quarta-feira, 16 de março de 2011

Estabilidade ou pântano putrefacto???

Não me parece que o mavioso Assis, ao dizer que posição do PSD face às novas medidas coloca em causa estabilidade política, esteja a ver bem o âmago do problema, com sentido de Estado e sem uma visão míope com óptica partidária, eivada de fanatismo.

Na realidade, aquilo a que ele chama «estabilidade» não passa de um deslizar sucessivo e persistente para um maior afundamento no pântano fétido, onde nos têm tentado afogar nos últimos meses 

O povo português parece já não estar disposto a continuar sentado (assis, em Francês!) e acha que um cadáver em decomposição deve ser rapidamente incinerado para que os vivos possam continuar vivos, mesmo que apenas semi-vivos, como acontece agora com a maioria dos portugueses depois de o Governo tanto incidir no PECado.

Tal estabilidade só poderá ser útil aos coniventes e cúmplices para continuarem a sugar as últimas gotículas de sangue dos portugueses normais (não políticos). Se o PSD contribuir para pôr ponto final em tal estabilidade, então temos que o felicitar pela sua atitude patriótica.

Para melhor compreender estas reflexões aconselha-se uma visita aos posts mais recentes e a abertura dos links neles inseridos.

NOTA: Quando acima disse mavioso queria dizer mesmo isso (não houve troca de letra), depois de o meu dicionário me dizer que tal adjectivo significa: terno, afectuoso, carinhoso, compassivo, enternecedor, doce, suave, harmonioso, o que condiz com o seu rosto rosado e redondo, embora, por vezes, tenha uns olhares que parecem querer comer alguns dos cadáveres adiados do seu partido.

Imagem do Google

1 comentário:

A. João Soares disse...

Recebi agora, por e-mail, este artigo de opinião:

Instabilidade política

http://www.destak.pt/opiniao/90195-instabilidade-politica
Destak. 15 | 03 | 2011 21.15H. JOSÉ LUÍS SEIXAS

Ouvir falar da ameaça da instabilidade política merece uma sonora gargalhada. O País está de rastos. Prostrado. Em coma. Sem norte, nem estratégia, nem destino.

As empresas não dispõem nem de liquidez nem de crédito. Os bancos não têm dinheiro. Os trabalhadores não têm trabalho. As finanças públicas estão penhoradas, à mercê de credores que exigem juros usurários para pagamento de outros juros igualmente usurários.

Cortam-se salários, congelam-se pensões, aumentam-se os impostos, impõe-se administrativamente a redução do consumo, fataliza-se a economia real. As famílias vivem um estado de inquietação e ansiedade sem precedentes. Todos ignoramos o que nos espera. Todos tememos o que nos espera. Soubemos que andaram por aí uns senhores do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia. Terão descoberto um ‘buraco orçamental’ que carecia de remendo.

Ou seja, o Governo enganara-se nos pressupostos (ou, a bem dizer, martelara as contas). Eis a origem do PEC IV. Omitido ao PR, ao Parlamento, aos portugueses e, coisa nunca vista, ao próprio Governo que o aprovou à posteriori.

No meio de tudo isto, haverá algum português que considere importante assegurar esta estabilidade política? Ignorará o Primeiro-Ministro, na sua ilusão quase paranóica de que é um predestinado, que o País o quer ver partir para lugar longínquo, na companhia da sua corte? Espera o quê para se demitir? O despacho de Belém? A censura parlamentar? Ou a violência na rua?

Cumprimentos
João