segunda-feira, 5 de março de 2012

Apelo à oposição

Já não é novidade que a situação de Portugal, dos portugueses, é motivo real para descontentamento e ausência de esperança para melhoras a curto ou médio prazo. E, se não houver mudanças, nem para o longo prazo se justificam esperanças concretas.

As banalidades do PR de que a crise tem que ser resolvida com o esforço de todos os portugueses são tão banais que ninguém das classes mais desfavorecidas as ignora, pois as sente quotidianamente à mesa e em todos os aspectos da vida real.

Porém, há uma quantidade de parasitas e abutres que, se têm preocupações, elas relacionam-se com a aplicação nos off shores que desejam ser mais rentável e com a ostentação de sinais exteriores de riqueza. E esse desejo de ostentação convive com a ambição de mais enriquecimento por qualquer forma. Não pode ignorar-se, por exemplo, a notícia de que um administrador da CGD numa viagem a Maputo utilizou a Air France em vez da TAP, gastando o triplo.

Devendo o esforço ser de todos os portugueses, será bom que a oposição desempenhe um papel mais positivo. Explico. Está certo que a oposição, como vem fazendo, critique todos os aspectos menos correctos da governação, mas não deve ficar por aí. É certo que a oposição tem sempre presente a vontade de obter votos nas próximas legislativas, mas pode atingir esse desiderato, pela positiva sem se limitar a ser demolidora. Para ganhar, o trilho a seguir não deve ser o da canelada e da rasteira.

Se um Partido apresentar na AR ou apenas na Comunicação Social uma proposta ou sugestão bem elaborada, fundamentada e pormenorizada para um sector específico, mesmo que não venha a ser aprovada, ela valoriza o Partido que, mais tarde, pode afirmar que «isto está muito mal mas estaria melhor se tivesse sido aceite a nossa proposta ou sugestão de tal data». Se os Paridos seguissem esta via de mostrar aos portugueses o seu valor e capacidade para gerir bem os problemas nacionais, estariam a somar pontos para as próximas eleições. E, dessa forma, contribuiriam simultaneamente para os portugueses saírem da crise e serem aliviados dos apertos em que os têm estado a meter.

O povo agradeceria.

Imagem de arquivo

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