quarta-feira, 2 de março de 2011

Despesas inexplicadas

Transcrição seguida de nota:

Destak. 24-02-2011. Por J.L. Pio Abreu

Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. É verdade. Mas isso não justifica o espectáculo mentecapto e oportunista dos partidos de oposição, comentadores e economistas, veiculado pelos media, que malham no Governo. Mas será que ninguém está a ver que este mesmo Governo tinha, em 2008, o défice controlado em 2,8%?

Ninguém percebeu que não foi o Governo, mas sim os banqueiros de Wall Street que levaram à paralisia das trocas comerciais, às falências em cadeia, à redução das receitas e aos despedimentos com a necessária protecção social?

Ninguém percebeu que todos os países da zona euro aumentaram a dívida e que os juros exorbitantes vão alimentar os que tentam recuperar aquilo que perderam na crise que provocaram? E que a subida dos juros faz parte de um ataque escalonado ao Euro? E que a senhora Merkel preferia libertar-se dos países periféricos, com as suas idiossincrasias linguísticas e políticas, a favor de uma Europa Franco-Germânica?

E que só não o conseguiu pela resistência do Governo Português contra todas as expectativas? E ninguém viu que as campanhas noticiosas internacionais sobre a iminente bancarrota portuguesa, que alimentam a alta dos juros, têm fontes anónimas quando não são citadas ‘fontes da oposição portuguesa’?
Se ninguém percebeu isto, continuando a dizer que a culpa é do Governo Sócrates, é porque estão todos cegos. Ou então porque nos querem cegar a todos nós. Ou então sou eu que já fui contagiado pela cegueira colectiva.

NOTA: A sua última frase faz recear que o Sr. J. L. Pio Abreu tafvez esteja a usar umas lentes viciadas, manipuladas e uma bússola com uma poluição metálica que cause distorção magnética na agulha. Porque será que não refere as despesas de discutível utilidade com assessores em quantidades astronómicas, com os tachos em instituições, fundações e empresas públicas de finalidade difícil de explicar racionalmente? E talvez sejam estas fugas do dinheiro público que o FMI iria estancar, que tanto preocupam os políticos e os leva a detestar a ideia de tal ajuda internacional.

Sobre as despesas vale a pena recordar:


Onde se cortam as despesas públicas??? 

Dezenas de institutos públicos a extinguir

Fundação Cidade de Guimarães

BE questiona ministra sobre 27 cargos directivos para parque do Côa

Imagem do Google

Sem comentários: