segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os pobres pagam a crise

As imagens mostram situações reais e, infelizmente, muito frequentes, mas os decisores políticos não fazem uma mínima ideia das condições de vida de uma grande parte da população, por efeito de uma crise causada por incompetência dos responsáveis pelos países.

Os eleitos não pensam nas pessoas, mas apenas em números estatísticos, e não se preocupam em reduzir o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. Os conselheiros dos governantes padecem se igual patologia. Para mal da humanidade, isso passa-se a nível ONU, FMI, OCDE, UE, etc. O Conselho de Segurança da ONU é constituído por países ricos ou que se comportam como tal, o mesmo acontecendo com os grupos dos 20 e dos 8.

No Mundo não há representação dos 20 ou dos 8 países mais pobres, menos desenvolvidos. E, assim, a solução é sempre: os pobres que paguem a crise para que os ricos continuem a ser mais ricos.

Os detentores do Poder, geralmente «novos ricos» deslumbrados que pretendem entrar no top da fortuna mundial, alinham pelo princípio defendido pelos grandes empresários. Agora, a solução preconizada pela OCDE vem ao encontro daquilo que há pouco tempo foi defendido porAlexandre Soares dos Santos: defesa do aumento do IVA e redução do IRS e do IRC. Isto significa que se faz aumentar as receitas fiscais nos mais pobres, naqueles que, só fazendo despesas para sobreviver, terão de pagar mais caro o pão outros alimentos básicos indispensáveis.

O líder do PSD tomou a decisão de ouvir os pareceres de notáveis economistas e gestores a fim de perceber melhor a resolução para o Orçamento para 2011. Mas caiu, como é característico da lógica dos nossos políticos em ir buscar as opiniões de teóricos, bem instalados na vida, totalmente afastados das pessoas mais sacrificadas e exploradas do país: classe média baixa, pobres, pedintes, famintos, em que se integram aqueles que as imagens focam

Que esperar? Talvez um dia, todos esses desprotegidos e espoliados assumam o seu poder democrático, através do voto ou por outra forma, como recentemente aconteceu emMoçambique e façam valer a força do número de cabeças. Em Moçambique viram satisfeito o motivo da manifestação. Em Portugal a PSP, com uma simples ameaça de greve em data crítica, viram os seus problemas atendidos.

Vale mais prevenir do que remediar e, neste caso, prevenir significa dar prioridade às pessoas e às suas condições de vida.

Imagens da Net

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