Encontramo-nos numa situação muito crítica em que os eleitos têm que se concentrar, com todas as suas capacidades, na vida dos portugueses. Governar é isso. Mas agora a sensibilidade da situação exige que se mexa nos problemas com pinças, que se olhe para os problemas quase simultaneamente com microscópio e com binóculos, para dar atenção aos mínimos pormenores, sem perder de vista os objectivos distantes com todos os factores internos e externos.
Para isso, os partidos devem deixar de se entreter e desperdiçar energias com tricas entre si, e devem unir esforços para bem de Portugal, para encontrar a melhor solução, a melhor estrutura do Poder e da administração pública, a todos os níveis, etc. Nisso é interessante ver que o Ministro da Defesa desafia secretário-geral do PS a debater reforma do Estado e que Seguro desafia Passos Coelho para debater alternativa para o país, pois será bom que todos colaborem na preparação da Reforma do Estado que deve ser efectuada para durar algumas décadas sem necessidade de recuos e avanços que desnorteiam os cidadãos e os leva a desprezarem os políticos e cantarem a Grândola. Oxalá estes desafios não sejam apenas jogos florais como as guerras do alecrim e da manjerona.
O país está em crise e não suporta mais erros. É preciso que surjam, sem demora, decisões globais e sectoriais, progressivas, bem estudadas, com a colaboração de pessoas capazes, idóneas, isentas e conhecedoras dos problemas do pais (dos portugueses). A situação tem piorado imparavelmente como mostram os seguintes artigos:
- Gaspar reconhece que desemprego será ainda maior
- António Borges: Falta de equidade leva a sentimentos de revolta
- António Borges critica desigualdades na repartição dos sacrifícios
- Desemprego dispara, défice derrapa, dívida cresce e crescimento encolhe
- Marcelo: "Persistir na atual solução é suicida"
- Marcelo Rebelo de Sousa diz que vai ser mais difícil ao governo ganhar as eleições em 2015
- "Zigue-zague" de Gaspar "retira confiança à política"
- Seguro faz duras críticas às políticas de austeridade do Governo
Mas apesar deste quadro nada calmante, surgem notícias que mostram a persistência no voluntarismo, na teimosia obsessiva, na crença de que ideias são realidades que resolvem problemas sem que «haja acção eficaz, que mostram desprezo pela realidade e desconhecimento dos maus resultados das medidas tomadas nos 20 meses que empobreceram a população não abastada, criaram desemprego, paralisaram a economia, encerraram empresas, etc. Essas notícias centram-se na seguinte: Passos Coelho: País está na direcção certa.
Homem honesto não diria uma coisa que não é suportada por qualquer indicador da realidade, não condiz com os textos atrás referidos. Homem inteligente teria mais cuidado em captar a confiança das pessoas de forma mais aceitável. Se a direcção está certa quando se verificam os dados referidos no título desta notícia, tem que se concluir que o objectivo para que ela conduz será o mais profundo abismo de onde não há regresso. Ora, não creio que Passos queira, conscientemente, levar os portugueses para um suicídio colectivo, logo será absolutamente necessário dar umas guinadas no volante e mudar de direcção para evitar o buraco. Gerir é como conduzir um carro, não se pode fixar o volante e cruzar os braços, pois é preciso corrigir a direcção a cada instante.
Por outro lado, se durante 20 meses temos vindo a sofrer crescentes sacrifícios sem que se tenha obtido qualquer melhoria, qualquer resultado positivo e compensador, não podemos esperar que a mesma equipa consiga inverter os resultados, pois a receita está a ser a continuação do uso do mesmo tóxico, maas agora em dose reforçada. Isso não cura dos efeitos negativos do tratamento anterior com dose mais ligeira. Só pode agravar.
Também não parece sensato desprezar os sinais que chegam do descontentamento, da indignação popular, como se vê pelo título da notícia Passos defende que protestos "não são representativos da sociedade portuguesa”. Será que os responsáveis esperam por um milagre? Ou será que em vez de serem cumprimentados pelo som de uma canção popular passem a ser por outro som diferente e de efeitos mais dolorosos? Estamos numa encruzilhada difícil que exige competência nas decisões e verdade na informação dirigida aos cidadãos. E devem ser tomados em consideração, nas devidas proporções, todos os sinais dele advindos.
Imagem de arquivo
Para isso, os partidos devem deixar de se entreter e desperdiçar energias com tricas entre si, e devem unir esforços para bem de Portugal, para encontrar a melhor solução, a melhor estrutura do Poder e da administração pública, a todos os níveis, etc. Nisso é interessante ver que o Ministro da Defesa desafia secretário-geral do PS a debater reforma do Estado e que Seguro desafia Passos Coelho para debater alternativa para o país, pois será bom que todos colaborem na preparação da Reforma do Estado que deve ser efectuada para durar algumas décadas sem necessidade de recuos e avanços que desnorteiam os cidadãos e os leva a desprezarem os políticos e cantarem a Grândola. Oxalá estes desafios não sejam apenas jogos florais como as guerras do alecrim e da manjerona.
O país está em crise e não suporta mais erros. É preciso que surjam, sem demora, decisões globais e sectoriais, progressivas, bem estudadas, com a colaboração de pessoas capazes, idóneas, isentas e conhecedoras dos problemas do pais (dos portugueses). A situação tem piorado imparavelmente como mostram os seguintes artigos:
- Gaspar reconhece que desemprego será ainda maior
- António Borges: Falta de equidade leva a sentimentos de revolta
- António Borges critica desigualdades na repartição dos sacrifícios
- Desemprego dispara, défice derrapa, dívida cresce e crescimento encolhe
- Marcelo: "Persistir na atual solução é suicida"
- Marcelo Rebelo de Sousa diz que vai ser mais difícil ao governo ganhar as eleições em 2015
- "Zigue-zague" de Gaspar "retira confiança à política"
- Seguro faz duras críticas às políticas de austeridade do Governo
Mas apesar deste quadro nada calmante, surgem notícias que mostram a persistência no voluntarismo, na teimosia obsessiva, na crença de que ideias são realidades que resolvem problemas sem que «haja acção eficaz, que mostram desprezo pela realidade e desconhecimento dos maus resultados das medidas tomadas nos 20 meses que empobreceram a população não abastada, criaram desemprego, paralisaram a economia, encerraram empresas, etc. Essas notícias centram-se na seguinte: Passos Coelho: País está na direcção certa.
Homem honesto não diria uma coisa que não é suportada por qualquer indicador da realidade, não condiz com os textos atrás referidos. Homem inteligente teria mais cuidado em captar a confiança das pessoas de forma mais aceitável. Se a direcção está certa quando se verificam os dados referidos no título desta notícia, tem que se concluir que o objectivo para que ela conduz será o mais profundo abismo de onde não há regresso. Ora, não creio que Passos queira, conscientemente, levar os portugueses para um suicídio colectivo, logo será absolutamente necessário dar umas guinadas no volante e mudar de direcção para evitar o buraco. Gerir é como conduzir um carro, não se pode fixar o volante e cruzar os braços, pois é preciso corrigir a direcção a cada instante.
Por outro lado, se durante 20 meses temos vindo a sofrer crescentes sacrifícios sem que se tenha obtido qualquer melhoria, qualquer resultado positivo e compensador, não podemos esperar que a mesma equipa consiga inverter os resultados, pois a receita está a ser a continuação do uso do mesmo tóxico, maas agora em dose reforçada. Isso não cura dos efeitos negativos do tratamento anterior com dose mais ligeira. Só pode agravar.
Também não parece sensato desprezar os sinais que chegam do descontentamento, da indignação popular, como se vê pelo título da notícia Passos defende que protestos "não são representativos da sociedade portuguesa”. Será que os responsáveis esperam por um milagre? Ou será que em vez de serem cumprimentados pelo som de uma canção popular passem a ser por outro som diferente e de efeitos mais dolorosos? Estamos numa encruzilhada difícil que exige competência nas decisões e verdade na informação dirigida aos cidadãos. E devem ser tomados em consideração, nas devidas proporções, todos os sinais dele advindos.
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