
Notícia do dia seguinte informa que «O director da campanha de Manuel Alegre, Duarte Cordeiro, desvalorizou hoje as acusações do candidato apoiado pelo PS e BE. Segundo Cordeiro, as declarações do escritor, proferidas após a inauguração da sede de campanha em Lisboa, foram “em sentido metafórico”: “O que o candidato queria dizer era que há iniciativas cénicas num momento difícil, obviamente, numa perspectiva de montar cenários”.
De um poeta aceitam-se fantasias, metáforas, imaginações oníricas e outros artifícios que valorizam e dão cor às suas obras literárias. Mas de um candidato a PR seria de esperar rigor e verdade e não constatar que o que diz são metáforas. Como saberemos quando fala com verdade e convicção? Como saberemos quando fala das realidades nacionais e não das suas fantasias poéticas e metafóricas? Como saberemos que na sua mente já está ultrapassada a fase da propaganda «metafórica» da Rádio Argel? Estas incertezas não beneficiam o valor do candidato, segundo a apreciação das pessoas que ultrapassam o âmbito da propaganda ilusória e vão até ao fundo da avaliação das capacidades para o cargo a que se propõe.
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