Na Tunísia o presidente Zine El Abidine Ben Ali e no Egito Hosni Mubarak abandonaram o Poder. Agora o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, imita-os, sem ter sofrido pressões, por sua iniciativa, para permitir novas soluções para o seu país, na convicção de que quem fez parte dos problemas dificilmente pode ser parte da solução. Não é fácil a mesma pessoa mudar o rumo e alterar a estrutura que criou e alimentou.
É pena que em Estados que se consideram mais antigos, mais modernos e desenvolvidos se mostre uma visão menos lúcida de respeito pelos interesses do Estado, dos seus concidadãos, e se imponham opiniões pessoais sem sintonia com os reais interesses nacionais.
Em Portugal aquilo que, nos dias actuais, os governantes dizem em público dificilmente ultrapassa as querelas interpartidárias acerca de uma promessa de moção de censura, deixando no escuro problemas essenciais para os portugueses, em que se inclui o aumento periódico de dívida soberana, através de consecutivas vendas de títulos de dívida a juros assustadores e perigosos para as gerações mais jovens e as vindouras.
O Magreb e o Médio Oriente estão a dar exemplos de que, em Democracia, «o povo é quem mais ordena» e os políticos devem interpretar os desejos colectivos da Nação e agir em conformidade com os interesses nacionais daí deduzidos.
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
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