, as notícias deste género devem ser ponto de partida para profundas reflexões pelos políticos actuais a fim de serem tomadas as medidas mais necessárias e convenientes para se sair da crise e instalar a justiça social e equidade na repartição dos sacrifícios, e arrancar com o desenvolvimento económico para bem de todos os portugueses e da harmonia social.
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