Na reunião de Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça com a comissária europeia Viviane Reding no Hotel da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, ocorreu interrupção por cidadãos que cantavam "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso, à semelhança do que já acontecera com Passos Coelho, Miguel Relvas, Paulo Macedo e Vítor Gaspar.
A Srª ministra reagiu com serenidade e disse que não muda agenda nem se choca com "Grândola".
Plagiando uma frase de Henrique Monteiro, «sempre que ouvimos as razões do outro lado, descritas com racionalidade e calma, mudamos um pouco. [Pelo contrário,] sempre que as ouvimos no rugir de uma guerra de palavras, enquistamos no nosso preconceito». Espero que a Srª ministra, tenha também aprendido alguma coisa com aqueles portugueses que, a cantar, expressaram o seu apelo.
É lógico que no momento não pudesse decidir fazer qualquer mudança na sua agenda. Mas não deve afirmar que não a muda porque isso pode enquistar a indignação que motiva o cântico, e deve utilizar o apelo da população como incentivo a rever as suas decisões e a preparar melhor as que se seguem. A condução da política deve ser uma actualização permanente tal como a condução de um carro em que o volante é accionado a cada momento a fim de não sair da estrada que o conduz ao objectivo, ao destino da viagem. Não teria ficado mal à Srª Ministra dizer que vai analisar os problemas que tem em mão a fim de escolher as soluções mais correctas em relação aos interesses dos portugueses.
Imagem de arquivo
Plagiando uma frase de Henrique Monteiro, «sempre que ouvimos as razões do outro lado, descritas com racionalidade e calma, mudamos um pouco. [Pelo contrário,] sempre que as ouvimos no rugir de uma guerra de palavras, enquistamos no nosso preconceito». Espero que a Srª ministra, tenha também aprendido alguma coisa com aqueles portugueses que, a cantar, expressaram o seu apelo.
É lógico que no momento não pudesse decidir fazer qualquer mudança na sua agenda. Mas não deve afirmar que não a muda porque isso pode enquistar a indignação que motiva o cântico, e deve utilizar o apelo da população como incentivo a rever as suas decisões e a preparar melhor as que se seguem. A condução da política deve ser uma actualização permanente tal como a condução de um carro em que o volante é accionado a cada momento a fim de não sair da estrada que o conduz ao objectivo, ao destino da viagem. Não teria ficado mal à Srª Ministra dizer que vai analisar os problemas que tem em mão a fim de escolher as soluções mais correctas em relação aos interesses dos portugueses.
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